Em 1797, o povo de Jaguari, hoje Bragança Paulista, solicitou ao governador da Capitania de São Paulo que o seu lugarejo fosse elevado à categoria de “vila”. O governador, seguindo a praxe nesses casos, enviou um pedido de informações à Câmara de Atibaia, em cujo território ficava o lugarejo de Jaguari. A Câmara de Atibaia não hesitou em emitir parecer contrário: não era possível transformar Jaguari em vila, porque lá só havia bandidos e desertores, criminosos foragidos, gente da pior espécie, uma verdadeira canalha… Além disso, como eram todos analfabetos, não haveria como formar lá uma câmara municipal, com vereadores, juízes de paz e escrivães.
Entretanto, a Câmara de Atibaia aproveitava o ensejo para pedir ao governador que mudasse a divisa com Mogi-Mirim para o Rio Camanducaia, porque “já havia gente nossa morando ao norte desse rio”. Eram os primeiros amparenses!
Esse texto, com todos os seus insultos e preconceitos contra os bragantinos, é, assim, precioso para nós amparenses, ao mostrar que, em pleno século XVIII, nós já estávamos à beira do Camanducaia.
Onde está esse documento? Desta vez o Marcos Camargo vai me apanhar de calça curta. Esse texto consta do livro “Bragança – 173/1942”, de Domingos Laurito e Nelson Silveira Martins. Possuo essa preciosidade, mas meu apartamento passou por uma reforma radical, feita por minha querida filha Maria Luíza, que mudou todos os meus haveres de lugar. Vai levar algum tempo para reencontrar essa obra…
Ah! E o governador, o que decidiu? Terra de bandidos ou não, o governo precisava de mais uma vila no caminho para Minas Gerais. Assim, Jaguari foi elevada a vila com o nome de “Nova Bragança”, em homenagem à dinastia reinante em Portugal.

 

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