SILVEIRA CAMPOS

 

TRONCO  GERAL

 

I –  Alferes, depois tenente-coronel, Francisco da Silveira Campos, filho do último capitão-mor de Atibaia Lucas de Siqueira Franco, foi batizado em 1801 em Atibaia e ali casou em 1824 com Escolástica de Araújo Cintra, filha do alferes Jacinto de Araújo Cintra e de Maria Francisca Cardoso. Francisco de Silveira Campos teve os filhos: (Silva Leme, 2:60 e segs.)

1 – Maria Francisca de Campos, que casou em 1841 em Atibaia com Antônio Desidério Pinto, seu primo-irmão, que mais tarde passou a se chamar Antônio Pinto de Araújo Cintra, filho do alferes José Desidério Pinto e de Antônia Bernardina ((SL, 1:117)

2 – Ana Gabriela, casada em 1847 em Atibaia com seu parente Tristão da Silveira Campos (tronco I), falecido em 1900 em Amparo, filho do capitão Inácio Caetano da Silveira e de Delfina da Silveira Campos.

3 – Capitão Lucas da Silveira Campos Cintra, morador no Amparo, fazendeiro de café, casado com Jacinta da Silveira Campos, filha de Inácio Caetano da Silveira e de Delfina de Campos. Foi Juiz de Paz e benfeitor da Igreja de São Benedito. Faleceu aos 70 anos em 1907. Foram pais de:

3.1 – Leopoldina Fausta de Campos Cintra, casada com Afonso Carlos da Silva Teles, filho do Dr. João Carlos da Silva Teles;

3.2 – Virgílio, casado com Helena, filha de Antônio Pinto de Araújo Cintra.

3.3 – João Lucas Cintra, também conhecido por João Campos Cintra, casado em 1880 com sua prima Rafaela de Campos, também conhecida por Rafaela Basília de Campos Cintra, filha do tenente-coronel Francisco Basílio de Campos Cintra;

3.4 – José, falecido solteiro;

3.5 – Otaviano, falecido solteiro.

4 – Estanislau Furquim de Campos Cintra, casado com Gertrudes Teresa de Campos, filha do capitão José Gonçalves Pereira e de Maria Salomé de Campos, naturais de Bragança.  Foram fazendeiros de café em “Amparo ou Serra Negra”. Tiveram:

4.1 – Felício Furquim de Campos, também conhecido por Felício de Campos Cintra, fazendeiro no Amparo, casado com Hermínia Cantinho, filha do coronel Gabriel Marques Cantinho (SL, 2:51). Tiveram um filho:

4.1.1 – Dr. Hildebrando Cantinho Cintra, falecido solteiro, sem testamento, em 1944, considerado um dos homens mais ricos de São Paulo, dono de um gigantesco patrimônio imobiliário que incluiu um edifício na Praça da Sé, em São Paulo, onde se instalou em 1946 a Secretaria Estadual da Educação; também foi dono do prédio no Largo da Cadeia, onde está instalada uma Delegacia de Polícia, e da Fazenda do Rumo, nos limites entre Serra Negra e Amparo. Sua herança reverteu a favor do Governo Federal, mas, depois de uma reforma na legislação, parte de seus bens foram atribuídos a um parente distante, Ulderico Mônaco Liziero. Este, segundo tradição corrente, era barbeiro no Rio de Janeiro, mas chegou a se estabelecer e explorar a Fazenda do Rumo.     .

4.2 – Maria, falecida solteira.

5 – Helena Augusta da Silveira, casada com seu primo o coronel Pedro Nolasco da Silveira, filho do capitão Inácio Caetano da Silveira e de Delfina de Campos. Em 1878 já era falecida, pois Pedro Nolasco casou nesse ano com Maria Salomé da Silveira, viúva de Antônio Pedro Xavier (CA-7:45v/46).

6 – Tenente-coronel Francisco Basílio de Campos Cintra, que foi casado com Maria da Conceição, também filha do capitão Inácio Caetano da Silveira. Francisco Basílio foi a princípio morador de Atibaia e depois se mudou para Amparo. Foi um dos maçons que outorgaram procuração ao Conselheiro Joaquim Saldanha Marinho, em 4/3/1875, para “representar e reclamar ao Governo Imperial… a manutenção dos direitos dos maçons brasileiros e estrangeiros, relativos ao seu estado civil, perturbados pelo Clero”. (notas 1º ofício, 33:162v/164v).

Teve cinco filhos:

6.1 – Rafaela de Campos, casada com seu primo João Lucas Cintra.

6.2 – Francisca de Campos, casada com seu parente Antônio Pinto Freire, filho de Eduardo da Cunha Freire e de Francisca Cintra.

6.3 – Escolástica de Campos, casada com seu parente Artur de Campos Freire, filho de Leopoldo Augusto da Cunha Freire e de Cristina Silveira Campos. Escolástica também chamada de Escolástica de Araújo Cintra, atibaiense, filha de Francisco Basílio de Campos Cintra e de Maria da Conceição Silveira, casou no Amparo em 1887, em oratório particular, com sua parente consanguínea em 2º grau igual Pedro Elias Pinto, natural de Atibaia, filho de Francisco Elias Pinto e de Rosa da Silveira Campos Escolástica de Araújo Cintra. Esse casamento foi declarado “nulo e írrito” em 1892 (CA-12:19v) Escolástica se casou depois com Artur de Campos Freire, (Genealogia dos Cintras, 153); e Pedro Elias também se casou novamente: a primeira com Augusta Pimentel, e a segunda, em 1896, com Bemvinda da Silva, filha do Dr. Carlos Ilidro e de sua segunda mulher Ângela Rosalmida de Almeida, sem geração das duas (Genealogia dos Cintras,71). Escolástica e Artur de Campos Freire tiveram:

6.3.1 – Anita Freire, casada com Oscar Feliciano de Camargo, irmão de José Feliciano de Camargo; com geração.

6.3.2 – Ondina Freira, casada com seu parente Alcides Teles Leme.

6.3.3 – Benedito Freire, casado com Judite Simões; com geração.

6.3.4 – Francisco, falecido solteiro.

6.3.5 – José (Cintra Freire), casado com Alba Regina Martins, com geração.

6.4 – Francisco Basílio de Campos Cintra, falecido solteiro.

6.5 – Delfina de Campos, casada com Alfredo Barbosa de Barros.

 

   TRONCO I

 

Os Silveira Campos são mais um tronco amparense descendente do célebre Capitão Mor de Atibaia Lucas de Siqueira Franco, por seu filho Francisco da Silveira Franco, segundo capitão-mor de Atibaia, e por seu neto Inácio Caetano da Silveira. Este último, por seu casamento com sua sobrinha Delfina da Silveira Campos, teve, entre outros filhos, Tristão da Silveira Campos (Silva Leme, Genealogia, 2:80). Inácio Caetano da Silveira foi um dos maçons que outorgou procuração em 4/3/1875 ao Conselheiro Joaquim Saldanha Marinho para protestar contra a bula papal que excomungava os maçons.

Tristão, nascido em Campo Largo, bairro de Atibaia, casou nessa vila em 1847 com sua prima Ana Gabriela de Campos Vasconcelos (como aparece no seu inventário), falecida em 1867, filha do Alferes Francisco da Silveira Campos. Tristão foi dono da fazenda Vanguarda, participou da Convenção de itu, na qual foi fundado o Partido Republicano, e exerceu o mandato de vereador em 1881. Em 1891 foi exonerado do cargo de Delegado de Polícia de Amparo “em vista da atitude hostil que assumiu contra o governo do Estado”. Veio a falecer no Amparo em 1900, deixando:

1 – Inácio Tristão da Silveira (que também foi conhecido como Inácio Tristão de Toledo, casado com Maria Francisca de Campos (Maria Clara, segundo Silva Leme), filha do capitão Francisco José Gonçalves e de Úrsula Iria de Campos. Foram fazendeiros em Serra Negra e tiveram vários filhos, dos quais Silva Leme informa dois:

1.1 – Lavínio da Silveira Campos, casado em 1900 em Bragança com sua prima-irmã Amália Ermelinda Gonçalves, filha do major Francisco de Assis Gonçalves e de Antônia Fortunata. (SL,1:338)

1.2 – Olímpio da Silveira Campos, farmacêutico, casado em 1903 com Amália Ermelinda, viúva do precedente.

 

2 – Francisco Tristão da Silveira, o famoso abolicionista, nascido em 1853, casou com Ana Clara, irmã de Maria Francisca (ou de Maria Clara, como quer Silva Leme) também filha do capitão Francisco José Gonçalves. Segundo o Dr. Áureo de Almeida Camargo, “Chico Tristão desempenhou saliente papel na campanha abolicionista na região amparense, onde residiu, considerado como um dos principais colaboradores (caifazes) de Antônio Bento. Participou, em 1894, da companha contra os revoltosos, no Paraná”.  O Capitão Francisco Tristão já era falecido em 1895, deixando viúva sua segunda esposa Maria de Nazaré da Silveira.  Teve a primeira esposa

2.1 – Tristão

e da segunda esposa

2.2 – Hilda, que se casou mais tarde com o Dr. Francisco de Assis Vasco de Toledo, médico formado pela Faculdade do Rio de Janeiro, de tradicional família paraibana, natural da vila de Pilar, onde nasceu a 4/6/1866, e que se radicou em Amparo, onde foi dono da Fazenda Cascata; faleceu em 12/4/1949 em Amparo. O Dr. Francisco Vasco de Toledo era filho de Demétrio de Toledo e da professora D. Maria Amélia Gusmão de Toledo. Além do Francisco de Assis Vasco de Toledo, outros dois seus irmãos se radicaram por alguns anos no Amparo, José Felipe de Toledo e Josué Emídio de Toledo. Hilda e Dr. Vasco foram pais de:

2.2.1 – Dr. Demétrio Vasco de Toledo, médico, casado com D. Elisa  Arruda; pais de:

2.2.1.1 – Francisco de Assis Vasco de Toledo, economista, fiscal da Secretaria da Fazenda de São Paulo, casado com Maria Dulce Pimentel de Sousa Leite, filha do Dr. Raul de Sousa Leite e de Maria Efigênia Pimentel         de Sousa Leite;

2.2.1.2 – Hilda de Arruda Toledo, professora de Educação; solteira

2.2.1.3 – Demétrio Vasco de Toledo Filho, engenheiro agrônomo, casado com Maria do Carmo Macedo Soares Vasco de Toledo.

2.2.1.4 – Maria Luzia de Toledo, a “Katucha”

2.2.1.5 – Maria da Glória Toledo Meira, casada com Sérgio de Oliveira Meira;

2.2.2 – Cinira Toledo Murgel, casada com Armando Murgel, já falecidos, pais de:

2.2.2.1 – José Maurício Murgel

2.2.3 – Odete Vasco de Toledo, solteira, falecida;

2.2.4 – Vasco Henrique de Toledo, casado com Corina dela Santina, já falecidos, pais de:

2.2.4.1`- José Roberto, falecido solteiro;

2.2.4.2 – Sérgio Vasco de Toledo, engenheiro agrônomo, falecido, foi casado com Berenice Henrique;

2.2.4.3 – Jorge Eduardo Vasco de Toledo, cirurgião-dentista, casado com Aparecida Coselli;

2.2.4.4 – Francisco Vasco de Toledo, casado com Thebes Henrique.

3 – Ana Gabriela de Campos Toledo (que Silva Leme chama de Ana da Silveira), estava viúva em 1895 de Manuel Maximiano de Toledo, filho de José Bonifácio de Toledo e de Catarina Galeana Salinas, de quem tivera:

3.1 – Olívia de Campos Toledo

3.2 – Herculano de Campos Toledo

3.3 – Cassiano de Campos Toledo

3.4 – Ana de Toledo Rangel, casada com Antônio Rangel.

4 – Jacinto, com 12 anos em 1867, faleceu solteiro

5 – Maria (Eulalia, segundo Silva Leme), com 9 anos em 1867, casou em 1879 com Joaquim Augusto Araujo Campos, capitalista no Amparo, filho do capitão Francisco José Gonçalves e de Úrsula Iria de Campos (CA-7:77/77v).

6 – Aureliano da Silveira Campos, casado com Rita de Camargo Campos.

7 – Maria da Conceição Silveira de Matos, com 3 anos em 1867, casou depois com Manuel de Matos Azevedo.

 

TRONCO II

 

II – O tenente-coronel Pedro Nolasco da Silveira, irmão de Tristão da Silveira Campos, tronco I, filho do ajudante, mais tarde capitão, Inácio Caetano da Silveira e de Delfina da Silveira Campos, neto paterno de Francisco da Silveira Franco, segundo capitão-mor de Atibaia, e bisneto de Lucas de Siqueira Franco, primeiro capitão-mor de Atibaia, foi casado com Helena da Silveira, também conhecida por Helena Augusta de Campos, filha do seu parente alferes Francisco da Silveira Campos. Em 1873 Pedro Nolasco vendeu a seu cunhado Francisco Basílio de Campos Cintra “uma parte de terras… no lugar denominado Rumo dos Macucos, havido por herança do pai e sogro tenente-coronel Francisco da Silveira Campos”, imóvel esse situado no município de Amparo (SL, 2:81). Em 6/2/1878 Pedro Nolasco casou em segundas núpcias com Maria Salomé da Silveira, viúva de Antônio Pedro Xavier (CA-7:45v/46). Pedro Nolasco e Helena tiveram:

1 – Eduardo, falecido solteiro;

2 – Delfina, casada com seu primo José Simão de Campos Pinto, filho de Antônio Pinto de Araújo Cintra; com geração;

3 – Ana, que foi casada com o Dr. Francisco Moretzshon, com geração;

4 – Maria Joana, casada em 26/11/1879, em oratório particular, no Amparo, com José Vicente Ferreira, filho de outro de igual nome e de Teresa de Paula;

5 – Isabel Ferreira, moradora em São Paulo, casada em 26/11/1879, em oratório particular, no Amparo, com o coronel Sebastião Ferreira, irmão do José Vicente anterior (CA-8:7v);

6 – Francisco Pedro de Campos, casado em 1878 com Minervina de Oliveira Bueno, filha de Antônio Gonçalves de Oliveira Bueno e de Ana Francisca Franco; foram pais de:

6.1 – Bertulina de Campos Bueno, casado com o Dr. Amadeu Gomes de Sousa.

6.2 – Ana Bueno de Campos, casada com Augusto da Costa Guimarães, filho do Comendador Zeferino da Costa Guimarães e de sua primeira mulher Augusta Leopoldina Martins; foram condôminos da Fazenda Saudade, por herança de Francisco Pedro de Campos, mas venderam sua parte em 1914 a Helena Bueno de Campos (1ºof. 153-A:81v). Ana e Augusto foram pais de:

6.2.1 – Evangelina Guimarães de Canto e Castro, casada com Antônio Canto e Castro. Pais de:

6.2.1.1 – Dr. Roberto Guimarães do Canto e Castro, engenheiro civil, casado em primeiras núpcias com Helena Vasconcelos de Camargo, com geração. Casado em segundas núpcias com Margarita, argentina.

6.2.2 – Luísa Guimarães.

6.3 – Antenor Bueno de Campos.

6.4 – Antônio Bueno de Campos, o “Tonico Bueno”.

6.5 – Helena Bueno de Campos.

7 – Lucas Nolasco da Silveira.

 

TRONCO III

 

III –     Joaquim Inácio da Silveira, natural de Campo Largo, distrito de Atibaia, também filho de Inácio Caetano da Silveira e de Delfina da Silveira Campos, casou no Amparo em 1863 com Ana Bernardina da Silveira Campos, filha de José Manuel Cintra e de Constança Miquelina da Silveira. Era vereador em 1890, cargo que renunciou por ter transferido sua residência para a Penha do Rio do Peixe (Itapira), onde tinha propriedades. Foi um dos maiores benfeitores da Igreja de São Benedito. Faleceu em 1906 aos 60 anos de idade.

 

TRONCO IV

 

IV –      Cristina da Silveira Campos, filha de Inácio Caetano da Silveira  e de Delfina da Silveira Campos, foi casada com Leopoldo Augusto da Cunha Freire, filho de Joaquim Pedro da Silva Freire, português de Lisboa, e de Umbelina Inês de Vasconcelos, de Atibaia. Leopoldo era irmão de Eduardo da Cunha Freire, este casado também com uma amparense, Francisca Cintra Pinto, filha de Antônio Pinto de Araújo Cintra.   Leopoldo era já falecido em 1887, deixando os filhos:

1 – Artur de Campos Freire, casado com sua parente Escolástica de Campos, filha do tenente-coronel Francisco Basílio de Campos Cintra (SL, 2:61 e 7:476)

2 – Maria, menor em 1887;

3 – Leopoldina, menor em 1887;

4 – Eduardo, menor em 1887.

5 – Valentim, menor em 1887, não mencionado por Silva Leme (1ºof.76:79)

 

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