RODRIGUES CINTRA
TRONCO I
I – Até agora se considerava que o grupo familiar ligado ao Barão de Campinas, Joaquim Pinto de Araújo Cintra, era o mais antigo representante do apelido “Cintra” no Amparo, pois já há notícia de sua presença em 1842, quando, participantes da Revolução Liberal, tiveram um confronto com as forças legalistas no bairro do Pantaleão. Entretanto, um nome isolado, o de Manuel Rodrigues Cintra, vinha aparecendo nos documentos mais antigos de Amparo, quer como proprietário de uma chácara que se estendia, pela atual rua 13 de Maio, da Galeria Kassouf até a Praça Meireles Reis. Mas, no entendimento dos que tomaram conhecimento dessa informação, Manuel Rodrigues Cintra pertenceria a uma outra família portuguesa, que não a tradicional, originada dos irmãos Francisco Lourenço Cintra e José Félix Cintra. Seria talvez apenas um imigrante vindo da cidade de Cintra, em Portugal, e que adotara, como era comum, o nome de sua cidade como sobrenome.
Um assento de casamento do livro de casamentos n. 1 de Mogi Mirim, na parte relativa a matrimônios feitos na Capela do Rosário de Serra Negra em 1826, revelou que Manuel Rodrigues Cintra havia se casado lá com Maria Rosa da Conceição, da família Siqueira Cardoso, e que era filho de José Rodrigues de Menezes e de Helena Leite de Moraes. Maria Rosa, por sua vez, era filha de João de Siqueira de Cardoso e de Rosa Maria Félix, neta paterna de João de Siqueira de Alvarenga e de Maria Cardoso, e neta materna de Inácio Álvares do Amaral e de Maria Franco da Cunha (SL, 1:347/348). O casal Manuel Rodrigues Cintra e Maria Rosa pertencia, pois, à grande leva de atibaienses que no princípio do século XIX veio povoar o Amparo
Prosseguindo na pesquisa, foi possível descobrir em Silva Leme, Genealogia, 2:541 e 8:310 e 338, que Helena Leite de Moraes era filha de Andreza de Araújo e de José Félix Cintra, enquanto José Rodrigues de Menezes era filho de Lourenço Rodrigues de Camargo e de Ana Maria de Moraes, neto paterno de João Rodrigues da Cunha e de Josefa Pedroso, e neto materno de Cristóvão da Cunha de Moraes e de Joana do Prado (Silva Leme, Tit. Rodrigues Lopes – Monsenhor Antônio Paes Cintra, Genealogia dos Cintras, 236). E mais, que Manuel fora batizado em Atibaia em 1805. Assim, Manuel Rodrigues Cintra é o pioneiro da família Cintra em terras amparenses.
De seu casamento com Maria Rosa da Conceição, Manuel Rodrigues Cintra teve, q. d. :
1 – Joaquina Francelina de Conceição, amparense, casada em 1841 com José Gomes Barbosa, de Mogi Mirim, filho de Manuel Gomes de Oliveira e Generosa Alves de Andrade. Joaquina (ou Jesuína). José Gomes Barbosa foi vereador na primeira legislatura da Câmara Municipal de Amparo. Francelina e José Gomes Barbosa tiveram:
1.1 – Firmina Hilária de Freitas, filha de José Gomes Barbosa e Jesuína Francelina da Conceição (CA-6:13v), que casou no Amparo em 1870 com Jesuíno Alves de Andrade, filho de Jacinto Alves do Amaral e de Justina de Cerqueira César. Tiveram pelo menos:
1.1.1 – Minervina, órfã, mencionada em 1886 como confrontante de um terreno na Rua Aquidaban (1ºof.74:42v);
1.1.2 – Francisca Eulália de Freitas, casada em 1884 com João Cardoso de Oliveira, filho de Delfim de Oliveira Cardoso e de Teresa Maria das Dores; essa filha de Jesuíno Alves de Andrade e de Firmina Hilária de Freitas e o marido João Cardoso de Oliveira venderam a Albino Alves do Amaral bens que herdaram de Justina de Cerqueira César (1ºof.75:60 – CA-10:44v).
1.2 – Antônia, batizada em 1850, sendo padrinhos Manuel Rodrigues Cintra e Maria Rosa de Jesus.
1.3 – Ana Gomes de Freitas, batizada em 1852 e casada em 1876 com Alexandre Ferreira Monteiro, de Portugal, filho de Joaquim Ferreira Monteiro e e Maria da Conceição Miranda (BA-5:100 – CA-7:25)
1.4 – Leopoldina Gomes de Freitas, amparense, filha de José Gomes Barbosa, falecido, e de Jesuína Francelina da Conceição, casou no Amparo em 1877 com Domingos de Paiva Moreira, de Portugal, filho de Manuel de Paiva Moreira e de Josefa Maria (CA-7:33v).
TRONCO II
II – José Rodrigues de Menezes e Helena Leite de Moraes tiveram entre outros, a filha Catarina Custódia da Assunção, casada em Bragança em 1812 com José de Oliveira Preto, filho de Joaquim de Oliveira Preto e de Ana de Lima. Catarina aparece repetidas vezes como madrinha em batizados no Amparo, sendo dada como moradora local. Existe uma homônima, casada com José Félix de Oliveira, que pode ser um segundo casamento da mesma, mas do que ainda não não conseguimos elementos para apurar.
Encontramos outro casal ligado a este tronco: Maria Cláudia de Assunção, filha de José Rodrigues de Menezes e de Helena de Moraes, casada em Mogi Mirim em 1821 com Felisberto Ferreira da Fonseca, filho de Vicente Pereira de Siqueira e de Manoela Maria do Prado CM-1:15v).
TRONCO III
III – Um outro José Rodrigues de Menezes, possivelmente irmão dos troncos anteriores (e se assim for, será o José, batizado em 1795 em Atibaia – SL, 2:541), casado com Antônia Maria de Sousa, também aparece como padrinho de batizados no Amparo na década de 1830. Tanto este quanto a anterior descenderiam de José Félix Cintra e de Andreza de Araújo e seriam legítimos representantes da família Cintra em Amparo.
TRONCO IV
IV- Maria Cláudia da Assunção, natural de Atibaia, filha de José Rodrigues de Menezes e de Helena Leite de Moraes, casou em 1821 em Mogi Mirim, com Felisberto Ferreira da Fonseca, natural de Mogi Mirim, filho de Vicente Pereira de Siqueira e Manoela Maria do Prado (CM-1:15v.)