RODRIGUES BUENO
Esta família já habitava nossa região no começo do século XIX. Um José Rodrigues Bueno, casado, “freguês de Nova Bragança”, foi padrinho de um batizado em Mogi-Mirim em 1812 (BM-6:15). Eram descendentes do tenente Joaquim José Pires, cujos descendentes adotaram algumas vezes o sobrenome Rodrigues Bueno.
TRONCO I
I – Francisco Rodrigues Bueno, natural de Bragança, filho de Joaquim José Pires e Catarina Barbosa, ambos já falecidos em 1850, testou no Amparo em 24/6/1850, declarando ser casado “ad eclésia” com Josefa de Oliveira Preto (Francisco Rodrigues Bueno, nome que se presta a confusão porque há homônimos, além deste casado com Josefa de Oliveira Preto); teve seis filhos: 1) Ana; 2) Bibiana; 3) Antônio Rodrigues Bueno, e “teve dois fora antes”, e “um que foi batizado em casa, de nome Maria, faleceu” (1ºof. 3:5). Tinha terras no Cascalho(RPT, 35). Em 1849 Francisco Rodrigues Bueno e sua mulher Josefa de Oliveira venderam a Inácio Gomes da Silva terras no sítio Rio das Pedras, em Amparo, em comum com outros herdeiros (1ºof.2:6). Já era falecido em 1856, pois foi representado por seus herdeiros no Registro Paroquial. Mas já em 1852 seus herdeiros havia libertado a escrava Custódia, pertencente ao seu espólio (1ºof. 3:73). De seu consórcio deixou pelo menos os filhos:
1 – Antônio Rodrigues Bueno (RPT, 35), que casou em 1854 com Maria Francisca de Camargo, filha de Francisco Ferraz de Campos e Benta da Rocha Camargo; eram vivos em 1875, quando outorgaram procuração a Joaquim Frutuoso de Oliveira Cardoso para embargar uma roçada que Manuel Ortiz de Siqueira Freire estava fazendo em terras do espólio de Josefa de Oliveira Preto, de quem Antônio era inventariante (1º of. 3481v). Foram pais de:
1.1 – Benta Maria de Almeida, casada com Cláudio Antônio de Almeida, do qual foi a segunda mulher, os quais hipotecaram a Luís de Sousa Leite em 16/2/1887 terras “que possuem no sítio de seu finado sogro e pai Antônio Rodrigues Bueno, no Bairro de Santa Cruz, neste município, e que eles houveram por herança de sua sogra e mãe Maria Francisca de Camargo, em comum com o órfão João Rodrigues Bueno” (1ºof.75:20v). Voltaram a hipotecar ao coronel Luís de Sousa Leite, em 6/11/1890, terras “que possuem no sítio de seu finado sogro e pai Antônio Rodrigues Bueno, no bairro de Santa Cruz” (1ºof.99:10).
1.2 – João Rodrigues Bueno, órfão em 1887.
1.3 – Ana Maria das Dores, filha de Antônio Rodrigues Bueno e de Maria Francisca, casou no Amparo em 1882 com Cláudio Antônio de Almeida, natural de Piracicaba, morador do Amparo, filho de Zeferino Antônio de Almeida e de Ana Flora de Oliveira, que posteriormente se casou com sua irmã Benta Maria de Almeida (CA-10:16)
2 – Ana Rodrigues do Espírito Santo, casada no Amparo em 1838 com José Tiago da Silva Leme, filho do Alferes Manuel Joaquim da Silva Leme e de Maria Gertrudes Cardoso (SL,8:70); José Tiago já era falecido em 1858, quando sua viúva Ana Rodrigues se casou com Lourenço Justiniano da Silva Leme, seu cunhado, irmão do falecido José Tiago. Ana e José Tiago foram pais de:
2.1 – João Tiago da Silva Leme;
2.2 – Maria, batizada em 1839.
3 – Bibiana Maria do Carmo, natural de Bragança, casada no Amparo em 1845 com Joaquim Manuel de Cerqueira César, filho do Capitão Manuel Joaquim de Cerqueira César e de Manoela de Oliveira César. Foi a segunda esposa de Joaquim Manuel, pois este era viúvo de Maria Jacinta de Moraes, filha de Felipe Antônio Pereira. Bibiana, depois de viúva, casou com Henrique de Sousa de Moraes, viúvo de Gertrudes Pires da Fonseca. (1º of., 19:11v e 35:42)
TRONCO II
II – Francisco Rodrigues Bueno, filho de Pedro de Lima Bueno e de Gertrudes Maria Franco, casou no Amparo em 1829 com Gertrudes Maria de Oliveira, filha de João Leme da Silva e de Escolástica de Oliveira. Em 1832, falecida a primeira mulher, casou no Amparo com Maria Gertrudes do Espírito Santo, natural de Bragança, filha de Joaquim Mariano de Sousa e Maria Angélica da Anunciação. Já era falecido em 1837, quando sua viúva Maria Gertrudes do Espírito Santo se casou no Amparo com José Pedroso de Moraes, viúvo de Ana Gertrudes de Lima. Da primeira esposa teve:
1 – Antônio, batizado em 1831 no Amparo.
2 – Gertrudes Maria da Conceição, casada em 1857 com Jacinto de Oliveira e Sousa, filho de Joaquim Bento de Sousa e Umbelina Maria de Sousa
TRONCO III
III – Joaquim Rodrigues Bueno é um nome que se presta a enorme confusão porque há pelo menos três homônimos em meados do século XIX e mais um no começo desse século:
1 – Joaquim Rodrigues Bueno, viúvo de Maria da Conceição, casou no Amparo em 1849 com Luzia Efigênia, natural de Mogi Mirim, filha de Joaquim Jorge de Moraes e de Gertrudes Maria Franco (CA-2:97). Foram pais de:
1.1 – Gertrudes, batizada no Amparo em 1850, sendo padrinhos Manuel Florêncio da Cunha e Gertrudes Maria de Jesus. (BA-5:45)
2 – Joaquim Rodrigues Bueno, casado com Gertrudes Maria de Jesus. Gertrudes vendeu em 1890 a Roberto Canedo de Oliveira “terras no sítio que foi de seu finado marido João Rodrigues Bueno, no Córrego Vermelho”; por ser analfabeta assinou a rogo por ela seu filho Domingos Rodrigues da Mota. Joaquim e Gertrudes foram pais de:
2.1 – Leopoldina Maria da Conceição, que casou em 1857 no Amparo com seu parente em 3.0 grau de consanguinidade igual Henrique de Godoy Bueno, filho de Jacinto de Godoy Bueno e de Maria Joaquina da Conceição. (CA-3:72v)
2.2 – José Rodrigues Bueno, natural de Bragança, filho de Joaquim Rodrigues Bueno e de Gertrudes Maria de Jesus, casou em 1869 com sua parente em 4.0 grau de consanguinidade, Ana Gertrudes de Jesus, natural de Amparo, filha de José Ortiz de Menezes e Gertrudes Maria de Camargo. (CA-5:146)
2.3 – Antônio Rodrigues Bueno, filho de Joaquim Rodrigues Bueno e Gertrudes Maria de Jesus, casou no Amparo em 1873 com Francelina Maria da Conceição, filha de José Luís de Melo e de Maria Alves da Conceição, já falecidos. (CA-6:63/63v)
2.4 – Domingos Rodrigues da Mota (1ºof.97:32).
2.5 – Balbina Marcolina do Espírito Santo, filha de Joaquim Rodrigues Bueno e de Gertrudes Maria de Jesu, casou no Amparo em 1885 com Joaquim Lucas de Freitas, viúvo de Filisbina Leite de Moraes (CA-11:20v)
3 – Joaquim Rodrigues Bueno, filho de Anastácio Alves Barbosa e de Gertrudes Leite da Silva, casou no Amparo em 1858 com Gertrudes Maria de Jesus, filha de Francisco José do Monte e de Ana Maria de Jesus (CA-3:83v) Este casal é homônimo completo do anterior! A única distinção possível é pela data mais recente do casamento, o que impossibilita que fosse pai dos filhos do anterior..
4 – Joaquim Rodrigues Bueno e sua mulher Ana Maria, moradores no Bairro Camanducaia, foram padrinhos de batizado de José, filho de Bento Moreira do Prado e Joaquina Rodrigues, celebrado em Mogi-Mirim, em 4/3/1818 (BM, 6:100)
TRONCO IV
IV – Aleixo Rodrigues Bueno, bragantino, filho de Manuel Rodrigues de Aguirra e Maria de Lima, casou em 1830 em Serra Negra com sua parente Manuela Rodrigues César, filha de Joaquim Rodrigues de Moraes e de Maria Madalena (CSN-1:11v). Aleixo já era falecido em 1865. Foram donos de terras no bairro do Brumado, em Serra Negra, que seus herdeiros venderam a João Pires Batista (meu bisavô). Essa a origem da Fazenda Santo Aleixo, que ainda é de propriedade de descendentes de João Pires Batista (1ºof.12:1654). Aleixo Rodrigues Bueno e Manuela Rodrigues César tiveram (1ºof. 18:86):
1 – Teodoro, batizado em 1835, falecido na infância (BA-2:54);
2 – João Rodrigues Bueno, maior em 1867, era tutor de seus irmãos menores.
3 – Joaquim Rodrigues Bueno, maior;
4 – Manuel Rodrigues Bueno, maior;
5 – Albino Rodrigues César, maior.
6 – José Rodrigues César, menor púbere em 1867;
7 – Cândida Rodrigues Bueno, menor púbere em 1865;
8 – Maria, menor impúbere em 1867;
9 – Guilhermina, menor impúbere em 1867;
10 – Marcolina, menor impúbere em 1867;
11 – Galdino, menor impúbere em 1867;
TRONCO V
V – João Rodrigues Bueno e Floriana Maria de Jesus foram pais de:
1 – Jacinta, batizada em 1851, sendo padrinhos Francisco de Moraes e Justina do Espírito Santo. (BA-55v)
2 – Pedro José Bueno, filho de João Rodrigues Bueno e de Floriana Maria de Jesus, casou no Amparo em 1876 com Maria Gertrudes Maciel, viúva de João Cardoso de Oliveira (CA-7:17)
3 – Francisca Maria de Jesus, filha de João Rodrigues Bueno e de Floriana Maria de Jesus, casou em 1885 com
Joaquim Fernando da Silva, viúvo de Gertrudes Maria da Conceição (CA-11:15v)