RANDOLFO MARGARIDO DA SILVA
Foi necessária uma acurada pesquisa no jornal “Correio Paulistano” para obter informações sobre este vereador amparense, pois as fontes locais continuam inacessíveis, especialmente as obras do Museu Bernardino de Campos. Entretanto, trata-se de figura bastante importante, com muito destaque nas finanças e na vida social fora de Amparo.
O Dr. Ranfolpho Margarido da Silva nasceu no Rio de Janeiro a 16 de setembro de 1852. Cursou o Colégio D. Pedro II e formou-se em Medicina na Faculdade de Medicina da Bahia.
Era casado com Francisca Eugênia Ferraz da Silva, filha do Comendador Coronel José Pinto Ferraz e de Mafalda Carolina Pinto Ferraz.
Já morava em Amparo em 15/10/1880, quando foi nomeado capitão cirurgião-mor do Comando Superior da Guarda Nacional de Amparo e Bragança (Correio Paulistano).
Foi eleito vereador em 1882 e empossado em 7 de janeiro de 1883, mas quase nada consta das atas anteriores sobre ele.
Em 13/1/1885 foi eleito Presidente da Câmara com 4 votos, derrotando Antão de Paula Sousa, que obtivera 3 votos, e Urbano de Azevedo, que só conseguiu um voto. Em face desse resultado, devemos presumir que ele pertencia ao Partido Conservador, já que Paula Sousa era liberal e Urbano de Azevedo republicano.
Em 15/4/1886 Randolfo Margarido da Silva ausentou-se temporariamente da cidade em razão de moléstia grave de seu pai (Atas, 5:73v). Em 2/9/1886 Randolpho Margarido da Silva pediu prorrogação da licença para.acompanhar moléstia de seu pai. (Atas, 5:106)
Depois mudou-se para Araraquara, onde nasceu um de seus filhos por volta de 1887.
Em 1888 foi eleito Deputado Provincial pelo 8º Distrito para o biênio 1888/1889. Com a queda da monarquia abandonou a política e passou a se dedicar aos negócios, além de manter intensa atividade como médico na capital paulista, com uma clínica de atendimento aos pobres, à então Rua São João. Foi fazendeiro em Matão e presidente da Companhia Ferro Carril de São Paulo em 1890, ano em que viajou para a Europa. Em 1894 fundou a Companhia Telefônica do Estado de São Paulo, que dirigiu por muitos anos.
Mudou-se anos depois para o Rio de Janeiro, onde sua esposa faleceu em 1927. O Dr. Margarido sobreviveu vários anos, vindo a falecer no Rio de Janeiro em 1/7/1940.