(a pedido do historiador Nelson Machado)

– 8/2/1852 – Expediente da Presidência da Província: “Ao Subdelegado de Amparo significando-lhe que não sendo possível fazer-se cadeias cada uma das freguesias, deverá o sr. Subdelegado remeter os presos para a cadeia do termo” (A Aurora Paulista)

– 20/2/1857 e 24/2/1857 – Debate na Assembléia Provincial sobre projeto de criação da vila de Amparo, do deputado Pinto Porto. O artigo 2º dispunha que a vila não seria inaugurada enquanto o seu povo não construísse a cadeia e casa da câmara. Falam os deputados Alves dos Santos, Pinto Porto, Queiroz Teles, Carrão, R. Andrada, B. da Cunha e Ulhoa Cintra. Houve uma emenda de Alves dos Santos sobre as divisas do Amparo, mas alguns deputados queriam incluir Serra Negra no município de Amparo. Outros deputados alegaram que Serra Negra preferia pertencer a Mogi-Mirim. O Deputado Alves dos Santos representava os interesses de Mogi-Mirim. (CP)

– 24/5/1859 – O Presidente da Câmara propôs que os vereadores fossem examinar “nesta Villa em lugar proprio uma localidade que servisse para se abrir os fundamentos da Cadea e Casa de Câmara”, o que foi feito nesse dia. No dia seguinte a Câmara oficiou ao Vigário Padre Lacerda comunicando que iria dar “princípio das obras da Cadeia no Pátio do Rosário, lugar marcado por esta Câmara em comissão”. (Atas, 1:31v/32v)***

– 3/9/1860 – Comissão nomeada para adquirir casas para Cadeia informa que fez “as compras das casas para Cadea Publicam uma do Capitão José Gomes Barbosa pela quantia de um conto oito centos e setenta mil reis, e outra de Francisco José do Monte unida a mesma, pela quantia de trezentos e cincoenta mil reis, ficando sujeitos ao pagamento da Sisa e entregarão a Escriptura da casa do dito Capitão Gomes à Câmara a qual fica archivada, e agradece sumamente a dita Comissão composta dos Senhores José Manoel de Miranda, Marco Evangelista do Amaral e Zeferino da Costa Guimarães e Antonio Pires de Godoi Jorge os relevantes serviços que tiveram nas subscrições e compras” (Atas, 1:70)

– 15/2/1870 – carta de um lavrador dizendo que Amparo foi o município mais prejudicado com o recrutamento para a Guerra do Paraguai – a carta critica a escravidão – Amparo era o terceiro maior produtor de café – não havia fontes e se bebia a água do Camanducaia – mas fontes havia, bastava levar sua água para o centro da cidade – construção de chafarizes – tudo tem sido feito pelo município: igrejas, cemitério, cadeia, sala da câmara e de audiências públicas, mercado, matadouro… (CP)

– 4/3/1870 – projeto do deputado Araújo para se gastar 10 contos em uma cadeia e “casa do júri” em Amparo. (CP)

– 29/6/1870 – verba de 5:000$000 para a cadeia de Amparo. (CP)

– 18/12/1875 – cuida-se de reparos no prédio da cadeia de Amparo. (OESP)

– 18/11/1876 – arrombada a cadeia de Amparo – um escravo preso conseguiu fugir. (OESP)

– 16/4/1878 – crime na “vila de Serra Negra, distrito do Amparo” – José Antônio Telheiro e seu filho Francisco Antônio Telheiro mataram a facadas José Frutuoso da Cunha. Foram recolhidos à cadeia de Amparo. (OESP)

– 18/3/1879 – em discussão na Assembléia Provincial a construção de cadeia em Amparo. (OESP)

– 23/2/1880 – A Câmara dirige representação à Assembléia Provincial, encarecendo a urgente necessidade de construção de prédio para Cadeia e Casa da Câmara. Alega “que o edifício que atualmente existe, casa particular adquirida por alguns cidadãos para a criação do termo aqui, em tempos remotos, hoje é absolutamente imprestável”, tratando-se de um “pardieiro vergonhoso”. Lembra que Amparo era “sede de uma das mais importantes comarcas da província” e merece melhor sorte. (Atas, 4: 23)xxx

– 5/12/1880 – a “Gazeta do Amparo” noticia uma tentativa de fuga na Cadeia do Amparo. (OESP)

– 9/1/1883 – Joaquim Pinto de Araújo Cintra, Antônio Gonçalves de Oliveira Bueno e Francisco de Paula Camargo, nomeados membros da comissão encarregada de dirigir as obras da cadeia, comunicam ao Presidente da Província terem aceitado o encargo. (EFA, 18)

– 7/2/1885 – O Dr. Araújo, com o apoio de Albino Alves e de Campos Pinto, indicou à Câmara em sessão dessa data: “Tendo a Câmara Municipal conhecimento de haver o Exmo Governo Provincial dado todas as providências necessárias para a construção da nova Cadeia, nomeando uma comissão para dirigir as obras e pondo a sua disposição parte da quota consignada no orçamento provincial e mandando demarcar o lugar apropriado para o edifício; e tendo também conhecimento de que um membro dessa comissão se acha enfermo há quase dois anos e por isso impossibilitado de prestar os serviços que dele espera o Governo, que outro reside a três léguas de distância da cidade, não podendo também desempenhar a comissão de que foi encarregado, sendo com certeza esta a razão de tão longa demora do serviço; indico que se leve estes fatos ao conhecimento do Governo e se represente sobre a necessidade de completar-se a Comissão com cidadãos residentes nesta cidade, que possam dirigir a obra sem sacrifício de seus cômodos e de seus interesses. A Cadeia Velha é uma verdadeira espelunca que não só contrasta com o progresso que a civilização tem desenvolvido na nossa vida econômica e industrial, como exprime uma falta grave diante o art. 179 § 2º da nossa Constituição Política, e urge que se levante a nova cadeia em condições de prestar-se ao fim a  que é destinada. Paço da Câmara, 7/2/1885. Araújo. Campos Pinto. Albino Alves.  (Atas, 5:10v)

– 30/7/1885 – A Câmara recebe ofício do Presidente da Província, declarando que em 22 de dezembro p.p. foi julgada a desapropriação de terreno para Cadeia, pertencente ao órfão Antônio, filho do finado Manuel Alves Cardoso. (Atas,5:25v)

4/3/1886 – pelo Dr. Araújo foi indicado que a Câmara represente ao Governo pedindo o começo das obras da Cadeia, porque a Câmara se vê obrigada a alugar prédio particular para suas sessões porque o prédio da Cadeia está em ruínas. – aprovada. (Atas, 5:67v)

– 5/7/1886 – Indicação do Presidente da Câmara Dr. Araújo dá denominação a logradouros: A – Largo da nova cadeia = Largo Municipal  B – rua aberta entre o Largo Municipal e a rua do Aquidaban = Rua Barão de Parnaíba. – C – rua do Largo da Estação à estrada de Bragança = Rua Albino Alves – D – Rua do Aquidaban = Rua General Osório – esta indicação é do Capitão Miranda. (Atas,5:96)

– 23/7/1886 – Em Sessão Extraordinária, presidida pelo Dr. Araújo, presentes o Capitão Miranda, Albino Alves, Almeida Sobrinho e Campos Pinto, a Câmara representa ao Governo Provincial contra as dimensões do prédio da nova cadeia, pedindo para alterar a planta da Cadeia, “muito acanhada”, que não satisfaz as necessidades do Município, argumentando com “o estado florescente da cidade e os poderosos elementos de prosperidade que se manifestam no seio de seu território”. (Atas, 5:98v/100)

– 16/9/1886 – Ofício do Presidente da Província, respondendo ao ofício da Câmara que pede nova planta para a Cadeia, com “proporções mais vastas”, declara que para que aquela Presidência possa autorizar a execução deste último plano, convém que esta Câmara declare se toma a responsabilidade daquele excesso, afim de prosseguir a obra. A Câmara, por unanimidade de votos, deliberou responder: “A Câmara Municipal desta cidade, em sessão ordinária de hoje, tomou conhecimento do ofício de V.Exa., datado de 15 do corrente, e deliberou por unanimidade de votos declarar que assume a responsabilidade do pagamento do excesso das despesas a fazer-se com a construção da nova cadeia, de conformidade com o novo plano organizado pelo engenheiro Bacelar, que eleva o custo do edifício a 28:111$003. (Atas,5:109/109v)

– 29/9/1887 – A Comissão Especial encarregada de responder aos quesitos que acompanharam circular do Presidente da Província, datada de 27 de junho, apresentou o seguinte parecer: ao 1º quesito não podia responder, porque a Câmara não tem engenheiro; ao 2º: há 786 casas na cidade, inclusive igrejas e prédios públicos: uma que serve de cadeia atualmente, outra em construção para servir de cadeia e sala da Câmara Municipal, bem como outra que serve de Mercado e outra de Lazareto, além de 3 igrejas; ao 3º – só temos uma paróquia dentro do circuito da Décima Urbana; 4º – prejudicado pelo antecedente; 5º – 3 léguas para o lado de Campinas, 3 léguas para Mogi-Mirim, 3 léguas para Itatiba, 3 léguas para Socorro, e légua e meia para o lado de Serra Negra. – Aprovado, devendo se oficiar ao Governo Provincial. (Atas,5:195v)

– 26/2/1889 – Sessão Ordinária, presidida por Silva Pinto Júnior, presentes Joaquim Bernardino de Arruda, vice-presidente, Barão do Socorro, Martins Barbosa e Mendes do Amaral, faltando o Dr. Carlos Augusto do Amaral Sobrinho, em licença, e Joaquim Inácio da Silveira, Florêncio Franco da Rocha e Salvador José de Miranda. Foi realizada no pavimento superior do “novo edifício da Câmara Municipal” (Cadeia). Além da Câmara nele funcionaria o Fórum; o prédio já estava de posse da Câmara, embora não inaugurado; uma carta particular do Presidente da Província ao Barão do Socorro o autorizava. O Barão do Socorro indicou um agradecimento ao Deputado Provincial Artur Prado Queiroz Teles, por ter obtido a verba para construção da Cadeia, e à memória do Conde de Parnaíba, por ter sancionado a lei e cooperado na sua realização; agradecimentos também ao engenheiro Vicente Bacelar Huet de Pinto Guedes. Martins Barbosa apresentou emenda para inserir em ata um voto de louvor à memória do finado Conde de Parnaíba, e de reconhecimento ao Dr. Artur Prado de Queiroz Teles, bem como a aquisição de retratos dos mesmos para serem colocados na sala de sessões da Câmara. (Atas,6:260/261)

– 14/3/1889 – Em sessão ordinária, presidida por Dr. Silva Pinto Júnior, é recebido um ofício de Marcolino Antônio Martins, Juiz Municipal em exercício, ponderando que, tendo melhorado consideravelmente a sala de sessões da Câmara e do Júri e também a sala de audiências do Juiz de Direito, havia necessidade de mobília para a sala de audiências do Juízo Municipal. Pede: cabides para chapéus, assentos para os que comparecem às audiências, depósito de água potável e outras peças. O Presidente Silva Pinto considerou-se censurado por não haver providenciado tais melhorias e submeteu à Câmara a reinvindicação do Juiz Municipal. Martins Barbosa declarou que era muito razoável a reclamação, mesmo porque os empregados da Justiça haviam aberto mão das meias-custas para serem aplicadas na compra de mobília para o edifício. A proposta foi unanimemente aprovada, ficando o Procurador da Câmara autorizado a comprar quatro dúzias de cadeiras austríacas, uma mesa apropriada para os trabalhos, uma cadeira de braços e encosto para o Juiz, um relógio de parede e cabides. (Atas, 6:263/265)

– 9/5/1889 – Oferta pelo vereador Barão do Socorro de um retrato do Imperador para ser colocado na Sala de Sessões da Câmara e do Tribunal do Júri, “em sinal de homenagem à Augusta Pessoa d’Aquele que tão sabiamente dirige os destinos de nossa cara pátria”.  A Câmara aceitou e agradeceu e mandou colocar no ponto da sala que julgou mais conveniente. (Atas, 6:319)

– ?/2/1889 – Realiza-se no edifício da “cadeia nova” um grande encontro popular, para resolver os meios de combate à Epidemia Campineira, “que pela primeira vez se manifesta”. “Era o tempo do terror”, acrescenta o Correio do Amparo, referindo-se à febre amarela. (EFA, 32)

– 11/10/1889 – boato de invasão da cadeia de Amparo para “tirar uns presos”. (OESP)

– 1890 – Dr. Francisco Antônio de Araújo e sua mulher Januária da Araújo Roso, donos de um terreno no quintal da casa na Rua Conde de Parnaíba, “em frente à Cadeia Velha”,  vizinhos de Joaquim Martins Barbosa, Serafim de Tal, herdeiros de José Jacinto de Araújo Cintra, Maria de Campos Bueno e Antônio e Maria Ribeiro. (SO/LN,1:20/20v)

– 4/5/1899 – tourada no Largo da Cadeia Velha. (OESP)

– 23/5/1906 – jantar aos presos da Cadeia, oferecido por D. Gertrudes Cintra, mãe do Coronel Felício Cintra. (OESP)

– 7/6/1909 – no ano de 1908 foram recolhidos à Cadeia de Amparo 418 presos, sendo 316 maiores e 102 menores. – brasileiros, 375 – italianos, 33 – portugueses, 5 – austríacos, 2 – outros, 2. – por embriaguês, 112 – desordens, 149 – vadiagem, 39 – lesões corporais, 38 – homicídios, 2 – atentados ao pudor, 5 – roubos, 4 – furtos, 3. (OESP)

– 19/5/1916 – Dr. Félix Pastana ofereceu um opíparo jantar aos presos da Cadeia. (OESP)

 

 

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