Os historiadores e cronistas amparenses, há muito tempo, apontam para a singular concentração de personagens ilustres no pequeno quarteirão que constitui a nossa Rua 15 de Novembro. Ali viveram, quase simultaneamente, Laudo de Camargo, presidente do Supremo Tribunal federal, Bernardino de Campos, duas vezes presidente do Estado de São Paulo e duas vezes Ministro da Fazenda, Carlos de Campos, também presidente do Estado, o cientista Franco da Rocha e Prestes Maia, prefeito emérito de São Paulo.
Realmente, é uma coincidência expressiva que, num trecho de menos duzentos metros, ladeado por edificações modestas, tantos varões ilustres tenham tido sua morada no final do século XIX. E me lembro de ter ouvido do próprio Dr. Áureo de Camargo, nosso historiador máximo, numa das noitadas na “mesa amarela”, que nunca mais haveria outra rua como a Rua 15 de Novembro. Concordo plenamente com Dr. Áureo; será difícil que Amparo volte a ter numa mesma rua tantas personalidades de renome nacional. Amparo tem gerado centenas de outros nomes importantes, mas dispersos pela cidade, nunca concentrados num único quarteirão.
Entretanto, existe uma coincidência semelhante, que faz paralelo ao caso da Rua 15 de Novembro. Desta vez não se trata de figuras da política ou da ciência, mas de uma fantástica aglomeração de moças bonitas na Rua Humberto Beretta (que alíás foi desmembrada da Rua 15 de Novembro), nas décadas de 1950 e 1960.
Bastará recordar os nomes, para que os contemporâneos concordem comigo:
Rosely, que foi Rainha do Café e Marly da Mota Pacheco, filhas do Dr. Benedito da Mota Pacheco. Alayr e Heidi Johnson, filhas do Alaor Assis. Odith, Orley e Orly Mantovani, filhas de Orestes Mantovani. Marilande e Tebes Henrique, filhas do Áureo Henrique. A poetisa Raquel Sampaio, e suas irmãs Lia e Henriqueta Sampaio, filhas do Dr. Paulo Sampaio. Jandira, Olga e Maria Marques, filhas do Hermínio Marques (e falta uma…). Bésinha, Cecília e Neca Moreira, filhas do Tota. Lucinha Marques de Almeida, mignon, mas bonita, E havia as que não moravam na rua, mas a freqüentavam, como a Ivete Marques e Olenka Barbosa (que se casou com o Fiore Gerbi), a Izete Pinarello, Didinha Persicano e outras.
A Rua Humberto Beretta tem outros títulos. Ali moraram as irmãs Almeida Melo, doceiras e professoras de mão cheia, e também o nosso querido Nhoca. Ali está um dos melhores restaurantes da região, o Bar Club, de nosso amigo Lu Ferreira. Ali existiram o Club dos Democratas e o Yaguaretê, fortalezas do nosso Carnaval e palco de animadíssimos bailes. Isso sem esquecer os pais das moças bonitas, figuras importantes da sociedade amparense.
Mas qualquer quarteirão da cidade também tem os seus aspectos dignos de nota. Ter dezenas de moças bonitas ao mesmo tempo, beldades de “fechar o comércio”, como se dizia naquela época, só a Rua Humberto Beretta. Nunca mais haverá outra igual!.

 

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