Política e Administração Pública

– 26/2/1932 – Comício em prol da Constituinte realizado no Cine Santa Helena, em razão da chuva torrencial. Falaram João Jorge de Siqueira Franco, José Jorge, Nelson Alves de Godoy e Raul Fagundes – também falaram Dr. Nicanor Miranda, Dr. Percival de Oliveira e Dr. Américo Ferreira de Camargo. (DN – idem em “O Comércio” de 25/2/1932)

– 7/4/1932 – Sessão de Instalação do Conselho Consultivo do Município de Amparo, na forma do art. 10º do Decreto Estadual n. 6.406, de 3/3/1932, no salão nobre da Prefeitura Municipal de Amparo, na presença do Prefeito Dario de Lima Pires, composto dos membros: – Dr. Francisco de Assis Vasco de Toledo – presidente (mais idoso), Dr. Alberico Prado Pastana, Dr. Nestor Aratangy,  Benedito Silveira Pupo, nomeados por Decreto Estadual de 29/3/1932.

Deixou de comparecer e prestar compromisso o cidadão Afonso Celso de Toledo Franco. (Atas, 26:1/2)***

– 23/5/1932 – Faleceu no conflito de 23/5/1932 Antônio Américo de Camargo Andrade, natural de Amparo, filho de Nabor de Camargo Andrade e de Hermelinda Nogueira de Camargo. Foi o “M” do M.M.D.C. Era casado com Inaya Teixeira de Camargo e deixou 3 filhos menores. Era irmão de Ciro Nogueira de Camargo, casado com Eglantina Ferraz de Camargo, de Laura de Camargo Braga, casada com Laércio de Carvalho Braga, e de Rita de Camargo Ferraz, casada com Sílvio de Sampaio Ferraz. (O Comércio)

– 24/5/1932 – houve grande manifestação em Amparo contra o governo federal, por causa dos incidentes em São Paulo, onde morreram os 4 do M.M.D.C. – a manifestação, porém, foi ordeira em Amparo (O Comércio)

– 27 a 30/7/1932 – Revolução Constitucionalista – Amparo –

requisições militares – refeição para tropa (PMA/L, 240:17)

– 20/8/1932 – Campanha “Ouro para a Vitória” – comissão escolhida:

Presidente: Coronel João Belarmino Ferreira de Camargo – secretário: Raul de Oliveira Fagundes – membros: Dr. Guilherme de Oliveira, Carlos Alves de Godoy,  Monsenhor Pedro dos Santos, José Martins Guedes, Waldemar Jonas, Constâncio Cintra, Dr. Coriolano Burgos e Dr. João Jorge de Siqueira Franco (OESP)

– 21/8/1932 – subscrição aberta por Plínio do Amaral e Constâncio Cintra, para dar capacetes de aço aos soldados paulistas do Amparo, alcançou 5:841$500 – cooperaram Nini Pimentel, José Inácio de Macedo e o Professor José Leite Scalvi. (OESP)

– 24/8/1932 – notícias da Revolução Constitucionalista em Amparo – batalhão 23 de Maio – o jornal só tem 2 folhas. (OESP)

– 3?/9/1932 – O piloto governista Eduardo Gomes, depois Brigadeiro e Marechal do Ar, bombardeia Amparo, mas é surpreendido por dois aviões paulistas da Esquadrilha Gaviões de Penacho e, ao se refugiar na base de Mogi-Mirim, é metralhado e tem seu avião incendiado, já no solo. Outros aviões federais estacionados ao longo da pista são destruídos. (Testemunho do próprio Brigadeiro Eduardo Gomes ao autor e outros amparenses no Club 8 de Setembro, em 1962)

– 7/9/1932 – Disparos de artilharia são ouvidos em Amparo, enquanto se trava uma escaramuça em Brumado. Depois já se luta no Pantaleão. (DCC- Diário de uma Cidade Conquistada, por João Jorge, 7)

– 8/9/1932 – Combates em Alferes Rodrigues. O comando das forças ditatoriais telefona a um jornalista avisando que não vão ocupar a cidade nesse dia, por ser festa da Padroeira. A despeito de tudo, a procissão de Nossa Senhora do Amparo sai às ruas, em meio ao troar dos canhões. Vinte disparos de artilharia são ouvidos durante a noite. (DCC, 8/9)

– 8/9/1932 – Revolução Constitucionalista – Roberto Torres fornece refeições a soldadas da Guarda Civil (PMA/L, 240:18)

– 9/9/1932 – Avião ditatorial bombardeia a cidade. Bombardas paulistas procuram responder ao fogo da artilharia ditatorial, mas sem sucesso. A população em pânico abriga-se nos porões. Balas de fuzil e de metralhadora atingem os telhados e paredes. (DCC, 10/11)

– 9/9/1932 – missa por alma de Alonso Ferreira de Camargo, falecido em combate. (OESP)

– 10/9/1932 – Intensa fuzilaria ao amanhecer até as 10 horas da manhã. Começa o bombardeio de artilharia contra a cidade. Uma bomba mata um cavalo no quintal da Casa Nunes. “Continua rebentando violentamente o canhão. Tricoteiam o ar as metralhas. São vozes destoantes os estalidos dos fuzis, neste inferno. Urubu deixou de voar. Estão todos pousados nas dobras do casario. E saltam assombrados grasnando, quando balas raspam os telhados. Casas atingidas mostrando as chagas da guerra. Fios partidos. Vidraças espatifadas. Estilhaços chovendo. No Largo do Grupo Rangel, um relógio estático por uma explosão, fixou indefinidamente o instante em que a morte passou estrondejando naquele lar vasio”. Uma metralhadora postada na Caixa d’Água garante a retirada dos últimos soldados paulistas. O trem não conseguiu chegar à Estação e, por isso, o embarque é na Avenida Bernardino de Campos. Ponte da Rua Ana Cintra e o Mercado são alvejados pela artilharia. No final da manhã os primeiros soldados ditatoriais entram na cidade. O Coronel Benjamim Vargas ocupa a Prefeitura e faz lavrar um termo de posse da cidade, “depois de catar na rua duas testemunhas improvisadas: o Antônio Veronezzi e o velho Martello”. (DCC, 12/15)

– 11/9/1932 – Chegam para vistoriar a cidade conquistada o Major Juarez Távora, Major Cordeiro de Farias, Coronel Falconiéri e outros, que vem cumprimentar o Coronel Eurico Gaspar Dutra, comandante da nova praça tomada. (DCC, 18).

– 12/9/1932 –  “Ata para a posse do Dr. Prefeito Municipal”, nomeado pelas forças federais que haviam acabado de ocupar a cidade: Dr. Pedro Luís Ferreira de Araújo Júnior; fora nomeado pelo Coronel Pedro Reginaldo Teixeira; assinam também a ata o Tenente-Coronel Benjamim Vargas, Capitão Jerônimo Ferreira Romariz e outros oficiais,  além dos moradores de Amparo: Américo Granato, Pascoal Granato, João Groppo, Antônio Veroneze, J. Camargo Neto, Maximino do Carmo e Miguel Martelo. (Atas,26:9/9v)

– 14/9/1932 – Aviões paulistas bombardeiam a cidade e destroem um veículo das forças ditatoriais. Combates em Coqueiros e Pedreira. (DCC, 19/20)

– 15/9/1932 – Novo bombardeio aéreo por aviões paulistas atinge o “Café Carvalho”, provocando grandes danos. (DCC, 22)

– 16 e 17/9/1932 – Repetidos bombardeios aéreos contra a cidade por aviões paulistas, preparando uma tentativa de retomada de Amparo, sob o comando do Padre Luís de Abreu. (DCC,25/27)

– 18/9/1932 – faleceu em combate nas proximidades de Amparo Humberto Beretta, voluntário do Batalhão 23 de Maio. Era filho de Joaquim Beretta, residente em São Paulo, e de Ana Beretta, e irmão de José Beretta, comerciante em Amparo, casado com Antônia Z. Beretta, e de Amadeu Beretta e Benvenuto Beretta, moradores em São Paulo. Humberto Beretta era conhecido esportista, tendo sido goleiro do Floresta A.C. (O Comércio)

– 18/9/1932 – Chegam à cidade mais de 100 prisioneiros paulistas,

entre eles o Padre Luís de Abreu, Homero Pimentel, José Guimarães,

Marcílio Gonçalves e outros. Foram cercados quando tentavam a retomada

da cidade. (DCC, 30)

– 20/9/1932 – protesto contra o bombardeio aéreo de Campinas ocorrido dias antes – situação no setor de Amparo: “normal”. (OESP)

– 24/9/1932 – Combates na Areia Branca. Os ditatoriais abrem estrada ligando Pedreira a Carlos Gomes, para contornar Jaguari e prosseguir no ataque a Campinas. (DCC, 37)

– 24/9/1932– “Ata da 1ª Sessão Extraordinária desta Prefeitura Militar de Amparo, para verificar a presença de funcionários” – extensa lista de funcionários federais, estaduais e municipais – “Ata de Empossamento dos Funcionários Federais, Estaduais e Municipais”. (Atas, 26:10/13)***

– 25/9/1932 – Jaguari cai em poder das tropas ditatoriais. (DCC, 37)

– 26/9/1932 – Tropas federais retornam a Amparo. “Os paraibanos ficam no Grêmio Recreativo. No Luís Leite alojam-se os cearenses e alagoanos. No Rangel Pestana estão os gaúchos. Nas máquinas de beneficiar, São José e São João, estão os mineiros de Três Corações. Outras tropas mineiras, de São João del Rei, estão alojadas na antiga fábrica de fósforos, no Ribeirão. (DCC, 38)

– 28/9/1932 – Revolução Constitucionalistas – Guarda Civil lutando no setor de Amparo. (OESP)

– 28/9/1932 – Revolução Constitucionalistas – Guarda Civil lutando no setor de Amparo. (OESP)

– 30/9/1932 – Chega a Amparo um emissário da Força Pública para parlamentar com os generais Pinheiro e Eurico Dutra. É amparense e diz abertamente que veio para negociar a paz. (DCC,40)

– 4/10/1932 – Confirma-se a rendição de São Paulo. Chegam os primeiros jornais da capital. Começam a aparecer soldados paulistas que tinham ficado escondidos pela famílias locais. (DCC,40/41)

– 13/10/1932 – Dr. Pedro de Araújo nomeado Prefeito Municipal pelo Cel. Pedro Reginaldo Teixeira, chefe da Polícia Militar da 4º D.I. (OESP)

– 16/10/1932 – Revolução Constitucionalista – reassumiu o Delegado de Polícia João Rodrigues Soares Júnior – o Tenente do Exército Dr. J.M. Leite de Vasconcelos, que vinha ocupando o cargo, seguiu para o Rio de Janeiro, onde residia. (OESP)

– 16/10/1932 – missa de 20º dia pela alma de João Belarmino Ferreira de Camargo. (OESP) Notícia da morte do capitão Alceu Vieira (O Comércio)

– 23/10/1932 – notícias da Revolução – sobre Padre Luís de Abreu. (OESP)

– 1/11/1932 – enterro de Argemiro Alves Silvestre – Laudo de Camargo e seu filho Áureo de Almeida Camargo em Amparo. (OESP)

– 23/11/1932 – notícia sobre o 1º tenente aviador Horta Barbosa, legalista, “morto próximo a Amparo”, durante a Revolução Constitucionalista. (OESP).

Educação e Cultura

– 20/4/1932 – inspecionadas as escolas. (OESP)

– 29/6/1932 – Recital da Sociedade Instrução Artística do Brasil no Teatro Variedades, com a apresentação dos bailarinos russos Vera Grabuska e Pierre Michilowiski. (OESP)

Economia e Finanças

1932 – Associação Comercial de Amparo – Diretores: José Martins Guedes, Querubim Bueno, Antônio Ribeiro Nunes Sobrinho, Antônio Mitidiéri, Dandolo Corsi, e Gabriel Jorge – Conselho Consultivo: João de Sousa Nóbrega, Antônio Inácio Pacheco,  Schiller Torres, Amadeu Lebre Dias, Berlingéri Petri, Afonso Celso de Toledo Franco e Fioravante Trentini. (OC)

Esportes

– 27/6/1932 – Lista de jogadores do Amparo A.C: Jonas Cunha, Áureo Franco de Abreu, Américo Giglio, Nelson Vaz Moreira, Benedito Narciso, Antenor Campos e Alberto Veronezzi (Correio de São Paulo)

Clima

– 15/12/1932 – “Chuva Torrencial” – cheia do Camanducaia – tráfego de trens interrompido entre Amparo e Coqueiros (O Comércio)

Amparo – Generalidades

– 1932 –  Faleceu, aos 58 anos, D. Mariana Batistucci Veronezzi, casada com Jacob Veronezzi. Deixou os filhos:

João Veronezzi, casado com Attemia M. Veronezzi; Elvira Veronezzi, casada com Mini Baradel; Horácio Veronezzi, casado com Anita Marcelino; Sebastiana Veronezzi, casada com Francisco Duarte Lopes; Carolina Veronezzi, casada com Abílio Baradel; Yolanda Veronezzi, casada com Joaquim Pereira; Ranolpho Veronezzi, casado com Maria Amélia; Alberto Veronezzi e Antônio Veronezzi. (O Comércio)

– 1932 – Faleceu José Maria Dias, antigo industrial, casado com Rosa Lebre Dias, deixando os filhos: Amadeu Lebre Dias, casado com Júlia Silvestre Dias, e Adelina Dias de Aguiar, viúva de José Ricardo de Aguiar. Também foi pai das falecidas Noêmia Dias de Aguiar, que foi casada com Manuel Martins, e Lídia Dias da Silveira, que foi casada com João Lourenço da Silveira. (O Comércio)

– 1932 – Faleceu d. Josefina Marques de Almeida, casada com Francisco Marques de Almeida, antigo contador nesta praça. Era natural do Porto, Portugal, e contava 72 anos. Deixa os filhos: Álvaro Marques de Almeida, casado com Maria de Lourdes Campos Almeida; Antônio Horácio Marques de Almeida, casado com Jocelina Pimentel Almeida; Olívia Marques Camargo, casada com Gumercindo Camargo; Sílvio Marques de Almeida, casado com Leopoldina Machado Almeida. Era sogra de Maria Celeste Gama de Almeida, viúva de Lucio Marques de Almeida.  (O Comércio)

– 1932 – Faleceu aos 83 anos D. Luíza E. Queiroz Aranha, viúva de Antônio Carlos Pereira de Queiroz. Era filha do coronel José Egídio de Sousa Aranha e de Maria Luíza de Queiroz Aranha. Deixa os filhos: Maria Luíza de Queiroz Melo, viúva de Antônio de Sousa Melo; Lucília de Queiroz Guimarães, viúva de Joaquim de Queiroz Guimarães; Clarisse de Queiroz Guimarães, viúva de Dr. Remígio Guimarães; e Carmen Aranha de Queiroz Niglio, viúva de Augusto Niglio. (O Comércio)

– 1932 – Faleceu na Capital, depois de ter residido muitos anos em Amparo, o major Antônio de Sousa Melo, deixando viúva Maria Luísa de Queiroz Melo, e os filhos: Flávio, Sílvio, Renato, Maria e Angelina de Queiroz Melo (O Comércio)

– 21/1/1932 – anúncio de missa de 7º dia de Joaquim Antônio de Almeida Sobrinho (O Comércio)

– 15/3/1932 – organização da Sub-Secção da Ordem dos Advogados – convite aos advogados das comarcas de Serra Negra e Socorro. (OESP)

– 15/12/1932 – faleceu Olival Costa (O Comércio)

 

 

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