Política e Administração Pública
– 28/2/1868 – Debate na Assembléia Provincial sobre a anexação de Amparo ao Termo de Campinas – palavras de Campos Sales (futuro presidente da República): “O município de Amparo é incontestavelmente um daqueles que, na Província, mais contribuem para os cofres públicos, visto que sua produção o coloca nessa altura, produção que a todos os dias cresce e prospera, porque ali a lavoura conta todos os elementos de prosperidade e engrandecimento” “o município de Amparo, em grande parte… é povoado por campineiros, que para ali tem emigrado”. (O Ypiranga)
– 14/3/1868 – Posto em concurso o ofício de partidor da vila de Amparo. (CP)
– 17/3/1868 – Projeto de desanexação do Termo de Amparo da Comarca de Bragança para passar para a Comarca de Campinas. (CP)
– 17/3/1868 – “Estrada de Campinas ao Amparo” – violento ataque ao engenheiro Benaton, que fez um traçado político, deixando de lado a fazenda do Barão de Limeira. (mais 4 estudos para essa estrada foram feitos pelos engenheiros Gomide, Ribeiro e Haberscham, e pelo fazendeiro José Quirino dos Santos Simões) (CP – EFA,23)
– 3/4/1868 – O Barão de Limeira concorda com a crítica ao traçado do engenheiro Benaton, feita por José Quirino dos Santos Simões, e propõe que seja aberta uma nova picada. (CP)
– 4/4/1868 – Lei n.35 – O Termo de Amparo, pertencente à comarca de Bragança, fica anexado à de Campinas e desligado daquela”.(O Ypiranga)
– 5/4/1868 – I engenheiro Benaton responde às críticas. (CP)
– 22/4/1868 – Estradas a serem feitas conforme os estudos do engenheiro Benaton: Campinas a Amparo e Amparo a Serra Negra. (CP)
– 28/5/1868 – O Presidente da Província, Saldanha Marinho, proíbe a Câmara Municipal de Amparo de ajudar na construção da estrada para Campinas. (CP)
– 17/6/1868 – Demonstração das contas do engenheiro Benaton. (CP)
– 19/6/1868 – Nova e longa crítica ao traçado do engenheiro Benaton, pelo capitão José Quirino dos Santos Simões, fazendeiro no município de Campinas. (CP)
– 8/8/1868 – O governo provincial manda o engenheiro Francisco Gonçalves Gomide examinar qual é a direção preferível para a estrada de Campinas a Amparo. (CP)
– 10/8/1868 – Exonerados o 1º suplente de delegado José Manuel de Miranda e o subdelegado Francisco Antônio de Oliveira Prestes. (CP)
– 22/8/1868 – Dr. Francisco Antônio de Araújo nomeado delegado – José Pedro de Godoy Moreira nomeado 1º suplente de delegado (O Ypiranga)
– 17/9/1868 – “No Amparo coube a vitória ao liberais. Na Serra Negra abandonaram estes a eleição, sendo conservadores os eleitos” – eleição municipal. (CP)
– 1/10/1868 – Concedida exoneração ao Dr. Bernardino de Campos Jr. do lugar de inspetor da Instrução Pública de Amparo. (CP)
– 6/10/1868 – O Presidente da Câmara indica que, “sendo de grande utilidade a abertura de uma Rua em continuação da Rua do Rosário, no mesmo alinhamento, á sair na Estrada que vai para a Serra Negra, propunha que se nomeasse uma comissão para entender-se com os proprietários, afim de ver se chegavam a um acordo para o dito fim, quando não, que se tentasse a desapropriação pelos meios legais”, o que foi aprovado, sendo nomeados para essa Comissão os Senhores Franco, Lima Ribeiro e Prestes. Trata-se da atual Rua Humberto Bereta. (Atas, 1:75/75v)xxx
– 7/10/1868 – Resultado das eleições para Vereadores da Câmara Municipal para o período de 1869 a 1872:
Dr. José Pinto Nunes Junior, Advogado, 269 votos; José de Souza Siqueira, Lavrador, 249 votos; José Joaquim Franco da Rocha, Negociante, 248 votos; Francisco Antonio de Oliveira Prestes, Lavrador, 246; Francisco Xavier da Silveira, Negociante, 245; João Mendes do Amaral, Lavrador, 245; Albino Alves do Amaral, Lavrador, 244; Pedro Thomas da Cunha Martins, Lavrador, 243; Francisco Antonio Pereira, Lavrador, 242.
Suplentes:Antonio Ferreira de Camargo Andrade,Lavrador, 115
Antonio Manoel de Arruda, Lavrador,115; José Francisco Leme, Lavrador, 114; Eduardo Augusto da Cunha Freire, Lavrador, 114; Domingos Francisco de Moraes, Lavrador, 112;
Carlos Engler, Lavrador, 112; Cyrino Antonio Dantas Vasconcellos, Lavrador, 112; Joaquim Floriano do Amaral, Lavrador, 111; Francisco de Paula Leite, Negociante, 87; Francisco de Paula Leite, Lavrador, 25; Malaquias Bueno de Oliveira, Lavrador, 16; Joaquim Pio Pupo Junior, Lavrador, 16; Bento de Oliveira Lima, Lavrador, 16; Joaquim Ignacio da Silveira, Lavrador,16; Gabriel Leite da Cunha, Lavrador 16; Antonio Joaquim da Cunha Pantaleão, Lavrador, 14; Joaquim de Souza Campos, 13; José Ignacio Bueno, 13;
D.r José Pinto Nunes, Advogado, 6 ; José Ignacio Teixeira, 5; José Manoel de Miranda, 5; Francisco Bueno de Miranda, 4; Candido Xavier de Oliveira, 4; Leopoldino Augusto da Silveira Vasconcellos, 4; Guilherme Wytshen 4; Elias Lourenço Gomes, 2; Luis Antonio Leme, 2; Bento de Godoy Moreira 2; José Leme da Silva, 2; Albino Franco da Rocha, um, Luis Antonio Alves Cordeiro, um, Francisco de Assis Santos Prado, um, Doutor Bernardino José de Campos Junior, um, Antonio José Alves Ferreira Rosa, um , João Pedro de Godoy Moreira, um, Antonio Pedro Xavier, um, Antonio da Cunha Pantaleão, um, Luis Victorino de Souza e Silva, um, Torquato Antonio de Medeiros, um, João Xavier da Silveira, um, Marcos Lourenço Gomes, um, João Rodrigues da Silva, um, Joaquim Pinto de Araujo Cintra, um, Jezuino Alves do Amaral, um, José Lourenço Gomes, um.
Juízes de Paz: Antão de Paula Souza, Lavrador, 263 votos, Luis Pinto de Souza Aranha, Lavrador, 249 votos, Antonio Gonçalves de Oliveira Bueno, Lavrador, 246; Manoel Fernandes Palhares de Andrade, Lavrador, 246.
Suplentes: Antonio Rodrigues da Silva, Lavrador, 119; José Gomes Barbosa, Lavrador, 117; Dr. Francisco Antonio de Araujo, Lavrador, 117; Antonio José Alves Cordeiro, Lavrador, 112; José Inácio Ferreira, Lavrador, 14 votos, Pedro Lourenço Leme, Lavrador, 14, Luis Antonio Leme, Lavrador, 11; Joaquim Pio Pupo, Lavrador, 4; Albino Franco da Rocha, Negociante, 3 votos, Antonio Pires de Godoy Jorge, Lavrador, 2; José Lourenço Gomes, 2; José Feliciano Mendes Ferraz, um; Antonio Pedro Xavier um; Francisco Xavier da Silveira, um; João de Souza Campos, um; João Pedro de Godoy Moreira, um; Marcos Lourenço Gomes, um; José Manuel de Miranda um; Luis Vitorino de Souza e Silva um; Albino Franco da Rocha, um; Antonio Alves Cordeiro, um; Joaquim Pinto de Araújo Cintra, um. (Atas, 2:76/78)
– 10/10/1868 – Parecer da comissão da Câmara encarregada da abertura de uma rua em continuação à Rua do Rosário: a obra é aceita por Jorge Franco do Amaral, um dos proprietários, mas o outro, o Padre Pinheiro, não aceita a desapropriação amigável. Nessa mesma sessão foi proposto o nome de Largo da Liberdade para o terreno desapropriado de José Joaquim Franco da Rocha, à beira do Camanducaia.(Atas, 2:79v/80)xxx
– 11/10/1868 – Concedida exoneração a Joaquim Pio Pupo de 1º suplente de subdelegado de Amparo. (CP)
– 22/10/1868 – Nomeação de suplentes para delegado e subdelegado de Amparo, todos conservadores: – de delegado: 2º) Antônio Rodrigues da Silva; 3º) José Gomes Barbosa; 4º) José Custódio Alves; 5º) José Floriano do Amaral; 6º) Carlos Engler. – de subdelegado:- 1º) tenente Antônio de Godoy Moreira; 2º) José Antônio de Camargo Moreira; 3º) José Pedro de Deus; 4º) José Francisco Leme; 5º) José Ferreira da Cunha; 6º) Marciano Jorge do Amaral. (CP)
– 17 /11/1868 – O engenheiro Benator não tinha feito planta da estrada de Amparo a Serra Negra, mas apenas abrira uma picada. (CP)
– 18/11/1868 – Dr. Francisco Antônio de Araújo nomeado inspetor da Instrução Pública do Amparo. (CP)
– 28/11/1868 – “Expediente da Repartição de Obras Públicas comunicando a necessidade de exame, por um engenheiro, da estrada do Amparo a Jundiaí, reclamada pelos habitantes daquela cidade, afim de poder-se resolver a respeito”. (CP)
– 18/12/1868 – A “Companhia Inglesa” desistiu da preferência do prolongamento da estrada de ferro, pelo que o trecho Jundiaí a Campinas, foi concedido à Companhia Paulista de Estradas de Ferro. (CP)
– 18/12/1868 – Antônio Rodrigues da Silva nomeado inspetor da estrada de Amparo a Belém (Itatiba). (CP)
Criminalidade
– 1/9/1868 – João Modesto da Cunha Franco, acusado de haver mandado matar seus tios Luís Gonzaga e Joaquim Pantaleão. (O Ypiranga)
Educação e Cultura
– 1/10/1868 – Concedida exoneração ao Dr. Bernardino de Campos Jr. do lugar de inspetor da Instrução Pública de Amparo. (CP)
– 18/11/1868 – Dr. Francisco Antônio de Araújo nomeado inspetor da Instrução Pública do Amparo. (CP)
– 13/12/1868 – Informações sobre o Colégio de D. Carolina Florence em Campinas, podiam ser obtidas na casa de Francisco Florence, em Amparo. (CP)
Economia, Finanças e Negócios
– 8/1/1868 – A produção do Amparo, segundo o correspondente do Correio Paulistano, alcançava 300.000 arrobas, entre café e algodão. (EFA, 18)
– 16/1/1868 – Um apreciável grupo de amparenses, tendo à frente Joaquim Pinto de Araújo Cintra, Antônio Pires de Godoy Jorge, Luís Pinto de Sousa Aranha, Zeferino da Costa Guimarães e Inácio José Bueno, subscreve ações do prolongamento da estrada de ferro de Jundiaí a Campinas. (EFA, 22)
– 5/2/1868 – Mais uma preciosa informação do Dr. Áureo de Almeida Camargo em suas “Efemérides Amparenses”: “Por escritura pública, Francisco Antônio Pereira e sua mulher hipotecam a Antônio Pereira Marques duas partes de terras e sete mil pés de café. Da relação de dívidas hipotecáris, período 1860-1870, é a primeira e única a mencionar café”. (EFA, 36)
– 25/4/1868 – Francisco Antônio de Oliveira e sua mulher Francisca Maria de Oliveira hipotecam a José Manuel Cintra “terras no sítio que houveram por herança de sua finada sogra e mãe Gertrudes Maria de Oliveira”, no Bairro dos Pereiras. (PO/LN,18:167)
Religião
– 7/5/1868 – Pedro Pires das Neves e sua mulher Ledovina Maria de Siqueira vendem ao Padre Antônio José Pinheiro terras no Córrego Vermelho, que houveram por herança de seu sogro e pai, o finado Lauriano, em comum com os demais herdeiros. (PO/LN,18:170v)
Amparo – Generalidades
– 9/1/1868 – Correspondência do Amparo: “Quando, porém, a via-férrea tocar em Campinas, então o florescente município do Amparo, que dá trânsito também às importantes povoações de Serra Negra e Socorro, Santo Antônio, Penha, Espírito Santo, Ouro Fino e boa parte do Sul de Minas, tem o direito de exigir uma boa estrada de rodagem para Campinas, a qual poderá ficar, quando muito, com 6 léguas de extensão, sendo certo que, para Jundiaí, não é praticável a estrada de rodagem, e somente para Campinas e aí mesmo, não pela estrada comum, mas por outros pontos conhecidos da população”. (CP)
– 18/3/1868 – Joaquim Alves do Amaral e sua mulher Maria Joaquina Cardoso vendem ao Senador Francisco Antônio de Sousa Queiroz “um sítio no lugar denominado Martírio”. O comprador foi representado por José Manuel de Miranda. (PO/LN,18:159)
– 14/3/1868 – Também posto em concurso o ofício de partidor da vila de Amparo. (CP)
– 11/5/1868 – Maria Severina Aranha vende a Joaquim Policarpo Aranha terras no “Sítio do Camanducaia”. Escritura lavrada no Sítio Camanducaia, “em casas de morada de Joaquim Policarpo Aranha”. (PO/LN,18:174).
– 29/9/1868 – Leopoldino Augusto da Silveira Vasconcelos permutou seu ofício de escrivão do júri e execuções criminais com o de escrivão dos órfãos e ausentes de Belém do Descalvado, pertencente a Rafael Mariano de Oliveira Ribas. (CP)
Nota:
– As anotações que se seguem foram extraídas do Acervo dos jornais “Correio Paulistano”, franqueadas pela Biblioteca Nacional na Internet, e “O Estado de São Paulo”, ao qual tive acesso como assinante.
– A maior parte das informações que extraímos desses venerandos periódicos foram copiadas pela impressora de meu computador pessoal. Uma parte, porém, de pequeno porte, não compensava gastar papel e tinta, pelo que as copiamos à mão em pequenas cadernetas. Agora, estamos transferindo-as para este arquivo.
– Cada verbete é composto: pela data da publicação, texto, eventuais observações e comentários em itálico, e pelas siglas (CP) e (OESP), para identificar sua origem, prevendo uma futura incorporação a um trabalho maior.
– Dividimos o material coletado por assunto, dando realce aos temas de “Política e Administração Pública”, que pretendemos aproveitar numa História Política do Amparo. Outros temas, à medida que foram aparecendo também se tornaram objeto de arquivamento separado.
– Posteriormente foram agregados dados colhidos em outras fontes, como outros periódicos, cartórios, arquivos municipais, documentos eclesiásticos e obras diversas.
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