Política e Administração Pública

– 1/2/1852 – “Referindo-se às eleições para as vagas dos senadores Francisco de Paula Sousa e Melo e Visconde de Congonhas do Campo, o Juiz de Bragança assim se dirige ao “Trono Augusto de V. Majestade Imperial”: “No Amparo, Freguesia também deste Município, os votantes, aterrados, por igual modo abstiveram-se em grande número de votar nas eleições, concorrendo apenas em diminuta minoria aqueles que a Polícia pode compelir”. O juiz que assina essa informação, Dr. Pinto Porto, anos mais tarde, como deputado provincial, seria o autor do projeto que criou o Município de Amparo. (EFA, 33)

– 6/2/1852 – Justificação de José Lourenço Gomes:– serviu como primeiro comandante da Polícia, Inspetor de Quarteirão, Fiscal Suplente, Juiz de Fato no Júri de Atibaia; morava em Amparo há 14 anos e havia morado 8 anos em São Paulo e mais 2 anos no Rio de Janeiro.  Agora o Juiz de Paz Salvador de Godoy Moreira exige que ele José Lourenço prove que é cidadão brasileiro. Junta depoimentos colhidos em 14/11/1851: 1) de Manuel Bueno do Prado, homem branco, casado, natural de Bragança, 44 anos, que “vive de seus negócios”; 2) de Antônio Pedroso de Moraes, branco, casado, “vive de seus negócios”; 3) de João Manuel Gonçalves, branco, casado, natural de Bragança, 55 anos, “vive de suas lavouras” – os três depoentes informam que José Lourenço Gomes fora caixeiro em São Paulo – 4) de João Pedro de Oliveira, branco, casado, natural do Arraial de Camanducaia, 52 anos, “vive de suas lavouras”; 5) de Inácio Alves de Oliveira, branco, casado, 47 anos, vive de seu negócio. (PO/LN,3:61v)

– 8/2/1852 – Expediente da Presidência da Província: “Ao Subdelegado de Amparo significando-lhe que não sendo possível fazer-se cadeias cada uma das freguesias, deverá o sr. Subdelegado remeter os presos para a cadeia do termo” (A Aurora Paulista)

– 21/7/1852 – Expediente da Assembléia Provincial: “Representação dos habitantes de Serra Negra pedindo que se discutam as suas divisas com a freguesia do Amparo – à Comissão de Estatística” (A Aurora Paulista)

– 29/8/1852 – vasta rede de intrigas em Bragança – um Francisco Vaz, de Amparo, teria pago 50$000 ao escrivão para ser despronunciado (A Aurora Paulista)

Escravidão e Abolicionismo

– 28/8/1852 – Josefa de Oliveira, José Tiago da Silva Leme, Joaquim Manuel de Cerqueira César e Antônio Rodrigues Bueno, como herdeiros de Francisco Rodrigues Bueno, libertam a escrava mulata Custódia, “pelos serviços que tem prestado”. (PO/LN,3:73)

Criminalidade

– 21/6/1852 – Benta Maria de Jesus dá procuração a Júlio Mariano Galvão de Moura Lacerda “para fazer efetiva a responsabilidade e punição dos escravos dela outorgante que assassinaram o seu marido Francisco Antônio de Sousa Bueno, assim mais a outras pessoas que porventura concorreram no dito assassínio”. (PO/LN,3:72) Em 1853, o alferes Antônio Joaquim de Almeida e sua mulher Gertrudes Maria de Jesus, Bento José Corrêa e sua mulher Rita Maria de Jesus, e Ana Joaquina de Oliveira, dão procuração a José Lourenço Gomes, em Amparo, e a Francisco Pires Monteiro e Antônio Jacinto de Medeiros, em Bragança, para os habilitar por herdeiros no inventário do irmão e cunhado Francisco Antônio de Sousa Bueno, anulando “o testamento passado entre o falecido e sua mulher D. Benta Maria de Jesus”. (PO/LN,3:88v)

Saúde Pública

– 1/2/1852 – “O Juiz Municipal de Bragança, Joaquim Pinto Porto, informa ao Presidente da Província sobre o estado sanitário do município (abrangendo Amparo), salientando que as moléstias mais freqüentes são a tísica pulmonar, aneurisma, pleuris e, sobretudo, a hidropisia” (EFA, 33)

Amparo – Generalidades

– 5/10/1852 – José da Silveira Franco e sua mulher Maria Jacó Franco vendem ao Tenente Francisco Garcia Ferreira, representado por procuração a Francisco Mariano Galvão Bueno, a “casa de sobrado na Rua de Baixo” (deve ser a que depois foi o Patronato de Jesus Crucificado). (PO/LN,3:79)

– 7/10/1852 – Testamento de Joaquim Antônio de Sousa, filho de José Joaquim de Sousa e de Gertrudes Maria, e sua mulher Luzia Rodrigues, filha de Inácio Rodrigues do Prado e Joana Nunes, ambos de Santo Amaro, sem herdeiros forçados, instituindo seu herdeiro o sobrinho Daniel Rodrigues de Sousa. (os bens legados a este foram objeto um século depois da célebre “demanda dos Daniéis”, envolvendo metade da área urbana). (PO/LN,3:79)

 

 

Nota:

– As anotações que se seguem foram extraídas do Acervo dos jornais “Correio Paulistano”, franqueadas pela Biblioteca Nacional na Internet, e “O Estado de São Paulo”, ao qual tive acesso como assinante.

– A maior parte das informações que extraímos desses venerandos periódicos foram copiadas pela impressora de meu computador pessoal. Uma parte, porém, de pequeno porte, não compensava gastar papel e tinta, pelo que as copiamos à mão em pequenas cadernetas. Agora, estamos transferindo-as para este arquivo.

– Cada verbete é composto: pela data da publicação, texto, eventuais observações e comentários em itálico, e pelas siglas (CP) e (OESP), para identificar sua origem, prevendo uma futura incorporação a um trabalho maior.

– Dividimos o material coletado por assunto, dando realce aos temas de “Política e Administração Pública”, que pretendemos aproveitar numa História Política do Amparo. Outros temas, à medida que foram aparecendo também se tornaram objeto de arquivamento separado.

– Posteriormente foram agregados dados colhidos em outras fontes, como outros periódicos, cartórios, arquivos municipais, documentos eclesiásticos e obras diversas.

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