– 26/2/1726 – O Arquivo do Estado de S.Paulo, em sua coleção de publicações denominada “Sesmarias”, menciona uma Sesmaria no Camandocaia, ou “feijão queimado”, concedida a Francisco Paes da Silva em 1726, com divisas correndo “pelo dito rio de Jaguari até um saco de campo os Guarulhos tem sua pescaria”. Este Francisco Paes da Silva é o mencionado por Silva Leme no Vol. 2: 466 e 1:422. Era, portanto, filho de Bartolomeu Simões de Abreu, e de Izabel Paes da Silva; seria trineto de Brás Cubas pelo lado paterno; teria se casado em primeiras núpcias com Inez Monteiro, viúva de Lucas de Mendonça; segunda vez teria se casado, em 1699, com Maria Bueno do Amaral, filha de Antônio Bueno (este filho de Amador Bueno da Ribeira, o aclamado) e Maria do Amaral. Francisco Paes da Silva teria falecido em 1735, já bastante idoso, de vez que seus pais se casaram em 1636 e ele era o filho mais velho. Infelizmente, Silva Leme não dá maiores detalhes sobre sua biografia.
Por especial gentileza do jovem e competente historiador itapirense Charles de Freitas tivemos conhecimento de uma versão levemente diferente dessa sesmaria, nas cópias xerox que gentilmente nos remeteu, mas no essencial ela coincide com a publicada na coleção Sesmarias. Eis o texto remetido por Charles de Freitas:
“Francisco Pais da Silva (fl.56): o requerente, morador em São Paulo, no Bairro de Atibaia, disse que a ele, “como herdeiro de Antônio Bueno, pertenciam as terras mencionadas na sesmaria que junto oferecia, das quais estava o povo fazendo roças em algum tempo e por ser distante desta cidade não continuara as ditas lavouras”. Querendo tornar a explorar aquelas terras, Silva pediu “terras no rio de Jaguari, da outra banda, começando pela barra de um ribeirão que está no caminho dos Batatais, da outra banda que chamam Feijão Queimado, e pela língua da terra Camanducaia, pelo dito rio Jaguari acima, até um saco de um campo onde os guarulhos tem sua pescaria, e daí cortando para o sertão até o Rio de Mogi, pelo rumo do norte ou quarta de noroeste, e daí pelo Rio de Mogi abaixo até um salto que faz o dito Rio de Mogi, que está na ressaca do campo do mesmo rio”. Rodrigo César de Menezes assinou a carta em 26/2/1726.” (Sesmarias, 3:83/85)***

 

 

Nota:

– As anotações que se seguem foram extraídas do Acervo dos jornais “Correio Paulistano”, franqueadas pela Biblioteca Nacional na Internet, e “O Estado de São Paulo”, ao qual tive acesso como assinante.

– A maior parte das informações que extraímos desses venerandos periódicos foram copiadas pela impressora de meu computador pessoal. Uma parte, porém, de pequeno porte, não compensava gastar papel e tinta, pelo que as copiamos à mão em pequenas cadernetas. Agora, estamos transferindo-as para este arquivo.

– Cada verbete é composto: pela data da publicação, texto, eventuais observações e comentários em itálico, e pelas siglas (CP) e (OESP), para identificar sua origem, prevendo uma futura incorporação a um trabalho maior.

– Dividimos o material coletado por assunto, dando realce aos temas de “Política e Administração Pública”, que pretendemos aproveitar numa História Política do Amparo. Outros temas, à medida que foram aparecendo também se tornaram objeto de arquivamento separado.

– Posteriormente foram agregados dados colhidos em outras fontes, como outros periódicos, cartórios, arquivos municipais, documentos eclesiásticos e obras diversas.

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