MARTI

 

TRONCO

 

Amparo recebeu alguns imigrantes suiços já na década de 1860. Eram protestantes calvinistas pelo que não podiam, nem queriam, se casar na Igreja Católica. O governo imperial não sabia como resolver o problema e a solução demorava; um pastor foi autorizado a realizar casamentos na cidade de São Paulo, mas era anglicano. Finalmente os suiços de Amparo cansaram de esperar e passaram a comparecer a cartório para declarar que estavam “justos se casarem segundo o costume de sua Nação” e “se dão por casados”.

Entre tais casamentos encontramos três relativos à familia Marti (alguns de seus membros adotaram o nome Martins):

1 – Henrique Chrispim e Zeferina Marti, protestantes, provavelmente suiços, compareceram a cartório em 18/10/1864 para “justos se casarem segundo o costume de sua Nação” e “se dão por casados” – Manuel Cândido Quirino Chaves era o tabelião que registrou o ato (1ºof.12:58)

2 – Fridolim Hammerly e Catarina Marti, protestantes, suiços, compareceram a cartório em 18/10/1864 para “justos se casarem segundo o costume de sua Nação” e “se dão por casados” – João Clausel e Pedro Banch serviram como testemunhas (1ºof.12:58v).

3 – Mathias Marti e Isabel Hammerly, protestantes, suiços, compareceram a cartório em 18/10/1864 para “justos se casarem segundo o costume de sua Nação” e “se dão por casados” – João Clausel e Pedro Banch serviram como testemunhas (1ºof.12:59).

Mas também houve posteriormente casamento na Igreja Católica:

4 – Jacob Stafar (sic), filho de Nicolau Stafar (talvez Stafocker) e Marta Martins (Martin), casou no Amparo em 1881 com Maria Althman, filha de João Althman e de Angélica Althman (CA-9)

Foi possível reconstituir a origem dessa família, graças a João Estevão Martins, que testou em 18/3/1887, em casa de Francisco Antônio Portes, declarando ser natural do “Cantão Claros” (cantão Glarus), na Suíça, filho de Gregório Martins e Euphemia Martins, e ter vivido sempre em estado de solteiro. Deixou  bens, dez contos de réis, à sua sobrinha Ana Martins, filha de sua irmã Bárbara Martins, oitocentos mil réis para os pobres, quinhentos mil réis para Eva Maria de Jesus, que fora casada com João Batista Salustiano “e que vive em companhia dele testador”; deixou o remanescente para suas irmãs Bárbara Martins e Marta Martins (1ºof.75:54v).

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