JOAQUIM JOSÉ DA SILVA PINTO JÚNIOR
Joaquim José da Silva Pinto Júnior nasceu no Rio de Janeiro em 11/1/1854; formou-se em Medicina em 1876 e “logo no ano seguinte passou a residir em Amparo, onde exerceu, a par de sua profissão, grande atividade política nas fileiras republicanas, de cujo partido foi chefe a partir de 1888 em substituição a Bernardino de Campos”. Foi Vereador e Presidente da Câmara em pleno regime monárquico e mais tarde, já na República, foi membro de Conselho de Intendência Municipal de Amparo. Exerceu em três legislaturas o cargo de Senador Estadual. Foi Diretor da Repartição de Higiene da Capital. Faleceu em 22/2/1927 (Áureo de Almeida Camargo, O Cidadão Assis Prado, 13)
Em 4/12/1878 – ofício dos médicos Drs. Caetano Breton Ferreira Monforte, Matias Lex, José Ferraz de Oliveira e Joaquim José da Silva Pinto Jr., alertando para a possível aparição e propagação da varíola que então grassava epidemicamente no Rio de Janeiro, “em virtude da fácil comunicação desta cidade com aquele ponto”; sugeriram a requisição da “necessária lympha vacinica”. A Câmara aceitou o oferecimento de serviços dos médicos e voltou a pedir ao Governo a lympha vacinica. (Atas, 3:395)
Em 5/5/1879 o Dr. Joaquim José da Silva Pinto Júnior foi multado por ferir Hilária de Tal e recusou-se a pagar a multa que lhe foi aplicada por esse ato. Não houve maiores informações sobre esse incidente. (Atas, 4:9v)
A 7/1/1887 Silva Pinto tomava posse junto com os demais vereadores eleitos para o quatriênio 1887/1891: Joaquim Mendes do Amaral, Joaquim Bernardino de Arruda, Dr. Carlos Augusto do Amaral Sobrinho, Joaquim Martins Barbosa, Florêncio Franco da Rocha, Salvador José de Miranda, Luís de Sousa Leite, e Joaquim Inácio da Silveira. (Atas, 5:128)
Em 9/2/1888 o Vereador J.J. da Silva Pinto Júnior propôs alterar a Constituição para “se retirar o mandato conferido em 1824 aos depositários do Poder Moderador e Executivo” (o que importava na derrubada da Monarquia); alegou que as coisas haviam mudado desde 1822 “quando se constituiu a Nação Brasileira”. Luís Leite pediu o adiamento do assunto para a próxima sessão; Silva Pinto foi o único a votar contra o adiamento. (Atas,6:84)
Em 23/2/1888 Silva Pinto insistiu no assunto, indicando que se fizesse representação pedindo a convocação de Assembléia Constituinte para abolir a Monarquia. Salvador José de Miranda propôs que fosse rejeitada a indicação por “inoportuna”; aprovada essa indicação de Miranda contra o voto de Silva Pinto. (Atas, 6:88/89).
Silva Pinto vingou-se em 29/11/1888: por proposta de Salvador José de Miranda é dado o nome de Dr. Francisco Antônio de Araújo ao Largo do Mercado e Silva Pinto vota contra. (Atas, 6:218)
Proclamada a República, Silva Pinto elegeu-se senador estadual em 1892, cargo que deixou em 1893 para ser Diretor da Repartição de Higiene do Estado.