João Belarmino Ferreira de Camargo –13/6/1892-29/9/1892

 

João Belarmino Ferreira de Camargo, também conhecido por “coronel João Ferraz”, chefe político em Amparo nas primeiras décadas do século XX, casado com D. Francisca Viegas de Arruda, foi pai do Ministro Laudo Ferreira de Camargo, Presidente do Supremo Tribunal Federal, e avô do Dr. Áureo de Almeida Camargo, advogado do Banco do Brasil, historiador, fundador do Museu Bernardino de Campos, e autor das “Efemérides Amparenses”.

João Belarmino Ferreira de Camargo era natural de Campinas, onde nasceu em 31/ 1/1854, filho de Belarmino do Vale Ferreira de Camargo e de Esméria do Carmo Ferraz de Carvalho. O casal teve outros dois filhos, mas só João Belarmino era vivo e menor em 1864. Sua mãe casou, depois de viúva, com Antônio Benedito de Camargo Campos, campineiro, de quem foi a segunda esposa. A família fazia parte da grande massa de migrantes campineiros que se transferiu para Amparo a partir de 1850.

Belarmino do Vale Ferreira de Camargo, também conhecido por Belarmino Ferreira do Vale, era dono de um sítio de 40 alqueires na Areia Branca, adquirido por doação de seu sogro Teodoro Ferraz Leite de Carvalho. Belarmino Ferreira do Vale e sua mulher Esméria Ferraz venderam  em 1856 a Francisco Borges Martins da Cunha esse sítio na Areia Branca.

Teodoro Ferraz de Carvalho, filho do capitão Teodoro Ferraz Leite e de sua primeira mulher Francisca Franco da Silva, foi casado em Campinas em 1835 com Ana Joaquina de Camargo, filha do Capitão Salvador da Rocha Camargo e de Ana Esméria de Arruda César. (SL, 1:289) O Capitão Salvador da Rocha Camargo foi pai também de Maria da Rocha, casada com Domingos Leite Penteado, pais do coronel Pedro Penteado, também chefe político no Amparo no começo do século XX. João Belarmino e Pedro Penteado eram, assim, parentes bastante próximos, primos-irmãos, o que iria gerar uma aliança política bastante duradoura na Primeira República.

João Belarmino começou a vida como comprador de café, época em que teria se ligado a Francisco Glicério e acompanhado a este na propaganda republicana. (segundo   anotações que possuo, mas que não encontrei ainda…).  Apesar disso, por ser muito jovem, não aparece nos primeiros anos da luta pelas idéias republicanas. Esse papel ficaria reservado a Bernardino de Campos, Assis Prado, Silva Pinto, Tristão da Silveira Campos e outros.

A primeira participação pública de João Belarmino na vida política e social de Amparo ocorreu em 20/1/1888, quando tomou parte na famosa “Reunião de Lavradores efetuada no dia 20 do corrente em o Paço da Câmara Municipal”, com a presença de 200 pessôas “de diversas profissões”. Nesse encontro, destinado a discutir o problema da escravidão, que já se aproximava do fim inevitável, João Belarmino Ferreira de Camargo declarou já haver prometido liberdade a seus escravos no fim da colheita e que então gratificaria seus escravos como merecessem.

João Belarminho, embora republicano, não foi um

abolicionista convicto, mesmo  porque foi dono de vários escravos em sua fazenda. Aliás, os republicanos paulistas eram em geral fazendeiros, senhores de escravos, e o próprio Francisco Glicério, que era mulato, se opunha a que os republicanos fizessem propaganda abolicionista, com o receio de que isso prejudicasse a causa republicana, como informa José Maria dos Santos, em sua obra “Os Republicanos Paulistas e a Abolição”.

Mesmo Bernardino de Campos, tido como abolicionista, teve escravos, embora depois os alforriasse. A preocupação dos republicanos era a de que houvesse um colapso na produção de café com a supressão do regime escravagista e, por isso, preferiam que a responsabilidade por medida recaísse sobre a monarquia. Com essa atitude, deixaram que a glória pela Abolição ficasse com a Princesa Isabel e com os conservadores João Alfredo e Rodrigo Silva…

Sua participação efetiva na política amparense só começa realmente em 26/3/1890, quando é empossado como membro do Conselho de Intendência Municipal, numa sessão presidida e aberta pelo último Presidente da Câmara Municipal do Império, o Coronel Luís de Sousa Leite. Nela foi lido um ofício do Governador do Estado, datado de 12/3/1890, comunicando a dissolução da Câmara e a nomeação de um Conselho de Intendência Provisório, composto dos cidadãos: Dr. Carlos de Campos, Dr. Bento José de Sousa, João Belarmino Ferreira de Camargo, Damásio Pires Pimentel, Joaquim Machado Júnior, Felício Granato e José Pedro de Deus.

Em 18/10/1890, com a renúncia do Dr. Carlos de Campos, procedeu-se à eleição para Vice-Presidente do Conselho de Intendência, com o seguinte resultado: João Belarmino Ferreira de Camargo, 4 votos – Joaquim Machado Júnior, 2 votos. O seu nome começava a crescer na política amparense.

Mas em 20/12/1890 João Belarmino pediu exoneração do Conselho de Intendência. Pelo Conselho foi nomeada uma comissão, composta de Pedro Pastana e Felício Granato, para demovê-lo do pedido. Surpreendentemente, João Belarmino reapareceu na sessão de 7/1/1891, mas depois acabou se afastando do Conselho.

A partir daí, instalou-se grave crise política na cidade, pois o grupo que passara a dominar o Conselho da Intendência entrou em choque com as principais lideranças locais. O Dr. Bento José de Sousa, presidente do Conselho, foi derrubado pelo Dr. João Pedro da Veiga e seu aliado Joaquim Martins Barbosa, com o apoio do governador do Estado, Américo Brasiliense de Almeida Melo. Essa facção apoiava o Marechal Deodoro, o qual, por sua vez, estava em conflito com o Congresso Nacional.

Em novembro desse ano Deodoro tentou um golpe de estado, mas acabou deposto, sendo substituído pelo Marechal Floriano Peixoto. Américo Brasiliense, tendo apoiado o golpe de Deodoro, passou a sofrer forte pressão dos adversários; reagiu, decretando a censura à imprensa e prendendo oposicionistas. Acabou sendo forçado também a se afastar do governo.

O Conselho da Intendência de Amparo que havia se comprometido com Deodoro e Américo Brasiliense, por meio de telegramas e manifestações de apoio, ficou politicamente órfão. As lideranças locais, sob comando de Luís Leite, Silva Pinto, João Belarmino e o Dr. João Mota, aproveitaram para organizar uma gigantesca manifestação popular, no dia 14 de dezembro, onde centenas de colonos armados com foices e picaretas davam um tom muito ameaçador.

O Conselho não teve como resistir e foi deposto, assim como as demais autoridades locais. Foi aclamada uma junta governativa municipal, composta de Silva Pinto, Felício Granato e João Belarmino (conforme narra o Dr. Áureo de Almeida Camargo em suas “Efemérides”).

A 24 de dezembro um novo Conselho foi empossado, numa Sessão Extraordinária, presidida por Silva Pinto Júnior, presentes: “o Dr. Joaquim José da Silva Pinto Júnior, Luís de Sousa Leite, Dr. José Leite Pinheiro, Artur de Assis Carvalho, Felício Granato, João Belarmino Ferreira de Camargo, Antônio Cândido de Camargo e José Pedro de Deus. Haviam sido “nomeados por ato do cidadão Dr. Presidente do Estado de 18 deste mês e ano para membros do Conselho de Intendência Municipal desta cidade, em substituição da que foi deposta pelo povo em data de 14 do mesmo citado mês”. Faltou o oitavo nomeado Capitão Damásio Pires Pimentel. Após o compromisso dos nomeados, procedeu-se à eleição do Presidente Efetivo do Conselho da Intendência com o resultado: Luís de Sousa Leite, sete votos – Dr. Joaquim José da Silva Pinto Júnior, um voto.

Na eleição do Vice-Presidente: João Belarmino Ferreira de Camargo, sete votos – Felício Granato, um voto.

João Belarmino prosseguia, assim, sua vida pública, começando a tecer a rede de alianças que lhe permitiria dominar a política amparense por mais quatro décadas. Paradoxalmente, era vice daquele que seria seu maior adversário, o Senador Luís Leite…

Em meados de 1892 Luís Leite foi eleito senador estadual e deixou o Conselho. João Belarmino foi eleito em 13 de junho para sucedê-lo na presidência da casa e foi, por sua vez, substituído na vice-presidência por um novo membro do Conselho, João Batista de Oliveira Matos. Nessa mesma ocasião, aliás, havia sido dada posse a três novos membros: eram eles o Capitão João Pedro de Godoy Moreira, Emiliano Pires de Ávila e João Batista de Oliveira Matos.

A 29 de setembro desse ano realiza-se uma Sessão Extraordinária, a última do Conselho de Intendência, presidida por João Belarmino, que tinha por fim o encerramento dos trabalhos da Intendência com a posse da Câmara Municipal recriada e dos Juízes de Paz eleitos.

João Belarmino fora um dos vereadores eleitos, junto com um grupo de cidadãos que iriam ser seus parceiros na política nos anos seguintes: José Joaquim Franco da Rocha,

Domingos Vita, Antônio Rebelo Muniz Guimarães, Pedro José Pastana, Rafael de Oliveira Camargo, João Pedro de Godoy Moreira e Alfredo da Silva Pereira Barros. Nessa mesma data foi realizada a primeira sessão ordinária da nova Câmara, que se auto empossou. João Belarmino foi eleito presidente, Pedro José Pastana, vice, e José Joaquim Franco da Rocha,

intendente municipal.

Logo em janeiro do ano seguinte João Belarmino preside a Comissão Municipal para a Revisão do Alistamento Eleitoral, um poderoso instrumento político de que o Partido Republicano usou e abusou nas décadas seguintes.

João Belarmino também presidiu na mesma época uma sessão

especial para “divisão das seções eleitorais”, outra ferramenta de poder muito usada.

Em 9/6/1893 João Belarmino Ferreira de Camargo, Presidente da Câmara Municipal e Intendente interino da cidade de Amparo, assina edital de concorrência para o serviço de iluminação elétrica. Começava uma nova era para a cidade de Amparo. Outros melhoramentos logo se seguiriam.

João Belarmino reelegeu-se presidente da Câmara sem dificuldades em 1894 e 1895. E não esqueceu de dar uma barretada à ainda poderosa facção monarquista, apresentando  em  28/1/1894 a seguinte indicação: “Sendo esta a primeira sessão que se faz depois do infausto acontecimento da morte do benemérito cidadão Barão de Campinas, indico que se consigne na ata do dia um voto de profundo pesar pela sentidíssima morte desse prestante cidadão” – foi aprovada unanimemente.

Ainda nesse ano de 1894, em 14 de março, houve uma

passeata em Amparo, tendo à frente o Alferes Inocêncio Aranha, em regozijo pela vitória das forças governamentais no Rio de Janeiro, contra a Revolta da Armada. A massa popular reunida na Rua 13 de Maio, seguida da banda de música de Antônio Jorge, dirigiu-se à casa do Tenente-Coronel João Belarmino Ferreira de Camargo, onde discursaram os Drs. Batista Pereira e João Mota, visitando a seguir o Diário do Amparo, e as residências do Major Pedro Pastana e do Coronel Luís Leite. A notícia havia chegado a Amparo por um telegrama do Presidente do Estado a João Belarmino Ferreira de Camargo. João Belarmino teria mesmo comandado uma pequena tropa amparense para socorrer o Paraná, mas que só chegou a Itararém, tarde demais para participar da luta.

Em 8/7/1895, o presidente da Câmara João Belarmino Ferreira de Camargo, antes de entrar no Expediente, apresentou  a seguinte indicação: “Tendo chegado a infausta notícia da morte do Benemérito Marechal Floriano Peixoto, o salvador da República, a cuja energia se deve a consolidação das nossas instituições, proponho que, como representante direto deste município, a Câmara lance na ata de hoje um voto de profundo pesar por tão calamitoso acontecimento, que veio privar o Brasil do seu braço mais forte e da tenacidade mais abnegada em prol das liberdades públicas” – aprovado unanimemente. O Dr. Joaquim José da Silva Pinto Júnior foi incumbido de representar a Câmara de Amparo nas exéquias do Marechal Floriano Peixoto.

Em 1896 João Belarmino Ferreira de Camargo, fazendeiro no Morro das Pedras, já era um dos maiores produtores de café, com 90.000 cafeeiros. Mas seu excessivo esforço em múltiplas atividades estava lhe custando caro. Uma notícia de 5/3/1896 informava: “Acha-se bastante doente o Sr. Tenente-Coronel João Belarmino Ferreira de Camargo, membro do Diretório Republicano”.

Em meio a tantos afazeres e preocupações, encontrou tempo para comparecer em 12/1/1897 a uma homenagem ao velho companheiro republicano, Dr. Silva Pinto, Diretor da Repartição do Serviço Sanitário, em sua residência, em São Paulo. Em 25/9/1897 João Belarmino foi reformado no posto de Tenente-coronel comandante do 22o Regimento da Cavalaria da Guarda Nacional da Comarca de Amparo.

Mesmo os homens mais ocupados ou sofisticados tem suas fraquezas. João Belarmino não foi diferene. Em 7/1/1898 um requerimento do Coronel João Belarmino Ferreira de Camargo, Major Pedro José Pastana, Major Felício Granato, e outros, num total de 34 signatários, “sócios e freqüentadores de uma rinha de briga de galos, situada nesta cidade, com justo fundamento vinham reclamar contra o imposto estabelecido para esse gênero de divertimento, pela Resolução de 27/12/1897”.  O Imposto acabou sendo amenizado…

Em 1899 perdeu a mãe D. Esméria Leite Ferraz de Camargo, que o educara e protegera na infância.

A partir de 1901 fica claro que ele se preparava para tomar de assalto o comando político do município. A revista “O Archivo Ilustrado” publica uma biografia sua bastante elogiosa, e ele e seu primo Pedro Penteado retiram-se do Diretório Governista, o que indica que suas desavenças com Luís Leite haviam crescido. Surgiu um “partido pedrista”, assim chamado, por causa dos coronéis Pedro Penteado e Pedro Pastana, que apoiavam João Belarmino. Essa facção também era chamada de “Partido Camposalista”, certamente por se alinhar com o ex-presidente Campos Sales. Em contraposição, fora criado um “partido leitista”, de apoio ao Senador Luís Leite.

Mas, ao mesmo tempo, o poder econômico de João Belarmino havia aumentado. Os 90.000 cafeeiros que tinha em 1892 haviam se tornado agora, em 1902, 150.000.

Uma oportuna vitória eleitoral em 1905 deu ao seu grupo a totalidade dos assentos da Câmara Municipal. O choque com Luís Leite explodiu, causado pela desapropriação de mananciais na fazenda deste, que, aliás, fora feita na legislatura anterior. Luís Leite exigiu o pagamento e a polêmica se acirrou, com violentos artigos pela imprensa, de lado a lado.

Foram anos de luta sem trégua; de     1904 a 1908 as duas facções se estraçalharam pela imprensa, sem que houvesse vantagem para qualquer delas; pois, os “leitistas”, embora derrotados nas urnas, tinham o apoio do Governo do Estado, o que equilibrava as posições.

Durante o ano de 1908, entretanto, o surgimento da candidatura de Ruy Barbosa à Presidência da República levou ambas as correntes a um entendimento, o chamado “congraçamento”, que resultou finalmente na pacificação da política amparense.

A morte prematura do Senador Luís Leite, no começo de 1909, extinguiu as últimas razões do confronto. Leitistas e pedristas passaram a dividir as cadeiras do Diretório Político local. Durante dez anos o Partido Republicano pacificado reinou absoluto na política amparense. Só na década de 1920, com o surgimento do Partido Democrático, voltaram a existir antagonismos eleitorais.

A partir de 1910 João Belarmino conseguiu suas maiores realizações: o governo estadual criou em Amparo uma Escola de Artes e Ofícios e uma Fazenda Modelo, voltada para a pesquisa agropecuária; a Guarda Nacional foi reorganizada, instalando-se aqui uma Brigada de Infantaria; Amparo conseguiu a vitória na tormentosa “Questão das Duas Pontes”, que ameaçava tomar para Mogi Mirim um boa fatia do município; e uma excelente estrada de rodagem fora construída, ligando Amparo a Jaguari (a atual Jaguariúna) e Campinas.

A excessiva centralização política e administrativa, entretanto, começavam a gerar descontentamento (dizem que uma das frases prediletas de João Belarmino era: “nóis memo faiz e nóis memo dermancha”, mas isso é mera anedota). Em 1928 várias lideranças importantes romperam com o Partido Republicano e foram engrossar as fileiras do Partido Democrático. Um jornal da oposição, de São Paulo, chegou mesmo a noticiar que João Belarmino havia se retirado da política, mas na verdade ele continuava líder inconteste do partido situacionista.

O que seus adversários não haviam alcançado, a crise econômica de 1929 conseguiu. Seguiu-se a Revolução Liberal em 1930 e o P.R.P foi apeado do poder. João Belarmino foi obrigado a deixar a cidade às pressas, diante do tumulto gerado, retirando-se por algum tempo para São Paulo.

Teve, porém, a satisfação de ver seu filho, o jurista e magistrado Laudo Ferreira de Camargo, guindado ao governo do Estado.

Durante a Revolução Constitucionalista, abatido pela morte em combate de seu filho Alonso Ferreira de Camargo, João Belarmino acabou por falecer em São Paulo, em 14 de setembro de 1932.

Em 1936, merecidamente, foi dado seu nome à Escola Profissional, por indicação do Dr. Nestor Aratangy, apresentada ao Conselho Consultivo do Município.  E, em 1957, seus restos mortais foram trasladados de São Paulo para Amparo, ocasião em que novas homenagens lhe foram prestadas.

 

 

NOTAS

 

– 1856 – Belarmino Ferreira do Vale, também conhecido por Belarmino do Vale Ferreira de Camargo, era dono de um sítio de 40 alqueires na Areia Branca, adquirido por doação de seu sogro Teodoro Ferraz Leite de Carvalho. (RPT, 321) Era pai de João Belarmino Ferreira de Camargo, “coronel João Ferraz”, chefe político em Amparo nas primeiras décadas do século XX, este pai do Ministro Laudo Ferreira de Camargo, Presidente do Supremo Tribunal Federal, e avô do Dr. Áureo de Almeida Camargo, advogado do Banco do Brasil, historiador, fundador do Museu Bernardino de Campos, e autor das “Efemérides Amparenses”.  Belarmino Ferreira do Vale e sua mulher Esméria Ferraz venderam  em 1856 a Francisco Borges Martins da Cunha um sítio na Areia Branca (1ºof. 5:89v)

– 1835 – Teodoro Ferraz de Carvalho, filho do capitão Teodoro Ferraz Leite e de sua primeira mulher Francisca Franco da Silva, foi casado em Campinas em 1835 com  Ana Joaquina de Camargo, filha do Capitão Salvador da Rocha Camargo e de Ana Esméria de Arruda César. (SL, 1:289) – O Capitão Salvador da Rocha Camargo foi pai também de Maria da Rocha, casada com Domingos Leite Penteado, pais do coronel Pedro Penteado, também chefe político no Amparo no começo do século XX. (SL, 1:289, 5-3)

– 9/12/1864 – Testamento conjunto de Antônio Benedito de Camargo Campos e sua mulher Esméria do Carmo Ferraz de Carvalho. Antônio Benedito era natural de Campinas, filho de Francisco Ferraz de Campos

e de Benta da Rocha Camargo; seu pai já era falecido e sua mãe morava em Amparo; foi casado em primeiras núpcias com Carolina Emiliana Torquato de Toledo, sem filhos; em segundas núpcias com Esméria do Carmo, também sem filhos; pediu “seis missas de corpo presente”. Esméria do Carmo era filha de Teodoro Ferraz Leite de Camargo e Ana Joaquina da Rocha Camargo, “que atualmente existem neste termo”. Foi casada em primeiras núpcias com Belarmino Ferreira do Vale, de quem teve 3 filhos, sendo vivo apenas um, João (João Belarmino Ferreira de Camargo), menor. (PO/LN,12:90)

– 4/2/1880 – Joaquim Gomes de Almeida é um dos eleitos para Juiz de Paz com 162 votos. Fora voluntário na Guerra do Paraguai, onde alcançou o posto de tenente-coronel; chefe da Estação da Mogiana por ocasião da inauguração em 1875; escrivão de paz do Registro Civil. Faleceria em 21/2/1908. Outros votados foram: Dr. José Pinto Nunes Jr, com 163 votos; Antônio Joaquim de Oliveira Prestes, 162; Albino Alves do Amaral, 161; Damásio Pires Pimentel, 163 (este conservador); Florêncio José Soares, 123; Antônio Benedito de Camargo Campos (padrastro de João Belarmino Ferreira de Camargo), 123; e Antão de Paula Sousa, 123. (EFA, 35)

– 20/1/1888 – “Ata da Reunião de Lavradores efetuada no dia 20 do corrente em o Paço da Câmara Municipal”, com a presença de 200 pessôas “de diversas profissões”. O Presidente da Câmara convidou o Dr. José Pinto do Carmo Cintra para presidir os trabalhos. Luís Leite propõe desde logo que os escravos sejam libertados “para o fim da colheita deste ano, não excedendo do dia 25 de dezembro e que nessa ocasião se gratificasse a cada um deles como merecesse pela sua dedicação ao trabalho e bom comportamento. Feita esta proposta por escrito o Comendador Luís Leite sustentando-a disse que os lavradores podiam  determinar o quantum da gratificação”.

O Dr. Antônio Augusto Bittencourt, que falou a seguir, como procurador dos fazendeiros Dr. Carlos Augusto do Amaral Sobrinho e Tenente-Coronel Antônio Pires de Godoy Jorge, e “disse que lhe parecia ser a presente reunião um protesto à de São Paulo, que a anarquia reinava por toda a parte, que a reunião de São Paulo havia sido um desastre e que os lavradores do município deviam se limitar a representar aos poderes constituídos”. É de opinião que qualquer que fosse a solução deveria partir do Legislativo.

Carmo Cintra deixa a presidência e se opõe à proposta de Luís Leite, alegando a anarquia resultante, e o fato de que muitos escravos estavam hipotecados; mostrou uma carta do Banco do Brasil a um lavrador do município proibindo a este libertar seus escravos porque estes eram garantia de empréstimo levantado.

João Belarmino Ferreira de Camargo declarou já haver prometido liberdade a seus escravos no fim da colheita e que então gratificaria seus escravos como merecessem.

– 26/3/1890 – Sessão de posse do Conselho de Intendência Municipal, presidida e aberta pelo Presidente da Câmara Municipal Luís de Sousa Leite, com a presença dos vereadores Martins Barbosa, Arruda, Mendes do Amaral, Rocha e Miranda. É lido um ofício do Governador do Estado, datado de 12/3/1890, comunicando a dissolução da Câmara e a nomeação de um Conselho de Intendência Provisório, composto dos cidadãos: Dr. Carlos de Campos, Dr. Bento José de Sousa, João Belarmino Ferreira de Camargo, Damásio Pires Pimentel, Joaquim Machado Júnior, Felício Granato e José Pedro de Deus. A seguir, realizou-se a posse e assinatura do termo de compromisso e foi lido o relatório do Presidente da Câmara dissolvida. No mesmo dia realizou-se a

Sessão de Eleição do Presidente, Vice-Presidente e organização das diversas Comissões do Conselho de Intendência Municipal, presidida por José Pedro de Deus.

– 18/10/1890 – Pedro José Pastana nomeado membro do Conselho de Intendência na vaga do Dr. Carlos de Campos.

Na mesma sessão procedeu-se à eleição para Vice-Presidente do Conselho de Intendência, vaga pela saída do Dr. Carlos de Campos: João Belarmino Ferreira de Camargo, 4 votos – Joaquim Machado Júnior, 2 votos. (Atas, 7:105v/106)

– 20/12/1890 – João Belarmino pede exoneração do Conselho de Intendência. Pelo Conselho foi nomeada uma comissão, composta de Pedro Pastana e Felício Granato, para demovê-lo do pedido. Surpreendentemente, João Belarmino reapareceu na sessão de 7/1/1891. (Atas, 7:120v e 123v)

– 24/12/1891 – Sessão Extraordinária, presidida por Silva Pinto Júnior, presentes: “o Dr. Joaquim José da Silva Pinto Júnior, Luís de Sousa Leite, Dr. José Leite Pinheiro, Artur de Assis Carvalho, Felício Granato, João Belarmino Ferreira de Camargo, Antônio Cândido de Camargo e José Pedro de Deus. Haviam sido “nomeados por ato do cidadão Dr. Presidente do Estado de 18 deste mês e ano para membros do Conselho de Intendência Municipal desta cidade, em substituição da que foi deposta pelo povo em data de 14 do mesmo citado mês”. Faltou o oitavo nomeado Capitão Damásio Pires Pimentel.

Joaquim José da Silva Pinto Jr. assumiu a presidência por ser o primeiro da lista de nomeação publicada no Diário Oficial em 20/12/1891. Após o compromisso dos nomeados, procedeu-se à eleição do Presidente Efetivo do Conselho da Intendência com o resultado: Luís de Sousa Leite, sete votos – Dr. Joaquim José da Silva Pinto Júnior, um voto.

Na eleição do Vice-Presidente: João Belarmino Ferreira de Camargo, sete votos – Felício Granato, um voto. As Comissões foram organizadas a seguir.

– 13/6/1892 – eleição para Presidente do Conselho para preencher a vaga aberta com a exoneração de Luis Leite – feita a votação João Belarmino obteve seis votos e Damásio Pimentel um voto – procedeu-se então à eleição de um Vice-Presidente, já que João Belarmino passou a Presidente. – feita a votação João Batista de Oliveira Matos teve 3 votos, o Capitão João Pedro de Godoy Moreira 2 votos e Damásio Pires Pimentel 2 votos – declarado eleito Vice-Presidente João Batista de Oliveira Matos. (Atas da Intendência, 8:65v/66)

– 13/6/1892 – Sessão Ordinária, tendo como Presidente João Belarmino, presentes Antônio Cândido, Américo Antônio, Damásio Pimentel. Não havia número legal, mas estando presentes os novos membros nomeados para a Intendência para suprir as vagas, prestaram eles o compromisso, o que deu o número legal – eram eles Capitão João Pedro de Godoy Moreira, Emiliano Pires de Ávila e João Batista de Oliveira Matos. (Atas, 8:65)

– 29/9/1892 – Sessão Extraordinária, a última do Conselho de Intendência, presidida por João Belarmino, presentes Antônio Cândido, Emiliano, João Pedro, Américo, Alfredo de Barros e Joaquim Mendes do Amaral. A sessão tinha por fim o encerramento dos trabalhos da Intendência com a posse da Câmara Municipal e dos Juízes de Paz eleitos. Procedeu-se à recepção aos novos Vereadores e Juízes de Paz:

Vereadores:

– José Joaquim Franco da Rocha.

– Domingos Vita.

– Antônio Rebelo Muniz Guimarães.

– Pedro José Pastana.

– Rafael de Oliveira Camargo.

– João Belarmino Ferreira de Camargo.

– João Pedro de Godoy Moreira.

– Alfredo da Silva Pereira Barros.

Juízes de Paz:

– Joaquim Machado Júnior.

– Joaquim Damião Pastana Sobrinho

– Gustavo de Oliveira.

Foi lido o relatório do Presidente da Intendência e se fez um agradecimento aos Intendentes pelos serviços prestados desde a Proclamação da República. (Atas, 8:104)

– 29/9/1892 – Sessão Ordinária, a primeira da Câmara Municipal na República, presidida pelo Vereador Franco da Rocha, presentes: José Joaquim Franco da Rocha, João Belarmino Ferreira de Camargo, Domingos Vita, Antônio Rebelo Muniz Guimarães, Pedro José Pastana, Capitão João Pedro de Godoy Moreira, Rafael de Oliveira Camargo e Alfredo da Silva Pereira Barros. A Câmara se auto-empossou.

Foi nomeada uma comissão composta dos vereadores Muniz Guimarães, Ferreira de Camargo e Alfredo de Barros para elaborar projeto de Regimento Interno. Muniz Guimarães informou que já existia um projeto de Regimento para ser submetido à apreciação da Câmara . O projeto depois de lido foi aprovado por unanimidade. Procedeu-se, a seguir à eleição de Presidente e Vice-Presidente da Câmara: para Presidente: João Belarmino Ferreira de Camargo, 7 votos – João Pedro de Godoy Moreira, 1 voto; para Vice-Presidente: Pedro José Pastana, 3 votos – Domingos Vita, 1 voto – José Joaquim Franco da Rocha, 1 voto – João Pedro de Godoy Moreira, 1 voto – Alfredo de Barros, 1 voto – Muniz Guimarães, 1 voto. Não tendo nenhum candidato alcançado a maioria absoluta, procedeu-se a desempate em 2º escrutínio: Pedro José Pastana, 4 votos – Alfredo de Barros, 2 votos – Godoy Moreira, 2 votos; em 3º escrutínio: Pedro José Pastana, 6 votos – Muniz Guimarães, 2 votos.

– Eleição do Intendente Municipal: José Joaquim Franco da Rocha, 7 votos – Muniz Guimarães, 1 voto. Declarado eleito o Vereador José Joaquim Franco da Rocha, que pediu que o Presidente da Câmara fosse autorizado a organizar as comissões, o que foi feito. (Atas, 9:1v/2v)

– 10/1/1893 – João Belarmino Ferreira de Camargo preside a

Instalação da Comissão Municipal para a Revisão do Alistamento Eleitoral, presentes também João Gomes de Oliveira Carneiro, Felício Granato, Antônio José da Costa Cardoso, e Viriato Guilberto de Oliveira Valente, Presidentes das quatro seções de alistamento eleitoral do município. A Comissão teria que funcionar por 20 dias consecutivos das 10 hs. da manhã até as 4 hs. da tarde, em sessões públicas “no trabalho de revisão do alistamento eleitoral do município”. (Atas, 9:66v)

– 4/10/1893 – Sessão especial para divisão das seções eleitorais, presidida por Ferreira de Camargo, presentes Ferreira de Camargo, Pastana, Franco da Rocha, Vita, Muniz Guimarães, Godoy Moreira e os suplentes Maximino de Sousa de Moraes e Artur Pereira; faltaram sem participação Alfredo de Barros e Rafael de Oliveira Camargo; faltaram com participação os suplentes Jerônimo Tavares e Fortunato Goulart; faltaram sem participação os suplentes Josué Emígdio Vasco de Toledo, Francisco Teixeira de Almeida Moura, José Augusto Boucault e Joaquim Mendes do Amaral.

Foi feita a divisão do município em seções eleitorais: 2 seções na cidade, 1 em Pedreira e 1 em Monte Alegre; as mesas funcionariam: 1) na sala de sessões da Câmara Municipal; 2) na sala de audiências da Subdelegacia no mesmo prédio; 3) na sala de audiências da povoação de Pedreira; 4) no prédio do finado Capitão José Inácio Teixeira em Monte Alegre. (Atas,9:8v/9)

– 4/1/1894 – Eleição da nova mesa da Câmara, do intendente e das comissões para o período 7/1/1894 a 1/1/1895. Resultados: – para Presidente da Câmara: João Belarmino Ferreira de Camargo, 7 votos – José Joaquim Franco da Rocha, 1 voto. – declarado reeleito Belarmino. – para Vice-Presidente: José Joaquim Franco da Rocha, 4 votos – Capitão Antônio Carlos de Moraes Bueno, 3 votos – Capitão Damásio Pires Pimentel, 1 voto. – em segundo escrutínio o resultado foi: José Joaquim Franco da Rocha, 7 votos – Capitão Antônio Carlos de Moraes Bueno, 1 voto – foi declarado eleito José Joaquim Franco da Rocha. – para Intendente Municipal: Major Pedro José Pastana, 7 votos – José Joaquim Franco da Rocha, 1 voto.(Atas,9:172/172v)

– 28/1/1894 –  Em sessão da Câmara, pelo presidente Tenente-Coronel João Belarmino Ferreira de Camargo, foi feita a seguinte indicação: “Sendo esta a primeira sessão que se faz depois do infausto acontecimento da morte do benemérito cidadão Barão de Campinas, indico que se consigne na ata do dia um voto de profundo pesar pela sentidíssima morte desse prestante cidadão” – foi aprovada unanimemente. (Atas, 9:178v)

– 5/1/1895 – Eleição para Presidente e Vice-Presidente da Câmara. Resultado para Presidente: – João Belarmino Ferreira de Camargo, 6 votos, reeleito. – Resultado para Vice-Presidente:- Major Pedro José Pastana, 5 votos – Antônio Carlos de Moraes Bueno, 1 voto – eleito Pedro José Pastana, que passou a ocupar a presidência na ausência de Ferreira de Camargo. Eleição para Intendente Municipal:- José Joaquim Franco da Rocha, 5 votos – Pedro José Pastana,

– 8/7/1895 – O presidente da Câmara João Belarmino Ferreira de Camargo, antes de entrar no Expediente, apresentou  a seguinte indicação: “Tendo chegado a infausta notícia da morte do Benemérito Marechal Floriano Peixoto, o salvador da República, a cuja energia se deve a consolidação das nossas instituições, proponho que, como representante direto deste município, a Câmara lance na ata de hoje um voto de profundo pesar por tão calamitoso acontecimento, que veio privar o Brasil do seu braço mais forte e da tenacidade mais abnegada em prol das liberdades públicas” – aprovado unanimemente. O Dr. Joaquim José da Silva Pinto Júnior foi incumbido de representar a Câmara de Amparo nas exéquias do Marechal Floriano Peixoto. (Atas,10:101/101v e 108/108v)

– 9/6/1893 – João Belarmino Ferreira de Camargo, Presidente da Câmara Municipal e Intendente interino da cidade de Amparo, assina edital de concorrência para o serviço de iluminação elétricva, em 26/5/1893. (CP)

– 14/3/1894 – Passeata em Amparo, tendo à frente o Alferes Inocêncio Aranha, em regozijo pela vitória das forças governamentais no Rio de Janeiro, contra a Revolta da Armada. A massa popular reunida na Rua 13 de Maio, seguida da banda de música de Antônio Jorge, dirigiu-se à casa do Tenente-Coronel João Belarmino Ferreira de Camargo, onde discursaram os Drs. Batista Pereira e João Mota, visitando a seguir o Diário do Amparo, e as residências do Major Pedro Pastana e do Coronel Luís Leite. A notícia havia chegado a Amparo por um telegrama do Presidente do Estado a João Belarmino Ferreira de Camargo. (EFA,57)

– 1896 – João Belarmino Ferreira de Camargo, fazendeiro no Morro das Pedras, com 90.000 cafeeiros. (Almanaque do Amparo, 1896)

– 5/3/1896 – “Acha-se bastante doente o Sr. Tenente-Coronel João Belarmino Ferreira de Camargo, membro do Diretório Republicano”. (OESP)

– 12/1/1897 – homenagem ao Dr. Silva Pinto, Diretor da Repartição do Serviço Sanitário, em sua residência, em São Paulo, com a presença de dezenas de pessoas, entre políticos e médicos, inclusive o Dr. Carlos de Campos, Secretário da Justiça, João Belarmino Ferreira de Camargo e Eugênio Boucault. (OESP)

– 25/9/1897 – Reformado no posto de Tenente-coronel comandante do 22o Regimento da Cavalaria da Guarda Nacional da Comarca de Amparo o sr. João Belarmino Ferreira de Camargo (DOU, 25/9/1897)

– 7/1/1898 – Requerimento do Coronel João Belarmino Ferreira de Camargo, Major Pedro José Pastana, Major Felício Granato, e outros, num total de 34 signatários, “sócios e freqüentadores de uma rinha de briga de galos, situada nesta cidade, com justo fundamento vinham reclamar contra o imposto estabelecido para esse gênero de divertimento, pela Resolução de 27/12/1897; que tem carácter proibitivo esse imposto, por isso que não é possível manter-se a rinha, que apenas funciona 20 ou 30 vezes por ano, não dando resultado especulativo anual nem para pagamento do imposto. Acreditam eles signatários que esta ilustre Corporação seguramente não teve o intuito com a elevação do imposto de 50$000 para 300$000 de impedir a continuação da rinha”. Pedem a modificação do imposto. Foi remetido à Comissão Permanente para dar parecer. (Atas, 11:96) Na sessão de 17/1/1898, o Parecer n. 75, da Comissão Permenente, apresentado por Pinto Nunes Cintra, sobre o requerimento dos sócio e freqüentadores de uma rinha de galos, é pela modificação do imposto, cobrando-se 10$000 por dia em que funcionar a rinha. (aa) Pinto Nunes Cintra. Albino Alves. O parecer foi aprovado por unanimidade e encaminhados os papéis ao Intendente para os fins necessários. (Atas, 11:99/99v)

– 4/5/1899 – faleceu D. Esméria Leite Ferraz de Camargo, mãe do Tenente-coronel João Belarmino Ferreira de Camargo. (OESP)

– 11/1901 – biografia elogiosa em “O Archivo Ilustrado – 1899 a 1906”

– 29/12/1901 – Retiram-se do Diretório Governista local os coronéis Pedro Penteado e João Belarmino Ferreira de Camargo. (OESP)

– 1902 – João Belarmino Ferreira de Camargo tinha uma fazenda nos subúrbios, Morro das Pedras, com 150.000 cafeeiros. (Almanaque do Amparo, 1902) Em 1892 tinha 90.000 (Almanaque, 1892)

– 27/10/1904 – reunião do eleitorado no dia 3/11/ no Teatro João Caetano – vão falar Pedro Penteado, João Ferraz e Costabile Augusto Niglio. (OESP)

– 10/11/1904 – João Belarmino Ferreira de Camargo, festeiro do Divino, junto com várias senhoras da família Cintra. (OESP)

– 22/2/1905 – ata da Câmara Municipal, presidida por Pedro Penteado, presentes Dr. Burgos, Felício Granato, José Silvestre da Cunha Martins, Francisco Antão de Paula Sousa, Manuel de Azevedo Maia, Félix Viana e João Belarmino Ferreira de Camargo Júnior, sobre o protesto das letras devidas ao Coronel Luís Leite – decidiu-se pagar sob protesto. (OESP)

– 10/5/1905 – Pedro Penteado convoca reunião política ao meio-dia na casa de João Belarmino. (OESP)

– 23/10/1907 – “O Partido Camposalista, em oposição ao governo do Estado, reuniu-se na casa de João Belarmino Ferreira de Camargo. Parece que nessa reunião se resolveu que o partido não concorra às eleições municipais e de presidente do Estado”. (OESP)

– 25/1/1909 – Pedro Penteado e o Diretório convidam para uma reunião do eleitorado na casa de João Belarmino Ferreira de Camargo. (OESP)

– 26/1/1909 – “Política Amparense” – telegrama de Amparo:  “Os diretórios políticos locais renunciaram em favor do novo diretório do partido congraçado, constituído pelos srs. João Ferraz, João Guedes e Rafael Prestes” – “Reina grande regozijo nesta cidade. Promoveu-se um grande baile. Saudações. Rafael Prestes”. (CP)

– 31/1/1909 – eleição tranqüila em Amparo – informação do delegado de polícia Dr. Virgílio do Nascimento. No domingo, 24 de janeiro realizou-se na casa do coronel João Ferraz a reunião do Partido Pedrista para tratar do congraçamento com os leitistas – compareceram

150 pessoas – a reunião foi presidida pelo Dr. Amadeu Gomes de Sousa, sendo secretários Pedro Bueno de Camargo e Francisco Luís da Silva – Dr. Coriolano Burgos combateu vigorosamente o congraçamento, que foi defendido com brilho por Rafael Prestes – na ocasião da votação retiraram-se 40 eleitores – o congraçamento foi aprovado por mais de 70 eleitores contra 36. – ficou resolvido que o novo diretório seria composto por João Ferraz e Rafael Prestes (pedristas) e João Guedes (leitista). A proposta original era de 3 pedristas: Augusto Guimarães, Joaquim Augusto de Araújo Campos e Bernardino Prestes e 3 leitistas escolhidos por seu partido. (CP)

– 20/5/1909 – João Belarmino Ferreira de Camargo é encarregado de reorganizar a Guarda Nacional em Amparo, para onde seria transferida uma das Brigadas de Infantaria que se achavam avulsas na Capital. (CP)

– 20/5/1909 – João Belarmino Ferreira de Camargo é encarregado de reorganizar a Guarda Nacional em Amparo, para onde seria transferida uma das Brigadas de Infantaria que se achavam avulsas na Capital. (CP)

– 23/6/1910 – subscrição para compra do navio “Riachuelo” – comissão composta de João Ferraz (João Belarmino Ferreira de Camargo), Dr. Vasco de Toledo e Dr. Valêncio do Prado. (OESP)

– 9/7/1912 – assumiu  a direção da “Escola de Artes e Ofícios de Amparo” o sr. João Belarmino Ferreira de Camargo Júnior, em vista de ter falecido o respectivo diretor. (OESP)

– 28/3/1913 – Dr. Valêncio do Prado, como prefeito, recebe e acompanha a comitiva do Senador Luís Piza, arbitro na Questão de Duas Pontes, inclusive na vistoria na região em litígio (OESP). Estavam juntos também o coronel João Belarmino, Felício Granato, presidente da Câmara, o vereador Leopoldo Cunha, Dr. Pedro Bueno de Camargo Silveira, Dr. Alfredo Patrício do Prado Paulista, irmão do prefeito, o promotor Dr. Artur Pinto Lima, Francisco Luís da Silva, José Jacobsen, Joaquim Carneiro da Silva e José Silvestre Martins da Cunha (OESP)

– 12/2/1925 – O Coronel João Belarmino Ferreira de Camargo convoca o eleitorado para comparecer no dia 1º de março ao edifício da Câmara Municipal, afim de proceder-se à escolha dos nomes que deverão figurar no novo diretório político. O novo diretório terá a incumbência de escolher um candidato a deputado estadual para preencher a vaga ocorrida com a renúncia do Dr. Rafael Prestes. (O Comércio)

– 31/8/1925 – Dr. Amadeu Gomes de Sousa, deputado estadual, informou a João Belarmino Ferreira de Camargo que fora liberada a verba para a construção da estrada de rodagem de Amparo a Jaguari (atual Jaguariúna). (CP)

– 14/03/1928 – O PRP em debandada- Renúncia do Diretória de Amparo   – João Belarmino Ferreira de Camargo (DN)

– 17/7/1928 – João Belarmino Ferreira de Camargo viaja para Lindóia. (OESP)

– 26/8/1928 – João Belarmino Ferreira de Camargo retirou-se

da política. (DN)

– 4/9/1929  – Amparo – Centenário de Amparo (OESP) – A Revolução de 1891 – “Segue trem cem soldados” – Coronel João Belarmino

– 2/8/1931  – “O povo de Amparo prestou significativa homenagem ao progenitor do Dr. Laudo de Camargo” – João Belarmino Ferreira de Camargo (DN)

– 14/9/1932 – Faleceu João Belarmino Ferreira de Camargo, político republicano que dominou a política amparense até 1930, liderando a corrente “pedrista”. Lavrador, exerceu cargos públicos e gozou de enorme prestígio na comunidade amparense. Seu filho, Laudo Ferreira de Camargo, foi membro do Supremo Tribunal Federal, que chegou a presidir; além disso governou São Paulo por alguns meses em 1932. (EFA, 133)

– 16/10/1932 – missa de 20º dia pela alma de João Belarmino Ferreira de Camargo. (OESP)

– 29/10/1935 – proposta de dar o nome de João Belarmino Ferreira de Camargo à Escola Profissional, por indicação do Dr. Aratangy apresentada ao Conselho Consultivo. Em 29/11/1935 houve parecer do Dr. Alberico favorável à denominação João Belarmino para a Escola Profissional. (Atas, 26:79 e 81).***

– 29/10/1935 – proposta de dar o nome de João Belarmino Ferreira de Camargo à Escola Profissional, por indicação do Dr. Aratangy apresentada ao Conselho Consultivo. Em 29/11/1935 houve parecer do Dr. Alberico favorável à denominação João Belarmino para a Escola Profissional. (Atas, 26:79 e 81).***

– 25/3/1936 – é dada a denominação “Coronel João Belarmino Ferreira de Camargo” à Escola Profissional de Amparo. (OESP)

– 22/9/1957 – homenagem póstuma a João Belarmino Ferreira de Camargo – trasladação dos restos mortais de São Paulo para Amparo – missa. (OESP)

 

 

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