HERMELINO PUPO NOGUEIRA

 

     Segundo mais votado nas eleições de 7 de setembro de 1864, Hermelino (ou Ermelindo) Pupo Nogueira assumiu a presidência da Câmara Municipal de Amparo em 7 de janeiro de 1865, por achar-se Antônio Pires de Godoy Jorge, o mais votado, ocupado nos afazeres de suplente de Juiz Municipal em exercício. Presidiu a Câmara até 18 de abril de 1866, quando Godoy Jorge reassumiu seu mandato. (EFA, 14 – Atas, 2:18)

     Teve uma atuação discreta como vereador, sendo apenas mencionado em 26 de novembro de 1866 como membro de uma comissão encarregada de preencher alguns questionários do Ministério da Agricultura (Atas, 2:29/29v). Em 19 de dezembro desse ano deixou de comparecer por estar doente e pediu para ser dispensado da comissão, mas o pedido foi negado. Em 21 de janeiro de 1867, já recuperado, foi nomeado para outra comissão, encarregada de dar parecer nas contas de receita e despesa da edilidade; no dia seguinte foi nomeado para mais uma comissão, esta encarregada de dar parecer sobre as contas do tesoureiro das obras da Matriz, custeadas pela Câmara.

     Voltou a presidir sessões em 17 e 18 de junho de 1867, mas novamente declarou-se doente, faltando a todas as reuniões seguintes. Só voltou à Câmara em 25 de maio de 1868. Em 5 de outubro desse ano, como membro da Comissão de Contas, foi encarregado de dar parecer sobre a receita e despesa da Câmara. Não mais compareceu às sessões da Câmara, parecendo ter se afastado do município.

Ermelindo de Assis Pupo Nogueira (esse o nome completo) era natural de Campinas, filho do Dr. Francisco de Assis Pupo, de Iguape, e de Rita Luísa Nogueira, campineira. Era neto paterno do sargento-mor Bento Pupo de Gouvêa e de Maria Joaquina de Jesus, neto materno do sargento-mor Teodoro Ferraz Leite, veterano das guerras no Sul, e de sua segunda mulher Maria Luísa Teixeira. Era parente próximo dos coronéis João Belarmino Ferreira de Camargo e Pedro Penteado, que liderariam a política amparense no começo da República.

     Foi casado com Francisca de Andrade, filha do major Teodoro Franco de Andrade, de quem teve vasta descendência.

     Em 1861 havia comprado de Diogo Rodrigues de Araújo e sua mulher Gabriela Maria de Jesus uma “parte de terras no sítio de sua finada sogra e mãe Maria Pires, no Bairro da Areia Branca, havido por herança dela”. (PO/LN, 7:121v)

     Não encontramos seu nome em outros documentos locais depois da época em que foi vereador, mas ainda em 1873 era fazendeiro de café e algodão em Amparo. Realmente, ao que parece, mudou-se daqui depois, já que aparece em 29/2/1880 como 2º suplente de juiz municipal na Penha de Mogi-Mirim, hoje Itapira. (Correio Paulistano)   

Comments are closed.