GOMIDE
Nas últimas décadas do século XIX três senhoras da família Gomide moraram em Amparo, onde foram donas de uma vasta área, que começava na atual Rua Luís Leite, na esquina do Largo São Benedito, e se estendia para o Sul, alcançando o Colégio Nossa Senhora do Amparo e a chácara dessa instituição (1ºof.109:1). Eram as célebres irmãs Gomide, sempre em conflito com a Câmara, ora por causa de formigueiros, ora por proibirem seus cachorros de saírem à rua, ora por desapropriação, conforme consta fartamente das atas de nossa câmara. Mais tarde essas irmãs adquiriram terras em Monte Alegre, para onde parecem ter se mudado.
A família era originária de Campinas, descendendo do alferes Joaquim Pedroso de Barros, que se casou em Rita de Camargo Penteado (SL, 1:277), casal esse que, entre outros, teve:
1 – Dulce de Camargo, casada em 1823 com Francisco de Assis Gonçalves Gomide, filho do sargento-mor Tomás Gonçalves Gomide e de de Joaquina Maria Pimenta de Moraes. Dulce e Francisco tiveram:
1.1 – Maria Guilhermina, solteira em 1853, uma das que residiram em Amparo;
1.2 – Francisca Elidia (ou Francisca Elisa Gomide de Campos – CA-7:65v), casada com Pedro de Sousa Campos, pais de:
1.2.1 – Maria das Dores de Sousa Campos, casada com Abelardo Goulart, tabelião em São Paulo, falecido no Amparo em 1922, filho de Antônio Emiliano Goulart Penteado e de Ana Hermínia Branco de Barros (ou Ana Firmina de Barros Goulart – CA-7:65V – GC, 254); pais de:
1.2.1.1 – Dr. Bráulio Goulart, natural de Campinas, casado com Conceição Corrêa de Sá, filha de João Corrêa e Silva e de Leontina Werneck Pinheiro de Sousa (GC, 255)
1.2.2 – Francisco, menor, dono de imóvel em Amparo por volta de 1874 (RIA-IP,8:26);
NOTA:- Pedro de Sousa Campos também foi casado com Luísa de Campos Viana, de quem teve: Maria Luísa de Campos Viana, natural de Rio Claro, filha de Pedro de Sousa Campos e de Luísa de Campos Viana, casou no Amparo em 1887 com José Antônio Ribeiro, português, filho de José Ribeiro e de Rosa Fernandes, sendo testemunhas Antônio de Sousa Almeida e Cândido de Oliveira Machado (CA-12:24v/25)
1.3 – Gertrudes Galdina;
1.4 – Joaquim de Barros Gomide;
1.5 – Dulce Cândida Gomide, que também residiu em Amparo; ela e suas irmãs Teresa Delfina e Maria Guilhermina foram donas no final do século XIX de uma chácara entre as ruas Luís Leite e José Bonifácio, que acabaram por desmembrar, após vários atritos com a Câmara Municipal. Em 1893 elas doaram a Carolina de Sousa Camargo e seu marido Antônio Américo de Camargo um terreno na Rua José Bonifácio (1ªof. 115:58v).
1.6 – Teresa Delfina Gomide, também moradora de Amparo.
1.7 – Tomás Gonçalves Gomide.