CUNHA
TRONCO I
I – O primeiro representante dessa família no Brasil foi Henrique da Cunha, amigo de Martim Afonso de Sousa, que passou com este para São Vicente em 1531. Henrique da Cunha pertencia à ilustre casa dos Cunhas, que procedia de El-Rei D. Fruela II, rei de Leão, Astúrias e Galiza.
Família das mais antigas da nossa região, onde já viviam por volta de 1790, os Cunhas deixaram relativamente poucos traços na documentação do passado amparense. Vários casais .isolados portadores desse sobrenome, entretanto, aqui viveram nos tempos da capela curada.
Um desses seus troncos primitivos é o casal Francisco José Dias e Gertrudes Maria da Cunha, aparentemente vindos de Mogi Guaçu, pais de:
1 – Joaquina Maria de Jesus, nascida em Mogi Guaçu, casada no Amparo em 1841 com José Antônio Barbosa, natural da Freguesia de Santa Efigênia, em São Paulo, filho de Bento Corrêa da Silva e de Maria Antônia Barbosa;
2 – Benedito Antônio Dias, casado no Amparo em 1842 com Lourença Maria de Jesus, filha de Francisco Félix de Godoy e de Jacinta Maria de Jesus.
3 – Emílio, batizado no Amparo em 1839 (Ba-3:47v)
4 – Maria, batizada no Amparo em 1843 (BA-4:39)
TRONCO II
II – Joaquim Pedro da Cunha, casado com Carolina de Melo (também grafada como Carolina Círiaca de Melo, casal que viveu algum tempo em Serra Negra. Carolina Ciríaca de Melo, em 10/10/1850, deu procuração a Emígdio Justino de Almeida Lara, José Wenceslau e José Luís de Menezes, para, na vila da Constituição (hoje Piracicaba), arrecadar o remanescente da terça “no inventário da finada Dona Gertrudes, mulher do finado Luís Antônio de Camargo” (1ºof. 3:14). Carolina também era cunhada de Inácio Franco de Moraes(1ºof. 63). Joaquim Pedro teria falecido em 1879, segundo alguns documentos, mas há um assento de enterramento datado de 1850 com o mesmo nome. O que faleceu em 1879 é um homônimo. Joaquim Pedro e Carolina foram pais de:
1 – Bernardina de Sousa Campos, nascida em Serra Negra segundo o assento de casamento, mas batizada em Amparo em 1835, e aqui casada em 1850 com Manoel Franco de Oliveira, natural de Mogi Mirim, filho de João Xavier de Oliveira e Maria Jacinta da Silveira; pais de:
1.1 – Ana Bernardina da Silveira, filha de Manuel Franco de Oliveira e de Bernardina Franco da Cunha, casou no Amparo em 1870 com seu parente consanguíneo (tio) Francisco Antônio da Cunha Melo, filho de Joaquim Pedro da Cunha e de Carolina Ciríaca de Melo. Foram donos de um sítio no bairro da Cachoeira. (CA-6:6v/7)
2 – Maria da Cunha Melo, batizada em 1838 no Amparo, católica, filha dos falecidos Joaquim Pedro da Cunha e Carolina de Melo, casou no Amparo em 1870 com Felipe Christiano Guilherme Melchert, natural de Flemhude, Hamburgo, protestante, filho de Hermann Melchert e Maria Catarina. Foi um casamento mixto, cujo assento contém termos de compromisso de ambos os nubentes. O casamento foi testemunhado pelo Capitão José Manuel de Miranda e por Francisco Antônio da Cunha Melo, irmão da noiva, e os termos de compromisso tiveram como testemunhas Manuel Joaquim de Camargo e Jorge João Farishon. (CA-6:21v/22).
3 – José, batizado em 1840,
4 – Francisco Antônio da Cunha Melo, filho de Joaquim Pedro da Cunha e de Carolina Ciríaca de Melo, casou no Amparo em 1870 com sua parente consanguínea Ana Bernardina da Silveira, filha de Manuel Franco de Oliveira e de Bernardina Franco da Cunha (ou Sousa Campos), do n. 1.1. (CA-6:6v/7 – 1º of. 30:20)
5 – Maria, outra, batizada em 1842, sendo padrinhos Bento de Araújo Cintra e sua mulher Ana Jacinta de Araújo, de Mogi Mirim.
6 – Joaquim, batizado em 1843 (BA-4:32)
7 – Januário, batizado em 1849.(BA-5:9)
TRONCO III
III – João Modesto da Cunha, mencionado em alguns textos, é João Modesto da Cunha Franco (SL, 2:78 e 6:17), personagem ligado por parentesco a José Lourenço Gomes e aos Silveira Franco. Segundo Silva Leme, João Modesto era filho de Modesto Antônio e de Gertrudes Maria Franco, por esta neto de Pantaleâo Pedroso da Cunha e de Maria Josefa de Almeida, tronco dos PEDROSOS DA CUNHA, e neto paterno de Antônio de Godoy Moreira e de Marinha Isbela, gente de Atibaia. Era primo do Ajudante Daniel da Rocha Franco, tronco dos ROCHA FRANCO. João Modesto casou com Maria Angélica de Oliveira primeiras núpcias, e a segunda vez em 1877 com Olímpia da Silveira Franco, filha de José Lourenço Gomes. Em 1869 João Modesto era sub-delegado de Polícia e informava ao Presidente da Província ter alugado “um quarto a 4$000 por mês para servir de prisão nos casos repentinos”, que estava pagando do próprio bolso. Além desse cargo exerceu os de suplente de juiz municipal, coletor e inspetor de da estrada para Serra Negra. (EFA, 84 e 88). A descendência de João Modesto está em CUNHA FRANCO.
TRONCO IV
IV – José da Cunha, casado com Catarina Rodrigues, faleceu em Amparo em 1830, aos 90 anos de idade. Deve ser o mesmo pai de:
1 – Joaquina, solteira, moradora no bairro Camanducaia, madrinha de batizado em Mogi Mirim em 1809.
2 – Esméria, solteira, moradora na Ressaca, madrinha de batizado em Mogi-Mirim em 1805.
TRONCO V
V – João da Cunha que fez posse de um sítio “nos limites desta freguesia”, que mais tarde passou sucessivamente para Jerônimo da Costa, a Felipe Pires de Ávila e finalmente a Boaventura Cardoso de Oliveira. Talvez corresponda a João Antônio da Cunha, que em 1798 era casado com Rosa Maria, o qual em 1820 vendeu “um sítio denominado Passagem do Camanducaia” a Ana Bueno de Lima. Se forem a mesma pessoa, João da Cunha teve geração:
1 – Ana, solteira, mãe de
1.1 – Gertrudes, batizada em Mogi Mirim em 1798.
2 – Caetana, batizada em Mogi Mirim em 1797;
3 – Lucas Ferraz, natural de Mogi-Mirim, batizado em 1799, casou em Mogi Mirim com Gertrudes Maria de Barros, também mogiana, filha de João (Ramos? ou Barros?) do Prado e de Isabel Maria de Oliveira (NA DÚVIDA… é mais provável que seja filho de João Antônio da Cunha, pessoa diversa)
4 – Floriano, filho de João Antônio da Cunha, e Esméria, filha solteira de José da Cunha, moradores na Ressaca, foram padrinhos de Gabriela, filha de Ana da Cunha, batizada em 1805 em Mogi-Mirim. (BM-5:2)
5 – Jacinto, filho de João Antônio da Cunha e Rosa Maria, batizado em Mogi Mirim em 1809. (BM-5:64v)
TRONCO VI
VI – Joaquim Pedro da Cunha, falecido em 1850, foi casado com Carolina de Melo; pais de:
1 – Bernardina, batizada no Amparo em 1835;
2 – Maria, batizada em 1838;
3 – José, batizado em 1840
TRONCO VII
VII – Helena da Cunha, viúva, moradora no bairro Camanducaia teve filhos, que foram padrinhos do batizado de Rosa,: filha de Francisco Fagundes, casado com Rosa Maria de Camargo, celebrado em Mogi Mirim em 8/6/1800:
1 – Miguel, filho solteiro
2 – Felipa, solteira (BM-4:110)
TRONCO VIII
VIII – Francisco Antônio da Cunha, viúvo de Francisca Maria, casou no Amparo em 1840 com Gertrudes Maria de Oliveira, natural de Mogi Mirim, filha de Antônio Dias de Siqueira e Isabel Alves de Siqueira (CA-2:49). Também teria sido casado com Maria Gertrudes Cardoso (que pode ser a mesma Maria Gertrudes…). Francisco Antônio da Cunha pode parecer Francisco Antônio da Cunha Claro, irmão de Silvestre da Cunha Claro, já que seus filhos eram primos irmãos, mas as biografias não conferem. Francisco Antônio e Gertrudes foram pais de:
1 – José, batizado em 1833 (BA-2:25v)
2 – Gertrudes, batizada em 1835 (BA-2:55); esta faleceu em 1852. (ADF, 9)
3 – Delfino Antônio da Cunha, ou Delfim Antônio da Cunha Claro, batizado em 1843, filho de Francisco Antônio da Cunha, já falecido, e de Maria Gertrudes Cardoso, casou com sua prima irmã Emília Maria Cardoso, filha de Silvestre da Cunha Claro e de Ana Joaquina Cardoso (BA-4:30v – CA-5:62). Foram pais de:
3.1 – Ana Maria Cardoso, filha de Delfim Antônio da Cunha Claro e de Emília Maria Cardoso, casou no Amparo em 1884 com Antônio Justino de Oliveira, filho de José Florêncio Pinto de Oliveira e de Escolástica Maria de Jesus (CA-11:4v)
4 – Ana Maria Cardoso, filha de Francisco Antônio da Cunha e Maria Gertrudes Cardoso,casou no Amparo em 1843 com Generoso de Oliveira Preto,natural de Mogi Mirim, filho Felizardo de Oliveira Preto e de Escolástica Maria da Conceição. (CA-2:64v)
5 – Gertrudes, outra, batizada em 1852, sendo padrinhos Francisco Dias Pereira e Cândida Emília de Vasconcelos (BA-5:83v)
TRONCO IX
IX – José Joaquim da Cunha e de Gertrudes Maria de Jesus, também conhecida por Gertrudes Gonçalves de Oliveira, casal amparense de meados do século XIX, fez testamento conjunto em 1845 (1ºof.1:98), e foram os pais de:
1 – Maria Francisca da Glória, filha de José Joaquim da Cunha e de Gertrudes Maria de Jesus, casou no Amparo em 1861 com Gabriel Gonçalves de Oliveira,natural de Bragança, filho de João José Gonçalves e de Gertrudes Maria de Jesus. (CA-5:12)
2 – Carolina Gonçalves de Oliveira, também conhecida por Carolina Maria Antônia, filha de José Joaquim da Cunha e de Gertrudes Gonçalves de Oliveira, batizada em 1842, casou no Amparo em 1863 com Pedro Antônio de Menezes, filho de Manuel Joaquim Teles e de Maria Jacinta de Jesus. Foram donos de terras na Boa Vereda (BA-4:24 CA-5:34v – 1º of., 31:7v e 102v)
3 – Cândida, batizada em 1841. (BA-4:7v)
TRONCO X
– Veja ALVES DA CUNHA – Joaquim José da Cunha.
TRONCO XI
XI – Lauriano Antônio da Cunha, personagem pouco conhecido no Amparo oitocentista, e Antônio Alves Matozinhos, foram partidores numa divisão em 1860 entre João Pires do Amaral, José Luís de Melo e Joaquim Alves do Amaral (1ºof., 7:11). Lauriano Antônio da Cunha foi casado com Luzia Maria de Jesus e tiveram:
1 – Rosa Maria da Cunha, amparense, casada no Amparo em 1861 com Bernardino Álvares de Sousa, de Portugal, filho de Joaquim Álvares de Sousa e de Bernardina Maria de Sousa (CA-5:11v).
2 – Maria, batizada no Amparo em 1851, sendo padrinhos Antônio da Cunha Claro e Escolástica Maria de Jesus (BA-5:52)
– Veja CUNHA CLARO, Tronco V, com o qual este deve ser fundido.
TRONCO XIII
VIII – João José da Cunha e Brandina Maria da Silva foram pais de:
1 – Lúcio José da Cunha, filho de João José da Cunha e Brandina Maria da Silva, casou no Amparo em 1880 com Sabina Maria de Jesus, filha de Salvador Alves Pedroso e de Francisca Maria de Jesus (CA-8:12v)
2 – Francisca Maria da Silva, filha de João José da Cunha e de Brandina Maria da Silva, casou no Amparo em 1877 com João Antônio, filho de Antônio José de Faria e Sousa e de Marcelina Maria Pereira (CA-7:38v/39)
3 – Marcelino José da Cunha, filho de João José da Cunha e de Blandina Maria da Silva, casou no Amparo em 1878 com Violante Dominica Mattei, filha de Pedro de Mattei e Mariana Donati, sendo testemunhas do ato Eugênio Pinto Pereira e José Damião Pastana (CA-7:4v)
4 – Ana Maria da Silva, casada com Salvador Alves Vitorino, que venderam em 1890 as terras no Lambedor, herdadas de seus pais sogros João José da Cunha e Brandina Maria da Silva (2ºof. 2:40v/41)