Há cento e sessenta anos, o mês de fevereiro de 1857 foi decisivo para Amparo. Nessa ocasião o deputado Pinto Porto apresentou na Assembléia Provincial projeto elevando Amparo à condição de “vila”, conforme notícia do “Correio Paulistano” de 14/2/1857. Uma das justificativas aduzidas para essa medida era a informação de que um grande número de lavadores campineiros havia chegado à Amparo, havia 6 ou 7 anos, por volta de 1850/1851, para plantar café. O deputado Pinto Porto havia sido juiz de direito da comarca de Bragança e conhecia, portanto, a nossa região.
Nos dias que se seguiram, ocorreu o debate na Assembléia Provincial sobre esse projeto de criação da vila de Amparo. O artigo 2º do projeto dispunha que a vila não seria inaugurada enquanto o seu povo não construísse a cadeia e casa da câmara. Falaram os deputados Alves dos Santos, Pinto Porto, Queiroz Teles, Carrão, R. Andrada, B. da Cunha e Ulhoa Cintra. Houve uma emenda de Alves dos Santos sobre as divisas do Amparo, mas alguns deputados queriam incluir Serra Negra no município de Amparo. Outros deputados alegaram que Serra Negra preferia pertencer a Mogi-Mirim. O deputado Alves dos Santos representava os interesses de Mogi-Mirim e procurou de várias formas atrapalhar a aprovação do projeto (Correio Paulistano -20/2/1857 e 24/2/1857).
Nesses debates houve menção de que a divisa de Amparo com Mogi-Mirim era pela Serra do Morro Queimado, “que se enxerga a grande distância”, o que faz presumir que se tratava das montanhas do Bairro dos Feixos, visíveis do lado norte a longa distância.
Finalmente, a 14/3/1857, a Freguesia do Amparo foi elevada a “vila” por lei provincial dessa data. (Azevedo Marques, 1:46)
Oito meses depois, a 14 de novembro, era instalada a primeira sessão da Câmara Municipal de Amparo e nos tornamos independentes de Bragança.
Siga-nos!
Facebook: Os Amparenses