Os Presidentes da Câmara no Império

Os Presidentes da Câmara no Império

 Os Presidentes da Câmara no Império   Embora o Império fosse a era dos “barões do café” e a imensa maioria dos presidentes da câmara fosse de donos de propriedades agrícolas, raros foram os que se dedicaram exclusivamente à lavoura. Moura Lacerda, o Dr. Araújo, Carlos Augusto do Amaral, e Pinto Nunes Jr. eram bacharéis em direito e advogados militantes.  Pinto Nunes, além disso, foi ativo comerciante, assim como Gomes Barbosa e José Manuel de Miranda. Silva Pinto e Randolfo Margarido foram médicos bem-sucedidos e  Antônio Pires de Godoy Jorge parece ter sido muito mais um empresário urbano do que um lavrador. O único “Barão” que presidiu a Câmara foi Luís Leite, mas já em plena República, depois do 15 de novembro. E mesmo Luís Leite foi um homem muito mais urbano do que rural, exercendo sucessivos cargos na cidade … Continue...
Antônio Pires de Godoy Jorge

Antônio Pires de Godoy Jorge

ANTÔNIO PIRES DE GODOY JORGE        Antônio Pires de Godoy Jorge, natural de Bragança, onde nasceu em 1820, filho de pai incógnito e de Ana Jacinta da Cunha, foi casado no Amparo em 1844 com Rosa Maria da Conceição, viúva de Inácio Alves de Oliveira. Rosa Maria, ao que parece, faleceu pouco depois, já que fez testamento em 21/1/1845. Ela era filha de Salvador Gonçalves Teixeira e Gertrudes Maria de Jesus. Consta ser Antônio Pires de Godoy Jorge o pai do jornalista amparense Jorge Pires de Godoy, autor dos “Almanaques do Amparo” e um dos pioneiros da imprensa local, que mais tarde, já no século XX, também foi vereador. Até pouco tempo, só se conhecia o nome de um outro parente seu, sua irmã Josefa Maria da Conceição (Atas, 3:382383). Mas o testamento de Francisco Antônio da Cunha … Continue...
Carlos Augusto do Amaral Sobrinho

Carlos Augusto do Amaral Sobrinho

CARLOS AUGUSTO DO AMARAL SOBRINHO   O Dr. Carlos Augusto do Amaral Sobrinho era campineiro, filho de Antônio Rodrigues de Almeida, bacharel em Direito, lavrador e advogado. Prestou compromisso como suplente de Juiz Municipal em 2/9/1873. Foi Eleitor Paroquial, Delegado de Polícia, Vereador e Presidente da Câmara. Era membro destacado do Partido Liberal Amparense. Convidado para assumir o governo da Província de São Paulo em 1881, não aceitou o cargo. Faleceu em São Paulo em 10/10/1920. (EFA, 156)      Começou sua vida política no Amparo como candidato à vereança para o quatriênio 1873/1877(Atas,3:147). Foi advogado da Câmara numa demanda com o Capitão Silveira. (Atas,3:202). Foi indicado para membro do Diretório das Obras da Matriz em 4/5/1874 (Atas,3:212); foi nomeado diretor dessas obras em 1878. Em 1/4/1878 Carlos Augusto do Amaral Sobrinho nomeado Delegado de Polícia prestou juramento. (Atas, 3:358)      … Continue...
Francisco Antônio de Araújo

Francisco Antônio de Araújo

FRANCISCO ANTÔNIO DE ARAÚJO   Um dos nomes mais ilustres e influentes da política amparense ao tempo do Império, o Dr. Francisco Antônio de Araújo era natural de Mogi-Mirim, onde nasceu a 27/7/1835. Residiu algum tempo em Campinas, mudando-se para Amparo no final de 1866. Faleceu em São Paulo no dia 3/7/1913, depois de residir muitos anos em Amparo, onde foi lavrador e político, ocupando cargos públicos. Deputado à Assembléia Provincial em diversas legislaturas. Membro do Partido Conservador. (EFA, 36, 41, 43, 56, 62, 99, 108, 197)     Logo que chegou a Amparo o Dr. Araújo foi encarregado em 26/11/1866 de uma das Comissões de Recrutamento no município de Amparo para a Guerra do Paraguai: a do Bairro dos Mineiros, junto com Inácio José Bueno. (Atas, 2:28v/29) Em 5/10/1868 um ofício do Secretario do Governo comunicava a nomeação para Delegado … Continue...
Hermelino Pupo Nogueira

Hermelino Pupo Nogueira

HERMELINO PUPO NOGUEIRA        Segundo mais votado nas eleições de 7 de setembro de 1864, Hermelino (ou Ermelindo) Pupo Nogueira assumiu a presidência da Câmara Municipal de Amparo em 7 de janeiro de 1865, por achar-se Antônio Pires de Godoy Jorge, o mais votado, ocupado nos afazeres de suplente de Juiz Municipal em exercício. Presidiu a Câmara até 18 de abril de 1866, quando Godoy Jorge reassumiu seu mandato. (EFA, 14 – Atas, 2:18)      Teve uma atuação discreta como vereador, sendo apenas mencionado em 26 de novembro de 1866 como membro de uma comissão encarregada de preencher alguns questionários do Ministério da Agricultura (Atas, 2:29/29v). Em 19 de dezembro desse ano deixou de comparecer por estar doente e pediu para ser dispensado da comissão, mas o pedido foi negado. Em 21 de janeiro de 1867, já recuperado, foi … Continue...
Joaquim Mariano Galvão de Moura Lacerda

Joaquim Mariano Galvão de Moura Lacerda

JOAQUIM MARIANO GALVÃO DE MOURA LACERDA        A família Galvão de Moura Lacerda teve origem em Santos com o capitão de infantaria daquela praça José Galvão de Moura e Lacerda, moço fidalgo, natural de Lisboa, filho de Leandro Galvão de Oliveira e Araújo, de Leiria, e de Catarina Josefa de Moura Feyo, de Lisboa. Foi casado com Maria Leme de Araújo, filha de Timóteo Corrêa de Góes, provedor da alfândega de Santos, e de Maria Leme das Neves. Tiveram (SL, 7:194;201):      1 – José Pedro Galvão de Moura e Lacerda, nascido em Santos em 1746, foi militar de brilhante carreira, chegando a brigadeiro. Casou em 1771 com Gertrudes Teresa de Oliveira Montes, filha do tenente José Rodrigues Pereira e de Ana de     Oliveira Montes, e foram pais de:           1.1 – Marechal de Campo Joaquim Mariano Galvão de … Continue...
Joaquim Martins Barbosa

Joaquim Martins Barbosa

JOAQUIM MARTINS BARBOSA        Em 1873 era comerciante, estabelecido na Rua Direita, n. 6, com armazém de molhados, louça, ferragens, armarinhos, etc. (Almanak da Província de São Paulo de 1873, 423 – Atas, 3:105). Já era comerciante desde 1871, pelo menos.      Joaquim Martins Barbosa foi casado em 1841 com Gertrudes Maria de Jesus, filha de Antônio de Cerqueira César e Vasconcelos e de Gabriela Maria de Oliveira (1º of., 35:167v – CA-5:131). Antônio de Cerqueira César e Vasconcelos era filho do Capitão José Moreira César e de Gertrudes Maria de Vasconcelos, enquanto Gabriela Maria de Oliveira era filha de José Corrêa dos Santos e Lina Rosa de Oliveira, casal bragantino que já estava no Amparo em 1830. Em segundas núpcias Gabriela foi casada com o português Joaquim Machado Júnior, que também foi político em Amparo, sem geração deste.   … Continue...
Joaquim José da Silva Pinto Júnior

Joaquim José da Silva Pinto Júnior

JOAQUIM JOSÉ DA SILVA PINTO JÚNIOR        Joaquim José da Silva Pinto Júnior nasceu no Rio de Janeiro em 11/1/1854; formou-se em Medicina em 1876 e “logo no ano seguinte passou a residir em Amparo, onde exerceu, a par de sua profissão, grande atividade política nas fileiras republicanas, de cujo partido foi chefe a partir de 1888 em substituição a Bernardino de Campos”. Foi Vereador e Presidente da Câmara em pleno regime monárquico e mais tarde, já na República, foi membro de Conselho de Intendência Municipal de Amparo. Exerceu em três legislaturas o cargo de Senador Estadual. Foi Diretor da Repartição de Higiene da Capital. Faleceu em 22/2/1927 (Áureo de Almeida Camargo, O Cidadão Assis Prado, 13)       Em 4/12/1878 – ofício dos médicos Drs. Caetano Breton Ferreira Monforte, Matias Lex, José Ferraz de Oliveira e Joaquim José da … Continue...
José Pinto Nunes Júnior

José Pinto Nunes Júnior

JOSÉ PINTO NUNES JÚNIOR        Dr. José Pinto Nunes Júnior, advogado, eleito vereador em 1869, o mais votado com 269 votos. Presidiu a Câmara durante todo o quatriênio até maio de 1873, com poucas interrupções. Voltaria à câmara em 1876 como suplente. Foi eleito Juiz de paz em 1880 com 163 votos. Pertencia ao Partido Liberal. Foi um dos fundadores da Loja Maçônica Trabalho (EFA, 35,112, 145/146, 166, 181- SL,1:117). Dele disse o Dr. Áureo de Almeida Camargo: “prestante cidadão e político liberal, ocuparia a Promotoria Pública, desempenhando-se de cargos de nomeação e de eleição. Um dos elementos mais entusiastas pelas causas que abraçava que a história amparense registra: nada se fazia sem o Dr. Pinto Nunes”.      Foi tesoureiro das obras da Matriz de 1871 a 1874, comerciante estabelecido com loja, e depois com confeitaria, sob a firma … Continue...
José Manuel de Miranda

José Manuel de Miranda

JOSÉ MANUEL DE MIRANDA   O Capitão José Manuel de Miranda, também conhecido por Juca Catarina, filho de Antônio José de Lima e Catarina Maria de Jesus, nascido em Bragança em 2 de novembro de 1822, foi casado com Maninha Luísa de Miranda, natural de Santa Bárbara, falecida aos 35 anos de idade em 1865 e enterrada na Igreja do Rosário (EFA, 149/150). José Manuel de Miranda, viúvo de Maninha Luísa de Miranda, casou no Amparo em 1869 com Francisca da Silveira Franco, filha de Francisco da Silveira Franco e de Ana Franco da Silveira, sua parente por afinidade em 2.0  grau mixto ao 1.0   (CA-5:142v). Francisca faleceu em 1876, mas o Capitão Miranda sobreviveu até 1894, deixando importante descendência no Amparo. Foi pai do também vereador Salvador José de Miranda, membro da câmara de 1881 a 1884 e em … Continue...