CARDOSO DE OLIVEIRA
TRONCO I
I – Cardoso de Oliveira é, por enquanto, uma das famílias mais difíceis de serem estudadas na genealogia amparense. Não apenas o sobrenome se inverte em alguns documentos, passando a Oliveira Cardoso, como, embora haja evidente parentesco entre seus diversos membros, não tem sido possível esclarecer qual o grau desse relacionamento. Além disso, vários deles se casaram mais de uma vez, em especial com mulheres da família Pires de Ávila.
O ramo mais isolado e mais simples é que se inicia com Gabriel Cardoso de Oliveira, filho de José Cardoso de Oliveira e de Maria Santana de Jesus, que casou em 1829 no Amparo com Escolástica de Oliveira, filha de José Francisco de Oliveira e de Francisca Maria Cardoso (veja OLIVEIRA, Tronco II). Sobre Gabriel sabemos além disso que era cunhado de Leonardo Idalgo Leite, este provavelmente casado com uma irmã de Gabriel. Descobrimos finalmente uma escritura de doação, lavrada no 1º ofício de Amparo, em 23/4/1874, na qual ele se declara irmão de Boaventura Cardoso de Oliveira, e na qual faz doação de uma casa no Largo da Matriz a Ana Franco de Oliveira, neta de Boaventura, casada com Camilo José de Oliveira. Também descobrimos seu testamento, nas notas do 1º oficio de Amparo, lavrado em 7/12/1875, onde confirma esses dados.
Gabriel e Escolástica tiveram:
1 – José, batizado no Amparo em 1834, falecido na infância.
TRONCO II
II – Boaventura Cardoso de Oliveira também era conhecido por Boaventura de Oliveira Cardoso, é o personagem de parentesco mais complexo. Vários casamentos com mulheres aparentadas com ele e entre sí, tornam muito difícil o seu estudo.
Só foi possível obter alguns dados sobre Boaventura Cardoso de Oliveira, porque ele era irmão de Gabriel Cardoso de Oliveira, cujo testamento em 7/12/1875 e a citada escritura de doação permitiram restabelecer a filiação dos irmãos.
Boaventura se casou a primeira vez com Vicência Maria de Jesus (que Silva Leme erradamente chama de Vicente), nascida em 1799 e falecida em 1834, filha de Felipe Pires de Ávila e de Maria Pires da Rocha, antigos moradores do sítio do Cascalho, hoje cidade de Pedreira. No próprio ano de 1834 Boaventura se casou com sua sobrinha Ana Maria de Oliveira, filha de Felisberto Cardoso de Oliveira e de Maria Antônia de Ávila. Um terceiro casamento, com Manuela Maria de Almeida, é noticiado em 1876, quando Manuela outorga procuração a seu filho (só dela provavelmente) Leopoldino de Campos Leme. (1º of. 35:169 e 177). Boaventura faleceu antes de 1874. Não encontramos geração do terceiro matrimônio (corrigir), mas do primeiro Boaventura teve com Vicência:
1 – Luís Antônio Cardoso (ou Antônio Luís Cardoso, como aparece em outros textos), casado no Amparo em 1846 com Ana Maria de Oliveira, filha de José Joaquim de Oliveira e de Francisca Maria de Oliveira; foram pais de:
1.1 – Francisco Pires de Ávila (1º of., 35:33)
1.2 – Gertrudes Maria da Conceição, filha de Antônio Luís Cardoso e de Ana Maria de Oliveira, casou no Amparo em 1878 com Francisco Idalgo Leite, filho de Francisco Gonçalves da Rocha e de Gertrudes Maria do Carmo, sendo testemunhas do ato Manuel Quirino de Oliveira e Maurício Mendes do Amaral (CA-7:46v)
2 – Joaquim de Oliveira Franco, casado em 1853 com sua parente em 3.0 grau de consanguinidade em linha transversal Maria Antônia de Oliveira, filha de José Antônio de Oliveira e de Maria Madalena. Joaquim de Oliveira Franco trocou escravos em 1854 com seu pai Boaventura, tendo comparecido à escritura como anuentes os herdeiros Joaquim Antônio de Oliveira, José Cardoso de Oliveira, Antônio Luís Cardoso e João Antônio de Oliveira (1ºof.4:31) Joaquim de Oliveira Franco foi pai de:
2.1 – Ana Franco de Oliveira, casada com Camilo José de Oliveira. Esse casal vendeu em 1876 a Leopoldino de Campos Leme terras no Bairro do Cascalho e parte na casa n. 4 do Largo da Matriz, havida por herança de sua mãe e sogra Maria Antônia de Oliveira; as terras ficavam no sítio de Joaquim de Oliveira Franco (1ºof.35:178)
3 – Francisco, batizado no Amparo em 1832.
4 – José Cardoso de Oliveira, ou José de Oliveira Cardoso, condômino nas terras do bairro do Cascalho, mencionado em 1856, foi casado com Cândida Maria Franco (notas do 1º Ofício, 1:111 – 34:171v). Cândida era viúva em 1876, quando vendeu terras de sua meação a Joaquim Rodrigues de Paula Cruz (1º of., 35:191). Tiveram os filhos q.d.:
4.1 – Gertrudes Franco de Oliveira, casada com Joaquim de Oliveira Franco, donos de terras no “sítio da lagoa”, que venderam em 1876; Joaquim já era falecido em 19/3/1876. (1º of., 35:83v e 175v). Foram pais de:
4.1.1 – Ana Franco de Oliveira, casada com Camilo José de Oliveira, que venderam em 21/3/1876 a Leopoldino de Campos Leme terras no bairro do Cascalho e parte na casa n. 4 do Largo da Matriz, havida por herança de sua sogra e mãe Maria Antônia de Oliveira – as terras ficavam no sítio de seu sogro e pai Joaquim de Oliveira Franco.
4.2 – José Franco de Oliveira Cardoso, que comprou as terras do sítio da lagoa de Gertrudes e Joaquim. Essas terras estavam em comum com Manuela Maria de Almeida (terceira esposa de Boaventura), Antônio Luís Cardoso e Maria Gertrudes de Oliveira. (1º of., 35:83v e 157)
4.3 – Francisco Franco de Oliveira, que vendeu em 1876 terras “no sítio do finado Boaventura Cardoso de Oliveira e que houve por herança de seu finado pai José Cardoso de Oliveira” a Antônio Carlos de Almeida Bicudo (1º of., 34:174). Era ainda menor por volta de 1874, quando tinha um imóvel em Amparo (RIA-IP, 8:27). Francisco Franco de Oliveira casou em 1881 no Amparo com Maria Paulina da Conceição, filha de Antônio Brandino de Oliveira e de Ana Maria de Oliveira (CA-8:32)
4.4 – José Honório de Oliveira (parece ser genro e não filho), casado com Ana Franco de Ávila, que venderam em 1876 terras no Cascalho a Leopoldino de Campos Leme, havidas por herança de seu pai e sogro José Cardoso de Oliveira (1º of., 35:179);
4.5 – Lourenço, batizado em 1853, sendo padrinhos José Lourenço Gomes e Ana Franco da Conceição (BA-5:126).
5 – João Antônio Cardoso, falecido solteiro.
6 – Ana, falecida solteira.
Do segundo casamento, com Ana Maria de Oliveira, Boaventura teve:
7 – Inácio, mudo;
8 – Luís, falecido com 31 dias, em 1847.
9 – Maria, batizada em 1844, sendo pdrinhos Felisberto de Oliveira Cardoso e sua mulher Maria Antônia de Ávila (BA-4:46)
TRONCO III
III – José Cardoso de Oliveira, viúvo de Jacinta Maria de Oliveira, casou em 1834 com Lina de Oliveira Cardoso, filha de Felisberto de Oliveira Cardoso (ou Cardoso de Oliveira) e de Maria Antônia de Ávila. José já era falecido em 1841, quando sua viúva Lina casou com José Idalgo Leite, natural de Bragança, filho de Leonardo Idalgo Leite e de Bebiana Maria de Oliveira. Este José Cardoso de Oliveira era provavelmente irmão de Boaventura e de Gabriel.
José teve de Jacinta:-
1 – José Antônio de Oliveira, mencionado no Registro Paroquial de Terras em 1856.
2 – Sebastião, batizado no Amparo em 1831;
3 – Maria, batizada no Amparo em 1830;
Da segunda mulher, Lina, teve:
2 – Joaquim Cardoso de Oliveira, batizado no Amparo em 1836, filho de José Cardoso de Oliveira e de Lina Maria de Oliveira, casou no Amparo em 1856 com Balbina Maria da Conceição, filha de Francisco Gonçalves da Rocha e de Maria Rita da Anunciação. (CA-3:66v)
3 – João Batista, batizado no Amparo em 1838. É o João Cardoso de Oliveira, casado com Francisca Maria de Jesus, moradores no Cascalho, os quais venderam em 18/7/1864 a José Joaquim de Oliveira parte das terras havidas por herança de sua falecida mãe Lina Maria de Oliveira (1ºof.12:10).
4 – João, órfão em 1861 (1ºof. 7:92)
TRONCO IV
IV – João Cardoso de Oliveira, casado com Manuela do Espírito Santo, é o quarto ramo a ser examinado. Ao que parece, este casal não tem parentesco (ao menos parentesco próximo) com os três ramos anteriores. João Cardoso de Oliveira, já viúvo de Manuela do Espírito Santo, casou em 1851 no Amparo com Inácia Maria de Jesus, viúva de Inácio José Rodrigues. João e Manuela tiveram:
1 – Manuel de Jesus Oliveira, filho de João Cardoso de Oliveira e Manuela do Espírito Santo, casou no Amparo em 1836 com Delfina Maria da Conceição, filha de Inácio de Miranda e de Ana Maria de Jesus, ambos os nubentes naturais de Mogi das Cruzes.
2 – Albina Maria, casada em 1839 com Francisco Félix de Godoy, viúvo de Jacinta Maria de Jesus, sepultada no Amparo.
TRONCO V
V – Felisberto Cardoso de Oliveira (ou Felisberto de Oliveira Cardoso) é outro personagem bastante difícil de ser estudado. Teria sido casado com Gertrudes Bueno de Camargo, por volta de 1829, morando em Serra Negra, de quem teria tido um filho de nome Antônio. Foi depois, já em 1831, casado com Maria Antônia de Ávila, filha de Felipe Pires de Ávila e de Maria Pires da Rocha. Em 1852 estava casado com Maria Jacinta de Oliveira. Felisberto e Maria Antônia foram pais de:
1 – Maria Cândida de Oliveira, casada em Amparo em 1848 com seu primo João Antônio de Godoy, filho de Francisco Pires de Ávila e Rosa Maria de Godoy (SL).
2 – João, menor em 1856.
3 – Antônio, menor em 1856.
4 – Lina Maria de Oliveira, (que fora casada antes com José Cardoso de Oliveira), casada com José Idalgo Leite (RPT,313).
5 – Gertrudes Pires de Oliveira, natural de Bragança, casou no Amparo em 1843 com José Joaquim de Oliveira, viúvo de Francisca Maria de Oliveira. Depois, enviuvando por sua vez, casou com Francisco Antônio de Assis, o qual, mais tarde, também viúvo, casou com a prima dela Maria Antônia de Godoy (ou Maria Pires de Godoy) (CA-2:62v). Francisco Antônio e Gertrudes foram pais de:
5.1 – Maria Lourença de Jesus, que casou no Amparo em 1867 com José Pedro de Campos Bueno, filho de Pedro Bueno de Camargo, já falecido, e de Antônia da Silveira Franco. (CA-5:119v)
5.2- José, batizado em 1850, sendo padrinhos José Antônio de Oliveira e Maria Madalena de Oliveira. (BA-5:35v)
6 – Ana Maria de Oliveira, casada em 1834 no Amparo com Boaventura de Oliveira Cardoso, viúvo de Vicência Maria. (CA-1:36) Ana Maria faleceu em 1847, provavelmente de parto, deixando dois filhos (AJA, caixa n. 1) :
6.1 – Inácio, mudo
6.2 – Luís, recem nascido, falecido 31 dias depois da mãe.
Felisberto e Maria Jacinta de Oliveira tiveram:
7 – José, batizado em 1852, sendo padrinhos Antônio de Sousa Melo e Carolina Leopoldina Aranha(BA-5:83). Deve ser este o José Brandino de Oliveira, filho de Felisberto de Oliveira Cardoso, solteiro em 1871, que vendeu terras no sítio do Cascalho, herdadas de seu pai, a Antônio de Oliveira Dorta (1ºof.21:14v) José Brandino de Oliveira casou em 1878 no Amparo com Ana Franco de Oliveira, filha do falecido José Joaquim Cardoso e de Luzia Maria de Oliveira, sendo testemunhas do ato Hilário Domingues de Magalhães e Inácio Caetano Leme Teixeira (CA-7:63v/64)
TRONCO VI
VI – José Cardoso de Oliveira, casado com Cândida Maria Franco, foi um casal que morou no Amparo em meados do século
XIX, deixando geração. É certo que este José Cardoso de Oliveira seja o filho de Boaventura Cardoso de Oliveira, que era dono de terras no bairro do Cascalho em 1856 (RPT, 215 e notas do 1º Ofício, 1:111). Ele e Cândida tiveram:
1- Maria Franco de Oliveira, casou no Amparo com seu parente Manuel Ortiz de Siqueira, filho de José Joaquim de Siqueira e de Inácia Francisca da Conceição. (CA-5:11)
2 – José, batizado no Amparo em 1841, sendo padrinhos Boaventura de Oliveira Cardoso e sua mulher Ana Maria de Oliveira. (BA-4:7) Este é José Franco de Oliveira, que casou no Amparo em 1870 com sua parente em 4.0 grau Maria Alves de Oliveira, filha de Francisco Bueno do Amaral e de Manuela Alves de Oliveira. (CA-6:15v)
3 – Marinha, batizada em 1850, sendo padrinhos Boaventura Cardoso de Oliveira e Manuela Maria. (BA-5:35)
TRONCO VII
VII- Serafim Cardoso de Oliveira e Senhorinha Maria de Jesus, casal bragantino que passou para o Amparo em meados do século XIX, permutou, junto com seus filhos, com Antônio Pires de Godoy Jorge, em 1866, um sítio no lugar “Macacos”, em Serra Negra, por terras no Lambedor, no sítio dos Farias (1ºof. 16: 21v). O casal teve:
1 – Emília Cardoso, também de Bragança, filha de Serafim Cardoso de Oliveira e de Senhorinha Maria de Jesus, casou no Amparo em 1852 com Lourenço de Faria Paes, filho de Silvério de Faria Paes e Joana Maria de Jesus, bragantinos (CA-3:19).
2 – Manuel Cardoso de Oliveira, de Bragança, batizado em 1844 (BA-4:40v), filho de Serafim Cardoso de Oliveira e de Senhorinha Maria de Jesus, casou no Amparo em 1873 com Catarina Estefânia Rogain, natural de Jundiaí, filha de Martinho Rogain e de Genoveva Rogain. (CA-6:70)
3 – Marcelino Cardoso de Oliveira, filho de Serafim Cardoso de Oliveira e de Senhorinha Maria de Jesus, casou no Amparo em 1873 com Gertrudes Emília Bueno, viúva de Crispim Pinto de Oliveira, sepultado em Amparo. (CA-6:70v)
4 – Gertrudes Maria de Jesus (1ºof. 16: 21v).
TRONCO VIII
VIII – Delfim Cardoso de Oliveira foi casado duas vezes: uma com Florinda Pereira de Oliveira e outra com Deolinda Maria Barbosa. Delfim foi pai de:
1 – Gertrudes Maria Cândida, batizada no Amparo em 1851, filha de Delfim Cardoso de Oliveira e Florinda Pereira de Oliveira, casou em 1866 com Eloy Vieira da Silva, filho de Manuel Vieira da Silva e Senhorinha Maria Cardoso (BA-5:59 – CA-7:86v)
2 – Pedro Antônio da Silva, batizado em 1852, filho de Delfim Cardoso de Oliveira e Deolinda Maria Barbosa, casou no Amparo em 1872 com Ana Leite de Moraes, filha de Ângelo Rodrigues da Cruz e Ana Joaquina de Moraes (BA-5:110v – CA-6:44/44v)