Nossa cidade sempre teve bons esportistas, em diversas modalidades, e por isso mesmo, filhos de amparenses, em outros lugares, também se destacaram em competições esportivas.  Do futebol ao judô, da natação ao jogo de damas, nossos conterrâneos têm brilhado desde muito tempo.

Basta dizer que na década de 1950 a rainha de Wimbledon era Maria Esther Bueno, filha do amparense Pedro Bueno.  O amparense Nelson Vaz Moreira, presidente do Fluminense F.C., do Rio de Janeiro, e seu filho Ronald Moreira também foram tenistas destacados.  E Maria Lenk, nossa primeira recordista mundial de natação, era professora de Educação Física em nosso Ginásio do Estado e treinava na piscina do Club Amparense de Natação, hoje Irapuã.  Aliás, o Club Amparense de Natação já tinha uma equipe de “water-polo” na década de 1930.

É interessante lembrar, porém, que a primeira modalidade esportiva praticada no Amparo, foi o ciclismo, no Velódromo da Rua Barão de Campinas, construído pelos filhos do Visconde de Soutelo. Isso nos idos de 1900… Alías, ainda na década de1950 Amparo assistiu emocionantes duelos entre Ari Marinho e Mário Coselli, embora o Velódromo já não existisse, transformado em quadras de tenis e de volei.

Antes disso, no século XIX, a única competição que existia era a corrida de cavalos nas “raias” do Izidro e da família Paiva.

Modernamente, temos tido alegrias com Zanarella Cruz, que participou do campeonado mundial de damas, com Suellen, nossa judôca olímpica, com as equipes de vôlei, com o maratonista Dimas Marchi e com outros atletas nossos, que tem brilhado em competições nacionais e internacionais.

Mas é no futebol que Amparo construiu uma grande reputação.  Como nosso amigo Luís Pereira demonstrou, o esporte bretão já era praticado em Amparo por volta de 1904. Nessa época já eram disputadas partidas no “campo do Izidro”, às margens do Camanducaia. Depois, pelos idos de 1910, seguiu-se uma era de predomínio do União Team, considerado pela imprensa como o campeão do Interior. E Agnelo Bastos, que depois foi fazendeiro e delegado de polícia em Amparo, era o ponta-direita do “dream team” do Paulistano, que deslumbrou a Europa. Nessa época surgiu o primeiro Amparo Atlético Club, que seria definitivamente fundado em 1920, que chegou a contar como jogador e diretor com Arthur Friendreiche, tido e havido como o melhor jogador do mundo antes da “era Pelé” (aliás, Pelé disputou um jogo treino da seleção brasileira em 1966 no campo do Atlético, contra o Comercial de Ribeirão Preto).

Mas tínhamos outros craques.  Os “três Burgos”, considerados os melhores jogadores do Interior do Estado, jogavam em Amparo e também no Club de Regatas Flamengo, no Rio de Janeiro. Cid e Ruy Burgos teriam sido convocados para a seleção brasileira em 1919, mas não quiseram interromper os estudos na Faculdade de Medicina.

Depois disso, tivemos dois “dream teams”, o Floresta, campeão do Interior em 1929, e o Atlético, campeão em 1930. Foram os tempos de Jonas Cunha, Cidoca,Xavier, Martelete, e outros craques amparenses.

Na década de 1940 surgiram os “três Lari” (Zezé, Bazão e Dinho), os “quatro Alves” (Darci, Joane Hélio e Zé Papa) e os “quatro Martins” (Willis, Catita, Magalu e Magaluzinho), mas também Renato Morungaba, Herb, Espirro, Albano, Hélio e Zezé Tambellini, Nelsinho do Líbero, Paulo Barbosa   e dezenas de outros craques.  E o Atlético conseguiu ser campeão amador do Estado em 1952. Na seleção brasileira, já tivemos o Luisão e o Alex Silva.

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