E nas artes, nas letras, nas ciências, o que fizeram os filhos de Amparo?  Fizeram muitas coisas importantes, cada qual na sua especialidade.

Pedro de Azevedo – foi quem trouxe a tilápia, esse simpático peixinho que alegra nossas pescarias e nossas refeições. Ao que nos consta, a tilápia é originária do Rio Nilo, na África, e foi introduzida pelo Instituto Biológico nos nossos rios.

Walter Martins – o Magalu, ambientalista, reflorestou as margens do Camanducaia, dotando-o de uma exuberante mata ciliar. Ele era vereador na época.  Oxalá outros edis fizessem algo similar…

Odilon Monteiro –foi o maior produtor de mel do Brasil, em apiários situados em Amparo, Coqueiros e Itapira. Chegou a ter 700 colmeias em produção, com uma colheita de 10 toneladas anuais.  Era um estudioso do assunto, e sua produção era baseada em técnicas científicas.

Paulino Rech – amparense, o maior produtor de orquídeas do Estado de São Paulo; médico, cientista, botânico, entomologista, fruticultor, hábil artesão, líder esquerdista, homem de mil e uma aptidões.

Franco da Rocha – amparense, pioneiro da psiquiatria, fundador do Hospital do Juqueri.

Dr. Constâncio Cintra – engenheiro amparense, construiu uma das primeiras pontes de concreto do Brasil; construiu igualmente a estrada de Amparo para Jundiaí; também foi fazendeiro e político, prefeito de Amparo; cidadão de extrema honradez e fina educação.

Cláudio de Sousa – médico, genro do coronel Luís Leite, clinicou em Amparo e aqui realizou cirurgias. Escritor, foi membro e presidente da Academia Brasileira de Letras.

Gastão Galhardo Madeira –advogado em Amparo, escreveu diversos textos sobre o voo em aeróstatos, mantendo inclusive uma polêmica pelos jornais, junto com Gregório de Castro Mascarenhas, com o Barão de Teffé, a respeito desse tema, em 1890. Aliás, nessa época, Amparo abriu uma subscrição para auxiliar nas despesas da construção de um balão para Santos Dumont…  E quando Santos Dumont veio a Campinas, os comerciantes de Amparo mandaram Fernando de Barros representá-los na recepção ao pioneiro da aviação. Depois, em 1917, o aviador Bergmann, alemão radicado no Brasil, realizou voos experimentais em Amparo (conforme fotos publicadas pelo historiador amparense Luís Pereira de Oliveira) . Esse Bergmann, aliás, acabou se desmoralizando com uma entrevista idiota, na qual declarava que desertaria e lutaria contra o Brasil, se fosse convocado a prestar serviço militar.

Argemiro Vasconcelos – inventou o engradado de ovos, permitindo sua fácil comercialização, até então sujeita a muita quebra.  Sua fábrica depois foi de propriedade de nosso amigo Fúlvio Mantovani.

Coronel Donald Cohen Marques – militar e industrial de Amparo, veterano da FEB, pioneiro na fabricação de incubadoras gigantes, que baratearam muito a criação de aves.

Em 1922 houve um “Raid São Paulo / Jundiaí”, numa experiência de sucedâneo brasileiro da gasolina; dois automóveis Ford novos  gastaram no  tempo da ida 2 horas e 20 minutos e 2 horas na volta;  o Ford a gasolina gastou 27 litros e o Ford com carburante nacional gastou 24 litros. Entre os participantes do raid estavam os amparenses Afonso Celso de Toledo Franco e seu filho Dr. Jaupery de Moraes Franco.  (4/11/1922 – CP).

Médicos – Coriolano Burgos, pioneiro na cirurgia de rim, e seus filhos Carlos, Cid e Ruy e os netos Geraldo e Calão, e mais o Dr. Mazzini, médico de todos e da pobreza; Dr. Paulino Rech, Dr. Franco, Dr. Alberico, Dr. Vasco e quantos atenderam a nós amparenses em noites frias ou em tardes escaldantes, com a maior boa vontade e competência.

Engenheiros – Constâncio Cintra construiu pontes e estradas – Amador Cintra do Prado, professor da Politécnica e autor dos projetos da catedral e do colégio Nossa Senhora do Amparo) –  Dr. Jaupery de Moraes Franco, responsável pela reforma e adaptação do prédio do Ginásio do Estado – Dr. Roberto do Canto e Castro, autor do projeto da sede do Club 8 de setembro e incorporador de dúzias de empreendimentos que mudaram a face da cidade.

Advogados e Oradores – Dr. Virgílio de Araújo e Dr. Aristides Fernandes, civilistas consagrados; Dr. Nelson Alves de Godoy, meu saudos pai, incomparável na tribuna do júri; e mais o tributarista Rubens Gomes de Sousa e desembargadores Euler Bueno, Paulo Costa e Alceu Fernandes, e tantos outros.

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