Voltemos aos amparenses. Quem são eles? O que tem feito nos últimos duzentos anos?

Quem, para efeito deste trabalho, é amparense? Adotamos o princípio do “jus sanguinis” – “filho de amparense é amparense” …  –  Todos os que nasceram em Amparo e seus filhos, todos os que moraram em Amparo e, conforme o caso, também seus filhos.  E há personagens históricos que simplesmente passaram por Amparo, alguns dias ou horas, mas que pertencem a nossa História. Decidimos incluí-los também, para não mutilar esta resenha.

Então, começando pela política, vejamos quais são os destaques.

Em nível municipal, no Império, o comando político se alternou entre conservadores e liberais, embora os republicanos ganhassem força a cada dia. O chefe conservador era o Dr. Francisco Antônio de Araújo, e o liberal era o Barão de Campinas, embora este nunca houvesse ocupado cargos políticos.  Já na República é Luís Leite quem domina inicialmente a política local, mas é substituído no século XX pelo triunvirato “pedrista”, que acabou reduzido a João Belarmino.  Depois de 1930, não mais houve uma liderança permanente, sucedendo-se rapidamente diversos cidadãos: Dr. Constâncio Cintra, Raul Fagundes, Antônio Andreta, João Cintra e Carlos Piffer.  O terceiro milênio começou com o longo domínio do PT, sem, entretanto, que houvesse um líder destacado. Atualmente, a maior força política ainda é o prefeito Luís Oscar Vitale Jacob.

E no nível estadual e federal, houve gente de Amparo? Sim, e gente de valor.

Gente que governou o Estado? Tivemos, sim, senhor. Bernardino de Campos foi presidente do Estado de São Paulo duas vezes; Peixoto Gomide foi presidente interino, porque era presidente do Senado Estadual; Carlos de Campos, filho de Bernardino, era o presidente em 1924, quando eclodiu a Revolta de Isidoro; e Laudo de Camargo foi interventor federal em 1932. Depois disso, Carlos Alberto Carvalho Pinto, fazendeiro nas Onças e frequentador habitual da cidade, foi governador.

Senadores? Tivemos também.  Foram senadores estaduais Luís Leite, Peixoto Gomide, e Silva Pinto, todos ex-vereadores da Câmara de Amparo.  Deputados gerais no Império? O padre João Manuel, nosso vigário, que gritou “Viva a República”, no parlamento da monarquia, para escândalo geral.  Mas tivemos o Dr. Ferraz de Oliveira e o Dr. Francisco Antônio de Araújo, que foram deputados provinciais.  Depois na República tivemos o Dr. José Leite de Sousa, deputado federal, Rafael Prestes e Virgílio de Araújo, deputados estaduais.

Títulos de nobreza?  Tivemos dois barões em Amparo: o Barão de Campinas, Joaquim Pinto de Araújo Cintra, e o Barão de Socorro, Luís de Sousa Leite.  O Barão Cintra, primo do Barão de Campinas, é um dos beneméritos que construiu o Hospital Ana Cintra. E foi coletor federal em Amparo, por volta de 1910, o Barão de Almeida Valim. Outros titulares do Império foram donos de fazendas em Amparo, como o Visconde de Indaiatuba, José Bonifácio do Amaral, e o Barão de Paranapanema.  Já na República, Manuel Gomes foi agraciado pelo Vaticano com o título de Visconde de Soutelo.  Com exceção do Visconde de Indaiatuba, que pouca relação teve com nossa cidade, exceto uma tumultuosa colônia de imigrantes tiroleses, os outros foram cidadãos prestantes, com relevantes serviços à cidade, desempenhados sem qualquer remuneração.

São esses os principais cidadãos de Amparo?  Qual dele é o mais importante?  É difícil dizer qual deles será o mais importante, mesmo porque a lista mal começou.  Faltam muitos nomes difíceis de agrupar, todos de gente ilustres e importante em seus ramos de atividade.  Alguns dos nomes abaixo tem destaque nacional e até internacional.  Veja a seguir a rica lista!

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