BUENO
TRONCO I
O Tenente Manuel Antônio Bueno, casado com Gertrudes Maria, morador do bairro Camanducaia já em 1828, ocasião em que ele e sua mulher foram padrinhos de Ana, exposta em sua casa e batizada em Serra Negra, foi pai de:
1 – Maria Teodora de Jesus, casada em 1831 com Pedro de Lima Bueno, viúvo de Gertrudes Maria Franco (esta filha do Alferes José Joaquim Rodrigues e de Ana Franco Cardoso, neta paterna de Antônio Rodrigues do Prado e de Ursula de Siqueira, neta materna do Tenente José de Godoy Moreira e de Isabel Cardoso).
Maria Teodora e Pedro tiveram:
1.1 – José, batizado em 1839;
2 – José Bueno, filho de Manoel Antônio Bueno e de Gertrudes Maria de Jesus, casou em Serra Negra em 1834 com Claudiana de Jesus, filha de Francisco de Paula Nery e de Joana Rosa de Sousa (CSN-1:21v.)
3 – Ana Jacinta Bueno, casada no Amparo em 1837 com Serafim Lisboa de Godoy, filho de Joaquim José Lisboa e Theresa Maria de Oliveira, ambos os nubentes naturais de Bragança (CA-2:18v), pais de :
3.1 – Maria, batizada no Amparo em 1838 (BA-3:35)
4 – Joaquim de Godoy Bueno, filho solteiro de Manoel Antônio Bueno, deve ser o mesmo Joaquim Corrêa Bueno, natural de Bragança, que casou em 1853 no Amparo com Manuela Pereira Padilha, filha de Francisco Pereira Padilha e Gertrudes Maria Teixeira;
5 – Ana Jacinta (talvez seja a Ana exposta em 1828)
6 – Francisco Antônio Bueno, casado em Serra Negra em 1834 com Joaquina Pinto de Oliveira, filha de Antônio Pinto Romeiro e de Maria Cardoso de Oliveira; Joaquina era viúva de Pedro Pires do Prado (que também era conhecido por Pedro Pires Benito). Francisco e Joaquina tiveram:
6.1 – Pedro Corrêa Pinto, batizado no Amparo em 1836, filho de Francisco Antônio Bueno e de Joaquina Pinto de Oliveira, casou em 1863 com Maria Alves de Jesus, filha de Inácio José de Moraes e Escolástica Maria Franco (CA-5:43)
6.2 – Francisco, batizado em 1838.
6.3 – Gertrudes, batizada em 1840 no Amparo.
6.4 – Joaquim, batizado em 1843, sendo padrinhos Antônio Franco de Godoy e sua mulher Rosa Antônia de Jesus (BA-4:28)
TRONCO II
II – Vitoriano Bueno possuia terras no bairro Camanducaia em 1818, havidas por compra a Antônio Alves de Oliveira (AAC/Rol-1818). O terreno media 200 braças de frente por 400 de fundo e confrontava com Fermiano José, Inácio Ribeiro e João Cardoso.
Vitoriano Bueno foi casado com Custódia Maria de Jesus. Depois de viúvo, casou no Amparo em 1835 com Custódia Maria da Conceição, viúva de Francisco Corrêa de Lemos. (CA-1:39). Vitoriano e Custódia foram pais de:
1 – Fermiano Bueno de Moraes, de Bragança, que casou em Serra Negra em 1833 com Inês de Sousa, de Camanducaia, filha de José Mendes de Moraes, já falecido, e de Clara de Sousa (CSN-1:18v).
TRONCO III
III – José Xavier Bueno, viúvo de Juliana Pedroso de Siqueira, casou no Amparo em 1835 com Maria Pires de Camargo, filha de Francisco Pires e de Manuela Nunes. José Xavier foi pai de:
1 – Angélica Maria;
2 – Escolástica Bueno, casada com José Mariano de Godoy, pais de:
2.1 – Estevão, batizado no Amparo, em 1829.
TRONCO IV
IV – Francisco de Paula Bueno, casado com Angélica Domingues (ou Angélica Rodrigues Garcia, como também aparece grafada), foram pais de:
1 – Marinha, batizada no Amparo em 1831;
2 – Gertrudes, batizada em 1834;
3 – Joaquim, batizado em 1839.
TRONCO V
V – Fidélis Bueno, casado com Custódia Maria da Conceição, casal que foi morador de Serra Negra e de Amparo, teve:
1 – Francisco Corrêa Bueno, natural de Serra Negra, casado no Amparo em 1849 com Rita Maria do Rosário, natural de Rio Claro, filha de João Pedro da Silva e de Ana Maria;
2 – Felicidade Maria da Conceição, batizada no Amparo em 1830 e aqui casada em 1845 com Gervásio Pires Pimentel, natural de Bragança, morador em Serra Negra, filho de José Pires Pimentel e de Teresa Maria de Oliveira;
3 – Rosa, batizada no Amparo em 1834;
4 – Custódia, batizada no Amparo em 1838;
5 – Brandina, batizada no Amparo em 1840;
6 – José, batizado no Amparo em 1832.
7 – Maria, batizada em 1842 no Amparo, sendo padrinhos Luís Antônio Pinheiro e sua mulher Antônia de Oliveira (BA-4:16v)
8 – Maria, batizada em 1844, sendo padrinhos Luís Antônio Pinheiro e Antônia Maria de Oliveira (BA-4:46v)
TRONCO VI
VI – Máximo (ou Maximiano) Francisco Fernandes, casado com Custódia Bueno, casal oriundo de Mogi-Mirim, teve:
1 – Dionísio, batizado em Mogi-Mirim em 1820, sendo padrinhos Francisco das Chagas e sua mulher Francisca Franco, moradores no bairro do Cascalho (hoje Pedreira);
2 – João, batizado no Amparo em 1830.
TRONCO VII
VII – Felipe José Bueno, já falecido em 1862, e Francisca Maria de Jesus, tiveram:
1 – Maria de Jesus, casou no Amparo em 1854 com Antônio Messias Franco, natural da vila de São José da Paraíba, filho de Vicência Maria de Jesus;
2 – Antônio José Bueno, casou em 1855 com Cândida Maria Pinto, também conhecida por Cândida Pinto de Lima, filha de Anastácio de Sousa Cardoso e Gertrudes Pinto de Lima; tiveram:
2.1 – Maria Cândida de Jesus, casada em 1876 no Amparo com José Pedroso de Oliveira, filho de João de Oliveira Leme e de Joaquina Maria de Jesus (CA-7:24v)
2.2 – Cândido José Bueno, filho de Antônio José Bueno e de Cândida Maria de Jesus, já falecidos, casou no Amparo em 1877 com Fermina de Sousa, filha de Alexandre Manuel de Sousa e de Teresa Maria de Lima, sendo testemunhas do ato João Franco de Sousa e Pedro José Bueno (CA-7:32v/33). Cândido José Bueno, viúvo de Firmina de Sousa Lima, casou no Amparo em 1882 com Joaquina de Tal, filha de Maria de Jesus, sendo testemunhas Álvaro José de Godoy e Pedro de Sousa Aranha (CA-10:12v/13)
2.3 – José Francisco Bueno, filho de Antônio José Bueno e de Cândida Pinto de Lima, casou no Amparo em 1882 com Ana Maria de Farias, filha de José Domingues de Farias e da finada Celestina Maria de Jesus (CA-10:18).
3 – Joana Bueno, casou no Amparo em 1862 com Caetano José de Lima, viúvo de Gertrudes Maria de Jesus.
4 – Tomé José Bueno, de Bragança, casado em 1865 com Francelina Maria do Espírito Santo, filha de Maria Francisca de Lima. Tomé José Bueno, viuvo de Francelina Maria do Espírito Santo, casou no Amparo em 1882 com Francisca Maria das Dores, filha de José Francisco de Lima e de Francelina Maria de Jesus, sendo testemunhas Pedro José Bueno e Manuel Ribeiro Torres (CA-10:12v). Viúvo novamente, Tomé se casou em 1885 com sua cunhada Ana Francisca das Dores, também filha de José Francisco de Lima e de Francelina Maria das Dores (CA-11:15). Tomé e Francelina foram pais de:
4.1 – Benedita Maria do Espírito Santo, filha de Tomé José Bueno e de Francelina Maria do Espírito Santo, casou no Amparo em 1882 com Benedito Antônio da Costa, filho do finado José Antônio da Costa e de Gabriela Matilde de Almeida, sendo testemunhas Manuel Maria Heitor e Antônio Gonçalves Ferreira (CA-10:4v/5)
5 – Luzia Francisca Bueno, filha do falecido Felipe José Bueno e de Francisca Maria de Jesus casou no Amparo em 1867 com Manuel de Sousa Franco, natural de Amparo, filho de Francisco Gracês de Paula e Maria Justina de Jesus, viúvo de Felicidade Maria de Jesus, filha de Antônio Pinheiro Álvares e de Theresa Maria, também natural de Amparo (CA-2:31)
TRONCO VIII
VIII – Modesto Antônio Bueno foi casado em primeiras núpcias com Genoveva de Godoy, falecida em 1835 aos 40 anos; casou novamente no Amparo em 1841 com Maria Gertrudes de Oliveira, natural de Atibaia, filha de Francisco Gomes e Ricalda Maria de Jesus (Maria Gertrudes, já viúva, casou em 1850 com João Francisco Teixeira, viúvo de Joana Maria de Oliveira). Modesto tinha uma casa de comércio, porque em 1834 foi multado “por não ter licença para vender”. Modesto Antônio Bueno teve da segunda mulher Maria Gertrudes de Oliveira:
1 – Maria de Oliveira, batizada em 1843 (BA-4:36v), casou em 1858 no Amparo com Francisco Alves de Campos, filho de Joaquim Alves de Oliveira e de Ana Maria de Oliveira, já falecida. Francisco e Maria tiveram:
1.1 – Albina Alves de Jesus, filha de Francisco Alves de Campos e de Maria Alves de Oliveira, casou no Amparo em 1874 com João Florêncio de Oliveira Pinto, filho de José Florêncio de Oliveira Pinto. (CA-6:75v)
1.2 – Elisa Alves de Oliveira, filha de Francisco Alves de Campos e de Maria Alves de Oliveira, casou no Amparo em 1880 com Antônio José da Silva, viúvo de Olímpia Adelina da Silveira (CA-8:17).
1.3 – Benedita Maria de Oliveira, filha de Francisco Alves de Campos e de Maria Alves de Oliveira, casou no Amparo em 1882 com Antônio José de Oliveira, filho de Francisco Antônio de Oliveira e de Francisca Maria de Oliveira, sendo testemunhas Francisco Antônio Gonçalves e Francisco Vieira da Costa (CA-10:2)
2 – Francisco Antônio Bueno, casou no Amparo em 1861 com Ana Maria de Jesus, filha de José Pereira de Araújo e de Maria Teresa de Oliveira. Em 9/3/1874 por escritura de arrendamento, como locadores: João Francisco Teixeira e sua mulher Maria de Oliveira, Francisco Antônio Bueno e sua mulher Ana Maria de Jesus, Antõnio José Martins e sua mulher Carolina Maria de Oliveira, Francisco Alves de Campos e sua mulher Maria Alves de Oliveira, arrendaram aos locatários Capitão João Pedro de Godoy Moreira e Joaquim da Silva Pereira Barros, terras havidas por morte de Maria Gertrudes de Oliveira, em comum com os órfãos José Antônio de Oliveira, Guerino Alves de Campos e Marcolina Maria de Oliveira (1ºof. 31:16). Francisco Antônio Bueno e sua mulher Ana Maria de Jesus venderam a Francisco Alves de Campos terras em Coqueiros em 31/12/1875 (1ºof. 35:78v). Francisco Antônio e Ana Maria foram pais de:
2.1 – Francisca Maria das Dores, filha de Francisco Antônio Bueno e de Ana Maria de Jesus, casou no Amparo em 1885 com João Martins do Amaral, filho de Antônio Mendes do Amaral e de Francelina Maria de Jesus, sendo testemunhas Francisco Antônio de Oliveira e Joaquim Carlos da Silva (CA-11:22)
TRONCO IX
IX – Antônio Francisco Bueno e de Maria Gertrudes, casal amparense de meados do século XIX, teve:
1 – Luísa Maria de Jesus, casou em 1856 com Francisco Pereira Padilha, viúvo de Ana Franco CA-3:62v).
2 – Maria das Dores, casou no Amparo em 1858 com João Pedro Barbosa, viúvo de Cristina de Moraes (CA-3:79).
3 – Manuel, batizado em 1852, sendo padrinhos Manuel Brás de Sousa e Cristina Maria (BA-5:84)
TRONCO X
X – Francisco Antônio Bueno e Generosa Felisbina de Oliveira, casal de moradores do Amparo em meados do século XIX, foram pais de:
1 – Delfina Maria de Oliveira, casado no Amparo em 1851
com Francisco José de Godoy, natural de Bragança, filho de Antônio José Ferreira e Rosa Maria da Conceição (CA-2:42);
foram pais de:
1.1 – Virgínia Maria de Jesus, filha de Francisco José de Godoy e de Delfina Maria de Jesus, casou no Amparo em 1884 com Antônio de Moraes Barros, de Araçariguama, filho de Luis da Silveira Moraes e de Gertrudes da Silveira Bueno (CA-10:44/44v);
2 – Manuel de Campos, filho de Francisco Antônio Bueno e Generosa Felisbina de Oliveira, casou no Amparo em 1866 com Gertrudes de Godoy, filha de Leandro Bueno de Godoy e de Ana Maria de Jesus (CA-5:92)
3 – Francisco de Campos Bueno, que vendeu em 19/9/1864 a Pedro Pires de Camargo terras na Furquilha, havidas por herança de seu finado pai Francisco Antônio Bueno e Generosa Felisbina de Oliveira (1ºof.122:37)
TRONCO XI
O vereador Inácio José Bueno, eleito em 1860 para o quatriênio 1861/1865, era lavrador, possuindo em 1856 terras no bairro da Areia Branca, beirando o rio Jaguari, que havia comprado a João Evangelista de Matos por escritura pública lavrada em Campinas. (RPT, 58/59)
Existiu uma “Estrada de Inácio Bueno”, rodovia vicinal referida na divisão dos distritos em 1872. Era uma estrada secundária que começava na “ponte do Dr. Pupo”, sobre o rio Jaguari, e desembocava na “estrada do Serafim”, que ia de Amparo a Campinas. Esse caminho provavelmente foi construído por ele.
Nesse mesmo ano de 1861 era suplente de Juiz Municipal (EFA,13). Era político filiado à corrente do Partido Liberal, tendo participado do famoso conflito com os conservadores, ocorrido na Igreja do Rosário na apuração das eleições de 1869. (EFA, 34)
Em 24/12/1862 foi nomeado suplente de Juiz Municipal. (Atas, 1:122v/123). Essa nomeação foi repetida em 1866. (Atas, 2:24v/25).
Durante a Guerra do Paraguai foi nomeado, em 26/11/1866, para uma das Comissões de Recrutamento no município de Amparo, no Bairro dos Mineiros, junto com o Doutor Francisco Antonio de Araújo. (Atas, 2:28v/29). Em 8/10/1866 uma Circular do Presidente da Província comunicava à Câmara ter nomeado para Suplentes do Juiz Municipal os Senhores, primeiro suplente o Alferes Antonio Pires de Godoy Jorge, segundo João de Souza Campos, terceiro José Manuel de Miranda, quarto Inácio José Bueno, quinto Antônio Rodrigues da Silva, e sexto Francisco Rodrigues Borges.
Era dono de vasta escravaria, pois só em 1858 oito de
seus escravos se casaram no Amparo: Clemente, de Campinas, com Catarina, de Sergipe, Serafino, africano, com Rita, Felizardo, africano batizado em Brotas, com Esperança, Domingos, do Rio de Janeiro, com Josefa, africana batizada em Santos, e João, africano batizado em Campinas, com Joaquina.
Há indícios de que fosse originário de Campinas, pois além da escritura citada acima ter sido lavrada naquela cidade, foi testemunha do casamento dos campineiros José de Oliveira Bueno Prado, filho de Francisco José de Oliveira e Joaquina Cândida Bueno, com Gertrudes do Carmo Martins, filha de Manuel Silvestre da Cunha e Maria do Carmo Martins (CA-5:109v). Esse matrimônio foi celebrado em 2/3/1867.
Longas pesquisa no Registro de Imóveis de Amparo e na “Gazeta de Campinas” permitiram descobrir que ele era casado com Maria Justina Alves Bueno. Mais tarde, pesquisando ainda a “Gazeta de Campinas”, foi possível descobrir que Inácio José Bueno fora assassinado em agosto de 1871 por seu filho Pedro, alienado mental, quando descansava na fazenda Ventania, à margem da estrada Amparo/Campinas, de propriedade de seu genro Francisco Bueno de Miranda. Inácio José Bueno foi pai de:
1 – José Inácio Bueno; era dono de um escravo Jorge que tocava sanfona com perfeição e que fugiu em fevereiro de 1876;
2 – João Manuel Alves Bueno, fazendeiro e dono de “casa de comissões”, em Campinas, libertou seus escravos em 25/1/1888. Em 4/1/1883 havia sido eleito um dos diretores do Colégio Culto à Ciência, de Campinas.
3 – Aureliano Alves Bueno, menor em 1874;
4 – Alípia da Conceição, menor em 1874;
5 – N…, casada com João Fortunato Ramos dos Santos;
6 – Maria Angélica Bueno (na dúvida – há ligeira divergência em Silva Leme, 9:86), casada com Domingos Leite Penteado Júnior;
7 – Amélia Alves Bueno de Miranda, casada com Francisco Bueno de Miranda, dono da Fazenda Ventania, na estrada velha de Campinas a Amparo, onde mantinha uma sortida casa comercial, e dono e criador do “Bosque dos Jequitibás”, em Campinas, que vendeu à Prefeitura daquela cidade em 1915. Foram pais, pelo menos, de:
7.1 – Elisa Bueno de Miranda, casada em Campinas com Carlos Sales;
7.2 – Inácio Bueno de Miranda, estudante de Medicina no Rio de Janeiro em 1886.
8 – Pedro Carlos de Almeida Bueno, alienado mental, que assassinou o próprio pai, faleceu em São Paulo em 7/4/1885.