BUENO DE GODOY
I – Francisco Bueno de Godoy e sua mulher Isidoria Maria de Siqueira são um dos casais mais antigos do Amparo. Sua presença em nossa terra remonta a 1797. Eram possuidores de um sítio no Bairro Camanducaia que venderam em 1806 a Salvador Vieira Machado. Izidoria ainda era viva em 1811, quando foi madrinha de um batizado em Mogi-Mirim (BM-6:2v). Francisco e Isidoria tiveram os filhos
1 – Maria Bueno, madrinha de um batizado em Mogi Mirim em 1798;
2 – Rosa, batizada em Mogi-Mirim em 1797;
3 – Francisco, batizado em Mogi-Mirim em 1800. Provavelmente é este o que morava a três léguas e meia da capela em 1829. (AAC/Rol-1829, n. 138)
TRONCO II
II – Vicente Bueno de Godoy, oriundo de Bragança, era casado com Maria da Silveira Franco (ou Maria Francisca), batizada em 1802, filha de Mécia da Silveira Franco (esta filha do Capitão Crispim da Silveira Franco e de sua primeira mulher Isabel Cardoso da Silveira – SL, 2:268, 6-1 e 283, 7-8) e de seu primeiro marido Luciano José Leme. Esta Maria da Silveira Franco era enteada do Capitão Salvador de Godoy Moreira, segundo marido de Mécia da Silveira Franco, chefe político conservador em Amparo na década de 1840. Em 1829 Vicente morava com seis pessoas em sua casa, distante três léguas e meia da capela. Em 1863 Vicente estava “mentecapto”, sob curatela de sua mulher, ocasião em que esta vendeu um sítio na Areia Branca a Álvaro José de Godoy (1º of., 9:7v) Vicente Bueno de Godoy e Maria da Silveira Franco foram pais de:
1 – Ana Carolina da Silveira, casada em 1853 no Amparo com Zacarias Ortiz de Camargo, viúvo de Manoela Maria de Jesus, com geração;
2 – Maria da Silveira Franco, casada em 1842 no Amparo com José Moreira César de Vasconcelos, filho do capitão José de Moreira César e de Gertrudes Maria de Vasconcelos (CA-2:59);
3 – Joaquina Maria da Silveira, casada em 1845 no Amparo com José Soares da Rocha, natural do Rio de Janeiro, filho de Serafim Soares da Rocha e de Inácia Maria;
4 – Joaquim Antônio de Godoy, casado em 1846 no Amparo com Carolina Cândida de Camargo, de Campinas, filha de Pedro Bueno de Camargo e de Antônia Maria Franco(CA-2:77); pais de:
4.1 – Júlia Carolina de Camargo, casada em 1866 com José Florêncio da Silveira, filho de José Florêncio de Freitas e de Rosa da Silveira;
4.2 – José, batizado em 1850, sendo padrinhos Manuel Antônio de Godoy e Joaquina Maria de Siqueira.(BA-5:21v)
5 – José Bueno de Godoy, casado em 1857 no Amparo com Ana Carolina de Camargo, irmã da precedente;
6 – Álvaro, batizado em 1833 (BA-2:18 – ignorado por Silva Leme – deve ser Álvaro José de Godoy, condômino em bens deixados por Vicente Bueno de Godoy – 1ºof.9:40v)
7 – Cândido da Silveira Franco, batizado em 1835 (BA-2:51 – idem), casado em 1860 com Francisca Maria da Silveira, sua parente, filha de José Bernardo Mendes e de Senhorinha da Silveira Franco.
8 – Prudência, batizada no Amparo em 1837 (BA-3:4v – idem).
9 – Isabel (na dúvida), batizada em 1832.
TRONCO III
III – Salvador Bueno de Godoy, casado com Maria Rosa, (existem pelo menos dois homônimos de Salvador, um casado com Josefa Maria Bueno, e outro casado com Maria Pires de Moraes), moradores de Amparo ao tempo da elevação da Capela Curada. Salvador e Maria Rosa (que também aparece nos documentos da Cúria como Rosa Maria de Moraes), tiveram os filhos:
1 – Maria, batizada no Amparo em 1830;
2 – Rosa Bueno de Moraes, batizada em 1833 e casada em 1848 no Amparo com Antônio Franco de Godoy, filho de Lucas Franco de Menezes, já falecido, e de Angélica de Godoy.
TRONCO IV
IV – Salvador Bueno de Godoy (homônimo), casado com Josefa Maria Bueno – veja CAMARGO PIMENTEL.
TRONCO V
V – Manuel Antônio de Moraes (ou de Freitas), casado com Mariana Bueno de Godoy, foram pais de:
1 – Joaquim, batizado no Amparo em 1834;
2 – Maria, batizada no Amparo em 1839;
3 – Bento, batizado no Amparo em 1836.
TRONCO VI
VI – Ana Bueno de Godoy (há duas homônimas) foi casada com Plácido Alves de Oliveira, o qual, enviuvando, casou no Amparo em 1833 com Anada de Oliveira Dorta, viúva de Antônio Muniz Tavares.
Ana Bueno de Godoy e Plácido tiveram:
1 – Frutuoso Alvesde Oliveira, natural de Bragança, casado em 1835 no Amparo com Humbelina Pereira de Oliveira, também natural de Bragança, filha de Antônio Muniz Tavares e de Ana de Oliveira Dorta (na verdade sua madrasta).
TRONCO VII
VII – Ana Bueno de Godoy (homônima – esta ao que parece, era filha de Ana de Godoy e irmã de Antônio Bueno de Godoy, que foram padrinhos no batizado de seu filho), casada com João Alves de Oliveira, pais de:
1 – Antônio, batizado no Amparo em 1832
TRONCO VIII
VIII – Ana Bueno de Godoy (outra homônima), casada com Francisco Preto de Siqueira, moradores de Bragança, pais de:
1 – Francisco Preto de Godoy, natural de Bragança, casado no Amparo em 1832 com Ana Gonçalves da Cunha, filha de Inácio Rodrigues Gonçalves e de Joana Batista.
TRONCO IX
IX – João Bueno de Godoy, casado no Amparo em 1847, com Maria Joaquina de Camargo, víuva de Salvador Cordeiro Leme,sepultado em Itatiba.
TRONCO X
X – Outro homônimo dos tronco anterior foi João Bueno de Godoy, natural de Mogi Mirim e morador em Campinas, filho de Albino José Rodrigues e Ana Maria de Jesus, casado no Amparo em 1844 com Joana Rodrigues da Silva, amparense, filha de José Rodrigues Garcia e Isabel Leite da Silva (CA-2:67v). Foram pais de:
1 – Francisca, batizada no Amparo em 1852, sendo padrinhos Anastácio Alves Barbosa e Gertrudes Leite da Silva (BA-5:96v).
TRONCO XI
XI – Antônio Bueno de Godoy e sua mãe Ana de Godoy, ambos solteiros, foram padrinhos de um batizado no Amparo em 1835 (BA-2:61v). Antônio Bueno de Godoy casou com Joaquina Maria da Silveira (em um dos textos consta Oliveira) Franco. Foram pais de:
1 – João, batizado em Amparo em 1838, sendo padrinhos Antônio Franco Penteado e sua mulher Jacinta de Brito Leme, de Itatiba (BA-3:20v)
2 – Paula da Silveira Franco, de Itatiba, filha de Antônio Bueno de Godoy e de Joaquina da Silveira Franco, casou no Amparo em 1858 com Joaquim Antônio de Godoy, filho de Manuel Antônio e Mariana Bueno (CA-3:81).
3 – José Franco de Godoy, filho de Antônio Bueno de Godoy, já falecido, e de Joaquina Maria da Silveira Franco, casou no Amparo em 1858 com Juliana do Espírito Santo, filha de Manuel Pereira Padilha e de Ana Cândida, já falecida (CA-3:89);
4 – Joaquina Maria da Silveira Franco, filha de Antônio Bueno de Godoy e de Joaquina Maria da Silveira Franco, casou no Amparo em 1853 com Antônio Pinto da Silva, filho de Salvador Cordeiro Leme e de Maria Pinto. Foram pais de:
4.1 – Messias Maria de Jesus, amparense, filha de Antônio Pinto da Silva,falecido, e Maria da Silveira Franco, casou no Amparo em 1869 com Antônio José Barbosa, de Bom Jesus do Arujá, filho de José Antônio Mariano e Angélica Maria da Conceição (CA-5:138).
TRONCO XII
Um caso interessante de adoção de sobrenomes por antigos escravos alforriados. Fermino Bueno de Godoy, natural de Bragança, filho de Roque Franco de Sousa e de Maria Francisca, casou em 1849 no Amparo com Antônia Maria de Jesus, amparense, filha de Joaquim Antônio da Paixão e de Maria Genebra (CA-2:93v)
Firmino Bueno de Godoy, viúvo de Antônia Maria de Jesus, casou em 1856 com Luísa, filha de pai incógnito e de Cipriana, escrava de João Manuel Gonçalves (CA-3:56v). Cipriana que foi legatária no inventário de João Manuel Gonçalves e certamente alforriada, adotou o nome de Cipriana Maria de Jesus, mas seus filhos preferiram adotar o sobrenome do cunhado.
Essas informações só se tornaram disponíveis porque Cipriana Maria de Jesus e seus filhos Pedro Bueno de Godoy e Joaquim Bueno de Godoy venderam em 26/4/1880 a Bernardino Alves de Sousa um terreno no Largo da Estação, dividindo com “a estrada que vai para o Ribeirão”, havido como legatários dos finados João Manuel Gonçalves e Joaquina Maria Cardoso (1ºof.47:42)
Assim esse tronco pode ser descrito pela forma seguinte:
I – Cipriana, escrava de João Manuel Gonçalves, adotou o nome de Cipriana Maria de Jesus depois de libertada. Teve de pessoa incógnita os filhos:
1 – Luísa, filha de pai incógnito e de Cipriana, casou em 1856 com Firmino Bueno de Godoy, viúvo de Antônia Maria de Jesus, natural de Bragança, filho de Roque Franco de Sousa e de Maria Francisca; tiveram pelo menos a filha:
1.1 – Maria, falecida menor em 1851 (ADF, 6)
1.2 – Fermina Maria de Jesus, filha de Fermino Bueno de Godoy e Luísa Maria de Jesus, já falecida, casou no Amparo em 1878 com José Mariano de Lima, filho de Mariano Leite de Moraes e de Ana Maria de Jesus, sendo testemunhas do ato Francisco Antônio dos Santos Viana e Joaquim Alves Soures (CA-7:48).
2 – Pedro Bueno de Godoy;
3 – Joaquim Bueno de Godoy.
TRONCO XIII
XIII – Antônio Bueno de Godoy, que presumimos ser o filho de Ana de Godoy, ambos solteiros, foram padrinhos de um batizado em 1835 (BA-2:61v). Antônio Bueno de Godoy, casou pouco depois com Joaquina de Oliveira Franco, de quem teve:
1 – João, batizado em Amparo em 1838, sendo padrinhos Antônio Franco Penteado e sua mulher Jacinta de Brito Leme, de Itatiba (BA-3:20v)
2 – Paula da Silveira Franco, de Itatiba, filha de Antônio Bueno de Godoy e de Joaquina da Silveira Franco, casou no Amparo em 1858 com Joaquim Antônio de Godoy, filho de Manuel Antônio e Mariana Bueno (CA-3:81)
3 – Maria da Silveira Franco, também conhecida como Maria Franco da Silveira, filha de Antônio Bueno de Godoy e de Joaquina Maria da Silveira Franco, casou no Amparo em 1853 com Antônio Pinto da Silva, filho de Salvador Cordeiro Leme e de Maria Pinto (CA-3:25) Maria da Silveira Franco, viúva de Antônio Pinto da Silva, casou no Amparo em 1869 com Fidélis de Sousa, este já viúvo de Gertrudes Maria, filho de Custódio de Sousa e de Rosa Cardoso(CA-5:145v/146). Maria Franco da Silveira, viúva de Fidélis de Sousa, casou no Amparo em 1885 com José Gomes de Moraes, de Socorro, filho de Elias Gomes de Moraes e de Gertrudes Maria Ribeiro (CA-11:11)
Fidélis e Maria da Silveira Franco tiveram:
3.1 – Cândida Maria da Silveira, filha do finado Fidélis de Sousa e de Maria da Silveira Franco, casou no Amparo em 1884 com Joaquim Antônio da Cunha, filho de Francisco Antônio de Oliveira e de Francisca Maria de Oliveira, sendo testemunhas Francisco Gonçalves Sardeira e Antônio Ortiz de Camargo (CA-10:40v/41)
4 – José Franco de Godoy, filho de Antônio Bueno de Godoy, já falecido, e de Joaquina Maria da Silveira Franco, casou no Amparo em 1858 com Juliana do Espírito Santo, filha de Manuel Pereira Padilha e de Ana Cândida, já falecida (CA-3:89)