BUENO DA CUNHA

 

TRONCO I

 

A origem desta família no Amparo está envolta numa injusta obscuridade. Apesar de constar o nome de João Bueno (omitido o apelido “da Cunha”) entre os fundadores da cidade, na placa afixada no Museu Bernardino de Campos, pouco se sabe sobre ele. Bernardino de Campos apenas acrescenta que ele era filho de Manoel de Miranda Antunes, este também um dos primeiros povoadores. É possível que o saudoso Dr. Áureo de Camargo tenha publicado algo sobre eles, mas nada ainda encontramos. No arquivo deste grande historiador, porém, foi possível encontrar informações bastante mais detalhadas. E como João Bueno da Cunha foi o doador do terreno para a construção da Capela de Nossa Senhora do Amparo, hoje Catedral de Amparo, e portanto seu instituidor, é na verdade o principal fundador da cidade, se respeitarmos o costume de considerar o instituidor da capela como fundador do núcleo urbano.

De qualquer modo, segundo as informações coletadas em Silva Leme e no Arquivo de Áureo de Almeida Camargo, teríamos o seguinte esquema para a origem da família Bueno da Cunha em Amparo:

I – Manoel de Miranda Antunes (SL, 3:308), filho de João Pires Benito, de Paranaguá, e de Marta Antunes de Miranda, de Guaratinguetá, teria se casado em Bragança, por volta de 1777, com Quitéria Maria de Jesus, filha de Antônio da Cunha Portes e Maria Francisca de Moraes, pais de :

1 – João Bueno da Cunha, natural de Atibaia, nascido por volta de 1780, e falecido em 1833, casado com Rosa Maria, pais de :

1.1 – Pedro Bueno da Cunha, falecido em 1836 com 30 anos de idade, viúvo de Francisca Bueno de Camargo, falecida em 1832 aos 30 anos de idade; esse casal era “morador nesta capela” em 1829.

1.2 – João Bueno da Cunha, oficial de justiça no Juízado de Paz, já falecido em 1882, foi casado com Gertrudes Maria da Anunciação; pais de :

1.2.1 – Ana Francisca Bueno, batizada em 1828, pelo padre Francisco Figueira; casou em 1851 no Amparo com José Firmino Bueno, filho de Manuel Bueno do Prado e Maria Francisca de Paiva;

1.2.2 – Maria, batizada em 1831

1.2.3 – Escolástica, batizada em 1833

1.2.4 – Maria Emília Bueno, batizada em 1836, filha do finado João Bueno da Cunha e de Gertrudes Maria da Anunciação, casou no Amparo em 1882 com Benedito Antônio Damasceno, filho de Galdino Antônio Damasceno e de Leduína Jacinta Cardoso (CA-10:9v);

1.2.5 – José, batizado em 1838;

1.2.6 – Francisco, batizado em 1844, sendo padrinhos Joaquim de Siqueira Lima, casado, e Cândida Emília de Vasconcelos, solteira (BA-4:45v)

1.3 – Maria

 

TRONCO II

 

III –     Mariano Bueno da Cunha e Maria Antônia de Lima, era casal muito antigo em Amparo, talvez anterior mesmo a 1829, ano em que era “morador desta capela”. Maria Antônia testou em 1867 (1ºof.18:83v), e declarou que teve os filhos:

1 – Francisca Bueno, casada no Amparo em 1837 com Manoel Rodrigues, filho de pai incógnito e de Joana Rodrigues;

2 – Joaquim Mariano Bueno, natural de Bragança, casado no Amparo em 1840 com Maria Rosa da Conceição, amparense, filha de pai incógnito e de Ana Maria de Godoy; é o mesmo que já era falecido em 1867, deixando viúva Maria Francisca de Jesus (filha de Ana Maria de Godoy), que se casou no Amparo nesse ano com Jacinto de Lima Ribeiro, natural de Bragança e morador em Socorro, filho de José de Lima Ribeiro e Gertrudes Maria. (CA-5:7v) Joaquim Mariano já era casado com Maria Francisca de Jesus em 1841 quando tiveram o filho:

2.1 – Justino, batizado em Amparo, falecido antes do pai, pois em 1876 sua avó Maria Antônia de Lima vendeu terras herdadas do filho Joaquim Mariano Bueno. (BA-4:5ª – 1º of. 16:5 e 35:165v))

3 – Pedro Bueno de Lima, batizado em 1842 (BA-4:22), casou em 1859 com Maria Rosa de Oliveira, filha de Custódio Gonçalves e Rosa Maria de Oliveira. Tiveram q.d.:

3.1 – Emílio Antônio Bueno, filho de Pedro Bueno de Lima e de Maria Rosa de Jesus, casou no Amparo em 1881 com Gertrudes Maria da Silva, filha de Joaquim Manuel Frazão e de Cândida Maria da Silva (CA-8:30v)

4 – Luzia, batizada em 1839.

5 – Gertrudes

6 – José Antônio de Lima.

 

Há ainda um Serafim Mariano Bueno, neto de Antônia Maria Francisca. Se esta Antônia Maria Francisca for a mesma Maria Francisca de Moraes, então Serafim será neto de Manuel de Miranda Antunes, e filho ou sobrinho de um dos troncos. Restaria também apurar quem é Antônio Bueno da Cunha, morador em Amparo em 1829.

 

TRONCO III

 

III – Lauriano Bueno da Cunha e sua mulher Dionísia Maria de Jesus, moradores antigos do Amparo, provavelmente parentes dos troncos anteriores, tiveram:

1 – Maria Gertrudes, filha de Lauriano Bueno da Cunha e de Dionísia Maria, casou no Amparo em 1849 com José Maria de Oliveira, batizado em 1829, filho de Miguel Francisco de Oliveira e de Gertrudes Maria de Jesus (CA-293). Foram pais de:

1.1 – Maria de Jesus, filha de José Maria de Oliveira e Maria Gertrudes, esta já falecida, casou no Amparo em 1872 com Manuel Cardoso de Oliveira, filho de Fortunato de Oliveira Dorta e de Maria Rita Cardoso. (CA-6:45v)

2 – João Antônio de Sousa, batizado em 1852 (BA-5:83v), filho de Laureano Bueno da Cunha, já falecido, e de Dionísia Maria de Lima, casou no Amparo em 1882 com Escolástica Maria das Dores, filha de Gertrudes Maria das Dores, sendo testemunhas Francisco Mariano Galvão Bueno e Antônio Rosa (CA-10:11:11v) João Antônio de Sousa, já viúvo de Escolástica Maria de Jesus, casou no Amparo em 1887 com Gertrudes Maria da Silva, filha de Joaquim Mariano da Costa e de Cândida Maria da Silva, sendo testemunhas José Plácido e Antônio Ortiz de Camargo (CA-12?7/7v)

3 – Generosa, batizada em 1839, sendo padrinhos o Capitão José da Silveira Franco e sua mulher Maria Jacob (BA-3:52v)

4 – Pedro Antônio de Oliveira, filho de Laureano Bueno da Cunha e de Dionísia Maria, casou no Amparo em 1883 com Ana Pires de Oliveira, viúva de Baltasar de Oliveira, sepultado no Amparo (CA-10:28v/29).

5 – Generosa, outra, batizada em 1842, sendo padrinhos Antônio Manuel de Almeida e sua mãe Ana Joaquina de Oliveira (BA-4:18).

Comments are closed.