BIOGRAFIA

 

JOSÉ PINTO NUNES JÚNIOR

 

– Dr. José Pinto Nunes Júnior, Presidente da Câmara neste quatriênio, foi biografado anteriormente. (EFA. 112)

 

FRANCISCO DE PAULA SOUSA CAMARGO

 

Bernardo José de Sampaio, filho do Capitão Francisco de Paula Camargo e de Petronilha Clara Rodrigues do Amaral, casou em 1823 na vila de São Carlos, hoje Campiinas, com Maria Carolina de Sousa, filha do Alferes José de Sousa de Siqueira e de Gertrudes Maria de Toledo; teve conforme Silva Leme, 1:239/243, dez filhos, muitos dos quais viveram no Amparo, ou de qualquer forma, participaram da vida local:

1 – Francisco de Paula Sousa de Camargo, casado duas vezes com suas primas Maria Fausta de Camargo e sua irmã Teresa Miquelina de Sousa Camargo. Teve da primeira mulher:

1.1 – Sebastião de Sampaio, casado com Maria Miquelina Ribeiro;

1.2 – João Gualberto de Sousa Camargo, casado com Ana da Silveira Gomes,filha de Elias Lourenço Gomes, de Amparo;

 

ANTÔNIO PIRES DE GODOY JORGE

 

Novamente eleito, apresentou uma planta para a construção de um mercado no lugar denominado “pastinho”  (EFA, 57)

 

BERNARDINO JOSÉ DE CAMPOS JÚNIOR

 

Bernardino José de Campos Júnior, nasceu em Pouso Alegre em 6 de setembro de 1841, quando seu pai, vindo de Campinas, ali servia como juiz de direito. Matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo em 1859, bacharelando-se em 1863. Casou em 1864 com D. Francisca de Barros Duarte, filha do Alferes José de Barros Dias, de Portugal, e de Inácia Joaquina Duarte, de Itu. (EFA, 40, 210)

Em 1866 fixou residência na cidade de Amparo, dedicando-se à advocacia e ao jornalismo. Aqui ficou até 1888. Nesse período colaborou no “Correio Paulistano”, na “Gazeta de Campinas”, na “Província de São Paulo” e no “Diário Popular”. Em Amparo dirigiu a “Tribuna Amparense”, jornal republicano já em 1873, e fundou em 1884 “A Epóca”, também orgão republicano. Fundou em Amparo em 1871 o segundo Club Republicano do Brasil (o primeiro foi o do Rio de Janeiro). Em 19 de agosto de 1872 fundou com um grupo de companheiros a Loja Maçônica Trabalho. Foi também um dos fundadores do Club 8 de Setembro em 1885.

Foi um dos maçons amparenses que outorgaram  procuração em  4/3/1875 ao Conselheiro Saldanha Marinho para reclamar do Governo Imperial contra as bulas papais que excluiam os “pedreiros livres” dos atos da Igreja. (1º of., 33:162v/164v)

Bernardino de Campos teve propriedades em Amparo, havendo menção na ata da Câmara de 19/2/1877 sobre  um esgoto no final da Rua da Constituição (Rua Barão de Campinas) entre “os pastos do finado Antônio Pinto de Araújo Cintra e o do Dr. Bernardino de Campos”. (Atas,3:309)

Foi um fervoroso abolicionista, ligando-se aos grupo dos “caifazes” de Antônio Bento, embora este abolicionista fosse conservador, enquanto Bernardino, antes de ser republicano, tinha sido liberal. Aliás, Bernardino foi uma das vítimas no violento conflito entre liberais e conservadores durante a apuração das eleições de 1871, na Igreja do Rosário. Esse incidente ocorreu quando o grupo dos Godoy Moreira, de Pedreira, se desentendeu com a facção dos Silveiras e Cintras, lideradas pelo Barão de Campinas. Bernadino    de Campos, que era liberal, envolveu-se na briga, apesar de sua compleição franzina, e acabou sendo um dos muitos feridos.

Foi eleito vereador para o quatriênio 1877/1881, sendo empossado no dia 15/1/1877. Nessa ocasião também foi eleito outro republicano, Peixoto Gomide. (Atas, 3:301). Na sessão do dia 16/4/1877 foi apresentada uma indicação de Bernardino e Godoy Jorge: encaminhar uma representação ao Poder Legislativo (do Império) sobre a necessidade de estabelecer no país “plena liberdade religiosa”, “para aumentar a população moralizada e determinar a fixação de capitais no pais” (sic) (Atas, 3:319) Essa proposta foi apoiada por Peixoto Gomide, mas foi rejeitada em 1/6/1877. (Atas, 3:325/326)

Tendo Peixoto Gomide em 4/12/1878 se declarado republicano e em oposição à maioria da Câmara, Bernardino tomou a palavra para dizer que “isso dará ensejo a que por sua vez declare que politicamente era francamente oposicionista como republicano e quanto aos atos de administração decidir-se-ia pelo que fosse justo”.

Bernardino de Campos se reelegeu vereador em 1881 para o quatriênio seguinte, mas a legislação eleitoral foi alterada, reduzindo o mandato para dois anos.

Em 1888 foi eleito deputado provincial pelo Partido Republicano e exerceu papel importantíssimo na proclamação da República. Foi o primeiro chefe de polícia do Estado de São Paulo, no regime republicano. Elegeu-se Deputado Federal, mas não ficou muito tempo no cargo. Em 7/1/1893 uma circular do Secretário do Interior, Dr. Rubião Júnior informava que no dia 23/3/1893 haveria eleição de duas vagas de Deputado ao Congresso Federal que se deram com a eleição do Dr. Bernardino de Campos para o cargo de Presidente do Estado e com a aceitação pelo próprio Dr. João Álvares Rubião Júnior do cargo de Secretário de Fazenda do Estado. (Atas, 9:73).

Foi líder da bancada paulista na Câmara Federal, Presidente da Câmara, em oposição ao Marechal Deodoro, Ministro da Fazenda duas vezes, e Presidente (governador) do Estado de São Paulo duas vezes, e senador também por duas vezes. Morreu em 18 de janeiro de 1915.  De seu casamento com Francisca de Barros Duarte deixou:

1 – Dr. Carlos de Campos, nasceu em Campinas (outras fontes dizem que em Amparo), em 1866, mas fez os cursos primário e secundário no Amparo. Bacharel em Direito em 1887, advogou em Amparo até 1891. Republicano ardoroso como o pai, elegeu-se em 1891 Intendente Municipal de Amparo. Mudando para São Paulo foi eleito deputado estadual, cargo que exerceu até 1896, quando foi nomeado Secretário de Justiça do Estado. Em 1901 era deputado federal, chegando a presidente da Câmara Federal em 1907. Em 1915 era senador estadual. Em 1923 foi eleito Presidente (governador) do Estado de São Paulo, tomando posse em maio de 1924. Logo depois rebentou a sangrenta revolução comandada pelo General Isidoro, na qual Carlos de Campos ficou cercado no Palácio, enquanto a cidade de São Paulo era duramente bombardeada pela artilharia federal. Debelada a revolução Carlos de Campos continuou no exercício de seu mandato, vindo a falecer em 27 de abril de 1927. Foi casado pela primeira vez em 1889 com sua prima irmã Celeste de Campos Braga, filha de D. Amélia de Campos com o português Francisco Braga. Sem descendência desta, Carlos de Campos se casou novamente, na cidade de Amparo, em 1891, com D. Maria Lídia de Sousa, de Resende, filha do Comendador Antônio Augusto de Sousa, da  cidade do Rio de Janeiro, e de Lídia Ribeiro de Sousa, natural de Campos, no Estado do Rio de Janeiro.

2 – Francisco de Campos, amparense, faleceu na infância.

3 – D. Alice de Campos, amparense, casada no Amparo com o Coronel Ângelo José de Araújo, filho de José Joaquim de Araújo e de Maria Francisca de Araújo, naturais de Campos, no Estado do Rio de Janeiro.

4 – Dr. Américo de Campos Sobrinho, amparense, nascido a 19 de abril de 1871, bacharel em Direito em 1891, delegado de polícia e depois chefe de polícia da capital. Participou da defesa de São Sebastião e de Santos contra os navios rebeldes, acabando por ser nomeado major do Exército. Mandado para o Canadá para organizar uma tentativa de atrair imigrantes de lá, nada conseguiu, mas convenceu um grupo de empresários canadenses a formar a Light and Power, que se instalou no Brasil no ramo de fornecimento de energia elétrica. Esteve depois em Lisboa e Málaga, a serviço do governo.

Em 1898 foi eleito deputado estadual. Novamente eleito em 1915 foi  sucessivamente reeleito até 1927, quando passou a senador estadual, posto que exerceu até 1930.

Casou em 1914 com Zefira Caramelli, paulistana, filha dos italianos Antônio Caramalli e Rosa Caramalli. Faleceu sem descendência em 1933.

5 – D. Lucília de Campos, amparense, casada com o Dr. Alfredo de Campos Sales, filho do comendador José de Campos Sales, este tio do Presidente Manuel Ferraz de Campos Sales.

6 – D. Albertina de Campos, amparense, casada com Renato Miranda, filho de Jorge Miranda e sua segunda mulher D. Elisa de Azevedo Miranda. Jorge de Miranda era irmão do General Francisco Glicério.

7 – D. Clarisse de Campos, amparense, solteira

8 – Dr. Mário de Campos, amparense, engenheiro pela Politécnica, foi diretor da Secretaria de Viação e Obras Públicas. Casou com D. Jacyra de Campos Pereira, filha do Dr. Antônio Batista Pereira, que foi juiz em Amparo e depois Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado.

9 – Fausto de Campos, amparense, falecido menor.

10 – Dr. Sylvio de Campos, amparense, mudou ainda jovem para a capital, onde fez os estudos secundários. Ingressou na Escola Naval, no Rio de Janeiro, mas teve que dar baixa, por ter contraído febre amarela. Voltando a São Paulo estudou engenharia na Politécnica, mas acabou se formando em Direito. Promotor público na capital, deixou o cargo para advogar. Ingressou na política no Partido Republicano Paulista foi deputado federal, sendo o candidato mais votado em todo o país. Em 1932, tendo tomado parte ativa na Revolução Constitucionalista, foi exilado, mas retornou à política depois de anistiado. Foi incorporador e primeiro presidente da Companhia Brasileira de Cimento Portland S.A.

Foi casado em 1901 com D. Maria Susana Dias de Toledo, filha do Dr. Manuel Dias de Toledo e de D. Adelaide de Campos, neta paterna do Conselheiro Dr. Manuel Dias de Toledo e de D. Isabel Martins Bonilha, neta materna de Antônio Franco de Camargo Andrade e de D. Amélia de Campos, esta irmã do Dr. Bernardino de Campos.

11 – Pérsio de Campos, nascido em Amparo faleceu ainda menor.

12 – D. Angelina de Campos, amparense, casada com Paulo Dias de Azevedo Júnior, filho de Paulo Dias de Azevedo e de Maria Antônia Álvares de Azevedo.

13 – Dr. Almírio de Campos, amparense, juiz no Rio de Janeiro, Curador Fiscal das Massas Falidas em São Paulo, solteiro.

14 – Clotilde de Campos, nascida em Amparo, falecida ainda menor.

15 – Dr. Deodoro de Campos, nascido em São Paulo, advogado da Light no Rio de Janeiro. Faleceu em São Paulo em 1938.  Foi casado com Mercedes Horta Rabelo, de Minas Gerais.

16 – Alcides de Campos, nascido em São Paulo, faleceu em 1918, quando estava para doutorar-se em medicina. Era casado com Gilda de Sá Pereira, do Pará.

 

FRANCISCO DE ASSIS PEIXOTO GOMIDE

 

Senador Francisco de Assis Peixoto Gomide, bacharel em Direito, nasceu em São Paulo a 24/3/1849, morou em Amparo, onde contraiu núpcias. Foi promotor público de Amparo em 1873. Advogou e foi jornalista no Amparo. Eleito vereador em 1877, declarou-se republicano na sessão de 4/12/1/878.

Em 21/6/1878 estava em viagem e foi substituído na Comissão de Obras Públicas por Godoy Jorge. (Atas, 3:367)

Numa das primeiras sessões onde temas puramente políticos e ideológicos foram tratados, em 4/12/1878, Peixoto Gomide, declarando que é oposição à maioria da Câmara, pede dispensa da comissão encarregada de dar parecer sobre a conta de despesas da publicação de editais da Junta Municipal de Qualificação de Eleitores; o Presidente negou a dispensa.

Bernardino de Campos, comentando a posição de Peixoto Gomide, diz que “isso dará ensejo a que por sua vez declare que politicamente era francamente oposicionista como republicano e quanto aos atos de administração decidir-se-ia pelo que fosse justo”. Pelo Presidente (Nunes Jr.) foi dito que “sendo esta corporação meramente administrativa, e tendo até então se regulado pela boa razão, só tendo em vista os interesses municipais, despidos de qualquer cor política, desejava que assim continuasse, não fazendo obstáculo as idéias particulares dos vereadores, com tanto que todos saibam distinguir, como até aqui, a pessoa do vereador do homem político, convindo mesmo que todos os vereadores, cada um por sua vez, esteja em franca oposição aos demais da corporação, uma vez que debaixo do ponto de vista de encarregado pelo poder público para administrar, como vereadores, tenha em mira os interesses municipais.”

(Atas, 3:393/395)

Reeleitos, não prestaram juramento em 7/1/1881, os vereadores Bernardino de Campos e Francisco de Assis Peixoto Gomide, também eleitos para esse quatriênio, porque tendo comparecido só cinco vereadores a Câmara ficaria sem número legal para funcionar. (Atas, 4:47)

Em 20/2/1882 – Francisco de Assis Peixoto Gomide, declara que, “retirando-se para São Paulo deixava de tomar parte nos serviços da Câmara por tempo indeterminado”, deveria ser chamado o suplente. (Atas, 4:81)

Transferiu-se para São Paulo nesse mesmo ano de 1882.  Vice-Presidente do Estado de São Paulo, governou o Estado por três vezes; morreu tragicamente em 1906, quando presidia o Senado Estadual. Era tio afim do também vereador e deputado provincial Dr. Antônio Muniz de Sousa. (Áureo de Almeida Camargo, in Rev. de História, 74:482 – Aureliano Leite, O Cabo-maior dos Paulistas na Guerra com os Emboabas, 172 e 179 – EFA, 40, 106, 108, 142, 210 – Silva Leme, 5:154/155)

 

JOSÉ PIRES PIMENTEL

 

José Pires Pimentel pareceu a princípio ser campineiro, pois um desse nome foi jurado em Campinas. (Jolumá Brito). Outro pode ser o que foi casado com Miquelina Maria de Jesus, pais de Fabrícia Maria de Jesus, natural de Santa Rita, mas freguesa de Bragança, a qual casou no Amparo em 9/9/1871 com Joaquim de Freitas Nunes, viúvo de Eliziária Maria da Conceição (esta sepultada em Amparo) (CA-6:32). Na verdade, por incrível que pareça, é um até então desconhecido meu tio-avô, irmão de meu avô Camilo Pires Pimentel. Só foi possível identifica-lo como tal porque numa ata ele é chamado de “irmão de Damásio Pires Pimentel”, este também irmão de meu avô.

Na ata da sessão da Câmara de 3/1/1876 consta a indicação do vereador Pires de Godoy para chamar o Procurador demissionário das Obras da Matriz, Jorge Franco do Amaral, a prestar contas, indicando também que fosse chamado José Pires Pimentel, Procurador das Obras da Matriz; indicação aprovada. (Atas,3:271)

Eleito vereador para o quatriênio 1877/1881, José Pires Pimentel ainda era Procurador das Obras da Matriz. Em 22/1/1877 consta uma proposta de Pires Pimentel: “que sendo ele cobrador dos impostos das obras da Matriz é incompatível com o cargo de Vereador, por isso pedia exoneração”. A Câmara deliberou substituir o cobrador e manter o vereador. (Atas,3:307/308)

Da ata da sessão de 5/5/1879 consta também que o vereador José Pires Pimentel havia sido Procurador da Câmara. (Atas, 4:9v)

Em 26/5/1879 surgiu um incidente sobre um livro extraviado onde se faziam os lançamentos das quantias recebidas para as obras da Matriz. Na ocasião se afirmou que esse livro “há de existir entre os papéis do vereador Pimentel, ou de seu irmão Damásio Pimentel, que nele também fazia lançamentos”. (Atas, 4:11)

Na ata de 6/6/1881, ele, chamado de “ex-vereador”, pede a liberação de animais de pessoa de sua família que, tendo fugido do pasto de José Feliciano de Camargo, “além do Camanducaia”, haviam sido apreendidos vagando pela cidade. (segundo minha saudosa mãe José Feliciano de Camargo era nosso parente – provavelmente era sogro ou cunhado de José Pires Pimentel). (Atas, 4:62/62v). José Pires Pimentel era negociante e vendeu para a Câmara objetos para a segurança da cadeia, além de formicida. (Atas, 4:74) Em 1883 era credor da Câmara de 4:0047$700 (quatro contos e quarenta e sete mil e setecentos réis), quantia avultada, por serviços prestados em consertos na Rua das Flores. (Atas, 4:119v)A Câmara recusou-se a pagar, alegando que Pires Pimentel deveria cobrar de Antônio Gonçalves Ferreira, que fora o encarregado desse serviço. (Atas, 4:125v). Na sessão ordinária de 18/9/1884 consta uma reclamação de José Pires Pimentel e outros contra o abuso praticado pelo chefe da estação da Mogiana, Sr. Sabino, “de receber mediante paga, constantemente, grande quantidade de sacas de café, para despacha-las como se fosse comissário, isto nos armazéns da Companhia, não pagando como os outros o imposto taxado pelo Código de Posturas” (Atas, 4:187) Ainda em 27/1/1887 José Pires Pimentel pedia pagamento de fornecimento de formicida numa longa e agressiva peroração contra o calote a esse fornecimento, que atribuia ao Capitão José Manuel de Miranda (Atas, 5:113,126 e 136)

 

MANUEL JOAQUIM FRANCO

 

Foi Fiscal nos tempos da Freguesia e nos primeiros tempos da vila. Já foi biografado acima.

 

ANTÔNIO JOAQUIM DE OLIVEIRA PRESTES JÚNIOR

 

O Vereador Antônio Joaquim de Oliveira Prestes Júnior pertencia a uma ilustre família que migrou de Santo Amaro para o Amparo em meados do século XIX. O patriarca dela era

o Alferes Antônio Joaquim de Oliveira Prestes, irmão de Francisco Mariano Galvão Bueno, ambos filhos de Joaquim Mariano de Lima, de Santo Amaro, e de Isabel Francisca Xavier de Barros. Uma das irmãs do vereador, Maria Perpétua, foi casada com Estanislau de Oliveira Sales, que também se assinava Estanislau de Campos Sales, tio de Manuel de Campos Sales, Presidente da República. Maria Perpétua foi mãe do Dr. Antônio de Pádua Sales, político paulista, membro do Partido Republicano Paulista, presidente da câmara dos deputados de São Paulo em 1902.

Outros membros ilustres foram o  Dr. Gabriel Dias da Silva, deputado estadual no começo da república, e o engenheiro Francisco Prestes Maia, prefeito emérito de São Paulo. Mais recentemente, outro membro da família se destacou: o Dr. José Rubens Prestes Barra, insigne genealogista, desembargador, autor destas informações, bacharel em Direito pela USP, presidente do Tribunal de Alçada de São Paulo, casado com Maria de Lurdes Camargo Barros, filha do Dr. José Barbosa de Barros, de Campinas, e de Úrsula de Camargo Andrade.

Antônio Joaquim de Oliveira Prestes Júnior foi casado com Ana Francisca de Oliveira Campos, filha de João Xavier de Oliveira e de Gertrudes da Silveira Campos. Com esse consórcio estabeleceu relações de parentesco com um dos maiores grupos familiares da cidade.

O vereador Antônio Joaquim de Oliveira Prestes Júnior iniciou sua carreira pública como suplente de Juiz de Paz em 1873. (Atas, 3:147)

Foi um dos maçons amparenses que outorgaram procuração em 4/3/1875 ao Conselheiro Saldanha Marinho para reclamar do Governo Imperial contra as bulas papais que excluiam os “pedreiros livres” dos atos da Igreja. (1º of., 33:162v/ 164v)

Eleito vereador foi empossado em 22/1/1877, para o quatriênio que se estenderia até 1881. (Atas,3:305)

Foi eleito Juiz de Paz em 1887 e exerceu o cargo de Agente do Correio. Faleceu em 1895. (EFA, 36)

 

JOSÉ DE NOVAES PORTELA.

 

     São muito escassos os dados sobre este vereador. Sabemos apenas que era fazendeiro e foi casado com Lídia, filha do Dr. Felipe Corrêa Pacheco, este casado com Ana Bárbara de Macedo Couto, concunhado do Conselheiro Francisco de Paula Negreiros Saião Lobato (S.L., 4:476).  Mas é provável que fosse filho do guarda-mor Joaquim Novaes Portela e de Ana Esméria de Sousa, neto por esta do Capitão Custódio Manuel Alves e de Ana Maria Novaes Cordeiro; seria irmão de João de Novaes Portela. Devia ser, pois, sobrinho do Major Antônio José Alves Cordeiro, um dos mais importantes líderes conservadores do Amparo. (SL 2:424 e 427). Provavelmente também era parente da mulher de José Feliciano de Camargo, importante fazendeiro de Amparo.

Em meados de 1875 José Novaes Portela fez sociedade com João Mendes do Amaral e sua mulher Maria Umbelina da Rocha para explorar um sítio em Três Pontes. (1º of., 33:53v)

Foi empossado como vereador em 22/1/1877 (Atas,3:303)

Fez parte da Comissão de Requerimentos, junto com Bernardino de Campos e Antônio Pires de Godoy Jorge, onde por algumas vezes examinou e deu parecer sobre o pagamento

de custas judiciais.

Ainda morava em Amparo em 4/7/1889 quando reclamou a devolução de imposto pago a mais em razão da classificação da produção de café de sua fazenda. (Atas, 6:365) –

 

 

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