BIOGRAFIA

 

TRISTÃO DA SILVEIRA CAMPOS

Tristão da Silveira Campos, nascido em Campo Largo, bairro de Atibaia, filho de Inácio Caetano da Silveira e Delfina da Silveira Campos (Silva Leme, Genealogia, 2:80), casou nessa vila em 1847 com sua prima Ana Gabriela de Campos Vasconcelos (como aparece no seu inventário), falecida em 1867, filha do Alferes Francisco da Silveira Campos.

Tristão já morava em Amparo quando com outros maçons amparenses outorgou procuração em 4/3/1875 ao Conselheiro Saldanha Marinho para reclamar do Governo Imperial contra as bulas papais que excluiam os “pedreiros livres” dos atos da Igreja (1º of., 33:162v/164v). Tristão foi dono da fazenda Vanguarda, participou da Convenção de Itu, na qual foi fundado o Partido Republicano, e exerceu o mandato de vereador em 1881. (Atas, 4:47)

Era já capitão da Guarda Nacional em 3/9/1877, quando foi nomeado pela Câmara para integrar a comissão no bairro dos Cintras para angariar donativos para a construção do “Monumento da Independência do Brasil”, juntamente com o Major José Jacinto de Araújo Cintra e Antônio Gonçalves de Oliveira Bueno.  (Atas, 3:336)

Nomeado Delegado de Polícia em 1890 de Amparo (EF, 112), em 1891 foi exonerado do cargo “em vista da atitude hostil que assumiu contra o governo do Estado”. Veio a falecer no Amparo em 1900. Foi pai de:

1 – Inácio Tristão da Silveira (que também foi conhecido como Inácio Tristão de Toledo, casado com Maria Francisca de Campos (Maria Clara, segundo Silva Leme), filha do capitão Francisco José Gonçalves e de Úrsula Iria de Campos. Foram fazendeiros em Serra Negra e tiveram vários filhos.

2 – Francisco Tristão da Silveira, o famoso abolicionista, nascido em 1853, casou com Ana Clara, irmã de Maria Francisca (ou de Maria Clara, como quer Silva Leme) também filha do capitão Francisco José Gonçalves. Segundo o Dr. Áureo de Almeida Camargo, “Chico Tristão desempenhou saliente papel na campanha abolicionista na região amparense, onde residiu, considerado como um dos principais colaboradores (caifazes) de Antônio Bento. Participou, em 1894, da companha contra os revoltosos, no Paraná”.  O Capitão Francisco Tristão já era falecido em 1895, deixando viúva sua segunda esposa Maria de Nazaré da Silveira.

3 – Ana Gabriela de Campos Toledo (que Silva Leme chama de Ana da Silveira), estava viúva em 1895 de Manuel Maximiano de Toledo, filho de José Bonifácio de Toledo e de Catarina Galeana Salinas.

4 – Jacinto, com 12 anos em 1867, faleceu solteiro

5 – Maria (Eulalia, segundo Silva Leme), com 9 anos em 1867, casou com Joaquim Augusto Araujo Campos, capitalista no Amparo, filho do capitão Francisco José  Gonçalves e de Úrsula Iria de Campos.

6 – Aureliano da Silveira Campos, casado com Rita de Camargo Campos.

7 – Maria da Conceição Silveira de Matos, com 3 anos em 1867, casou depois com Manuel de Matos Azevedo.

 

 

CARLOS AUGUSTO DO AMARAL SOBRINHO

 

O Dr. Carlos Augusto do Amaral Sobrinho era campineiro, filho de Antônio Rodrigues de Almeida, bacharel em Direito, lavrador e advogado. Prestou compromisso como suplente de Juiz Municipal em 2/9/1873. Foi Eleitor Paroquial, Delegado de Polícia, Vereador e Presidente da Câmara. Era membro destacado do Partido Liberal Amparense. Convidado para assumir o governo da Província de São Paulo em 1881, não aceitou o cargo. Faleceu em São Paulo em 10/10/1920. (EFA, 156)

Foi avô de D. Clotilde do Amaral Cintra, casada com o Dr. Constâncio Cintra, que foi Prefeito de Amparo, e bisavô do também Prefeito João Batista de Campos Cintra e do vereador Raul do Amaral Cintra.

Começou sua vida política no Amparo como candidato à vereança para o quatriênio 1873/1877(Atas,3:147). Foi advogado da Câmara numa demanda com o Capitão Silveira. (Atas,3:202). Foi indicado para membro do Diretório das Obras da Matriz em 4/5/1874 (Atas,3:212); foi nomeado diretor dessas obras em 1878. Em 1/4/1878 Carlos Augusto do Amaral Sobrinho nomeado Delegado de Polícia prestou juramento. (Atas, 3:358)

Eleito vereador foi empossado em 7/1/1881. Membro da Comissão de Obras da Matriz, pediu demissão em 1881, por incompatível com a vereança. (Atas, 4:49). Na mesma ocasião foi candidato a Presidente da Câmara, com 4 votos, sendo vencido por Joaquim Martins Barbosa, que obteve a mesma votação, mas era mais velho. Também foi preterido na escolha do Vice-Presidente por Luís de Sousa Leite, que obteve um voto a mais. (Atas, 5:128v).

Em 10/3/1887 – Carlos Augusto do Amaral Sobrinho se licencia por dois meses. (Atas, 5:145); em 4/8/1887 Carlos Augusto do Amaral Sobrinho continuava com dificuldades que o impediam de comparecer. (Atas, 5:179)

 

JOAQUIM PIO PUPO JÚNIOR

 

Era filho de Joaquim Pio Pupo, este casado em Iguape com Luísa Delfina da Trindade Rocha (SL, 9:84, nota). Seu pai Joaquim Pio Pupo ocupava em 1863 o cargo de terceiro Juiz de Paz de Amparo.

Seu tio, o Dr. Francisco de Assis Pupo foi casado em Campinas com Rita Luísa Nogueira e teve fazenda em Amparo; o filho deste, seu primo Hermelino Pupo Nogueira foi Presidente da Câmara Municipal de Amparo na terceira legislatura, de 1865 a 1869; também eram seus parentes os coronéis João Belarmino Ferreira de Camargo e Pedro Penteado, que iriam liderar a política amparense no começo do século XX.

Um outro tio, João Crisóstomo Pupo, também era fazendeiro de café em Serra Negra nessa época. (Almanak da Província de São Paulo para 1873, p. 427) Também foi seu tio, por afinidade, o vereador Manuel Fernandes Palhares, casado com sua tia Teresa Maria de Jesus Pupo.

Em 13/7/1865 Joaquim Pio Pupo Junior foi nomeado pela Câmara Inspetor de Caminho (atas, 1:187v). Joaquim Pio Pupo Júnior era fazendeiro de café e algodão em Amparo em 1873. (Almanak da Província de São Paulo para 1873, p. 421)

Em 7/1/1881 foi empossado como um dos vereadores eleitos para o quatriênio 1881 a 1885 (Atas, 4:47). E em 15/2/1883 tomou posse como 4º Juiz de Paz. (Atas, 4:116v)

 

PAULINO XAVIER DA SILVEIRA

 

O vereador Paulino Xavier de Oliveira (mais conhecido por Paulino Xavier da Silveira) eleito para o quatriênio 1881/1885, foi casado em 1858 no Amparo com Querubina Sousa Melo, filha de Antônio de Sousa Melo, de Mogi das Cruzes, e de Carolina Leopoldina Aranha. Paulino era filho de João Xavier de Oliveira, este batizado em 1801 em Bragança, e que casou no Amparo com Maria Jacinta da Silveira, filha de Francisco da Silveira Franco e de Ana Gertrudes de Campos. João Xavier de Oliveira foi um dos maiores patriarcas do Amparo, tendo deixado vasta e ilustre descendência.

Paulino foi homem abastado, com terras nos bairros dos

Fechos, adquiridas em 1875, e de Duas Pontes (1º of., 34:119), e casas na cidade, na Rua do Imperador. (Atas,3: 277, 280, 283)

Ao se tratar em 1877 dos preparativos para recepção dos hóspedes Imperiais nesta cidade, a Câmara deliberou  “nomear em cada bairro uma pessoa para os ajudarem, sendo  nomeados: Antônio Gonçalves de Oliveira Bueno, Luís de Sousa Leite, Paulino Xavier da Silveira e outros. (Atas, 3:323)

Em 3/9/1877, quando da construção do Monumento da Independência do Brasil no Ipiranga, numa das comissões nomeadas para angariar donativos no bairro das Duas Pontes foi incluído Paulino Xavier da Silveira, junto com Domingos Francisco de Moraes e Manuel Carlos Aranha. (Atas, 3:336) –

Em 7/1/1881 foi empossado como um dos vereadores eleitos para o quatriênio 1881 a 1885, junto com Carlos Augusto do Amaral Sobrinho, presidente, Francisco Mariano Galvão Bueno, Joaquim Pio Pupo Júnior e Tristão da Silveira Campos. (Atas, 4:47) Na sessão de 4/4/1881, Paulino Xavier da Silveira, mais votado dos presentes, assumiu a             presidência da câmara.  (Atas, 4:55v)

Em 18/4/1881, como presidente da sessão, Paulino Xavier da Silveira, foi acusado de trancar caminho no bairro de Santa Cruz da Boa Vista; passou o cargo de presidente, mas a sessão foi suspensa por falta de número. (Atas, 4:57v) Em 6/6/1881 foram ouvidas as explicações de Paulino Xavier da Silveira sobre o trancamento do caminho. (Atas, 4:62v) Em 4/7/1881, ao apreciar o trancamento da estrada pelo vereador Paulino Xavier da Silveira, a Câmara decidiu que o assunto é de competência do Poder Judiciário, devendo os interessados propor as ações cabíveis. (Atas, 4:65)

Paulino foi fazendeiro em Duas Pontes, mas no final do século XIX foi atingido pela grave crise do Encilhamento e sofreu uma falência.

Paulino e Querubina foram pais, segundo Prestes Barra (PB, 62/69), de:

1 – Major Antônio da Silveira Melo, fazendeiro em Coqueiros, hoje    Arcadas, casado com Maria Leme; sem geração.

2 – Querubim da Silveira Melo, casado a primeira vez com Laura Viana e a segunda vez com Clara Lerro, com geração da primeira mulher:

2.1 – Paulino, falecido;

2.2 – Estela, falecida em 1973 aos 83 anos em São Paulo, casada com o Dr. Mariano de Araújo Bacelar,  engenheiro ferroviário, pais de:

2.2.1 – Alberto Viana Bacelar, casado;

2.2.2 – Guilherme Viana Bacelar, casado.

2.2.3 – Lauro Viana Bacelar

2.2.4 – Lucília Viana Bacelar

2.2.5 – Maria.

2.3 – Félix Viana de Melo, dentista, casado com Clementina Silva, pais de:

2.3.1 – Leda Silva Melo, professora em Campinas;

2.3.2 – Estela Laura.

2.2.3 – Artur da Silveira Melo, casado com Águeda Leme, com geração;

2.4 – Adelina da Silveira Melo, falecida solteira;

2.5 – Adília da Silveira Melo, gêmea da anterior, casada com Virgílio Bramont; pais de:

2.5.1 – Aristides, já falecido em 1951.

2.6 – Otília da Silveira Melo, casada com João de Sousa Leite, com geração;

2.7 – Florisa da Silveira Melo, casada com seu cunhado João de Sousa Leite,com geração;

2.8 – João da Silveira Melo, casado com Anália da Silva Neves, com geração;

2.9 – José da Silveira Melo, casado com Isaura de Moraes, com geração;

2.10 – Paulino da Silveira Melo, casado com Sara Eugênia Cardoso de Sousa, filha de Manuel Ferreira da Costa, Barão de Famalicão, e de Maria Adelaide de Sousa, portugueses; sem geração;

2.11 – Isaltina da Silveira Melo, casada com Carlos Schmidt Sobrinho; com geração;

2.12 – Joaquim da Silveira Melo, casado com Amélia Lima, sem geração;

Pelos seus sogros, Antônio de Sousa Melo e Carolina, Paulino Xavier da Silveira foi aparentado com

Brasília de Sousa Melo, casada com o Capitão Joaquim Paulino Barbosa Aranha, que foram pais de: Brandina Aranha, casada com o Dr. Luís Leite Júnior (Lulu Leite, filho do Coronel Luís de Sousa Leite e de Deolinda Leite de Sousa Arantes); e com o Major Antônio de Sousa Melo, casado com Maria Luísa de Queiroz Aranha, filha de Antônio Carlos Pereira de Queiroz e de Luísa Eufrosina, esta filha do Coronel José Egídio de Sousa Aranha e de sua primeira mulher Maria Luísa. Com geração. (Prestes Barra, 61/63)

 

FRANCISCO DE ASSIS PEIXOTO GOMIDE

– Já biografado na legislatura anterior

 

FRANCISCO DE OLIVEIRA BUENO

 

     Vereador eleito para a sétima legislatura, com mandato de 1881 a 1885, mas que foi interrompida em 1883, Francisco de Oliveira Bueno foi empossado em 24/1/1881 (Atas, 4:49).

Não foi possível apurar sua filiação e naturalidade, por ser adventício em Amparo.

A primeira informação que colhemos foi a de que o

Alferes Francisco de Oliveira Bueno e sua mulher Ana da Silveira Bueno venderam em 3/2/1874 duas glebas terra em Mogi-Mirim a José Gonçalves da Silveira, havidas por herança de seus pais João da Silveira Franco e Rosa Maria de Jesus. Uma das glebas ficava no sítio Caputera e outra no lugar denominado Frutal. (1º of., 306) Este João da Silveira Franco, natural de Atibaia, havia casado em 1831 em Mogi Mirim com Rosa Maria de Sousa, de Mogi Mirim, filha do Capitão Pedro José Ferreira e Joana Gonçalves Lopes; era filho do patriarca Francisco da Silveira Franco e de sua primeira mulher Ana Gertrudes Franco.

O Alferes Francisco de Oliveira Bueno e sua mulher Ana da Silveira Bueno outorgaram procuração a Bernardino de Campos em 12/11/1875 para uma manutenção de posse no bairro da Cachoeira. (1º of., 35:29). Ana da Silveira Bueno aparece em outros textos com o nome de Ana Carolina da Silveira, e já fora casada duas vezes anteriormente, com Zacarias Ortiz de Camargo e com João da Silveira Franco, seu parente, homônimo de seu pai.

Em 10/5/1880, entre os inspetores de caminho, é mencionado Francisco de Oliveira Bueno. (Atas, 4:31v) Em

6/6/1881, apesar de já ser vereador, o Inspetor Francisco de Oliveira Bueno foi multado, em razão do caminho pelo “Sujo” estar mal feito.(Atas, 4:63)

Em 5/12/1881, o já Capitão Oliveira Bueno, o mais votado entre os presentes, preside a sessão da Câmara. (Atas, 4:77v)

Ao que tudo indica este Francisco de Oliveira Bueno foi filho de Francisco Bueno de Oliveira, morador de Nazaré, e era irmão de Antônio Gonçalves de Oliveira Bueno e de João José Bueno, também naturais de Nazaré, que se mudaram para Amparo em meados do século XIX.

 

 

 

SALVADOR JOSÉ DE MIRANDA

 

Filho do antigo vereador Capitão José Manuel de Miranda e de Maninha Luíza de Miranda. Foi casado com Maria Amélia da Silveira, filha de Ana Franco da Silveira e Antônio José Alves Cordeiro. Vivia num grave dilema político: filho de um dos mais ardentes e prestigiosos líderes liberais e genro de um dos mais influentes chefes conservadores…

Segundo as Efemérides Amparenses, Salvador foi suplente de Juiz Municipal, vereador, suplente de Delegado de Polícia em 1878 (Atas, 3:358), Juiz de Paz e comerciante.

Salvador José de Miranda foi um dos maçons que outorgou procuração em 4/3/1875 ao Conselheiro Joaquim Saldanha Marinho para protestar contra a bula papal que excomungava os maçons. (1º of., 33:162v/164v)

Em 1/7/1878 foi apresentado à Camara requerimento de Salvador José de Mirada, em que pedia licença “para estabelecer no quintal de sua casa, na Rua Direita, esquina, “uma máquina a vapor de beneficiar café”. (Atas, 3:370) Em 26/8/1878 a Câmara consultou dois facultativos que deram o seguinte parecer: “…Não havendo ao redor da residência do suplicante grande aglomeração de casas, e achando-se a dita sua residência em um ponto onde se cruzam facilmente os ventos, havendo o necessário cuidado de remover o resíduo das operações (palha de café) a fim de que não entre em decomposição, colocando uma chaminé de altura suficiente para que o fumo não incomode a vizinhança e igualmente evitando que o pó do café seja levado pela ação dos ventiladores  para longe pelas correntes de ar, entendem os abaixo-assinados que não há inconveniência alguma  em estabelecer-se nesse ponto a dita máquina, porque não afeta a salubridade pública. (aa) Dr. Caetano Breton Ferreira Monforte e Dr. Joaquim José da Silva Pinto Júnior. (Atas, 3:379)

Elegeu-se vereador para o quatriênio 1881/1885, que foi interrompido em 1883. Não tomou posse em 17/1/1881 por estar doente (Atas, 4:48). A 21/2/1881 Salvador José de Miranda, ainda doente, falta à sessão. (Atas, 4:54) Só em 6/6/1881 foi empossado finalmente o vereador Salvador José de Miranda. (Atas, 4:61v)

Esteve doente e ausente de muitas das sessões da câmara em 1881. Esteva fora do município, tratando da saúde. (Atas, 4:49 e 54). Só em 3/7/1882 ele voltou a comparecer às sessões da Câmara. (Atas, 4:92)

Em janeiro de 1884 estava como Delegado de Polícia em exercício. (Atas, 4:163v)

Em junho desse ano estava se processando o   alinhamento de terreno de Salvador José de Miranda “no seguimento da rua Itororó, além da Rua Boa Vista” (hoje esquina da Rua Capitão Miranda com a Rua Oswaldo Cruz). Houve necessidade de alterar a diretriz da rua “porque esta vai estreitando a quadra até mais adiante entroncar-se-á com a rua do Imperador, que é paralela”. (Atas, 4:177)

Salvador José de Miranda foi reeleito vereador e empossado em 7/1/1887. (Atas, 5:128)

Mesmo a sua condição de vereador não lhe evitou aborrecimentos na questão do alinhamento de seus terrenos, que acabaram cortados pela área reservada ao futuro prolongamento da Rua Boa Vista, ficando com um perigoso desnível. (Atas, 5:143v, 151)

A 12/5/1887 Salvador José de Miranda avisou a Câmara que estava se retirando por seis meses para a Europa por motivo de saúde e pediu licença (Atas, 5:163/164v).

De volta da Europa, em 29/11/1888, apresentou proposta  dando o nome de Dr. Francisco Antônio de Araújo ao Largo do Mercado. A proposta foi aprovada, mas Silva Pinto votou contra. (Atas, 6:218)

Em 27/12/1888 outra indicação de Salvador José de Miranda, pedir ao Presidente da Província autorização “para demolir a Igreja do Rosário por se achar em ruínas”, provocou polêmica; deveria ser oficiado também ao Bispo Diocesano e os materiais de demolição seriam aproveitados na Igreja de São Benedito; a indicação foi rejeitada. (Atas, 6:231)

Em 8/8/1889, numa das últimas sessões da Câmara no Império, surgiu uma questão delicada. Antônio de Paiva Vidual era genro de Salvador José de Miranda e proprietário no Largo da Estação. A Mogiana pediu a supressão do trecho de “rua nova entre os trilhos da Mogiana e a rua do Comendador Guimarães”, comprometendo-se a abrir outra ligação com a Estação. a Câmara mandou o assunto à Comissão de Obras Públicas. Houve forte debate porque a proposta da Mogiana afetava diretamente propriedades de Antônio de Paiva Vidual e assim o parecer de Salvador Miranda era suspeito. Depois de várias votações a proposta da Mogiana foi recusada. (Atas, 6: 382)

Em 6/12/1890, já na República, surgiram finalmente problemas com a palha de café; Salvador José de Miranda recusou-se a obedecer ordem da Câmara para remover a palha para fora da cidade – em vez disso cobriu a palha com terra. O Fiscal pediu providências e o assunto acabou solucionado. (Atas, 7:117)

Em 19/8/1892 novos problemas surgiram. Salvador José de Miranda declarou que, tendo recebido intimação para fechar terreno no Largo Municipal, ponderava que esse terreno já estava completamente fechado; alegou que a Intendência arruinou completamente tais terrenos e pediu indenização, como foi feito nos casos do Dr. José Ferraz de Oliveira e João Modesto da Cunha Franco. Alegou ainda que seus terrenos não são depósitos de lixo, mas apenas o Dr. José Felipe de Toledo deitou ali uma carroçada de lixo. (Atas, 8:102v/103)

Esse combativo político amparense ainda divulgou em 1902 um novo tratamento para febre tifóide com uso de enxofre, mostrando a sua diversidade de interesses. E em

4/1/1908, Salvador Miranda, “industrial residente no Amparo, que há muitos anos se dedica à fabricação de charutos”, ofereceu algumas caixas do seu produto ao Secretário da Agricultura (OESP). Em 14/1/1911 Salvador José de Miranda é nomeado Coletor Federal de Amparo(OESP).

Morreu em 3/9/1923 aos 73 anos. (EFA, 202)

 

 

  1. BERNARDINO JOSÉ DE CAMPOS JÚNIOR

 

Já biografado anteriormente.

 

 

FRANCISCO MARIANO GALVÃO BUENO

 

Era filho do vereador homônimo de 1857 e foi eleito e empossado em 7/1/1881 para o quatriênio 1881 a 1885 (Atas, 4:47). Seu pai Francisco Mariano Galvão, nascido em 1821, foi casado com Alexandrina Ortiz Garcia, filha do capitão Bento Barbosa Ortiz. O casal morou em Campinas antes de se mudar para Amparo.

Este segundo Francisco Mariano Galvão Bueno foi conhecido pela alcunha de “Nhonhô da Chácara”, tendo se casado com Carlota Zanella, filha dos austríacos Francisco José Zanella e Maria Antonieta Isch; era lavrador e exerceu cargos públicos, tendo sido eleito vereador em 1881 e presidente da câmara municipal de Amparo em 1897; com geração em Prestes Barra, 54.

Em 20/9/1890 Francisco Mariano Galvão Bueno foi nomeado membro da comissão de fazendeiros para estudar a criação de um imposto para conservação de estradas. (Atas, 7:104)

Ele e Carlota Zanella tiveram os filhos:

1 – Francisca Galvão Bueno, casada com o Dr. Paulo Ramos de Oliveira, advogado em São Paulo; com geração:

1.1 – Paulo;

1.2 – Maria Luísa

1.3 – Carlos Eduardo

2 – Alexandrina Galvão Bueno, casada com o Dr. Mário Teixeira de Freitas, engenheiro em São Paulo; com geração:

2.1 – Mário;

2.2 – Caio

2.3 – Tadeu

2.4 – Marcos

3 – Francisco Mariano Galvão Bueno Filho, casado com Gabriela Junqueira, com geração:

3.1 – Carlos Mariano;

3.2 – Francisco Mariano

4 – Maria Isabel Galvão Bueno, procuradora do Estado, já falecida, foi casada com Paulo Augusto Rui Barbosa Batista Pereira, filho do escritor Dr. Antônio Batista Pereira e de Adelaide Rui Barbosa, filha do grande jurista Dr. Rui Barbosa de Oliveira; com geração:

4.1 – Maria Augusta;

4.2 – Lucila Maria

4.3 – Maria Regina.

5 – Afonso Galvão Bueno, casado com Helena Estanislau do      Amaral, filha do Dr. Milton Estanislau do Amaral e Alice de Sousa; com geração:

5 1 – Afonso Mariano Galvão Bueno ;

6 – Ana Galvão Bueno, casada com José Cintra Franco.

 

Comments are closed.