BIOGRAFIA

JOAQUIM MARIANO GALVÃO DE MOURA LACERDA

    A família Galvão de Moura Lacerda teve origem em Santos com o capitão de infantaria daquela praça José Galvão de Moura e Lacerda, moço fidalgo, natural de Lisboa, filho de Leandro Galvão de Oliveira e Araújo, de Leiria, e de Catarina Josefa de Moura Feyo, de Lisboa. Foi casado com Maria Leme de Araújo, filha de Timóteo Corrêa de Góes, provedor da alfândega de Santos, e de Maria Leme das Neves. Tiveram (SL, 7:194;201):

     1 – José Pedro Galvão de Moura e Lacerda, nascido em Santos em 1746, foi militar de brilhante carreira, chegando a brigadeiro. Casou em 1771 com Gertrudes Teresa de Oliveira Montes, filha do tenente José Rodrigues Pereira e de Ana de     Oliveira Montes, e foram pais de:

          1.1 – Marechal de Campo Joaquim Mariano Galvão de Moura Lacerda, fidalgo da casa imperial, casado com Joana Emília Veloso de Oliveira, filha do Desembargador Antônio Rodrigues Veloso de Oliveira e de Teresa Emília. Tiveram desse consórcio:

              1.1.1 – Joaquim Mariano Galvão de Moura Lacerda, bacharel em direito pela faculdade de São Paulo, turma de 1843-1847, foi fazendeiro, vereador e primeiro presidente da câmara municipal de Amparo, a partir de 1857. (Livro de Atas de Bragança, 1855 a 1860, fls 78). Nesse ano exercia as funções de Juiz de Paz. Advogou no Amparo e foi um dos pioneiros da contratação de imigrantes, tendo organizado a Colônia São Joaquim. Havia sido vereador em Campinas, empossado em 7 de janeiro de 1853 (Jolumá Brito, História da Cidade de Campinas, 17:157).

     Não completou o mandato de vereador em Amparo, afastando-se em outubro de 1858 em razão de problemas particulares (teria passado por graves dificuldades financeiras, tendo que ceder seus bens aos credores). Joaquim Mariano mudou-se para a Capital e depois para Campinas, mas mais tarde retornou a Amparo e aqui advogava já em 1878.(atas, 3:350 e 4:25 e 27 – Almanak de 1873, 338). Aliás, tinha sido nomeado promotor público da comarca em maio de 1877 e havia mesmo fixado novamente residência em Amparo, tanto que em 15/3/1880 o Dr. Joaquim Mariano Galvão de Moura Lacerda pediu o “alívio de multa por não capinar a frente da casa onde reside” – o Fiscal informou que o aviso dessa obrigação “foi publicado pelo Porteiro da Câmara por edital, por três vezes em dias santificados na porta da Matriz e afixado no lugar de costume”. (Atas, 4:27)

     Em 28/5/1877, a Câmara Municipal ao “tratar-se dos preparativos para recepção dos distintos hóspedes Imperiais nesta cidade por todo o mês de Junho”, decidiu entrar em  “combinação com os cidadãos Comendador Joaquim Pinto de Araújo Cintra, Comendador Zeferino da Costa Guimarães, Dr. Joaquim Mariano Galvão de Moura Lacerda”. (Atas,3:323)

     O Dr. Galvão de Moura Lacerda foi casado com Maria do Céu de Carvalho, de quem teve:

                   1.1.1.1 – Joana Isabel Urioste, casada com o Dr. Bráulio Timóteo Urioste, advogado em Bragança; com geração.

                   1.1.1.2 – Brígida Galvão de Moura Lacerda, professora pública em Sorocaba, casada com Antônio Vieira Branco; sem geração. Em 1880 ela morava já há três anos em Amparo e precisava de um “atestado de estrita moralidade”, para se matricular na Escola Normal. (Atas, 4:36)

                   1.1.1.3 – Francisca de Paula Galvão de Moura Lacerda,  casada com Joaquim de Azevedo, bancário em Santos;

                   1.1.1.4 – Joaquim Mariano Galvão, casado com Inês Las Casas, natural de Campinas; com geração.

                   1.1.1.5 – José Pedro Galvão de Moura Lacerda, professor normalista, casado; sem geração.

                   1.1.1.6 – Antônio Mariano Galvão de Moura Lacerda, professor normalista, casado com Maria do Carmo; com geração.

                   1.1.1.7 – João Batista Galvão de Moura Lacerda, casado com Brasiliza Abelardo de Brito; com geração.

                   1.1.1.8 – Luís Galvão de Moura Lacerda, professor público, casado com Maria do Carmo Las Casas.

                   1.1.1.9 – Benedito Galvão de Moura Lacerda, solteiro.

                   1.1.1.10 – Ana Galvão de Moura Lacerda, casada com seu primo Ernesto Galvão de Moura Lacerda.

                   1.1.1.11 – Carolina Galvão de Moura Lacerda, casada com José Ortiz.

                   1.1.1.12 – Maria da Glória Galvão de Moura Lacerda, solteira.

                   1.1.1.13 – Francisco Xavier Galvão de Moura Lacerda, casado com Isaura da Silva Teles Rudge.

                   1.1.1.14 – Maria do Carmo Galvão de Moura Lacerda, casada com Luís Las-Casas dos Santos Sousa.

              1.1.2 – Júlio Mariano Galvão de Moura Lacerda, casado com Carolina Botelho de Carvalho, com geração.

MANUEL FERNANDES PALHARES DE ANDRADE

     O fazendeiro Manuel Fernandes Palhares de Andrade (mencionado por Silva Leme, 9:85 nota), possuía terras no bairro da Cruz Coberta em 1856 (RPT,319), terras essas que ainda hoje são conhecidas pelo nome de “bairro do Palhares”. Ainda segundo Silva Leme, 4:91 nota, Manuel Fernandes Palhares teria participado do célebre combate de “Venda Grande”, nos arredores de Campinas, onde Caxias derrotou os rebeldes liberais em 1842. Também teria participado desse combate, ao lado dos liberais, Manuel Silvestre da Cunha Martins, de família amparense.

     Nessa época Manuel Fernandes Palhares de Andrade residia certamente em Campinas, pois lá era vereador eleito em 1846. (Jolumá Brito, História da Cidade de Campinas, 17:142)

Manuel Fernandes Palhares de Andrade foi vereador na primeira legislatura da Câmara Municipal de Amparo, de 1857 a 1861. Assumiu a Presidência da Câmara em 1858 e nela se manteve até o final do mandato, em razão da renúncia do Dr. Galvão de Moura Lacerda.

 Em 1869 foi eleito Juiz de Paz, com 246 votos (Atas, 2:76/77v). Em 1872 Palhares reclamou contra a posse do Dr. Francisco Antônio de Araújo no cargo de Juiz de Paz, que cabia a ele Palhares, por ser o 4º Juiz de Paz e lhe caber suceder ao finado Luís Pinto de Sousa Aranha. (Atas,3:87)

     Em 1873 ocorreu “embargo à calçada da casa de Manuel Fernandes Palhares de Andrade, por estar fora do alinhamento”. (Atas,3:178)

     Manuel Fernandes Palhares de Andrade foi um dos maçons que outorgaram procuração em 4/3/1875 ao Conselheiro Joaquim Saldanha Marinho para protestar contra a bula papal que excomungava os maçons. Apesar disso, Palhares de Andrade não consta entre os fundadores da Loja Maçônica Trabalho.

Presumimos que tenha se mudado para Serra Negra, pois, em 13/2/1878, foi realizada uma reunião republicana em Serra Negra, sob a presidência de Manuel Fernandes Palhares de Andrade, tendo como secretário João Pinheiro de Camargo.  (OESP).

     Segundo Silva Leme, Manuel Palhares de Andrade foi casado em São Paulo com Teresa Maria de Jesus Pupo, de Iguape, filha do Sargento-mor Bento Pupo de Moraes e de Joaquina Maria de Mendonça. Manuel e Teresa Maria tiveram:

     1 – José Palhares, casado

     2 – Manuel Palhares, casado com Constança Valeriana Soares.

     3 – N……, falecida menor.

     Presumimos que Manuel Fernandes Palhares de Andrade tenha sido filho do Tenente José Palhares de Andrade, já falecido em 1845, mas ainda vivo em 1837, quando testemunhou um casamento em Serra Negra, e em 1838, quando batizou a filha Claura; foi casado com Joaquina Ortiz Palhares, de quem teve as filhas:

     1 – Maria Francisca Palhares, casada em 1845 no Amparo com Manuel de Andrade Vilares, natural da cidade do Porto, filho de Manuel Antônio de Andrade Vilares e de Maria Cândida de Jesus; teve:

1.1 – Carolina de Andrade Vilares, natural de Santana, província de São Paulo, casada em 1865 no Amparo com José Francisco de Sales Rosa, natural de Bragança, filho de Manuel Franco e Gertrudes Maria;

     2 – Manuela Francisca Palhares, casada em 1846 no Amparo com Francisco Antônio Ribeiro, natural de Guimarães, Arcebispado de Braga, Portugal, filho de Francisco Ribeiro Guimarães e de Maria Joaquina de Jesus;

     3 – Claura, batizada no Amparo em 1838;

     4 – Gertrudes Miquelina Palhares de Andrade, casou em 1851 com José Antônio Rodrigues, portuguës, filho de Manuel José Rodrigues e de Ana de Cerqueira.

     5 – Claudina Joaquina Palhares, casada no Amparo em 1852 com José Borges de Almeida, filho de Antonio Borges de Almeida e de Rita Gonçalves dos Reis.

ANTÔNIO RODRIGUES DA SILVA

     Antônio Rodrigues da Silva foi vereador na primeira legislatura da câmara municipal de Amparo, iniciada em 1857.  (Atas da Câmara de Amparo, 1). Voltou à câmara em 1861 como suplente juramentado para substituir eventualmente vereadores faltosos..

     Ocupou outros cargos públicos. Em 24/12/1862 e 8/10/1866 foi nomeado suplente de Juiz Municipal e de Órfãos. (Atas, 1:122v/123 e 2:24v/25). Em 7/10/1868 foi declarado suplente de Juiz de Paz, mas com a expressiva votação de 119 votos. Nessa ocasião foi qualificado como lavrador. (Atas, 2:76/77v). Em 26/12/1870 foi novamente nomeado suplente de Juiz Municipal. (Atas,3:4)

Em 1/8/1871, com o falecimento de Luís Pinto de Sousa Aranha, 2º Juiz de Paz, ocorre a convocação de Antônio Rodrigues da Silva, suplente mais votado. (Atas, 3:54). Antônio Rodrigues da Silva comunica na ocasião que seu estado de saúde o impede de tomar posse do cargo de Juiz de Paz; a Câmara convoca então o segundo suplente mais votado, Dr. Francisco Antônio de Araújo, para preencher a vaga, que fora aberta com o falecimento de Luís Pinto de Sousa Aranha.(Atas,3:57)

     A despeito de seu estado de saúde voltou a ser lembrado na política; em 14/4/1873 entre os suplentes dos vereadores eleitos para o quatrienio 1873/1877 constava Antônio Rodrigues da Silva. (Atas,3:147)

     Em 4/5/1874, tendo sido aprovado pela Assembléia Provincial o Regulamento para Arrecadação do Imposto para as Obras da Matriz, houve a nomeação da Junta de Lançamento desse tributo. Foram propostos: Tenente-Coronel José Lourenço Gomes, José Manuel Cintra, Antônio Joaquim da Cunha Pantaleão, Antônio Rodrigues da Silva e Antônio Pedro Xavier. (Atas,3:212)

Em 28/5/1877, ao “tratar-se dos preparativos para recepção dos distintos hóspedes Imperiais nesta cidade por todo o mês de Junho”, a Câmara deliberou “nomear em cada bairro uma pessoa para os ajudarem, sendo os nomeados: Capitão Antônio Pedro de Godoy Moreira, José Pedro do Nascimento, Antônio Rodrigues da Silva, e outros”. (Atas,3:323)

     Antônio Rodrigues da Silva, viúvo de Manuela Maria do Espírito Santo, casou no Amparo em 1873 com Senhorinha Maria de Jesus, natural de Campinas, filha de Camilo Corrëa da Silva e Josefa Martins. (CA-6:60). Não encontramos geração de nenhum desses casamentos.

     Foi homem abastado. Antônio Rodrigues da Silva era dono de um sítio de 200 alqueire de terras, plantadas de milho, confrontando com Manuel Palhares. Esse sítio fora adquirido em 1853 “por herança de seu antecessor Francisco de Sousa”(sic). Antecessor, no caso, significa primeiro marido de sua mulher.

     No Livro de Posturas de Amparo (PO,55) consta que ele construiu um prédio na Rua Direita, mais tarde Rua 13 de Maio, n. 150, onde residiu meu avô Artur Alves de Godoy e depois meu pai Nelson Alves de Godoy. Passei ali boa parte de minha vida. Hoje, demolido o casarão, um prédio moderno sedia a Casa Bahia. Segundo meu pai e outros parentes, Antônio Rodrigues da Silva teria sido quem emprestou cinco contos de réis a meu bisavô João Aleixo de Godoy, quando este, que perdera tudo na crise do algodão, inclusive seu sítio no bairro do Carretão, em Itatiba, veio procurar um emprego de administrador de fazenda no Amparo. Antônio Rodrigues não só lhe emprestou o dinheiro, mas o estimulou a comprar a fazenda Pedra Branca e a plantar café. Segundo meu pai, Antônio Rodrigues da Silva era mulato, segundo outros parentes era português. De qualquer modo, seremos sempre gratos a ele.  (IP)

     Essa casa da Rua 13 de Maio, então Rua Direita, já existia em 6/2/1871, quando, ao se tratar do nivelamento na saída da Rua Direita, houve a desapropriação de terrenos de José Silveira Franco, João Bokiler e Firmino Pires Cardoso, por compra particular, afim de dar à Rua Direita a largura de 60 palmos desde “a casa de Antônio Rodrigues da Silva até a casa do Alferes Rodrigues, última casa da mesma rua”. (Atas, 3:18). Mas ele foi dono também de uma casa vizinha:

na ata da sessão de 10/6/1876 a Câmara apreciou um   requerimento de Antônio Rodrigues da Silva para o “alinhamento para construção de uma casa sita na esquina da Rua Direita e da Itororó”. (Atas,3:282 e 289).

Antônio Rodrigues da Silva comprou em 28/2/1876 de Daniel de Oliveira Preto e outros todos os bens deixados pela finada Florência Maria de Oliveira, constituídos por terras no bairro do Sertãozinha. (1º of. 35:146v)

     Antônio Rodrigues também teve terras nas proximidades da atual Arcadas, vizinhas à uma propriedade de Albino Alves do Amaral, pois em 19/2/1877 ambos pediram a

desapropriação de terreno para “abertura de um caminho que do bairro dos peticionários vai à estação de Coqueiros”   (Atas,3:309). E em 1/6/1877 houve um requerimento de Albino Alves do Amaral e Antônio Rodrigues da Silva pedindo engenheiro para traçar estrada que ligue a Estação de Coqueiros ao bairro dos suplicantes. (Atas, 3:326)

FRANCISCO DIAS ARANHA

     Francisco Dias Aranha era filho do Alferes João Dias Aranha de Quadros, que foi casado em Campinas com Ana Cândida do Amaral, filha do Capitão Francisco de Paula Camargo e sua primeira mulher Petronilha Clara Rodrigues do Amaral (SL, 4:220 e 1:238). Francisco Dias Aranha era irmão de Luís Augusto Dias Aranha, morador em Itu. Conforme Jolumá Brito, Francisco e Luís participaram do combate de Venda Grande em 1842, do lado dos rebeldes liberais. Francisco Dias Aranha foi vereador na primeira legislatura da câmara municipal de Amparo, iniciada em 1857, mas morreu antes de completar o mandato. Francisco Dias Aranha casou com Maria Angélica de Moraes, que morava em Amparo em 1859, quando casou em segundas núpcias com João Francisco Leme, filho de Francisco Antônio Leme e de Maria da Silveira Franco  (CA-5:3). Francisco Dias Aranha e Maria Angélica tiveram, q.d.:

     1 – João Dias Aranha, de Campinas, filho de Francisco Dias Aranha e de Maria Angélica de Moraes, casou no Amparo em 1864 com Porcina Maria José, de Taubaté, filha de José Leite Pinheiro e de Francisca Cândida de Assis (CA-5:50v)

     2 – Augusto Dias Aranha, de Campinas, filho de Francisco Dias Aranha, já falecido, e de Maria Angélica de Moraes, casou no Amparo em 1870 com Carolina Leopoldina de Moraes Camargo, também campineira, filha do Capitão José Pedro de Moraes e de Francisca de Paula Camargo. (CA-6:10v)

     3 – Maria Inácia de Moraes Aranha, filha do falecido Francisco Dias Aranha e de Maria Augusta de Moraes Aranha, casou no Amparo em 1873 com Antônio Emílio Cardoso de Almeida e Silva, português de Barcelos, filho de Manuel Francisco da Silva e da finada Maria Emília Cardoso de Almeida e Silva(CA-6:65v)

JOSÉ GOMES BARBOSA

     O então Capitão José Gomes Barbosa, natural de Mogi Mirim, filho de Manuel Gomes de Oliveira e Generosa Alves de Andrade, casou em 1841 com Joaquina (ou Jesuína) Francelina da Conceição, amparense, filha de Manuel Rodrigues Cintra e Maria Rosa da Conceição. (CA-2:53v). Rosa Maria da Conceição era filha Rosa Maria Félix e de João de Siqueira Cardoso, patriarcas do clã SIQUEIRA CARDOSO, de Atibaia, cujos membros migraram em massa para o Amparo em princípios do século XIX. Em 1843 era Secretário do Fiscal da Freguesia. José Gomes Barbosa foi vereador na primeira legislatura da câmara municipal de Amparo, iniciada em 1857.

Da ata da Câmara de 1/7/1859 consta:– “Foi indicado pelo Vereador Capitão José Gomes Barbosa, que existia um curandeiro José Guedes Pinto de Vasconcellos curando de medicina contra o direito da Lei, sem apresentar documentos approvados, e a Camara foi de parecer unanimemente que se oficiasse ao mesmo exigindo que apresentasse documentos aprovados, e que se não ficava privado de poder exercer o emprego de medico ou Serurgião (sic)” (Atas, 1:34v)

     Depois de deixar a vereança José Gomes Barbosa dedicou-se ao comércio, obtendo licença para tanto em

15/2/1862, embora se apresentasse como lavrador em outras oportunidades. (Atas, 1:101).

     José Gomes Barbosa alcançou a patente de tenente-coronel da Guarda Nacional, comandante em 1873 do 7º Batalhão de Infantaria. Exerceu também o cargo de Juiz de Paz em 1854 e 1873; nesta vez obteve 115 votos. Também foi nomeado em 1862 suplente de Delegado de Polícia de Amparo (Atas, 1:114ª).

     Em 7/10/1868 aparece na lista dos suplentes mais votados para Juiz de Paz – os eleitos parecem ser todos do Partido Liberal e os suplentes do Partido Conservador:- Suplentes: Antônio Rodrigues da Silva, Lavrador, 119 votos, José Gomes Barbosa, Lavrador, 117 votos, Doutor Francisco Antônio de Araújo, Lavrador, 117 votos, Antônio José Alves Cordeiro, Lavrador, 112 votos – há outros com 14 votos e menos. (Atas, 2:76/77v)

A 10/5/1873 a Câmara Municipal tomou conhecimento de ofício da Presidência da Província, comunicando ter recebido representação de José Gomes Barbosa,“em que comunica ter esta Câmara concluído a apuração dos votos para vereadores e juízes de paz e não ter dado posse até então, determinando que esta Câmara com a maior urgência dê cumprimento ao artigo 105 da Lei n. 387, de 19/8/1846. Entrando em discussão foi pelo Presidente observado à Câmara que recebendo este ofício e vendo que a matéria nele contida (ilegível) um fato julgado pela mesma Câmara em virtude da mesma Lei, razão pela qual não julgou necessário Câmara Extraordinária para tomar conhecimento do mesmo ofício e que o excelentíssimo governo de tudo está ciente pelo último ofício por esta Câmara dirigido. Assim a Câmara resolveu arquivar o mesmo ofício e mais por estar próximo o dia da posse”.(Atas, 3:148/149)

A representação de Gomes Barbosa produziu efeito, pois em 14/5/1873 se procedeu ao juramento dos juízes de paz eleitos: Capitão Eduardo Augusto da Cunha Freire, Tenente-Coronel José Lourenço Gomes, e José Gomes Barbosa. (Atas,3:150)

     Em 1873 exercia o cargo de Delegado de Polícia. Ele tinha um sítio de 20 alqueires na “beira da estrada que vai para Bragança”, comprado a Albino Alves de Oliveira em 1850, e uma chácara de dois alqueires, na margem do Camanducaia,”abeirando o barranco do rio velho”, comprada em 1851 a Manuel Aranha de Campos. Também era dono de uma casa que, em 1860, “já se acha contratada para Casa da Câmara e Cadeia Pública”. Mas também teve terras no bairro do Cascalho por volta de 1871 (Atas, 3:44). Morava em 1873 na Rua Direita, 25. Faleceu em 1875.(EFA, 137, 143, 200 – Almanak da Província de São Paulo para 1873, 416)

     José Gomes Barbosa e sua mulher tiveram:-

     1- Firmina Hilária de Freitas, filha de José Gomes Barbosa e Jesuína Francelina da Conceição, casou no Amparo em 1870 com Jesuíno Alves de Andrade, filho de Jacinto Alves do Amaral e de Justina de Cerqueira César. (CA-6:13v)  Jesuíno Alves de Andrade era  dono da “Chácara do Ribeirão, casa e pasto, no subúrbio desta cidade” (Amparo), provavelmente herdada de José Gomes Barbosa, que ele e Firmina venderam em 1885 a Ansano Bruschini. (RIA, 4-C:459)

ANTÔNIO JOSÉ ALVES CORDEIRO

     Major Antônio José Alves Cordeiro, natural de Porto Feliz, onde nasceu em 1809, filho do Capitão Custódio Manoel Alves, de Portugal, e de Ana Maria Novais Cordeiro, morador de Campinas durante algum tempo, era viúvo de Francisca Eugênia Pinto Ferraz, (com geração da primeira mulher do  Major em SL,2:425); casou depois com Ana Franco da Silveira,  (Ana fora batizada em 1839). Ana Franco da Silveira era filha de José Joaquim Franco da Rocha e de Maria Rosa da Silveira, esta filha de Francisco da Silveira Franco e de sua primeira mulher Ana Gertrudes de Campos; José Joaquim Franco da Rocha, por sua vez, era filho do Ajudante Daniel da Rocha Franco e de Francisca Pedroso Bueno (SL, 6:15).

     Antônio José Alves Cordeiro foi vereador na primeira legislatura da câmara municipal de Amparo, iniciada em 1857. Pertencia ao Partido Conservador e participara do combate de Venda Grande em 1842 do lado legalista.

Em 1856 era proprietário de um sítio de terras lavradias no bairro de Três Pontes de 100 alqueires, comprado de Manuel Joaquim de Cerqueira César. Segundo as Efemérides Amparenses, 104, teria transferido sua Fazenda Salto Grande ao Visconde de Indaiatuba; mas, encontramos uma escritura, datada de 11/7/1867, na qual Antônio José Alves Cordeiro, sua mulher e outros, vendem sítio em Três Pontes a Manuel Joaquim Ferreira Neto & Cia. Trata-se, na verdade, da Fazenda Salto Grande, e o comprador é o célebre milionário de Santos, o Comendador Neto. Este é que teria sido quem vendeu ao Visconde de Indaiatuba. (PO/LN,18:8)

Antônio José Alves Cordeiro doou à Matriz de Amparo as imagens de N. S. dos Passos, N. S.. das Dores e do Senhor Morto, esculpidas naquela fazenda e depois “transportadas processionalmente para a matriz” (EFA, 104). Antônio José Alves Cordeiro e sua mulher Ana da Silveira Franco venderam em fins de 1874 duas fazendas situadas no município de Bragança a José de Oliveira Preto. Em uma delas, a Fazenda Pitangueiras, Antônio José era sócio de José Custódio Alves.

     Em 14/4/1873 ainda foi votado para Juiz de Paz, ficando em décimo lugar com apenas um voto (Atas,3:147).

     Antônio José e Francisca Eugênia tiveram os filhos:

3.1 – Maria Cordeiro Ferraz, casada em 1854 com Joaquim Floriano do Amaral, filho de Manuel Saturnino do Amaral e de Maria das Dores;

3.2 – Amália Eugênia Pinto Ferraz, casada em 1859 com Elias Lourenço Gomes, filho de José Lourenço Gomes e Ana Franco da Silveira;

.              3.3 – Ana;

3.4 – Francisca Eugênia Alves Moreira, casada com o coronel João Pedro de Godoy Moreira;

     Ana Franco da Silveira e Antônio José Alves Cordeiro tiveram:

3.5 – José Pedro Alves Cordeiro, casado com Almerinda Goulart;

3.6 – Maria Amélia da Silveira, casada com Salvador José de Miranda, filho do Capitão José Manuel Miranda, de Bragança;

3.7 – Ana Emília da Silveira Smith, casada com Walter Frederico Smith, da Irlanda, sem geração;

3.8 – Joaquim Cordeiro, casado com Francelina da Silveira Cordeiro, filha do Comendador Joaquim da Silveira Melo e de Ana Teolinda da Silveira, de São Roque (SL, 4:152). Pais de :

                   3.8.1 – Homero Cordeiro; casado.

                   3.8.2 – Lauro Cordeiro;

                   3.8.3 – Zita;

                   3.8.4 – Zilda Cordeiro, casada

                   3.8.5 – Dr. Clóvis Cordeiro, casado.

3.9 – Izabel da Silveira Campos, casada com Joaquim de Oliveira Campos, filho de João Xavier de Oliveira e de Gertrudes da Silveira Campos. Com geração.

               3.10 – Amador Cordeiro, falecido solteiro;

3.11 – Constança Cordeiro, casada com Rafael Galvão Prestes, filho de Francisco de Oliveira Prestes; pais de:

3.11.1 – Marina Cordeiro Prestes, casada com Mauro Leite de Moraes, filho de Antônio Carlos de Moraes Bueno e de Maria Leopoldina Leite Sampaio; foram pais de:

                        3.11.1.1 – Carlos Prestes de Moraes, casado;

                       3.11.1.2 – Mauro Leite de Moraes Júnior, casado com Maria Lígia Pimentel, residentes em Santos, pais de:

                          3.11.1.2.1 – Carmen Lígia

                          3.11.1.2.2 – Gisela

                       3.11.1.2.3 – Marina.

                       3.11.1.3 – Dulce Prestes de Moraes

                   3.11.2 – Cid Cordeiro Prestes,                          casado

                   3.11.3 – Celeste Cordeiro Prestes

3.11.4 – José Cordeiro Prestes, casado;

3.11.5 – Paulo Cordeiro Prestes,

3.12 – Carlota Cordeiro, casada com o Dr. José Leite de Sousa, filho do Coronel Luís de Sousa Leite;

               3.13 – Rafael Cordeiro, estudante em 1899;

3.14 – Adalberto Cordeiro, estudante de engenharia em 1899;

3.15 – Ana Maria Cordeiro Ferraz, natural de Campinas, casada no Amparo em 1854 com Joaquim Mariano do Amaral, também nascido em Campinas, filho de Manuel Saturnino do Amaral e de Maria das Dores.

      O Major Cordeiro faleceu em 1890.

ANTÔNIO DE GODOY MOREIRA

     Havia vários cidadãos de nome Antônio de Godoy Moreira no município de Amparo na época da primeira legislatura de nossa câmara municipal. Entretanto, o único que dispunha de força política para integrar a instituição nessa ocasião era Antônio Pedro de Godoy Moreira, filho do velho chefe conservador João Pedro de Godoy Moreira e de Inácia Pires de Ávila.

     João Pedro de Godoy Moreira, o primeiro desse nome, era filho de José Ortiz de Camargo e de Gertrudes Maria de Godoy, provavelmente bragantino, foi o tronco da família Godoy Moreira de nossa região. Ele casou-se em Bragança em 1811, em primeiras núpcias, com Inácia Pires de Ávila, filha de Felipe Pires de Ávila e de Maria Pires da Rocha; na segunda vez, casou em Mogi Mirim em 1827 com Ana Franco da Cunha, natural de Atibaia, filha de Pantaleão Pedroso da Cunha e de Maria Josefa de Almeida (SL, 1:360 – CM-1:99). Da primeira mulher teve 5 filhos entre os quais:-

     1.1 – Antônio Pedro de Godoy Moreira, casado com Lina Maria de Godoy. Tenente da Guarda Nacional, era natural de Bragança.

Antônio Pedro e Lina foram pais de:

1.1.1 – Gertrudes Maria de Godoy, casada em 1873  com Augusto Antônio Fagundes.  (RMV, 43 – CA-6:61/61v); pais do Prefeito Raul de Oliveira Fagundes, que por três vezes dirigiu a administração municipal de Amparo no século XX.

1.1.2 – Martinha Itina (sic) de Godoy, casou no Amparo em 1872 com José Augusto do Amaral Sousa, de Belém do Jundiaí, filho de Joaquim José do Amaral e de Francisca Eugênia de Barros. (CA-6:42v)

     Em 1862 o Tenente Antônio de Godoy Moreira foi nomeado terceiro suplente de Delegado de Polícia(Atas, 1:114ª).

     Antônio de Godoy Moreira vendeu em 1874 um imóvel rural no “lugar denominado Camanducaia”, em Duas Pontes, controntando com Joaquim Policarpo Aranha, Antônio Carlos de Almeida Bicudo e outros. (RIA, 4:13, 83)

     Em 21/2/1876 foi apresentada à Câmara uma representação de “moradores dos bairros da Boa Vista, Areia Branca e Entre Montes, pedindo para abrir uma estrada passando por terrenos dos herdeiros da finada mulher do Capitão Antônio Pedro de Godoy Moreira, a dar na Estação de Pedreira (a este respeito deram-se como suspeitos os srs. Godoy Moreira e Egídio Cesarino, pelo que assumiu a Presidência o sr. José Pedro de Deus)” – adiado. (Atas, 3:276)

Quando houve a notícia de que Amparo seria visitado pelo Imperador Pedro II, a Câmara naturalmente se mobilizou. Em 28/5/1877 deliberou que para “tratar-se dos preparativos para recepção dos distintos hóspedes Imperiais nesta cidade por todo o mês de Junho entraria em combinação com os cidadãos Comendador Joaquim Pinto de Araújo Cintra, Comendador Zeferino da Costa Guimarães, Dr. Joaquim Mariano Galvão de Moura Lacerda” e faria “nomear em cada bairro uma pessoa para os ajudarem, sendo os nomeados: Antônio Gonçalves de Oliveira Bueno, Luís de Sousa Leite, Paulino Xavier da Silveira, Major José Jacinto de Araújo Cintra, Capitão Antônio Pedro de Godoy Moreira, e outros”. (Atas,3:323)

     Antônio Pedro era irmão do Coronel João Pedro de Godoy Moreira, o segundo do nome, (em moço se chamava João Batista de Godoy Moreira), fundador de Pedreira, que foi casado com Francisca Eugênia Alves Cordeiro, filha do major Antônio José Alves Cordeiro e de sua primeira mulher Francisca Eugênia Pinto Ferraz. O Coronel João Pedro de Godoy Moreira era um dos chefes do Partido Conservador, ao lado do Senador Luís Leite e do Dr. Francisco Antônio de Araújo. Manteve-se na política até os últimos anos do século XIX, tendo aderido à República e sido eleito vereador em 1892. Também foi seu irmão o vereador José Pedro de Godoy Moreira, que presidiu a Câmara durante um largo período na quinta legislatura, de 1873 a 1877.

SUPLENTES CONVOCADOS

FRANCISCO MARIANO GALVÃO BUENO

     Este suplente de vereador foi convocado em 1859, junto com Antônio Pires de Godoy Jorge e Marcos Evangelista do Amaral, para suprir a falta dos vereadores Antônio Rodrigues da Silva, Manuel Silvestre da Cunha Martins e José Ivo de Sousa Pinto (este também suplente anteriormente convocado – EFA, 170).

     Francisco Mariano Galvão, nascido em São Bernardo em 1821, foi casado com Alexandrina Ortiz Garcia, filha do capitão Bento Barbosa Ortiz. O casal morou em Campinas antes de se mudar para Amparo. Francisco Mariano possuia uma grande fazenda oom uma colônia estrangeira, muito elogiada em 1860  pelo Barão J.J. Von Tschudt, que informou ser “o fazendeiro um dos mais condescendentes  e bons que se possa imaginar”.  Em 1857 Francisco Mariano exercia as funções de Juiz de Paz. Francisco Mariano e Alexandrina deixaram vasta e ilustre descendência:

             1 – Francisco Mariano Galvão Bueno, “Nhonhô da Chácara”, casado com Carlota Zanella, filha dos austríacos Francisco José Zanella e Maria Antonieta Isch; era lavrador e exerceu cargos públicos, tendo sido eleito vereador em 1881 e presidente da câmara municipal de Amparo em 1897; com geração em Prestes Barra, 54:

1.1 – Francisca Galvão Bueno, casada com o Dr. Paulo Ramos de Oliveira, advogado em São Paulo; com geração:

                   1.1.1 – Paulo;

                   1.1.2 – Maria Luísa

                   1.1.3 – Carlos Eduardo

1.2 – Alexandrina Galvão Bueno, casada com o Dr. Mário Teixeira de Freitas, engenheiro em São Paulo; com geração:

                   1.2.1 – Mário;

                   1.2.2 – Caio

                   1.2.3 – Tadeu

                   1.2.4 – Marcos

1.3 – Francisco Mariano Galvão Bueno Filho, casado com Gabriela Junqueira, com geração:

                   1.3.1 – Carlos Mariano;

                   1.3.2 – Francisco Mariano

1.4 – Maria Isabel Galvão Bueno, procuradora do Estado, já falecida, foi casada com Paulo Augusto Rui Barbosa Batista Pereira, filho do escritor Dr. Antônio Batista Pereira e de Adelaide Rui Barbosa, filha do grande jurista Dr. Rui Barbosa de Oliveira; com geração:

                   1.4.1 – Maria Augusta;

                   1.4.2 – Lucila Maria

                   1.4.3 – Maria Regina.

1.5 – Afonso Galvão Bueno, casado com Helena Estanislau do Amaral, filha do Dr. Milton Estanislau do Amaral e Alice de Sousa; com geração:

                   1.5 1 – Afonso Mariano Galvão Bueno ;

1.6 – Ana Galvão Bueno, casada com José Cintra Franco;

2 – Afonso Galvão Bueno; com geração. Foi um dos                            sócios fundadores do Club 8 de Setembro em 1885.

3 – Maria Isabel Galvão Bueno, casada com José Joaquim Franco da Rocha; veja FRANCO , tronco VI, pais do:

3.1 – Dr. Francisco Franco da Rocha, célebre psiquiatra brasileiro, fundador do Hospital do Juqueri, na hoje cidade de “Franco da Rocha”, em homenagem a ele. Foi casado com Leopoldina Lorena Machado, com  geração.

4 – Francisca Maria Galvão Bueno, casada em 1862 com seu parente Francisco Antônio de Oliveira Prestes, filho de Antônio Joaquim de Oliveira Prestes e de Maria Perpétua; foram pais de:

4.1 – Carlos Galvão Prestes, nascido no Amparo em 1867, casado a primeira vez com Durvalina Bueno, e a segunda vez com Maria Catarina Buonchristiani, filha de Caetano e Raquel Buonchristiani. Sem geração da primeira mulher, teve da segunda cinco filhos:

4.1.1 – Carlito Prestes, casado com Jaci Nóbrega, filha de João de Sousa Nóbrega e Maria Nóbrega.

                   4.1.2 – Celeste Prestes, solteira

4.1.3 – Angelina Prestes, casada com Armando Nóbrega, pais de:

                         4.1.3.1 – Marli Prestes Nóbrega

                         4.1.3.2 – Cleri Prestes Nóbrega.

4.1.4 – Bernardino Galvão Prestes, casado com Idalina Ferraz, filha de Antônio Ferraz, pais de:

4.1.4.1 – Dalila Prestes, casada com José Sevá, advogado em Campinas.

4.1.5 – Dr. Rafael Galvão Prestes, farmacêutico, advogado, fazendeiro e político em Amparo, onde foi Prefeito Municipal e depois deputado estadual, casado com Constância Cordeiro, com geração.

5 – Carolina Galvão Bueno, casada com Afonso Henrique de Sousa Sampaio, filho de Bernardo José de Sampaio e de Maria Carolina de Sousa, neto paterno do Capitão Francisco de Paula Camargo e Petronilha Clara Rodrigues do Amaral, mencionados por Silva Leme, 1:238/242. Afonso e Carolina foram pais de:

5.1 – Bernardo Galvão de Sampaio, casado com Clara Nogueira da Mota, filha de Fernando Maria Nogueira da Mota, pais de:

                   5.1.1 – F ernando

                   5.1.2 – Carolina

                   5.1.3 – Mariana

                   5.1.4 – Maria

5.2 – Francisco Galvão de S.Paio; casado; pai de:

5.2.1 – Dr. Paulo Sampaio, médico em Amparo; casado, com geração;

              5.3 – Paulo Galvão de Sampaio

              5.4 – Antônio Galvão de Sampaio

              5.5. – Marieta Galvão de Sampaio..

           6 – Florisbela Galvão Bueno;

 

MARCOS EVANGELISTA DO AMARAL

 

          Marcos Evangelista do Amaral, casado em 1854 no Amparo com sua parente Maria Benedita Xavier, filha do Tenente Pedro Antônio Xavier, era filho de Leandro Mendes do Amaral e de Cândida Maria Leite. Era neto do Alferes Salvador Mendes do Amaral e bisneto do patriarca atibaiense João de Siqueira de Alvarenga. Em 1858 residia no bairro do Lambedor e assinava um requerimento sobre a necessidade de um caminho para a vila. (Atas, 1:13)

          Em 24/5/1859 foi nomeado Tesoureiro das Obras da Matriz (Atas, 1:31v). Nesse mesmo ano era Inspetor do Caminho do Bairro dos Farias e Lambedor (Atas, 1:38)

          Em 26 de Setembro de 1859 foi convocado, junto com o Capitão Francisco Mariano Galvão Bueno e Antônio Pires de Godoy Jorge, para substituir os vereadores faltantes  Manuel Silvestre da Cunha Martins, José Ivo de Sousa Pinto, e Antônio Rodrigues da Silva. (Atas, 1:41)

          Em 8/10/1859 fez parte da comissão que deu parecer favorável sobre a compra da ponte de Manuel Alves Cardoso, para estabelecer comunicação com a vila de Belém do Jundiaí, hoje Itatiba. O parecer foi aprovado por unanimidade e a compra realizada, com o que se conseguiu finalmente uma ligação com Itatiba. (Atas, 1:43).

          Marcos Evangelista do Amaral serviu como vereador até agosto de 1860.

          Marcos Evangelista já era falecido em 1863, quando sua viúva se casou com Marciano Franco do Amaral.

ANTÔNIO PIRES DE GODOY JORGE

     Antônio Pires de Godoy Jorge, natural de Bragança, onde nasceu em 1820, filho de pai incógnito e de Ana Jacinta da Cunha, foi casado no Amparo em 1844 com Rosa Maria da Conceição, viúva de Inácio Alves de Oliveira. Rosa Maria, ao que parece, faleceu pouco depois, já que fez testamento em 21/1/1845. Ela era filha de Salvador Gonçalves Teixeira e Gertrudes Maria de Jesus. Consta ser Antônio Pires de Godoy Jorge o pai do jornalista amparense Jorge Pires de Godoy, autor dos “Almanaques do Amparo” e um dos pioneiros da imprensa local, que mais tarde, já no século XX, também foi vereador. Até pouco tempo, só se conhecia o nome de um outro parente seu, sua irmã Josefa Maria da Conceição (Atas, 3:382383). Mas o testamento de Francisco Antônio da Cunha Claro, encontrado no arquivo do Cartório do 1º Ofício de Amparo, livro 4:15, esclarece que o testador era irmão de Antônio Pires de Godoy Jorge e de Silvestre da Cunha Claro.

     Em 1846 Godoy Jorge era Agente da Coletoria da Província em Amparo. Foi o primeiro Procurador da Câmara nomeado em 1857, cargo que equivaleria hoje a “gerente geral” da administração municipal, encarregado de executar as determinações da câmara (Atas, 1:2v).

     Antônio Pires de Godoy Jorge era suplente de vereador na primeira legislatura de nossa câmara municipal e foi convocado a assumir o cargo. Era integrante do Partido Liberal, tendo se envolvido no grave conflito ocorrido na Igreja do Rosário em 2 de fevereiro de 1869, entre liberais e conservadores (EFA, 34). Foi eleito Juiz de Paz em 1861.

Em 24/12/1862 foi nomeado suplente do Juiz Municipal e de Órfãos de Amparo, provimento que se repetiu em 8/10/1866. (Atas, 1:122v/123 – 2:24v/25)

     Era dono de um terreno murado na Rua Direita, que após alguns desacertos com relação ao preço, acabou sendo vendido à Câmara em 1871. (Atas, 3:46/47). E mesmo atarefado com suas múltiplas atividades, em 25/5/1872 fez pessoalmente a apreensão de animal de Serafim de Godoy Bueno que vagava em suas terras. (Atas,3:102) Poucos anos depois era Godoy Jorge multado pela apreensão de animais seus em terras de vizinhos; alegou queda de cerca de pau-a-pique que separava sua propriedade da do vizinho. (Atas, 3:335)

     Em 15/6/1874, José Pedro de Deus e João Antônio Gonçalves indicaram que se conservasse o Diretório das Obras da Matriz, no qual era Procurador o Tenente Antônio Pires de Godoy Jorge. (Atas,3:216)

Foi um dos maçons amparenses que outorgaram procuração em 4/3/1875 ao Conselheiro Saldanha Marinho para reclamar do Governo Imperial contra as bulas papais que excluiam os “pedreiros livres” dos atos da Igreja. (1º of., 33:162v/ 164v)

     Elegeu-se vereador novamente em 1865 e 1877, tendo presidido a câmara em muitas sessões. Acompanhou Bernardino de Campos e outros liberais que se tornaram republicanos. Em sua casa foi realizada em 10 de março de 1878 a reunião dos membros do Partido Republicano para a escolha de representante no congresso do partido, a ser realizado na capital.

Na sessão da Câmara de 16/4/1877 foi apresentada uma indicação de Bernardino e Godoy Jorge para representar ao Poder Legislativo (do Império) sobre a necessidade de estabelecer no país “plena liberdade religiosa”, “para aumentar a população moralizada e determinar a fixação de capitais no pais” (sic) (Atas,3:319).  Na sessão de 1/6/1877 essa proposta de plena liberdade religiosa no país, apresentada por Bernardino, Godoy Jorge e Gomide foi discutida; falaram a favor da proposta Bernardino, Godoy Jorge e Gomide; contra falou Nunes Jr.; posta a votos foi rejeitada. (Atas, 3:325/326)

     Chegou a tenente-coronel da Guarda Nacional no final do século XIX. Em 1885 ocupou o cargo de Delegado de Polícia. (EFA, 36, 87)

     Godoy Jorge era proprietário em 1890 de terrenos no Ribeirão, na estrada do Morro das Pedras (EFA, 36, 72), que provavelmente integravam o sítio de 200 alqueires que ele havia declarado ao Registro Paroquial de Terras em 1856. (RPT, 272). Faleceu aos 70 anos em 6/5/1890.

MANUEL SILVESTRE DA CUNHA MARTINS

     Manuel Silvestre da Cunha Martins foi suplente de vereador na primeira legislatura de nossa câmara municipal. Chegou a ser convocado em outubro e dezembro de 1858 e a exercer o mandato, mas acabou substituído pelo José Ivo de Sousa Pinto,.em abril de 1859.  Voltou à vereança em maio desse ano.

     Era integrante do Partido Liberal, tendo participado do combate de Venda Grande, nos arredores de Campinas, na Revolução de 1842, onde os rebeldes liberais foram derrotados por Caxias. (Jolumá Brito).

     Foi um cidadão bastante ativo, envolvido em numerosos projetos e obras, inclusive a construção de estrada e ponte sobre o rio Jaguari, na estrada para Itatiba (projeto que não se completou, pois a Câmara acabou comprando uma ponte de Manuel Alves Cardoso), e um primeiro loteamento, no bairro de Entre Montes. Também foi contratado pela câmara para construir uma ponte no bairro do Ribeirão na estrada para Campinas, “em combinação com João Pedro de Godoy Moreira”.

     Manuel Silvestre da Cunha Martins e sua mulher Maria do Carmo Martins haviam vivido em Casa Branca e em São José da Formiga, em Minas Gerais, acabando por se radicar no Amparo, onde foram proprietários de um sítio no bairro da Areia Branca. Manuel Silvestre já era falecido em 1867 e deixou ilustre descendência em Amparo com os filhos:

     1 – Maria Romana, natural de Casa Branca, que casou em 1852 no Amparo com José Adriano Martins da Cunha, natural de Pouso Alegre, filho de José Martins da Cunha e de Ana Custódia da Conceição.

     2 – José Silvestre da Cunha Martins, natural de São José da Formiga – MG, casou no Amparo em 1852 com Gertrudes Ana da Conceição, natural de Bragança, filha de Antônio Barbosa de Lima e Ana Maria dos Santos.

     3 – Gertrudes do Carmo Martins, filha de Manuel Silvestre da Cunha, já falecido, e de Maria do Carmo Martins, casou no Amparo em 2/3/1867 com José de Oliveira Bueno Prado, natural de Campinas, morador de Amparo, filho de Francisco José de Oliveira, já falecido, e de Joaquina Cândida Bueno. (CA-5:109v). Tiveram q.d.:

`         3.1 – Dr. Alfredo Patrício do Prado Paulista, nascido em 1869 em Amparo, foi casado com  Júlia Cintra do Prado, nascida em 12 de Maio de 1865 em Amparo, falecida em 1932, filha de Joaquim Pinto de Araújo Cintra, 2.0 Barão de Campinas, que  nasceu em Atibaia em 13 de Agosto de 1824, e faleceu em Amparo em 13 de Janeiro de 1894. O Barão de Campinas foi casado em Atibaia com sua prima Ana Francisca da Silveira Cintra, filha de Joaquim Cintra da Silveira e de Helena de Moraes Cintra. O Dr. Alfredo Patrício e Júlia foram pais de:-

3.1.1 – Dr. Amador Cintra do Prado, nascido em 1897 em Amparo, engenheiro, casado em primeiras núpcias com sua prima Carmen Cintra Ferreira, pais de:

     3.1.1.1 – Luíz Patrício, nascido em 1929, engenheiro, casado com Maria Alice Berardo Pimentel.

                  Em segundas núpcias, o Dr. Amador Cintra do Prado casou com D. Mirtes Cintra Pimentel; pais de:

                   3.1.1.2 – Maria Cecília;

                    3.1.1.3 – Alfredo

                   3.1.1.4 – Maria Inês

                   3.1.1.5 – José Roberto

          `         3.1.1.6 – Fábio

                   3.1.1.7 – Amador

3.1.2 – Dr. Lúcio Cintra do Prado, nascido em 7 de março de 1899, desembargador, casado com Judite Barroso de Sousa; pais de:

     3.1.2.1 – Maria Lúcia Cintra do Prado, casada com Carlos Eduardo Barreto, filho de Oscar Barreto e de Alzira Sales de Oliveira (irmão do Dr. Armando Sales de Oliveira, governador de S. Paulo)

                   3.1.2.2 – Maria Dalila

                   3.1.2.3 – Iolanda Maria

                   3.1.2.4 – Ana Maria

                   3.1.2.5 – Maria Beatriz

3.1.3 – Dr. Felício Cintra do Prado, médico,casado com Leonor Guimarães de Queiroz, filha de Plínio de Queiroz e de Lucilia Guimarães; pais de:

                   3.1.3.1 – Luiz Eduardo

                   3.1.3.2 – Heloísa Maria

                   3.1.3.3 – Fernando

              3.1.4 – Anita, freira dominicana.

3.1.5 – Nair Cintra do Prado, casada em 1926 com o Dr. Rui Lopes de Burgos, médico, filho do Dr. Coriolano Barreto de Burgos e de Elisa Lopes;  pais de:

                   3.1.5.1 – Armando

                   3.1.5.2 – Maria Helena

                   3.1.5.3 – Carmen

                   3.1.5.4 – Sílvia

                   3.1.5.5 – Anita

3.1.6 – Dr. Luiz Cintra do Prado, engenheiro, casado com Maria Celina Ferreira, filha de Luiz Leme Ferreira; pais de:

                   3.1.6.1 – Aluísio

                   3.1.6.2 – Mariana

                   3.1.6.3 – Elisabeth

          3.2 – Dr. Valêncio do Prado, que foi vereador e prefeito de Amparo e de Bragança.

     4 – Tomás da Cunha Martins, fazendeiro em Entremontes por volta de 1875. (1º of., 35:19v)

     5 – Certamente também era seu filho o homônimo Manuel Silvestre da Cunha Martins, casado com Maria Nazaré dos Santos Martins, que, em 9/8/1875, hipotecou um sítio em Entremontes a José de Oliveira Bueno e Prado.

JOSÉ IVO DE SOUSA PINTO

     O Tenente José Ivo de Sousa Pinto não é mencionado nas genealogias, mas provavelmente era ligado à família Sousa Freire, que foi uma das mais importantes que residiram no Amparo nos primeiros tempos da Capela Cura. Um de seus membros, o Padre Roque de Sousa Freire, pode ser considerado mesmo um dos principais personagens da instituição da capela, autor que foi do relatório decisivo para isso. Além do mais foi quem demarcou os limites da nova capela e assumiu o cargo de Capelão em 1829, exercendo-o até 1837. Teve terras e casa no Amparo e consta que legou suas propriedades a seus escravos, aos quais emancipou. Passa por ser um dos introdutores da cultura do café no Amparo.

     Essa família veio de longe; mais precisamente de Mogi das Cruzes, no Vale do Paraíba, onde o seu patriarca, o Capitão Roque de Sousa Freire, era originalmente domiciliado. Mais tarde se mudaram para Mogi Mirim, onde tiveram  propriedades nas proximidades da Ressaca. E de lá muitos deles se passaram para o Amparo, onde se ligaram a diversas famílias locais.

     Um dos filhos do Capitão Roque de Sousa Freire foi o Ajudante José Ivo de Sousa, casado em 1817 em Campinas com Maria das Dores de Camargo, filha de José Pinto de Godoy e de sua primeira mulher Francisca Coelho de Camargo. Este homônimo do vereador amparense morou em Bragança, onde ocupou o cargo de juiz ordinário e de órfãos, mas aparece em muitos documentos amparenses. Faleceu em 1838 e deixou vasta descendência em São Paulo e Bragança. Talvez seja avô do nosso edil.

     O nosso vereador, Tenente José Ivo de Sousa Pinto, já residia no Amparo em 1855 quando foi testemunha do casamento de João Bueno Pinto, natural de S. José de Toledo, viúvo de Joana Maria de Jesus, com Teresa Maria da Conceição, natural de Bragança, filha de Albino Gomes de Oliveira e Cândida Cardoso do Espírito Santo.

     O Tenente José Ivo de Sousa Pinto foi convocado como suplente a assumir o cargo de vereador em 16 de abril de 1859, para suprir a falta do vereador Manuel Silvestre da Cunha Martins. Em 1.o de julho desse ano estava doente e foi substituído pelo suplente Luís Pinto de Sousa Aranha. No dia 16 desse mês já estava restabelecido e participando das deliberações da câmara municipal. Depois disso seu nome não mais é mencionado na documentação da câmara e nem nos registros eclesiásticos.

FRANCISCO RODRIGUES BORGES

      O Alferes Francisco Rodrigues Borges, era casado com Cândida Maria de Jesus (ou da Cruz). Foram padrinhos de batizados desde 1834. Era figura proeminente no período da Capela do Amparo. Foi proprietário de imóvel na rua Direita (atual 13 de Maio) em 1837. Segundo o Dr. Áureo de Camargo ele foi um dos mais antigos plantadores de café no Amparo. Também foi dono de um sítio de oitenta alqueires no Córrego Vermelho, que vendeu em 1843 a Frutuoso Mendes do Amaral.  Em 1856 possuia um sítio de terras de cultura com a área de 140 alqueires, no bairro da Cachoeira .A estação ferroviária de Alferes Rodrigues, onde possuiu fazenda, lhe deve o nome. Ocupou cargos públicos de nomeação e de eleição. Em 1844 foi nomeado suplente de delegado de polícia e eleito Juiz de Paz, com 145 votos; em 1861 foi novamente eleito Juiz de Paz. No ano seguinte foi nomeado suplente de Juiz Municipal, o que se repetiu em 1866. (Atas, 1:122v/123 – 2:24v/25)

     Ainda segundo o Dr. Áureo era tradição que ele possuía um realejo com o qual abrilhantava reuniões sociais. Por enquanto nada encontramos sobre sua origem e pouca coisa sobre seus parentescos.

     O Alferes Francisco Rodrigues Borges assumiu o cargo de vereador em 28 de janeiro de 1859 na falta do vereador Francisco Dias Aranha. Compareceu a todas as sessões até maio de 1860, quando faltou por estar doente, mas voltou ainda nesse mês. Era membro da Comissão de Contas da Câmara nesse ano.

     Na ata de 11 de junho de 1860 consta “Foi lido um requerimento de Francisco Roiz Borges pedindo ser absolvido da multa de vinte e seis mil reis por causa de faltas de pessoas ao Caminho, allegando não ter havido faltas, e o Senhor Presidente entregou a Comissão dos Senhores Barbosa, Amaral e Aranha para dar o seu parecer acerca do allegado”. Era a multa da corvéia, obrigação legal daquela época, de contribuir com trabalhadores para a manutenção e reparação das estradas municipais, à qual Rodrigues Borges estava obrigado como proprietário rural. Esse incidente se prolongou por várias sessões e Rodrigues Borges acabou por pedir a demissão do Fiscal Manuel Joaquim Franco (Avô do Professor Dr. Jaupery de Moraes Franco), o que não obteve apoio de seus pares na câmara.

     O Alferes Rodrigues faleceu em 1871. (EFA, 88, 158)

Descobrimos o nome de alguns de seus herdeiros: Dr. João Batista de Moraes e sua mulher Joana Balbina Borges Monteiro de Moraes, moradores em São Paulo, os quais venderam, em 30/1/1874, ao também herdeiro Dr. Joaquim Inácio de Moraes, morador em Pirassununga, partes “do sítio que foi do finado Alferes Francisco Rodrigues Borges”, tio dos vendedores e do comprador. (1º of., 30:26v)

LUÍS PINTO DE SOUSA ARANHA

     Luís Pinto de Sousa Aranha, filho de Joaquim Barbosa do Rego e de Ana Teodora de Camargo, neto paterno de João Barbosa do Rego e de Isabel de Lara Leite, casou em 1837 na vila de São Carlos, hoje Campinas, com sua prima Ana Caetana Guedes, filha de Joaquim Guedes Barreto (este filho de Bernardo Guedes Barreto e sua mulher Maria Antônia de Godoy e sobrinho de João Barbosa do Rego) e sua segunda mulher Ana Custódia de Matos (esta filha do alferes Antônio José de Matos e de Ana Custódia do Sacramento). Luís Pinto foi fazendeiro de café no Amparo, eleitor paroquial e vereador suplente na primeira legislatura da câmara municipal de Amparo, convocado em 1859, na falta do edil Francisco Rodrigues Borges, além de Juiz de Paz eleito

em 1869, com 249 votos. Era ligado ao Partido Liberal.

     Ele teve um sítio denominado São Luís da Boa Vista, nas margens do Camanducaia, na região dos Fechos, adquirido em 1853 de Francisco de Assis Arantes.

Ainda em 27/2/1871 serviu como testemunha numa multa aplicada pelo Fiscal ao mascate Filipe Klein, que alegava nada ter vendido no município. (Atas, 3:26)

     Luís Pinto e Ana Caetana foram pais de:

     1 – Brasília de Sousa Aranha, natural de Campinas, filha de Luís Pinto de Sousa Aranha e Ana Caetana Guedes, casou no Amparo em 1869 com seu primo Pedro Damião Pastana, natural de Capivari, filho de Joaquim Damião Pastana, já falecido, e de Ana Joaquina de Camargo Pastana (CA-6:5).

     2 – Maria Bibiana de Sousa Aranha, natural de Campinas, filha de Luís Pinto e de Ana Caetana, casou no Amparo em 1858 com Damião Pastana, natural de Campinas, filho Joaquim Damião Pastana e de Ana Perpétua Aranha (CA-3:79v). Esse casal deixou vasta descendência em Amparo, sendo ancestrais do saudoso amigo Mário Prado Pastana, cidadão exemplar e modelo de honradez.  (Silva Leme, 3:22/26 – EFA, 13, 14, 107  e 122).

     Em 1/8/1871 a Câmara noticiava o falecimento de Luís Pinto de Sousa Aranha, 2º Juiz de Paz, aos 60 anos de idade, e a convocação de Antônio Rodrigues da Silva, suplente mais votado. (Atas,3:54)

ANTÔNIO JOSÉ DE OLIVEIRA

     Antônio José de Oliveira foi primeiro suplente de vereador na primeira legislatura de nossa câmara municipal, convocado em 18 de outubro de 1858 para substituir Joaquim Mariano Galvão de Moura Lacerda, que renunciara. Era natural de Atibaia, lavrador, casado com Maria Brandina de Oliveira. Também era conhecido como Antônio Domingues. Fora contratado em 1846 para “pilar as taipas da igreja nova da Matriz”, e, em 1852, pelo preço de 5:400$000 para completar as obras da Matriz. Em 1854 foi multado em dez mil réis por estar comerciando sem licença. (PO, 51)

     Em sua casa foi instalada em 14 de novembro de 1857 a Câmara Municipal da Vila do Amparo.(EFA, 135, 180 e 187, e 196, 198)

`    Antônio José de Oliveira e sua mulher Maria Brandina de Oliveira foram donos de um sítio de 80 alqueires na estrada de Amparo para Socorro, que venderam a Querubim Bertoldo de Sousa em 15/2/1856. (RPT, 121A), Em 1860 era Juiz de Paz, mas havia se mudado de Amparo (Atas, 1:53)

     Deve ser o mesmo que, em 1841, foi nomeado comandante da Secção de Cavalaria da Guarda Nacional de Amparo, recentemente criada. Em 1844 era nomeado suplente de subdelegado. Também deve ser o mesmo que foi Fiscal da Capela Curada em 1837, encarregado pela Câmara de Bragança de vigiar pela administração urbana e pelas estradas vicinais.

     Não deve ser confundido com o homônimo Antônio José de Oliveira, natural de Bragança, filho de Félix Antônio da Silva e de Joana Maria de Camargo, que casou no Amparo em 1849 com Joaquina Maria Francisca, também conhecida por Joaquina Maria do Espírito Santo, natural de Juqueri, filha de Francisco José de Miranda e de Leopoldina Maria (CA-2:95).

JOSÉ MANUEL DE MIRANDA

     O suplente de vereador Tenente José Manuel de Miranda foi convocado em 26 de novembro de 1860 a integrar a Câmara. Seus dados biográficos estão à frente, como Presidente da segunda legislatura.

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