ARANHA
TRONCO I
I – Gertrudes Maria Aranha era filha do sargento-mor Francisco Aranha Barreto, governador da praça de Santos, comandante da praça de Iguatemi, um dos mais prestigiados militares da capitania de S.Paulo, e de sua mulher Mônica de Camargo. Gertrudes casou-se em Atibaia em 1794 com o tenente, depois sargento-mor Francisco Barbosa de Vasconcelos, falecido em Amparo em 1829 (SL, 1:376 e 7:489 – OA-1:4v), filho do capitão Antônio Barbosa de Lima e Apolônia Maria do Pilar e Vasconcelos. Gertrudes Maria ainda era viva em 1854 quando doou escravos a seus filho José Francisco e Miguel Arcanjo e à sua neta Júlia, filha de José Francisco. Silva Leme descreve oito filhos do casal:
1 – Francisco, batizado em 1794 em Atibaia;
2 – Maria Benedita Barbosa Aranha, casada em 1812 em Atibaia com o capitão Calixto José de Campos Bueno, falecido em 1835 com 51 anos, filho do capitão Francisco Xavier de Oliveira e de Ana Gertrudes das Neves, pais de (SL, 1:376) :-
2.1 – Joaquim Barbosa de Campos, natural de Atibaia, casado no Amparo com Policena Flamina de Jesus, natural de Casa Branca, filha do alferes Eugênio Batista Ferreira e de Maria da Luz Perpétua; pais de:-
2.1.1 – Francisco, batizado no Amparo em 1834;
2.1.2 – Antônia, batizada em 1840.
2.1.3 – Maria, batizada no Amparo em 1851 (BA-5:79)
2.1.4 – João Garcia Aranha, filho de Joaquim Barbosa de Campos Bueno e da finada Policena Flamínia de Jesus, casou no Amparo em 1879 com Francisca Augusta de Jesus, filha de Antônio Rodrigues de Moraes Bicudo e de Rita Antônia do Espírito Santo, sendo testemunhas Paulino Xavier da Silveira e Florêncio Franco da Rocha (CA-7:83)
2.1.5 – Felisbina, batizada em 1843 (BA-4:29v)
2.2 – Manuel José de Campos (Aranha?), casado em 1834 com Carlota Justiniana de Sousa, natural de Casa Branca, filha do alferes Eugênio Batista Ferreira e de Maria da Luz Perpétua. Depois teria se casado com uma filha do Capitão Silveira, segundo Silva Leme. (Entretanto, encontramos no Livro de Batizados n. 2 de Amparo, duas pessoas com o nome Manoel José de Campos: um, alferes, casado já em 22 de abril de 1833 com Maria Teresa Machado de Vasconcelos e ainda casado com ela em 21 de novembro de 1836; outro, com o nome de Manoel José de Campos Aranha, já casado com Carlota Justiniana de Sousa em 19 de fevereiro de 1836, cujo filho foi afilhado do alferes Eugênio Batista Ferreira e de sua segunda mulher Rita Maria Constância. Este é o mencionado por Silva Leme, o primeiro é seu tio, irmão de seu pai Calixto José de Campos Bueno). Do casal Manoel José de Campos Aranha(que também se assinava Manuel Aranha de Campos – 1ºof.5:28) e Carlota Justiniana encontramos os filhos:
2.2.1 – Maria, batizada no Amparo em 1836.
2.2.2 – Francelina, batizada no Amparo em 1839;
2.2.3 – Carmelino, batizado no Amparo em 1851, sendo padrinhos Manuel José de Campos Bueno e Maria Teresa de Vasconcelos Machado (BA-5:64v).
2.2.4 – Calixto de Campos Aranha, nascido em Pinhal em 1839 e lá falecido em 29/1893 (encontramos o assento de batismo de um “Calistro”, filho desse casal, no Amparo, datado de 12/11/1843 –BA-4:38), casado com sua parente Ana Benedita Aranha, filha de Francisco Bueno Barbosa Aranha. Em 22/1/1874 Calixto e Ana, então moradores de Mogi-Mirim, venderam a Rafael Luís Pereira de Abreu, como procurador de Rafael Luís Pereira da Silva, morador em Campinas, terras no sítio que foi de Maria Benedita Aranha, no bairro da Posse, havidas por herança desta (1ºof.30:5v e 23v).
2.3 – Carolina Leopoldina Aranha, casada em 1838 com o capitão Antônio de Sousa Melo (viúvo de Justiniana Maria), filho de Joaquim Cardoso de Melo e de Eufrásia de Sousa (EFA,84), pais de:
2.3.1 – Maria Luísa, casada com Florêncio Franco da Rocha, filho de José Joaquim Franco da Rocha e Maria Rosa da Silveira.
2.3.2 – Cherubina de Sousa Aranha, casada em 1858 com Paulino Xavier da Silveira, filho de João Xavier de Oliveira e Maria Jacinta da Silveira. Com geração em XAVIER DO PRADO.
2.3.3 – Brasília de Sousa Melo, casada com o capitão Joaquim Paulino Barbosa Aranha, pais de :-
2.3.3.1 – Brandina Aranha, casada com o Dr. Luís Leite Júnior (Lulú Leite), filho do coronel Luís de Sousa Leite e de Deolinda Leite de Sousa Arantes.
2.3.3.2 – Luísa Barbosa Aranha, casada com o Tenente-Coronel José Francisco Aranha, moradores em Campinas. Luísa recebeu em 1890 de seus pais vários imóveis em avanço de legítima (1ºof.96:88).
2.3.3.3 – …….. Barbosa Aranha.
2.3.4 – Major Antônio de Sousa Melo, casado com Justina Maria de Sousa; pais de
2.3.4.1 – Francisco de Sousa Melo, casado em 1864 com Deolinda de Assis Arantes; esta se casou depois de viúva com Luís de Sousa Leite, futuro Barão do Socorro e Senador estadual.
2.3.5 – Constança, casada com o Comendador Manoel José Gomes, de Portugal, pais de
2.3.5.1 – Amadeu Gomes de Sousa, estudante de direito em 1901, mais tarde casado com Bertulina de (Campos?).
2.3.5.2 – Elias Gomes de Sousa, idem.
2.3.6 – Beraldo, batizado em 1849.
2.4 – Gertrudes, falecida em 1835 com 2 anos de idade (OA-2:40)
2.5 – Antônio Machado do Prado (SL,1:377)
2.6 – Francisco (Sl, 1:377)
2.7 – José Machado do Prado, fazendeiro na Ressaca (Sl, 1:377). Pode ser o mesmo Tenente José Machado de Campos Aranha, casado com Iria Barbosa da Aleluia, que foram padrinhos de batizado no Amparo em 1841 (BA-4:7);
2.8 – Jesuíno Barbosa Aranha, que, com sua mãe Maria Benedita, foram padrinhos de Antônia, filha de José do Prado e de Maria Barbosa, batizada no Amparo em 1843 (BA-4:27v)
3 – Maria Josefa, batizada em 1799 em Atibaia; (desconfiamos que seja Maria Teresa Machado de Vasconcelos, casada em 1833 com Manuel José de Campos)
4 – Miguel Arcanjo Barbosa Aranha, casado a primeira vez, em 1830, em Atibaia com Ana Francisca de Campos, filha do capitão Francisco Rodrigues Bueno e Maria Cardoso de Campos (esta era filha do último capitão-mor de Atibaia Lucas de Siqueira Franco – SL, 2:55/57); a segunda vez em Amparo em 1858 com Maria Rita de Moraes, viúva de Salvador Antônio de Siqueira. Já era falecido em 1865, quando Maria Rita vendeu a Manuel Domingues de Amarante um sítio em Duas Pontes, que herdara do marido (1ºof.12:176v). Teve geração da primeira mulher:
4.1 – Francisco Bueno Barbosa Aranha, casado; deve ser este o Francisco Barbosa de Campos Aranha, já falecido, mencionado numa escritura em 29/12/1873, como pai da “órfã Ana” (1ºof.30:5v). Também deve ser este que deu procuração em 1855 a vários advogados para defende-lo da imputação “da morte do finado Manuel Antônio Mendes, morador no distrito da cidade de Mogi-Mirim” (1ºof.5:22v). A filha citada é:
4.1.1 – Ana Benedita Aranha, casada com Calixto de Campos Aranha, seu parente, natural de Pinhal, filho de Manuel José de Campos e de Carlota Justiniana de Sousa, moradores em Mogi-Mirim em 1874, que possuíam terras em Duas Pontes, confrontando com Elisa Leopoldina da Silva Aranha (1ºof. 30:23v);
4.2 – Maria Francisca de Campos, casada em 1856 no Amparo com Manoel Francisco de Sales, filho de Francisco de Sales Xavier e Ana Gertrudes de Oliveira; deve ser a Maria batizada em 1838 (BA-3:30); em 1859 venderam a Francisco Bueno do Amaral terras em Mogi-Mirim herdadas de sua sogra e mãe Ana Francisca de Campos (1ºof.6:110); no mesmo ano venderam a Francisco Bueno Barbosa Aranha terras no município de Amparo (1ºof.6:106v); em 1864 venderam a Antônio Bueno Barbosa Aranha terras “no sítio que foi do finado seu sogro (de Manuel Francisco de Sales) e pai Miguel Arcanjo Barbosa Aranha”, no bairro de Duas Pontes, em comum com os demais herdeiros de Miguel Arcanjo (1ºof.11:6);
4.3 – Antônio Barbosa de Campos Aranha, que também se assinava Antônio Bueno Barbosa Aranha (1ºof.18:18), casado em 1854 com sua prima Elisa Leopoldina da Silva, filha de José Francisco Barbosa Aranha e de Gertrudes Hermínia; Antônio foi batizado no Amparo em 1836 e já era falecido em 1874 (BA-2:67v -CA-4:41 – 1ºof.30:5v);
4.4 – Florêncio Bueno Barbosa;
4.5 – Juvêncio Bueno Barbosa, também conhecido como Juventino Bueno Barbosa Aranha, falecido solteiro antes de 8/8/1864 (1ºof.12:17).
Da segunda mulher teve:
4.6 – Umbelino Barbosa Aranha, casado com Antônia Maria de Sousa, filha de Francisco José Teles e Maria Francisca de Sousa (RCM, 55 – CA-6:53); o casal vendeu em 1876 terras no sítio que foi do finado Miguel Arcanjo a Rafael Luís Pereira da Silva (1ºof.35:145); em 1893 vendeu a Damião José Pastana terras “no sítio que foi do finado João Francisco Teixeira, no Bairro dos Coqueiros”, havido por compra a Joaquim Cândido da Rocha e sua mulher (1ºof.117-A:13v). Umbelino e Antônia deixaram geração.
4.7 – Inocêncio (1ºof.12:17). Pode ser o Inocencio Aranha, que foi mencionado em 1892 em uma ata da Intendência Municipal: “informações do Senador Luís de Sousa Leite, ex-presidente da Intendência: tendo a Intendência rescindido o contrato com o Sr. Lami para a remoção do lixo e águas servidas, esses serviços passaram a ser feitos por administração – encarregou Inocêncio Aranha da administração e da contratação do pessoal necessário, com urgência, dada a epidemia de febre amarela, que grassava em localidades vizinhas” (Atas, 8:87).
4.8 – Paulina Barbosa Aranha (1ºof.12:17); casada no Amparo em 1877 com João Pinheiro de Camargo, de Tatuí, filho de José Pinheiro de Camargo e de Gertrudes Maria das Dores (CA-7:29)
5 – Antônio, batizado em 1802 em Atibaia (provavelmente é Antônio Barbosa Aranha, casado com Maria Francisca da Aleluia, moradores de Campinas, os quais foram padrinhos no batizado de Cândido, filho do Tenente Calixto José de Campos e de Maria Benedita Aranha, em 1829, no Amparo – BA-1:16)
6 – José Francisco Barbosa Aranha, casado em 1827, em Mogi Mirim, com Gertrudes Hermínia, viúva do Capitão Luís Rodrigues da Cunha. Foram donos de um sítio “na beira do Camanducaia”. Ambos eram vivos em 1838, quando foram padrinhos de batizado de uma filha de Miguel Arcanjo Barbosa; em 5/4/1841 Gertrudes Hermínia já era falecida, porque José Francisco Barbosa Aranha “e sua mulher Esméria Tomásia” foram padrinhos de Joaquim, filho de José Dias de Freitas, batizado nessa data. José Francisco e Gertrudes Hermínia tiveram geração:
6.1 – Maria Severina, casada no Amparo em 1854 com Joaquim Alvares de Siqueira, viúvo de Dionísia Cardoso; (CA-4:34) Maria Severina Aranha vendeu em 11/5/1868 a Joaquim Policarpo Aranha terras do sítio Camanduaia – escritura lavrada “no sítio Camanducaia em casas de morada de Joaquim Policarpo Aranha” (1ºof. 18:174)
6.2 – Brandina Henriqueta, casada em 1854 no Amparo com Manoel Ferraz de Camargo Penteado, natural de Campinas, filho de Francisco Ferraz de Camargo e Benta da Rocha Camargo;
6.3 – Elisa Leopoldina Aranha, casada em 1854 no Amparo com seu primo Antônio Barbosa de Campos Aranha supra;
6.4 – Maria Angélica da Silva Aranha, casada em 1856 no Amparo com José Joaquim Franco, filho de Joaquim José Teles e Gertrudes Maria Franco. Foram pais de:
6.4.1 – Gertrudes Maria Barbosa, amparense, filha de José Joaquim Franco e de Maria Angélica da Silva Aranha, casou no Amparo em 1873 com João Batista da Silva, de Mogi Mirim, filho de Antônio Benedito Barbosa, falecido, e de Maria da Luz Leite. (CA-6:56)
6.5 – Júlia, mencionada em 1854 (12°of.4:37)
7 – Joaquim, batizado em 1805 em Atibaia
8 – Ana, batizada em 1806 em Atibaia.
TRONCO II
II – Luís Pinto de Sousa Aranha, filho de Joaquim Barbosa do Rego e de Ana Teodora de Camargo, neto paterno de João Barbosa do Rego e de Isabel de Lara Leite, casou em 1837 na vila de São Carlos, hoje Campinas, com sua prima Ana Caetana Guedes, filha de Joaquim Guedes Barreto (este filho de Bernardo Guedes Barreto e sua mulher Maria Antônia de Godoy e sobrinho de João Barbosa do Rego) e sua segunda mulher Ana Custódia de Matos (esta filha do alferes Antônio José de Matos e de Ana Custódia do Sacramento). Luís Pinto foi fazendeiro no Amparo, dono do sítio São Luís, no Bairro dos Fechos, e vereador na câmara municipal de Amparo, além de Juiz de Paz em 1869 (Silva Leme, 3:22/26 – EFA, 14). Ana Caetana Guedes, depois de viúva, casou em 1879 no Amparo com Pedro de Sousa Aranha, viúvo de Maria da Conceição (CA-7:61v). Pedro de Sousa Aranha permutou com Damião José Pastana e sua mulher Maria Bibiana a terça parte de duas casas no Largo da Matriz, que pertenceram ao finado Luís Pinto de Sousa Aranha, por terras “no sítio que foi do finado Luís Pinto de Sousa Aranha” (1ºof. 76:74). (Este não pode ser o Pedro Manuel de Sousa Aranha, casado com Maria do Carmo, porque Pedro Manuel já era falecido em 1867 – CA-5:107v/108 – mas pode ser o seu filho de igual nome). Luís Pinto e Ana Caetana foram pais de q.d.:
1 – Brasília de Sousa Aranha, natural de Campinas, filha de Luís Pinto de Sousa Aranha e Ana Caetana Guedes, casou no Amparo em 1869 com seu primo Pedro Damião Pastana, natural de Capivari, filho de Joaquim Damião Pastana, já falecido, e de Ana Joaquina de Camargo Pastana (CA-6:5)
2 – Maria de Sousa Aranha, natural de Campinas, filha de Luís Pinto e de Ana Caetana, casou no Amparo em 1858 com Damião Pastana, natural de Campinas, filho Joaquim Damião Pastana e de Ana Perpétua Aranha (CA-3:79v).
TRONCO III
III – Pedro Manuel de Sousa Aranha, já falecido em 1867, e Maria do Carmo de Sousa Aranha, casal que morou em Capivari, teve:
1 – João de Sousa Aranha, natural de Capivari, filho de Pedro Manuel de Sousa Aranha, já falecido, e de Maria do Carmo, casou no Amparo em 1867 com Maria Angélica de Siqueira, natural de Campinas, filha do Capitão José Pedro de Moraes, já falecido, e de Francisca de Paula Camargo. (CA-5:107v/108) João de Sousa Aranha e sua mulher Maria Angélica de Siqueira venderam em 1887 terras na Boa Vereda a Pedro José dos Santos (1ºof.75:36v) Em 16/12/1893 João de Sousa Aranha e sua mulher Maria Angélica de Siqueira, Pedro Manuel de Sousa Aranha, Inocêncio de Sousa Aranha e sua mulher Maria ……. do Espírito Santo, moradores em Amparo, e José de Sousa Aranha e sua mulher Maria (Mécia?) de Sales, moradores em Campinas, lavraram escritura de ratificação de venda feita por sua mãe Maria do Carmo de Sousa Aranha, a qual tendo “vendido por interposta pessoa e sem o assentimento dos outorgantes, um sítio no Bairro da Boa Vista, neste município, por escrituras de 18/10 e 29/11/1890 à sua filha, irmã dos outorgantes, Maria Luísa de Sousa, também conhecida por Maria Luísa de Campos, ratificavam o ato e desistiam de promover a nulidade” (1ºof. 117-A:62v)
2 – Pedro Manuel de Sousa Aranha; morador em Amparo; pode ser este o que, depois de enviuvar de Maria da Conceição, casou com Ana Caetana Guedes, viúva de Luís Pinto de Sousa Aranha. Se assim for, Pedro e Maria da Conceição tiveram:
2.1 – Adelaide Adelina Aranha, filha de Pedro de Sousa Aranha e de Maria da Conceição, casou no Amparo em 1879 com Ireno Corrêa da Silva, filho de Maria de Tal, sendo testemunhas Pedro José Pastana e Joaquim Lucas de Siqueira (CA-7:80/80v).
De Ana Caetana Guedes, Pedro teria tido:
2.2 – João Pedro Aranha, falecido solteiro (1ºof. 47:75).
3 – Inocêncio de Sousa Aranha e sua mulher Maria do Espírito Santo, moradores em Amparo;
4 – José de Sousa Aranha e sua mulher Maria (ou Mécia?) de Sales, moradores em Campinas;
5 – Maria Luísa de Sousa, também conhecida por Maria Luísa de Campos.