ALVES CARDOSO
TRONCO
I – A origem da família Álves Cardoso (ou Álvares Cardoso, como muitos dos seus membros preferiram) está no casal Antônio Álvares Cardoso, filho de Manuel Álvares Rodrigues, natural de S. Nicolau, Porto, Portugal, e de Ana da Ribeira Bueno, falecida em 1738, filha de Ana da Ribeira da Luz e do capitão Francisco Cubas de Mendonça (Silva Leme, 1:462).
Entre outros filhos, Ana da Ribeira Bueno e Antônio Álvares Cardoso tiveram Inácio Álvares Cardoso, que se casou em Atibaia em 1750 com Maria de Godoy Moreira, filha de Baltasar de Godoy Moreira e Rosa da Rocha.
Inácio Álvares Cardoso e Maria de Godoy Moreira, por sua vez, tiveram entre outros filhos Joaquim Alves Cardoso, que se casou em Atibaia em 1788 com Ana Francisca Bueno, filha de Joaquim Bueno de Azevedo e Méssia Ferreira de Camargo. Joaquim e Méssia tiveram entre outros o filho homônimo do varão, Joaquim Alves Cardoso.
Joaquim Alves Cardoso, o segundo do nome, casou duas vezes, a primeira com Manuela Miquelina Dultra, e a segunda vez em 1819 com Joaquina Maria de Oliveira, filha do alferes Joaquim Franco de Camargo e de sua primeira mulher Maria Rosa de Oliveira.Joaquim Alves Cardoso e Joaquina Maria de Oliveira, também conhecida por Joaquina Franco de Oliveira, tiveram, entre outros, Manuel Alves Cardoso, opulento fazendeiro de café no município de Amparo, que se casou com sua sobrinha Maria Alves (também conhecida por Maria Lourença da Silveira – 1ºof.18:74v), filha de sua irmã Ana Miquelina Dultra e de Lourenço Antônio. Manuel Alves Cardoso construiu a primeira ponte sobre o rio Jaguari e um trecho da estrada que ligou Amparo a Itatiba. Foi dono do sobrado localizado na esquina da atual Rua 15 de Novembro com o Largo do Rosário (1º of., 31:80v). Manuel Alves Cardoso comprou de José Lourenço Gomes e sua mulher Ana da Silveira Franco, em 13/6/1861, “uma parte de terras no Bairro da Ponte, no lugar chamado Varja (sic), cujas terras houveram por arrematação em praça em Bragança dos bens que foram do falecido Manuel de Bastos Coelho. (1ºof. 7:115). Manuel Alves Cardoso e sua mulher tiveram oito filhos, que se constituíram no famoso “tropel dos Alves”, grupo alegre e desordeiro, integrados por dezenas de agregados, empregados e escravos, que percorria as fazendas e vilarejos da região, promovendo festas e tumultos, animando, de um modo ou de outro, a paupérrima vida social do vale do Jaguari na época Foram eles:
1 – Comendador Lourenço Alves Cardoso, casou com Ana Francisca, viúva de seu tio Antônio Alves Cardoso;
2 – Lídia Alves, viúva de Antônio dos Santos Bandeira, com geração;
3 – Joaquim Alves Cardoso, casado no Amparo em 1879 com Ana Marques Alves Cardoso (antes Ana Pereira Marques), filha de Antônio Pereira Marques e de Benedita Januária do Espírito Santo; fazendeiro, foi um dos sócios fundadores do Club 8 de Setembro em 1885. Joaquim e Ana foram pais de:
3.1 – Dr. Osório Alves Cardoso, engenheiro civil, membro do corpo técnico da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, casado com Fausta Galheto Alves Cardoso, falecida em 1981, pais de:
3.1.1 – Flávia Alves Cardoso;
3.1.2 – Cyro Alves Cardoso;
3.1.3 – Haidée Alves Cardoso.
3.2 – Lucília Alves Cardoso, casada com o Dr. Álvaro da Silva, pais de:
3.2.1 – Aluízio;
3.2.2 – Carlos
3.3 – Aníbal Alves Cardoso, solteiro, falecido em 1967.
3.4 – Sebastião Alves Cardoso Sobrinho, falecido ainda menor em 1909;
4 – Maria Alves, que se casou com João Aleixo de Godoy (meu bisavô, que se chamou a princípio João Antônio de Godoy), filho de Aleixo José Pires de Godoy e de Gertrudes Maria de Camargo Leme, de quem teve oito filhos. João Aleixo comprou em 1891 terras no sítio do Córrego Fundo de José de Lima Neves e sua mulher Cândida Maria de Jesus, confrontando com João Lopes de Faria e herdeiros do Capitão Paulino Bueno de Aguiar. (Veja ALVES DE GODOY)
5 – Elisa, ou Eliséria Augusta de Camargo, casada em 17/6/1876 no Amparo com Antônio Augusto de Castro, filho do Capitão José Manuel de Castro e de Amélia Rodrigues de Castro, sendo testemunhas do ato o Dr. Bernardino de Campos Júnior e Olegário Moreira Lima (CA-7:20); com geração deste matrimônio. Casou em segundas núpcias com João José Nogueira, também com geração;
6 – Ana Miquelina Alves, casada em primeiras núpcias no Amparo em 27/12/1877 com seu primo-irmão Joaquim Alves Franco, filho do finado Albino Alves Cardoso e de Carolina Amélia de Camargo (CA-7:43v/44); a segunda vez casou com o português José Alves Barreto, Visconde de Nova Granada, sem geração;
7 – Tenente-Coronel Antônio Alves Cardoso, fazendeiro em Amparo, casado com Júlia Emília Joly, filha de Afonso Joly, com geração:
7.1 – Maria Augusta Alves Cardoso, casada com Sebastião da Silveira, pais de:
7.1.1 – Claro
7.1.2 – Vera
7.1.3 – Zalina;
7.2 – Manuel Alves Cardoso;
7.3 – Ida Alves Joly.
8 – Sebastião Alves, solteiro, o célebre “Bastião da Banda”, que formou uma banda musical equestre, e que foi um dos principais integrantes do famoso “Tropel dos Alves”.
9 – José, a quem foi legado o sobrado da esquina do Largo do Rosário. (1º of., 31:80v)