Arthur Alves de Godoy – 1899-1900
Arthur Alves de Godoy nasceu em Itatiba, no bairro do Carretão, onde seus pais João Aleixo de Godoy e Maria Alves tinham um sítio (1). Casou-se com Maria Gomes Pinto de Godoy, filha de Francisco Gomes Pinto, comerciante português de Campinas, e de Maria Ferreira de Queiroz, ambos falecidos na grande epidemia de febre amarela que assolou aquela cidade (2).
Seu pai, João Aleixo de Godoy, que foi partidário do Partido Conservador, era bragantino, filho de Aleixo José Pires de Godoy e de Gertrudes Maria de Camargo Leme, neto paterno de Pedro Vaz Pires e Ana Joaquina de Godoy, neto materno de Inácio de Godoy Moreira e de Francisca Gonçalves da Cunha. Foi casado no Amparo em 25 de junho de 1870 com Maria Alves, filha de Manuel Álvares Cardoso e de Maria Alves (a Marica Alves).
Arthur Godoy veio morar em Amparo ainda criança, por volta de 1875, acompanhando seus pais, que adquiriram terras no Bairro dos Rosas, onde estabeleceram a Fazenda Pedra Branca. Fez seus primeiros estudos no Colégio Azevedo Soares, em São Paulo, onde sofreu um grande trauma de saúde, tendo ficado cego durante oito dias. Recuperado, prestou exames preparatórios em 1890 e a seguir ingressou na Faculdade de Direito. Não concluiu os estudos de Direito, retornando a Amparo, onde se dedicou à lavoura de café. (3)(4)
Adquiriu então terras no Bairro das Onças, voltadas para a face sul, que, na concepção da época, eram impróprias para a cultura do café. Conseguiu, entretanto, superar esse óbice, tornando-se, por sua vez, grande produtor da rubiácea e ganhando a reputação de agricultor progressista e de excelente técnico em assuntos da terra.
Por seu casamento com Maria Gomes Pinto tornou-se também grande acionista da Companhia Mac Hardy, de Campinas, da qual só se desligou na década de 1930, chegando a presidí-la por muitos anos.
Arthur Godoy ingressou na política nos últimos anos do século XIX, acompanhando o antigo líder conservador Coronel Luís Leite. Desde logo, passou a colaborar na administração pública, servindo como suplente de delegado de polícia, cargo do qual se exonerou em 1898 ao se eleger vereador para o triênio 1899/1902. (5)(6)
Em janeiro de 1899 foi eleito intendente municipal, cargo equivalente aos atuais prefeitos, e que teria o duro encargo de tornar efetivos os trabalhos de implantação das redes de água e esgotos, além das demais tarefas de administração (7). O Estado de São Paulo vivia, nessa época, um verdadeiro pânico por causa das sucessivas epidemias de febre amarela, varíola e peste bubônica, que haviam devastado especialmente Campinas e Santos, mas atingido também outras cidades. Um boato de peste bubônica em Amparo teve que ser energicamente desmentido pelo intendente Arthur Godoy.(8)
Em 8/1/1900 foram reeleitos: Presidente da Câmara, Dr. José Leite de Arruda – Vice-Presidente, Dr. Coriolano Barreto de Burgos – Intendente: Artur Alves de Godoy.(9)(11)
Foi nessa época que descobriu estar acometido de tuberculose, contraída possivelmente nos tempos de colégio interno. Conseguiu superar a moléstia por volta de 1905, graças a um tratamento empírico, brutal, mas eficiente, que lhe resultou em graves cicatrizes de queimaduras nas costas. Além desse tratamento, ministrado por um médico da Capital, Arthur Godoy passou várias temporadas em lugares saudáveis, como Poços de Caldas e Lambari.
E foi numa dessas viagens que, tendo sido avisado pelo hoteleiro de que um cheque seu fora dado como “sem fundos”, voltou imediatamente para Amparo e sacou todo seu saldo, mais de 40 contos, apesar das explicações do Banco de que se tratara de um engano. Fez mais, transferiu imediatamente, “por um jogo de contas”, os saldos da Câmara Municipal desse banco para outro. Poucas horas depois, esse banco (presumo que seja o Banco Mercantil de Santos) fechou as portas para nunca mais reabrí-las, declarando-se falido. (15)
A esse tempo a Câmara, por informação do intendente Arthur Godoy, concordou em indenizar o terreno da Igreja velha de Monte Alegre, que fora demolida, incorporando a área ao largo fronteiriço, mediante o preço de 500$000(10).
Pouco depois o intendente comunicava que Francisco José de Oliveira doara um outro terreno à Câmara, “situado em frente ao beco denominado “Lourenço de Godoy”. (12)
O intendente, entretanto, enfrentava cerrada oposição do vice-presidente da Câmara, Dr. Coriolano Burgos, que impugnava toda e qualquer despesa que não se referisse à construção das redes de água e de esgotos, impedindo que a administração cuidasse de outros assuntos. Daí surgiram sucessivos atritos entre Arthur Godoy e Dr. Burgos. A situação chegou ao ponto de que, atendendo moradores de Monte Alegre, Arthur Godoy lhes explicasse que nada podia fazer por aquele distrito em razão da oposição que lhe era movida (13).
O “leitismo”, que dominara a política amparense até então, entrou subitamente numa crise dupla: de um lado, aparecera uma fortíssima oposição, liderada pelos coronéis Pedro Pedro Penteado, João Belarmino e Pedro Pastana; de outro, a própria Câmara, liderada por um genro do Senador Luís Leite, entrou em choque com este em razão da desapropriação de nascentes de água na Fazenda Palmeiras. O Senador havia aberto mão liberalmente das fontes da Biquinha, mas não concordou com a desapropriação.
Arthur Godoy, que permanecia leal ao Senador, foi derrotado na eleição da mesa em 1901, perdendo o cargo de intendente para Balduíno Camires de Arruda Amaral (14). Entretanto, o relatório que apresentou de sua administração foi elogiado até mesmo pelo seu maior adversário, o Dr. Coriolano Burgos (15).
Apesar disso, reelegeu-se vereador em no final de 1901, para o triênio 1902/1905(16). Mas perdera o entusiasmo; passou a faltar a sucessivas sessões, mesmo porque estava lutando contra a moléstia que o atingira. Havia outro motivo: a luta pela imprensa se tornara quase obscena, com ataques violentíssimos de lado a lado; jornalistas assalariados por ambas as facções usavam de expressões virulentas, não poupando nem mesmo o juiz de direito da comarca. Para quem fora posto de lado, não havia razão para se envolver nessa briga de foice. Arthur ficou de fora.
No final da legislatura aparentemente o Dr. José Leite de Arruda reconciliou-se com o Senador Luís Leite e Arthur Godoy foi chamado a participar de uma tentativa de retomada do comando político do município, junto com o Dr. Virgílio de Araújo, mas o golpe falhou e todos renunciaram aos seus mandatos em março de 1904.
Em conseqüência da cisão no Partido Republicano, os leitistas constituíram um diretório à parte, composto de Francisco Inácio do Amaral, Artur Alves de Godoy, Dr. Virgílio de Araújo, José de Paiva Vidual, Francisco Emílio de Campos e Joaquim de Oliveira Campos(17). Esse diretório foi reconhecido em 6/10/1907 pela Comissão Diretora do Partido Republicano, em São Paulo, o que foi acolhido com grande festa em Amparo. Às 7 horas da noite, mil pessoas no Largo da Estação subiram a Rua 13 de Maio em passeata com a Banda União Familiar à frente. No trajeto o povo saudou os srs. Arthur Alves de Godoy, José de Paiva Vidual e Capitão Francisco Inácio do Amaral, dirigindo-se à redação da “Comarca de Amparo”, onde o Dr. Virgílio de Araújo foi aclamada pela multidão e saudado por José Teodoro de Alvarenga. Dr. Virgílio agradeceu e a seguir foi oferecido ao povo um “copo de cerveja” na residência do Coronel Luís Leite, terminando a manifestação às 9 e meia da noite(18).
O leitismo fora derrotado, mas não estava morto. Tinha forças para fazer oposição e incomodar muito os novos chefes da política local. Além de tudo, contava com um senador estadual, o que não era pouco.
Um fato novo, porém, forçou uma mudança radical na situação. Todas as grandes lideranças do Estado haviam se entendido e confederado em torno da candidatura de Ruy Barbosa à presidência da República. Não havia mais lugar para as divergências locais; o Estado todo tinha que marchar unido para as eleições presidenciais. Pedristas e leitista perceberam a mudança e a aceitaram; iria haver um “congraçamento” das correntes políticas de Amparo.
A posição moderada de Arthur lhe valeu a tarefa de ser um dos mediadores entre as facções. Um acontecimento inesperado poderia ter arruinado todos os entendimentos: o Senador Luís Leite faleceu em princípios de janeiro de 1909. Os entendimentos, entretanto, prosseguiram e foram coroados de sucesso, apesar da cerrada oposição do Dr. Coriolano Burgos. A política amparense foi pacificada e Ruy Barbosa ganhou em Amparo por uma votação esmagadora.
Meses depois o governador Albuquerque Lins visitou Amparo e foi homenageado com um banquete no Club 8 de Setembro. Arthur Godoy, naturalmente, estava lá, pois, de novo, pertencia à corrente dominante (19).
Em janeiro de 1910 volta a prestar serviços como suplente de delegado de Polícia, cargo onde iniciara anos antes sua carreira política(20). Em maio foi eleito membro do novo diretório do Partido Republicano, obtendo 499 votos(21).
O entendimento amigável foi tão bem sucedido que em
20/12/1910 Artur Godoy substituiu João Belarmino Ferreira de Camargo em Congresso de Lavradores.(22)
A partir daí a política nacional começou a se complicar. O Marechal Hermes da Fonseca, eleito presidente da República, passou a perseguir os Estados que não o haviam apoiado nas eleições. Bombardeou Salvador e decretou a intervenção na Bahia. Houve reação no país inteiro. Amparo, núcleo civilista, não se omitiu; uma Liga Anti-Intervencionista, presidida por Rafael Prestes, foi fundada, tendo como membros Artur Alves de Godoy, Flamínio de Campos Leme, Dr. Amadeu Gomes de Sousa, Pedro Penteado, Maximino de Sousa, Felício Granato, Félix Viana e outros. (23)
Em 8/4/1912 o “Correio Paulistano” comentava: “Até agora o eleitorado do município está disposto a votar… nos nomes… de João Belarmino Ferreira de Camargo, Arthur Alves de Godoy, coronel Flamínio de Campos Leme e Félix Viana, tendo também grande cotação os nomes do Dr. Rafael Prestes e Maximino de Sousa Moraes”, para o Diretório Político de Amparo.(24)
Em abril de 1912 Arthur Alves de Godoy e outros membros do diretório visitaram Ruy Barbosa, no Hotel do Globo, em Caldas-MG, onde este se achava hospedado(25).
Nesse mesmo mês foram eleitos para o Diretório Político João Belarmino, Arthur Alves de Godoy, Augusto da Costa Guimarães, Félix Viana e Flamínio de Campos Leme (26).
Arthur e Flamínio representavam os remanescentes do “leitismo”, enquanto os demais representavam a corrente “pedrista”.
Em março de 1913 o Dr. Raimundo Smith, delegado, entrou em licença; assumiu a Delegacia o 1º suplente Arthur Alves de Godoy(27). É provável que tenha sido nessa ocasião que ele esclareceu o misterioso desaparecimento de um trabalhador, que fora enterrado pelo patrão num canteiro de alface; Arthur, fazendeiro veterano, percebera que o alface fora transplantado fora de época e localizou o corpo da vítima.
Pouco tempo depois, em 6/6/1913, o “Correio Paulistano” noticiava que a Empresa de Luz e Força de Jundiaí adquirira por elevadíssima soma a “Cachoeira das Onças”, do “major” Arthur Alves de Godoy. Um dos donos dessa empresa era Eloy Chaves (primitivo dono do Palácio dos Campos Elíseos); o outro era Rodrigues Alves Filho, deputado federal. Essa cachoeira do Bairro dos Pedrosos até hoje não foi aproveitada para gerar energia…(28) (31)
Enquanto isso, no Diretório Político, a vida passara a ser tranqüila, com manifestações de solidariedade(29) e a organização de chapas de vereadores e juízes de paz. Acabara a era de discórdia.(30)
Em 1915 Arthur Godoy deixou a suplência de delegado, sendo substituído por Victor Prado, filho do velho republicano Assis Prado(32). E também deixou por uns tempos a política; em 1919, não consta seu nome no Comitê pró Ruy Barbosa em Amparo, que tinha Pedro Penteado e Coriolano Burgos à frente(33). Os assuntos agrícolas agora tomavam toda a sua atenção. Sua fazenda, dotada de pomares, estábulos, terreiros, energia elétrica, máquina de beneficiar café, e até de uma mini-ferrovia para transporte da produção entre a tulha e a máquina, e de um complexo sistema de lavagem da rubiácea, era um modelo para as demais propriedades.
Nos anos seguintes ele se dedicou ao estudo da construção de estradas(34) e do combate à broca do café, na qual usou a “vespa de Uganda”, para o controle biológico da praga(35)(36). Em 1928 ainda servia como jurado(37), mas era também presidente da Comissão da Agricultura de Amparo(38).
Como dezenas de outros cidadãos, Arthur Godoy foi convocado a participar das comissões de festa para a comemoração do Centenário do Amparo em 1929(39). Foi realmente uma grande festa, a última da República Velha…
Dias depois, Washington Luís recusava o apoio do Governo Federal aos Estados cafeeiros e deflagrava “a crise do café”, que iria destruir a estrutura econômica e política da Nação.
Rapidamente o pânico se apoderou do país. Milhares de empresas quebraram; centenas de milhares de lavradores perderam suas terras; milhões ficaram desempregados. O governo cruzou os braços e afirmou que nada poderia fazer.
Até mesmo um lavrador abastado, como Arthur Godoy, chegou a reclamar de uma despesa menor, como as tarifas telefônicas, alegando que já não se viviam “tempos de vacas gordas”. (Amparo Jornal, 3/9/1930). (40)
Meses mais tarde, uma revolução apeou do poder o Partido Republicano. Era o preço da incompetência.
Revoluções, entretanto, nem sempre resolvem crises. O governo revolucionário tomou medidas estapafúrdias para salvar os bancos. Em 22/2/1931 um “Lavrador” (Arthur Godoy) protestava contra a interpretação dada pelo Tribunal de Justiça ao Decreto n. 19.473, pela qual o café, depositado pelo produtor nas casas comissárias de Santos, poderia ser caucionado pelos comissários junto aos bancos para levantar dinheiro; no caso de quebra, o lavrador, sem nada dever, perderia tudo… (Amparo Jornal). (41)
Arthur Godoy tinha razões para continuar lutando. Não só era lavrador, mas também era delegado do Instituto do Café em Amparo(43). Seus estudos sobre a broca do café ganhavam a atenção dos jornais. Em 6/8/1931 um comunicado de Arthur Alves de Godoy, funcionário do Instituto do Café em missão em Amparo, sobre a broca do café, era enviado à Sociedade Rural Brasileira(42). E, em 16/8/1931, o “Jornal do Comércio”, de Espírito Santo do Pinhal, publicava a matéria “A Broca do Café”, do agricultor amparense Arthur Alves de Godoy, membro do Instituto do Café(44). Artur Godoy era também presidente da Comissão Municipal da Lavoura (45ª)
Continuava, porém, a ser requisitado a prestar serviços em área completamente diversa; em 15/2/1933 Arthur Alves de Godoy assumiu o cargo de Delegado de Polícia de Amparo(45). Seus trabalhos anteriores o capacitavam a isso;
ninguém esquecera o caso do trabalhador desaparecido no canteiro de alfaces… E até mesmo o Tiro de Guerra 104 teve sua colaboração. (40ª)
Entre diligências policiais, correspondência com autoridades e políticos (46), e artigos sobre a broca, Arthur Godoy manteve-se ativo numa época de profundo desânimo e desesperança. A 22/9/1933, os jornais publicavam que o fazendeiro amparense Arthur Alves de Godoy explicara em reunião da Sociedade Rural Brasileira os efeitos da ação da “vespa de Uganda” sobre a broca do café, como controle biológico dessa praga(47). Em 8/10/1933 Arthur Alves de Godoy e Dr. Francisco Vasco de Toledo, Delegados Eleitorais do Instituto do Café, representando os cafeicultores de Amparo, assinavam protesto contra a violação da autonomia do Instituto do Café(48). Em 23/10/1933 a Prefeitura de Amparo enviou à “Semana da Broca do Café”, promovida pela Sociedade Rural Brasileira, uma delegação composta do Dr. Virgílio de Araújo, Dr. Plínio Augusto do Amaral, Dr. Constâncio Cintra, Antônio Fajardo Junqueira, Dr. Nestor Aratangy, Diógenes Pupo de Vasconcelos, Arthur Alves de Godoy, Dr. Argeu Cordeiro Leite, e Dr. Francisco Vasco de Toledo. O fazendeiro Arthur Alves de Godoy falaria sobre o tema “A Vespa (de Uganda) e a Broca do Café” (49).
Depois disso, em 1934, envolveu-se numa polêmica pelos jornais com o cientista Rodolpho von Ihering, que afirmara,
em entrevista ao “Diário da Noite”, de que Amparo apresentava uma lavoura decadente, dominada pela broca do café: “As fazendas são tristonhas como seus donos endividados. Nota-se a crise nos menores detalhes”. A entrevista de Von Ihering fora contestada “por outra com muita vantagem, nas mesmas colunas do Diário da Noite, pelo
Snr Arthur Godoy, lavrador neste município, que então se achava na capital” (50)(51)(52)
Nesse mesmo ano, em 15/10/1934 – A Diretoria de Estatística da Produção, do Ministério da Agricultura, nomeia Arthur Alves de Godoy para o cargo de Informante dos serviços de informações agrícolas, para a região de Amparo. A indicação para esse provimento partira do Prefeito de Amparo, que o destacara como “um dos agricultores mais adiantados”. A função era a de fornecer dados que permitissem a previsão das colheitas(53).
Em 1936 Arthur Godoy publicou “A Carestia da Vida”, artigo analisando a situação da economia, especialmente à falta de crédito aos particulares, pois os capitais estavam sendo empregados em títulos públicos e em construções, especialmente na Capital do Estado(54). Em 9/7/1936 Arthur Alves de Godoy subscreveu telegrama de cafeicultores amparenses ao Ministro da Fazenda, Governador do Estado e Presidente do Departamento Nacional do Café, protestando contra a “Quota de Sacrifício” de 30% imposta aos produtores(55).
Em 1944 Arthur Godoy deu uma generosa contribuição para as despesas do Congresso Eucarístico Regional e hospedou D. Idílio, Bispo de Assis, em sua casa, na Rua 13 de Maio(56).
Arthur Alves de Godoy faleceu em Amparo em 10/3/1947. Ao desmanchar seus pertences, encontramos um segredo em seu escritório: cartas de comerciantes de café do Oriente Médio, inclusive uma carta de Teerã, em francês, de alguns meses antes, mencionando negócios anteriores. Durante todos aqueles anos de crise, ele havia contornado a dificuldade de exportação procurando novos mercados(57). Pelo texto das cartas, ele parece ter feito vários negócios naquela região.
NOTAS
(1) João Aleixo de Godoy, filho de Aleixo José Pires de Godoy e de Gertrudes Maria de Camargo Leme, neto paterno de Pedro Vaz Pires e Ana Joaquina de Godoy, neto materno de Inácio de Godoy Moreira e de Francisca Gonçalves da Cunha, foi casado no Amparo em 25 de junho de 1870 com Maria Alves, filha de Manuel Álvares Cardoso e de Maria Alves (a Marica Alves). (Silva Leme, Genealogia Paulistana, 2:95/98 e 8:255 – CA-6:14v – é interessante notar que Pedro Vaz Pires, meu trisavô paterno, era irmão de Maria Pires da Rocha e, portanto, cunhado de Felipe Pires de Ávila, trisavô materno do autor destas linhas).
Esse casal bragantino. João Aleixo e Maria, morou em Itatiba, no sítio do Carretão, mas acossado pela crise da baixa do algodão, provocada pelo final da Guerra da Secessão, mudou-se para Amparo em meados da década de 1870, estabelecendo-se na Fazenda Pedra Branca, no bairro dos Rosas, auxiliado por um amigo, o fazendeiro e político Antônio Rodrigues da Silva. Ligou-se ao Partido Conservador, do qual em 1882 era membro do Diretório. Em 1897 João Aleixo foi nomeado suplente de Juiz de Paz. Morou durante alguns anos no prédio onde hoje está instalada a Casa Pernambucana.
(2) Artur e Maria Gomes Pinto tiveram os filhos:
2.1 – Moacir Alves de Godoy, agricultor, mas com profundos conhecimentos de mecânica e de eletricidade, casado com Hercília Cunha de Godoy, pais de:
2.1.1. – Dr. Artur Alves de Godoy Neto, cirurgiáo dentista e radiologista, exímio rádio-telegrafista que venceu diversos concursos internacionais, falecido, foi casado com D. Lourdes Melo, filha de José Melo Sobrinho.
2.1.2 – Vera de Godoy Pozzebon, casada com Walter Sérgio Pozzebon, bancário aposentado, diretor do Lar dos Velhos de Amparo. Com geração:
2.1.2.1 – Dr. Sérgio, médico, casado
2.1.2.2 – Prof. Paulo Moacir, casado
2.1.2.3 – Ercília, casada.
2.2 – Carlos Alves de Godoy, advogado formado pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, coletor federal durante muitos anos em Amparo, deixou fama de grande orador no Ministério da Fazenda, casado com Luzia Arruda de Godoy, pais de:
2.2.1 – Lúcia de Godoy Buzanelli, residente em Miami, viúva do Dr. Duílio Buzanelli, que foi vereador em Jundiaí, pais de:
2.2.1.1 – Antônio Carlos;
2.2.2 – Maria Alves de Godoy Cintra, viúva do Coronel Roberto de Araújo Cintra, pais de:
2.2.2.1 – Sônia;
2.2.2.2 – Roberto;
2.2.3 – Dr. Luiz Alves de Godoy, médico, também bacharel em Direito, que clinicou em Jundiaí, falecido solteiro.
2.3 – José Alves de Godoy, comerciante estabelecido durante décadas com farmácia em Amparo, casado com Arlete Bueno de Godoy, filha de Cherubim Bueno e Carmelita de Barros Bueno; pais de:
2.3.1 – Prof. Maria Izabel Bueno de Godoy;
2.3.2 – Paulo Celso Bueno de Godoy, casado;
2.4 – Lucila Godoy de Burgos, casada com o médico Dr. Cid Lopes de Burgos, clínico afamado, filho do médico baiano Dr. Coriolano Barreto de Burgos, grande cirurgião (o primeiro a realizar uma operação em rim no Brasil) e de Eliza Lopes de Burgos. O Dr. Cid Burgos foi diretor clínico do Hospital Ana Cintra, sucedendo a seu irmão Dr. Carlos Afonso Lopes de Burgos. Cid Burgos e Lucila foram pais de:
2.4.1 – Dr. Geraldo de Godoy de Burgos, médico, casado com Lismary Veloso de Burgos, paranaense, filha do Dr. Ilian Moraes de Castro Veloso e de Lílian Albuquerque Veloso. Tiveram:
2.4.1.1 – Cid Lopes de Burgos Neto; solteiro; agricultor;
2.4.1.2 – Dr. Carlos Alberto Veloso de Burgos; advogado; solteiro.
2.4.1.3 – Cláudia Veloso de Burgos;
2.4.1.4 – Márcia Veloso de Burgos, mãe de:
2.4.1.4.1 – Guilherme;
2.4.1.4.2 – Leonardo.
2.4.2 – Iolanda Burgos Guirello, casada com Luís Guirello, ambos já falecidos, com geração:
2.4.2.1 – Beatriz;
2.4.2.2 – Dr. Luís Fernando Guirello, médico;
2.5 – Dr. Oswaldo Alves de Godoy, medico, cirurgião, diretor clínico da Beneficiência Portuguesa de São Paulo, casado com Ruth Nobre de Godoy, filha do Dr. Ademar de Góes Nobre, também antigo diretor clínico da Beneficiência Portuguesa de São Paulo; pais de:
2.5.1 – Dr. Oswaldo Alves de Godoy Júnior, juiz de direito, casado com a Dr. Lígia Márcia Oliveira Alves de Godoy;
2.5.2 – Maria Estela Nobre de Godoy
2.5.3 – Pedro Antönio Alves de Godoy, casado com Lígia Cruzeiro Alves de Godoy;
2.5.4 – Rute, casada com Fernando Antônio Ferreira;
2.5.5 – Sílvia, casada com Aliomar de Castro Andrade;
2.5.6 – José Carlos Alves de Godoy, casado com Sílvia Maria de Lorenzi Alves de Godoy.
2.6 – Dr. Nelson Alves de Godoy, nascido em 1910 e falecido em 1972, advogado formado pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, orador consagrado, exerceu o jornalismo na juventude, líder udenista na região, presidente por muitos anos do Club 8 de Setembro, cuja sede foi construída em sua presidência; presidente durante vários anos da Sub-Seção da Ordem dos Advogados da Comarca, hábil fruticultor, casado com Alayr Pimentel de Godoy, radialista, mãe e esposa extremosa, filha de Camilo Pires Pimentel e de Maria da Costa Pimentel, de quem teve os filhos:
2.6.1 – José Eduardo Pimentel de Godoy, bacharel em Direito, auditor fiscal da Receita Federal, casado com Rosely da Mota Pacheco de Godoy, filha do Dr. Benedito Luís da Mota Pacheco e de Anaracy Negrão da Mota Pacheco, pais de:
2.6.1.1 – Maria Luíza Mota Pacheco de Godoy, bióloga, com longa experiência na defesa da fauna marinha.
2.6.1.2 – José Eduardo Pimentel de Godoy Júnior, economista, funcionário da Secretaria do Tesouro Nacional,
2.6.1.3 – Dra. Maria Augusta Mota Pacheco de Godoy, engenheira florestal, portadora de vários diplomas conquistados no Exterior;
2.6.2 – Dr. Nelson Alves de Godoy Júnior, advogado, agricultor, hábil cozinheiro (como toda a família), casado com Marjorie Jacobsen de Godoy, filha de André Jacobsen Júnior e de Alda Martins Jacobsen, pais de:
2.6.2.1 – Patrícia, casada
2.6.2.2 – Dra. Suzana, médica, casada
2.6.2.3 – Nelson Alves de Godoy Neto
2.6.2.4 – Paulo
2.6.3 – Luís Fernando Pimentel de Godoy, agricultor, também exímio cozinheiro, casado com Carmen de Camargo Godoy, pais de:
2.6.3.1 – Carlos Eduardo Camargo de Godoy; biólogo, professor;
2.6.3.2 – Ricardo, professor
2.6.3.3 – Renato, casado; do comércio;
2.6.3.4 – Sérgio, do comércio
2.6.3.5 – Fernanda
2.6.4 – Dr. Carlos Artur Pimentel de Godoy, advogado e professor, casado com Maria da Glória Pastana, filha de Damião Pastana e Juracy Franco de Moraes, pais de:
2.6.4.1 – Mariana Godoy, casada, jornalista
2.6.4.2 – Marta,casada
2.6.4.3 – Miriam, a “Mimi”, casada;
2.6.4.4 – Artur, casado, policial federal.
2.6.5 – Margarida Maria de Godoy Capelossi, casada com Marcos Johansen Capelossi, pais de:
2.6.5.1 – Paula
2.6.5.2 – Fábio, casado, pai de:
2.6.5.2.1 – Mateus;
2.6.5.2.2 – Felipe;
2.6.5.3 – Pedro Paulo;
2.6.6 – Francisco Roberto Pimentel de Godoy, casado com a professora Maria Cristina Felipe de Godoy, filha de Antônio Testa e de Norma Testa, pais de:
2.6.6.1 – Gustavo
2.6.6.2 – André
2.6.6.3 – Guilherme
(3) – 13/7/1890 – Arthur Alves de Godoy presta exame preparatório de Aritmética (CP)
(4) – 29/8/1890 – Arthur Alves de Godoy é aprovado plenamente em Aritmética, na Faculdade de Direito (CP)
(5) – 26/10/1898 – Exonerados a pedido: Arthur Alves de Godoy, de 2º suplente de Delegado de Polícia e Antônio da Silveira Melo, de 3º suplente; haviam sido nomeados em 30/112/1897 – nomeados: Elias Juvenal de Sousa Melo e Francisco Teixeira de Almeida Moura (CP)
(5ª) – 20/9/1898 – Arthur Alves de Godoy eleito 1º secretário do Club 8 de Setembro (OESP)
(6) – 7/1/1899 – Eleitos: Presidente da Câmara, Dr. José Leite de Arruda – Vice-Presidente, Dr. Coriolano Barreto de Burgos – Intendente: Artur Alves de Godoy. (EFA, 17)
(7) – 7/1/1899 – Sessão Ordinária, sob a presidência provisória do Vereador Dr. Coriolano Barreto de Burgos, para realizar a eleição do Presidente e Vice-Presidente da Câmara, que deveriam funcionar até 7/1/1900. O resultado para Presidente da Câmara foi: – Dr. José Leite de Arruda, 7 votos; Dr. Coriolano Barreto de Burgos, 1 voto. Para Vice-Presidente: Dr. Coriolano Barreto de Burgos, 6 votos; Major Alfredo da Silva Pereira Barros, 1 voto; Capitão Damião Pastana Júnior, 1 voto. O novo Presidente da Câmara anunciou que ia proceder à eleição para Intendente Municipal para o ano corrente e o resultado foi: Arthur Alves de Godoy, 5 votos; Capitão Damião Pastana Júnior, 2 votos; Cândido Xavier de Oliveira, 1 voto. (Atas, 11:142v/ 143)
(8) – 5/10/1899 – Arthur Alves de Godoy desmente o boato do aparecimento de casos de peste bubônica em Amparo (CP)
(9) – 8/1/1900 – Reeleitos: Presidente da Câmara, Dr. José Leite de Arruda – Vice-Presidente, Dr. Coriolano Barreto de Burgos – Intendente: Artur Alves de Godoy. (EFA, 17)
(10) – 8/1/1900 – Informação do Intendente Arthur Alves de Godoy, relativo ao pedido da Comissão encarregada das obras da nova Igreja de Monte Alegre, pedindo indenização pelo terreno que era ocupado pela Igreja Velha que demoliram, cujo terreno ficará pertencendo à Municipalidade, dando maior extensão ao Largo, e cuja indenização foi arbitrada pelo Intendente em 500$000. A Câmara aprovou a indenização de 500$000, retirada da verba de desapropriações daquele distrito, por unanimidade. (Atas, 12:43)
(11) – 13/1/1900 – Eleitos:- Presidente da Câmara: Dr. José Leite de Arruda, com 7 votos – Vice-Presidente: Dr. Coriolano Burgos, com 6 votos – Intendente Municipal: Arthur Alves de Godoy, com 5 votos. (CP)
(12) – 5/2/1900 – O Intendente Arthur Godoy apresentou a seguinte comunicação à Câmara: “Comunico que pelo cidadão Francisco José de Oliveira, foi oferecido à Câmara Municipal um terreno em Monte Alegre, situado em frente ao beco denominado “Lourenço de Godoy”, cujo terreno adquiriu de Sebastião José de Carvalho e Castro e sua mulher, conforme escritura que esta acompanha. Esta escritura foi passada diretamente à Câmara, tendo, porém, pago a importância da mesma o cidadão acima referido. 5/2/1900. Arthur Godoy. (Atas, 12:52)
(13) – 3/11/1900 – Representação de David Antônio Gonçalves, Joaquim de Oliveira Campos, José Leite Sobrinho e outros, num total de 161 signatários, “sendo muitos assinados a rogo”, declarando que o povo de Monte Alegre, cansado de sofrer os efeitos do indiferentismo que, por parte do Sr. Intendente, ou antes, desta Ilustrada Corporação, a quem está confiado os destinos daquela localidade, vinha com o devido respeito, pedir em nome dos direitos que tem, a preciosa atenção desta Corporação, em prol dos interesses daquela Freguesia”. “Que, desde o início dos trabalhos desta Ilustrada Edilidade …é com profunda mágoa que tem visto entrarem e terminarem os anos sem que nenhum serviço ou melhoramento ali se tenha feito. Que, como recurso mais problemático, tem constantemente feito os seus pedidos ao Sr. Intendente, porque entendem que dele exclusivamente dependeria a aplicação da verba concedida pelo Orçamento, mas, que, com pesar se tem visto que ele, alegando que, por muito boa vontade que tenha em favor desta localidade, nada pode fazer, porque tem nesta Câmara colegas que fazem oposição sistemática a todos os seus atos e, que por isso aconselhava-nos a dirigirmos-nos em representação à Câmara, etc”. e que é isto que eles vem fazer”. O Intendente era Arthur Godoy, leitista, e efetivamente a Câmara começava a divergir publicamente do “leitismo”, apesar de seu presidente ser o Dr. José Leite de Arruda, genro e sobrinho do Coronel Luís Leite. (Atas,12:109/109v)
(14) – 7/1/1901 – A Câmara Municipal elege sua nova mesa: Presidente, Dr. José Leite de Arruda – Vice-Presidente, Dr. Coriolano Burgos – Intendente Municipal, Balduíno Camires de Arruda Amaral. Balduíno teve 4 votos para intendente, Arthur 2 votos e Alfredo de Barros 2 votos (Atas, 12:123v)
(15) – 15/4/1901 – Parecer n. 126, da Comissão de Fazenda, sobre o relatório apresentado em 7/1/1901 pelo então Intendente Arthur Alves de Godoy: “Nesse bem elaborado trabalho, cercado de quadros demonstrativos, vê-se bem o ardor do Ex-Intendente em bem servir a causa pública, em boa soma de serviços, alguns dos quais ainda não chegados ao seu termo, em virtude das grandes dificuldades por S.S. encontradas, as quais foram muitas vezes superiores aos seus esforços e bons serviços. De todos esses serviços a Comissão destaca como o mais notável – o zelo e a atividade desenvolvidas pelo Ex-Intendente por ocasião do “krak” do Banco Mercantil, evitando maior prejuízo para a Câmara, pelo jogo feito entre o débito e o crédito por conta especial que ali tinha a Câmara. São estas as impressões que a Comissão tem a honra de transmitir à Câmara”. C. Burgos. Damião Pastana Jr. (Atas, 12:145/145v)
(16) – 7/1/1902 – Sessão de posse da Câmara Municipal, que fora quase toda reeleita, só havendo um novo vereador, Fausto Azevedo. Os demais eram: Balduíno Camires de Arruda Amaral, José Leite de Arruda, Alfredo de Barros, Damião Pastana Jr., Antônio da Silveira Melo, Arthur Alves de Godoy e Josué Emigdio Vasco de Toledo. Dr. José Leite de Arruda é reeleito Presidente da Câmara Municipal de Amparo, por 7 votos; Alfredo de Barros teve um voto. Para Vice-Presidente foram votados Josué Emigdio, 7 votos, e Arthur Godoy, 1 voto. Para Intendente Municipal Balduíno Camires teve 7 votos e Damião Pastana Jr. um voto. (Atas, 13:41)
(17) – 26/9/1907 – membros do “Diretório Leitista”: Francisco Inácio do Amaral, Artur Alves de Godoy, Dr. Virgílio de Araújo, José de Paiva Vidual, Francisco Emílio de Campos e Joaquim de Oliveira Campos. (OESP)
(18) – 6/10/1907 – Comissão Diretora do Partido Republicano, em São Paulo, reconheceu o Diretório do Partido Leitista, composto do Cel. Luís Leite, Dr. Virgílio de Araújo, Arthur Alves de Godoy, Capitão Francisco Inácio do Amaral, Major Joaquim de Oliveira Campos, José de Paiva Vidual e Francisco Emílio de Campos. Às 7 horas da noite, mil pessoas no Largo da Estação subiram a Rua 13 de Maio em passeata com a Banda União Familiar à frente. No trajeto o povo saudou os srs. Arthur Alves de Godoy, José de Paiva Vidual e Capitão Francisco Inácio do Amaral, dirigindo-se à redação da “Comarca de Amparo”, onde o Dr. Virgílio de Araújo foi aclamada pela multidão e saudado por José Teodoro de Alvarenga. Dr. Virgílio agradeceu e a seguir foi oferecido ao povo um “copo de cerveja” na residência do Coronel Luís Leite, terminando a manifestação às 9 e meia da noite. (CP)
(19)- 23/4/1909 – Arthur Alves de Godoy participa do segundo banquete ao Presidente do Estado Albuquerque Lins, este em Amparo, no Club 8 de Setembro. (CP)
(20) – 1/1/1910 – Artur Alves de Godoy é nomeado 1º suplente de Delegado de Polícia do Amparo. (OESP – CP)
(21) – 21/5/1910 – novo diretório do Partido Republicano: Arthur Alves de Godoy é um dos membros eleitos, com 499 votos. (CP)
(22) – 20/12/1910 – Artur Godoy substitui João Belarmino Ferreira de Camargo em Congresso de Lavradores. (OESP)
(23) – 25/12/1911 – Félix Viana participa como membro da Liga Anti-Intervencionista, presidida por Rafael Prestes. Artur Alves de Godoy, Flamínio de Campos Leme, Dr. Amadeu Gomes de Sousa, Pedro Penteado, Maximino de Sousa, Felício Granato e outros também são membros. Francisco Mariano Galvão Bueno é o vice-presidente. (CP)
(24) – 8/4/1912 – “Até agora o eleitorado do município está disposto a votar… nos nomes… de João Belarmino Ferreira de Camargo, Arthur Alves de Godoy, coronel Flamínio de Campos Leme e Félix Viana, tendo também grande cotação os nomes do Dr. Rafael Prestes e Maximino de Sousa Moraes” – Diretório Político de Amparo. (CP)
(25) – 16/4/1912 – Arthur Alves de Godoy e outros membros do diretório visitam Ruy Barbosa, no Hotel do Globo, em Caldas-MG, onde este se achava hospedado. (CP)
(26) – 30/4/1912 – Eleitos para o Diretório Político João Belarmino, Arthur Alves de Godoy, Augusto da Costa Guimarães, Félix Viana e Flamínio de Campos Leme (CP)
(27) – 6/3/1913 – Dr. Raimundo Smith, delegado, em licença – assumiu a Delegacia o 1º suplente Arthur Alves de Godoy. (CP)
(28) – 6/6/1913 – a Empresa de Luz e Força de Jundiaí adquiriu por elevadíssima soma a “Cachoeira das Onças”, do major Arthur Alves de Godoy. Um dos donos dessa empresa era Eloy Chaves (primitivo dono do Palácio dos Campos Elíseos); o outro era Rodrigues Alves Filho, deputado federal. (CP)
(29) – 29/7/1913 – O Diretório Político, “apreciando o momento político”, hipoteca solidariedade ao presidente do Estado e à Comissão Diretora do Partido Republicano (CP)
(30) – 14/10/1913 – O Diretório Político, apesar de vencido seu mandato, organiza nova chapa de vereadores e juízes de paz. (CP)
(31) – 16/11/1913 – Joaquim Bueno de Camargo Silveira e sua mulher Ana da Silveira Bueno hipotecam a Francisco Emílio de Campos terras no Bairro das Onças, havidas por compra a Ana Sales Bueno e por herança de seu pai e sogro Antônio Bueno de Camargo Silveira, “confrontando com o ribeirão que desce do Paiol Queimado”, com Júlio Pavan e com Artur Alves de Godoy.
(32)- 10/12/1915 – exonerado a pedido de suplente de Delegado Arthur Alves de Godoy – nomeados: 1º suplente Victor Prado e 2º suplente Aureliano da Silveira Campos. (OESP)
(33) – 4/2/1919 – Comitê pró Ruy Barbosa em Amparo, Pedro Penteado e Coriolano Burgos à frente (não consta Artur Godoy, que liderara os civilistas em 1910). (OESP)
(34) – 25/3/1923 – “O Comércio”, de Amparo, transcreve artigo da revista “A Estrada de Rodagem”, de autoria do fazendeiro amparense Arthur Godoy, sobre a construção de estradas. (O Comércio)
(35) – 14/01/1928 – Liga Agrícula Brasileira – Situação difícil da lavoura de café em Amparo – Falta de braços – um terço da lavoura em
abandono – alta excessiva de salários – Artur Alves de Godoy – carta (DN)
(36) – 16/9/1928 – “A questão dos repasses de café” – Repasse dos cafesais exigido pelos fiscais do expurgo da broca do café – Reunião de lavradores no Paço Municipal – Adalberto de Queiroz Teles – Instituto Biológico do Estado – Situação difícil da lavoura – falta de braços- Dr. Francisco de Assis Vasco de Toledo – Dr. Plínio Augusto do Amaral – Arthur Alves de Godoy – Major Antônio da Silveira Melo – Dr. Américo Ferreira de Camargo – Cirino Alves da Cunha (OESP)
(37) – 5/10/1928 – Tribunal do Júri em Amparo
OESP – Dr. Alfredo de Carvalho Pinto, juiz
– Jurados sorteados:
– Antônio H.M. de Almeida
– Amadeu Fava
– Albertino Roque do Amaral
– Augusto dos Santos
– Arthur Alves de Godoy
(38) – 24/10/1928 – Arthur Alves de Godoy era o Presidente da Comissão da Agricultura de Amparo. (Folha da Manhã)
(39) – 21/8/1929 – Amparo – Centenário da Cidade
CP – As diversas comissões – composição:
– Dr. Virgílio de Araújo
– Carlos Alves de Godoy
– Arthur Mauro de Arruda
– Fausto Azevedo
– José de Queiroz Guimarães
– José Martins Guedes
– Clóvis Ferreira de Camargo
– Fausto Almeida
– Antônio Borges de Almeida
– Constâncio Cintra
– Francisco de Paula
– Joaquim Siqueira de Camargo
– Rodrigo Botelho
– Arthur Alves de Godoy
(40) – 3/9/1930 – Um lavrador amparense, sob pseudônimo de “Munícipe” (Arthur Godoy) reclama das altas tarifas propostas pela Companhia Telefônica à Câmara Municipal de Amparo, alegando que já não se viviam “tempos de vacas gordas”. (Amparo Jornal, 3/9/1930)
(40ª) – 15/1/1931 – Reorganizado o Tiro de Guerra 104 – diretoria: Dr. Carlos Burgos, presidente – Joaquim Siqueira de Camargo, vice-presidente – Clóvis Ferreira de Camargo, secretário – Sebastião Paiva Vidual, tesoureiro – Arthur Alves de Godoy, Dr. Demétrio de Toledo e Dr. Virgílio Franco, membros do Conselho Fiscal (O Comércio)
(41) – 22/2/1931 – Um “Lavrador” (Arthur Godoy) protesta contra a interpretação dada pelo Tribunal de Justiça ao Decreto n. 19.473, pela qual o café, depositado pelo produtor nas casas comissárias de Santos, poderia ser caucionado pelos comissários junto aos bancos para levantar dinheiro; no caso de quebra, o lavrador, sem nada dever, perderia tudo… (Amparo Jornal)
(42) – 6/8/1931 – “As questões da broca, das geadas e da defesa comercial do café tratadas na reunião de ontem da Rural”- Sociedade Rural Brasileira – reunião presidida pelo Dr. Mário de Sousa Queiroz.
Comunicado de Arthur Alves de Godoy, funcionário do Instituto do Café em missão em Amparo, sobre a broca do café. (DN)
42ª) – 20/9/1931 – Arthur Alves de Godoy era presidente da Comissão Municipal da Lavoura (OC)
(43) – 21/10/1931- “Resultado geral das eleições do Instituto do
OESP Café” – Comarca de Amparo:
– Coronel Fausto Azevedo
– Arthur Alves de Godoy
– Francisco de Assis Vasco de Toledo
(44) – 16/8/1931 – O “Jornal do Comércio”, de Espírito Santo do Pinhal, publica matéria “A Broca do Café”, do agricultor amparense Arthur Alves de Godoy, membro do Instituto do Café. (Jornal do Comércio)
(45) – 15/2/1933 – Arthur Alves de Godoy assume o cargo de Delegado de Polícia de Amparo(Folha da Manhã). Fora empossado como 1º suplente em 29/1/1931 (OC).
(46) – 30/3/1933 – A Folha da Manhã publica vasta lista de pessoas que enviaram cumprimentos a Armando Sales de Oliveira por motivo de sua posse no Governo do Estado. Entre elas há muitos amparenses, inclusive João Jorge de Siqueira Franco, Raul Fagundes, Arthur Alves de Godoy, Moacir Godoy, Afonso Celso de Toledo Franco, Mário Pastana, Hamilton Araújo, Ariosto Persicano, Renato Cintra Camargo, Pedro Alves de Siqueira, Benedito da Silveira Pupo, Dr. Raul Godoy, Décio Cintra Pimentel, Ariovaldo Camargo, Dr. Francisco de Assis Vasco de Toledo, Vítor Prado, Dr. Plínio do Amaral, José Martins Guedes, José de Araújo Cintra, Dr. João Augusto de Sousa Campos, Manuel Aleixo Alves, José Nunes de Siqueira, Dr. Jauperi de Moraes Franco e outros. (Folha da Manhã)
(47) – 22/9/1933 – O fazendeiro amparense Arthur Alves de Godoy explica em reunião da Sociedade Rural Brasileira os efeitos da ação da “vespa de Uganda” sobre a broca do café, como controle biológico dessa praga. (Folha da Manhã)
(48) – 8/10/1933 – Arthur Alves de Godoy e Dr. Francisco Vasco de Toledo, Delegados Eleitorais do Instituto do Café, representando os cafeicultores de Amparo, assinam protesto contra a violação da autonomia do Instituto do Café. (Folha da Manhã)
(49) – 23/10/1933 – A Prefeitura de Amparo enviou à “Semana da Broca do Café”, promovida pela Sociedade Rural Brasileira, uma delegação composta do Dr. Virgílio de Araújo, Dr. Plínio Augusto do Amaral, Dr. Constâncio Cintra, Antônio Fajardo Junqueira, Dr. Nestor Aratangy, Diógenes Pupo de Vasconcelos, Arthur Alves de Godoy, Dr. Argeu Cordeiro Leite, e Dr. Francisco Vasco de Toledo. O fazendeiro Arthur Alves de Godoy falaria sobre o tema “A Vespa (de Uganda) e a Broca do Café”. (Folha da Manhã)
(50) – 10/1/1934 – “O Snr. Rodolpho von Ihering e o Amparo”, artigo publicado no “Amparo Jornal”, contesta afirmações desse cientista, em entrevista ao “Diário da Noite”, de que Amparo apresentava uma lavoura decadente, dominada pela broca do café: “As fazendas são tristonhas como seus donos endividados. Nota-se a crise nos menores detalhes”. A entrevista de Von Ihering fora contestada “por outra com muita vantagem, nas mesmas colunas do Diário da Noite, pelo
Snr Arthur Godoy, lavrador neste município, que então se achava na capital” (AJ – Amparo Jornal)
(51) – 10/1/1934 – “O Snr. Rodolpho von Ihering e o Amparo”, artigo comentando a entrevista em que este critica o município de Amparo, ao qual imputa estar em completa decadência. O articulista procura refutar as afirmações desse técnico, que fora enviado pela Secretaria da Agricultura do Estado.(Amparo Jornal)
(52) – 11/1/1934 – “Reparos às declarações do Sr. Dr. Rodolpho von Ihering” – declarações do lavrador Sr. Arthur Alves de Godoy em defesa do desenvolvimento de Amparo e da situação econômica da lavoura do município”. Alega que a broca do café está controlada, que sua lavoura não está tão endividada quanto se faz ver, e que, ao contrário, “da lavoura do Município de Amparo tem saído, sob a forma de empréstimo, milhares de contos de réis, destinados a outros municípios e, mesmo neste momento, é onde menos se aplaudem as leis de reajustamento” (O Comércio)
(53) – 15/10/1934 – A Diretoria de Estatística da Produção, do Ministério da Agricultura, nomeia Arthur Alves de Godoy para o cargo de Informante dos serviços de informações agrícolas, para a região de Amparo. A indicação para esse provimento partira do Prefeito de Amparo, que o destacara como “um dos agricultores mais adiantados”. A função era a de fornecer dados que permitissem a previsão das colheitas. (Doc. original em poder do autor)
(54) – 11/1/1936 – “A Carestia da Vida”, artigo do lavrador Arthur Godoy, analisando a situação da economia, especialmente à falta de crédito aos particulares, pois os capitais estavam sendo empregados em títulos públicos e em construções, especialmente na Capital do Estado. (O Comércio)
(55) – 9/7/1936 – Arthur Alves de Godoy subscreve telegramas de cafeicultores amparenses ao Ministro da Fazenda, Governador do Estado e Presidente do Departamento Nacional do Café, protestando contra a “Quota de Sacrifício” de 30% imposta aos produtores. (CP)
(56) – 2/6/1944 – Contribuições para o Livro de Ouro do Congresso Eucarístico Regional de Amparo: em memória de João Batista de Campos Cintra, CR.$ 20.000,00 – H. Rebieri & Irmãos, 10.000,00 – Gustavo da Silveira Vasconcelos, 3.000,00 – Arthur Alves de Godoy, 3.000,00 – Dr. Francisco Franco, 2.000,00 – Banco Comercial do Estado de São Paulo, 1.000,00 – J.B. Oliveira, 1.000,00 – Adolfo Lenzi, 2.000,00. (Folha da Manhã)
(57) – 10/3/1947 – Arthur Alves de Godoy faleceu em Amparo. – um segredo: cartas de comerciantes de café do Oriente Médio em seu escritório – uma carta de Teerã, em francês, de alguns meses antes, mencionando negócios anteriores.